Link abre seus olhos lentamente. Sua cabeça ainda dói, assim como as feridas no restante do seu corpo. No entanto, quando a vista se firma e o corpo se acostuma ele se vê deitado em uma cama macia com alguns lençóis cobrindo seu corpo desnudo. Ainda deitado ele inspeciona virando os olhos e a cabeça e se vê dentro de um quarto, bastante organizado por sinal. Assustado e se sentindo ainda mais perdido do que dentro da floresta ele se senta na cama e continua explorando o quarto com os olhos tentando encontrar seus pertences e, principalmente, a Master Sword. Ficando de pé para tornar a busca mais eficiente ele se depara com uma criatura que nunca havia visto antes, ela era branca, pequena, aparentemente flácida devido ao seu tremor constante, tinha um nariz ponte agudo alaranjado com olhos negros e pequenos. Link não soube ao certo como reagir e se viu ainda mais espantado quando a referida criatura levantou um de seus tremidos bracinhos e falou: “Plu!!”. Uma mistura de curiosidade e “fofura” percorreram o corpo de Link, que se viu admirado pela criaturinha.

Enquanto isso, Lucy tomava seu banho para se preparar para seu trabalho enquanto pensava em tudo que havia acontecido: “a Fairy Tail desapareceu... um jovem misterioso surgiu na floresta... ele me confundiu com uma tal de Zelda... Ele é um jovem bem atraente... Pera... eu trouxe ele para minha casa... ele ta nú na minha cama... e... eu to tomando banho! Meu deusss!!! Como posso estar tão tranqüila!!”. Então um barulho no quarto interrompe seus pensamentos e como reflexo ela se enrola na toalha e sai correndo verificar o acontecido com seu molho de chaves em mãos!

Link finalmente havia encontrado seus pertences, mas ao começar a se vestir colocando a sua camisa o tal Plue o segurou na perna e com o susto ele derrubou o escudo e a espada no chão fazendo um grande barulho de metal. Assustados os dois se entreolharam e depois ambos se voltaram para entrada do banheiro por onde Lucy havia acabado de sair ainda com a pele avermelhada e úmida pela água quente envolta em uma toalha branca que cobria pouco mais que a cintura e metade de seus grandes seios. Como reflexo Link deu um rodopio para pegar sua espada e no movimento sua camiseta se levantou revelando seus “segredos”. Lucy viu aquilo tudo se movimentando como se estivesse em câmera lenta e por fim, dessa vez ela foi quem desmaiou.

Lucy acordou em sua cama, mas algo parecia errado, ela já não havia se levantado e tomado banho? Então ela se lembrou e em um salto ela se pós de pé começou a se vestir e assim que terminou saiu correndo desesperada pensando: “não acredito que voltei a dormir!! Estou atrasada para o trabalho!”. Quando ela finalmente chegou Jason, com seu cabelo loiro formando uma ponta, a esperava impaciente:

_ Lucy!!! Você está atrasada para cobrirmos o ultimo dia dos Grandes Jogos Mágicos! Não venha com desculpas a não ser que estava com algum namoradinho... – falou com um sorriso provocativo.

_ Jason! Desculpe-me o atraso! Que namoradinho... – Lucy não terminou a frase, afinal ela se lembrou de algo que era muito importante, ela se lembrou do rapaz de verde que estava em sua casa!

Alguns minutos atrás...

Link estava sentado já equipado um pouco distante da cama esperando que sua “salvadora” se recuperasse, no entanto, para seu espanto ela subitamente se levantou revelando seu corpo nu se vestiu e saiu em disparada pela porta murmurando palavras que ele sequer entendia. Envergonhado por mais uma vez ver o corpo nu daquela donzela e confuso por não entender seus comportamentos ele ficou alguns minutos sentado esperando ver o que acontecia. Enquanto aguardava ele reparou em um grande quadro no canto do quarto. O quadro estava repleto de recortes de jornais, fotos, linhas e cordões conectando raciocínios que apenas quem o construiu seria capaz de entender. Curioso e buscando informações ele verificou, no entanto, tudo que pode absorver foi fácies de pessoas desconhecidas e um símbolo que lhe pareceu familiar e como um estalo veio a sua cabeça o significado: “Uma fada!”.

Então após algum tempo sozinho e contemplativo no quarto Link decidiu que era hora de partir. Deixou alguns ruppies em cima da escrivaninha como agradecimento e partiu para a cidade. Para seu espanto a cidade em que se encontrava possuía enormes construções e ao longe havia um imenso castelo e não menos notável havia uma espécie de arena com grandes estatuas e muitos fogos e barulhos vindo de lá. Seu peito apertou um pouco ao se lembrar de Hylure, de sua princesa e do perigo que eles corriam na mão de Ganondorf sem ele lá para defendê-los. Link sabia que precisava de ajuda, mas não conseguia ler e sequer compreender uma palavra do que os nativos diziam. Descrente ele buscou encontrar o caminho para a floresta e ver se lá encontrava respostas e uma maneira de voltar ao seu mundo.

Lucy trabalhando...

Lucy narrava e documentava os acontecimentos do ultimo dia dos Grandes Jogos Mágicos, mas não conseguia tirar da cabeça quem era aquele rapaz de verde. Perguntas como: quem era Zelda e por que raios ela foi tão desatenta a ponto de deixá-lo sozinho em casa corriam por sua mente. Um misto de preocupação, de ele ler seu romance ou mexer em sua gaveta de calcinhas, e de dó por ver que ele não entendia nada do que se passava preencheu sua mente enquanto dois magos se digladiavam na arena. Jason a olhou com seu sorrisinho tradicional e tentou conversar tentando extrair informações para entender por que ela estava tão distante hoje.

Não muito longe dali Link se encontrava, ou melhor, não se encontrava, pois estava perdido nas redondezas da arena. Caminhando apressado com a mente a mil com as preocupações de seu mundo ele parou subitamente ao sentir uma poderosa energia e então se virou e ficou frente a frente com uma figura misteriosa que vestia um trapo negro que lhe cobria quase o corpo inteiro.

_ Você não é um mago tradicional né? – Falou o sujeito misterioso com um sorriso grande e largo aparecendo por baixo do capuz enquanto chamas queimavam em suas mãos.