Dessa Pinheiro

Já estava amanhecendo, acordei depois de horas de sono. Estávamos quase chegando, percebi que o Diego já tinha levantado. E o piloto estava tirando uma soneca, bem merecida. O Diego deveria ter trocado de lugar com o piloto. Caminhei até a cabine de comandos, e lá estava ele.

Com o chapéu de piloto, dei um beijo na bochecha dele, e me sentei ao seu lado. Minha mãe e meu pai, acordaram, e pegaram bolachas, e um refrigerante na cozinha. Eu me levantei, peguei o meu celular. E liguei para a Lia.

Única amiga, que eu realmente confio.

– Amiga, pensei que iria esquecer de mim... - Falou, ela demonstrando alegria pelo telefonema surpresa.

– Ah, boba. Lógico que não. Sabe que eu irei voltar para o Rio mês que vem, mais vou voltar noiva. Mais 4 meses e eu e o Diego, já estaremos nos chamando de "Amor" ou "Minha dama". - Falei, alegre.

– Nossa você está feliz mesmo. É bom te ver assim, amiga. - Falou ela, me cortando.

– Claro né, noivo perfeito, em breve acordarei junto dos 2 amores da minha vida. Quer dizer 3, ou 7 né. - Falei, rindo. E a deixando surpresa mais ainda.

– Que? Que história é essa de 3, ou 7? - Falou ela, rindo bastante.

– Eles vão me chamar de "Mama" ou "Mamãe"... - Falei, caindo na gargalhada.

Diego, me abraçou por trás. E me deu um beijo no pescoço. Logo me despedi da Lia. E desligamos, ficamos deitados no sofá cama, e ele me deu um beijo, e disse baixinho ao meu ouvido.

– Eu te amo, Sra. Pinheiro Martins. - Falou, ele me fazendo expulsar um sorriso.

– Eu te amo, Sr, Pinheiro Martins. - Falei, o fazendo sorrir também.

Ele me deu um último e foi para o banheiro, tomar um banho. Eu separei uma camisola bem curtinha, a mais bonita, calcinha e sutiã. Peguei minha toalha. E esperei o Diego sair do banheiro. O mesmo saiu, todo molhado, e de toalha.

Me roubou um beijo, e eu o beijei com mais pegada. Estava decidida de uma coisa, queria com ele construir a minha família. Entrei no banheiro, tomei um banho, um pouco demorado, e me perfumei, coloquei o sutiã e a calcinha, e depois a camisola.

Sai do banheiro, ele me levou para um quarto separado onde, deveríamos ter dormido ontem a noite. De repente tudo "aquilo" rolou. Acordamos de conchinha, me levantei dei um beijo na testa dele. E fui para a cozinha. Preparei um banquete, e me sentei no lugar do co-piloto.

Minha mãe, veio me dar bom dia. E trazer meu celular que estava tocando. Eu peguei, e agradeci. Era a Lia. Me tranquei no banheiro, e atendi.

– Rolou? - Falou ela, fazendo barulhos, de quem está se trancando no guarda-roupa.

– Sim, sim. O meu sonho é dar a notícia para o Diego, que ele será pai. - Falei, me animando.

– Nossa, quero ser madrinha do príncipe ou da princesa. - Falou ela, batendo palmas.

– Pode deixar, calma ai que estão batendo na porta. Já vai! - Falei, abrindo a porta.

Era o Diego, dei um beijo nele, deixando até a Lia no vácuo. Fui para o quarto, e me joguei na cama, e voltei a falar com ela.

– Desculpa, estava ocupada. Com meu noivo. Futuro. - Falei, me corrigindo.

– Ah, claro. Amiga, vou desligar. Beijos. - Falou ela.

Nos despedimos, e eu desliguei. Continuei deitada na cama, pensando na vida. De repente, começamos a passar por uma turbulência. Diego veio me avisar, que havíamos chego. Troquei de roupa, rapidamente.

Coloquei um conjunto, branco com amarelo. E uma sapatilha dourada. E peguei minha carteira para dar um charme. Estávamos em um local estranho. Uma pista particular, da família Martins.

– Será que ela vai gostar de mim? - Falei, preocupada para o Diego.

– Claro que vai. - Disse ele, colocando a mão por trás do meu pescoço.

Entramos no táxi. E em menos de meia hora, meu coração queria saltar pela boca. De tanto nervoso, eu estava suando demais dentro carro. Quando chegamos, eu respirei fundo. A casa dele era realmente bonita. Grande porém simples. Me sentiria bem ali.

Seus pais já estavam do lado de fora apenas nos esperando. Cumprimentei a mãe dele, e o pai. Eles eram simples, e felizes, estavam bem mais por estarmos lá. Nossos pais se simpatizaram, e foram conversar. A irmã caçula dele veio me cumprimentar com um beijo no rosto.

– Olá, fofinha. Você é a Sarah certo? - Falei, sendo simpática.

– Sim, sou eu mesma. Você é a noiva do meu irmão? Seremos boas amigas. - Falou ela, me puxando. - Vamos, vamos dividir o quarto.

– Hã, que bom! - Falei, super empolgada.

Topei, com um garoto. Que apenas sorriu, depois de me observar. Sorri, e fui puxada pela Sarah. Estávamos amigas só com 3 frases.

– Aqui, é aonde você vai ficar. No meu quarto. O bom é que não temos regras. E podemos falar sobre garotos, o dia inteiro. - Falou, ela sorrindo.

– O seu irmão, é o único que me fez feliz em todo esse mundo. - Falei, sorrindo.

– Olha, seremos bem amigas. Mais eu quero que seja feliz. Mesmo que não seja com meu irmão. Eu também gosto de um garoto. Ele mora do outro lado da rua. - Falou, tristonha.

– Isso é muito legal, pode ficar de olho nele. Mais você não parece tão feliz. - Falei, colocando a mão em seu ombro, e nos sentando na cama.

– Ele namora minha melhor amiga. - Falou, com os olhos marejados.

Eu me identifiquei. Com ela, então para alegrá-la, resolvi contar minha história para ela. Bom uma pequena parte, seria o suficiente.

– Quando eu tinha sua idade, eu me apaixonei por um garoto bem louco. Ele namorava minha melhor amiga, Betty. No baile de inverno, ele me chamou para dançar. E disse que havia terminado com ela. Eu expulsei um sorriso. - Falei, rindo.

– E ele me roubou um beijo, e me deixou uma carta de dama de copas.

– Nossa, e ai? Vocês namoram? - Falou ela, enxugando as lágrimas e rindo.

– Não, dai nunca mais nos vimos. Quando percebi sua ausência na escola, pensei que fosse minha culpa, por não o ter beijado o suficiente... Mais depois acabei esquecendo essa história. E esquecendo esse sentimento. - Falei, sorrindo.

– Ah, queria que minha história fosse assim. Mais eu queria namorar com ele... quem sabe noivar e ter filhos? Com ele, eu queria ter 20, ou 50 filhos. - Falou, e nós rimos.

Nós fomos para cozinha, e a mãe do Diego, fez um super sanduíche para mim, e para a Sarah. Comemos e fomos jogar banco imobiliário, estávamos super amigas. Talvez uma grande amizade surge.