Diários escrita por rhavs


Capítulo 15
Capítulo 15 - Parada! Isso é um assalto!


Notas iniciais do capítulo

Cara, quase que morro!



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Imagina que Emilly deu outro ataque de existência! Trágico...

Ontem não escrevi porque fiquei muito ocupada decorando para a droga da apresentação, felizmente deu tudo certo.

Mas hoje, foi um daqueles dias! Sabe daqueles que dá tudo errado!

Acordei e já dei uma topada com o pé no criado-mudo, foi tipo uma previa do meu dia, um aviso!

Fui tomar café e... Nada! Cara, ninguém na minha casa estava de pé, só eu!

Tive de fazer meu próprio desjejum! Fui para escola ao ritmo de Papercut do Linkin Park e adivinha! Tinha chovido na noite passada inteira, então estava cheio de poças na rua, eu estava na calçada, passou um carro e – SPLASH! – dá-lhe água em mim.

“Ai, ódio! Filho-da-Pu*&¨, desgraçado, miserável!”

Chegando à escola eu já estava seca, mas ainda estava suja.

“De quê adiantou eu tomar um banho antes de vir?!”

Catei minhas tralhas e fui dar uma lida na desgraça do papel da apresentação, li um pouco daí és que chega ele: Lucas.

“Caral*&¨, esse moleque quer o que comigo?!”

- Cloe, eu...

- Flenme!

- Hã?

Dei um suspiro.

- Fala logo, que você quer?

- Eu...

- Fala!

- Eu queria ajuda.

- Como assim?

- Queria ajuda na apresentação.

“Está me achando com cara de enciclopédia?”

- Por acaso você acha que eu sou a Barsa?

- Hã?

“Cara burro!”

- A resposta é NÃO!

- Cloe, por favor!

- Olha só, eu já não sei o meu direito, tenho nervosismo e você ainda quer ajuda?! Eu quem precisa de ajuda!

- Eu ajudo!

“Essa é boa...”

- E como você faria isso?

- Eu poderia, sei lá... Eu...

- Você não me ajuda eu não te ajudo, capitich?

- AH, com você não dá para negociar...

“Que bom que você sabe...”

- Mas eu não podia...

- NÃO! – eu falei antes que ele pudesse dizer mais alguma inutilidade

Na volta de casa, caminhei com a Nicole, acho que já a considero uma F.V.I.

No caminho encontramos o Ryan, acho que a Nicole não gosta muito dele, talvez porque ele e eu começamos a falar de coisas que ela não entende.

Nossas conversas são muito subjetivas.

- Oi, Cloe, Nicole.

- Oi, já instalado? – perguntei

- Já, olha só – ele mostrou o uniforme do CEFM

- Comovente, seremos inimigos

- Céus, mais uma dessas rixas idiotas de escolas

- O pior é que ninguém sabe como elas começam, só como acabam.

- É... triste... Só espero não mudar por causa disso

- Não acho que você vá mudar, vai ser sempre o garoto que conheci no cemitério

“Que poético...”

- Cemitério?! – Nicole exclamou espantada – vocês se conheceram num cemitério.

- É uma longa historia...

- É mesmo – eu confirmei

Tão logo viramos a esquina...

- Parados, isso é um assalto!

“Ai, coisa idiota! Pelo menos ele pronunciou as palavras direito...”

Eu penso assim já que fui assaltada umas três vezes, todas na presença de meus pais. Nem me impressiono mais.

- Então como eu dizia acho que a escola não vai mudar você – eu continuei sem dar atenção ao cara

- Quem sabe... – ele me respondeu, mas ainda prestando atenção no homem do tal assalto

Nicole começou a apertar meu braço com uma força anormal

- Passa tudo! – o cara falou tirando uma faca do bolso.

“Povo sem criatividade. Na semana passada outro cara já usou uma faca”

- Não está ouvindo, menina?! – ele apontou a faca para mim

- Eu não tenho nada que você queira.

- Aposto que tem

- Você quer livros? Protetor labial? Um estojo com uma lapiseira, uma borracha, pontas e uma caneta?

- Acho que não.

“Então boco! Quer o que ainda?”

- Anda morena, passa tudo - ele se voltou para a Nicole e ela começou a tirar a pulseira de ouro do pulso. – E você machão! – ele se voltou para o Ryan – Passa as correntes!

- De novo! Motherfu*&% - Ryan resmungou, claro que não era seu primeiro assalto. Entregou de má vontade a corrente da bermuda

- Agora você ruivinha! Esvazie os bolsos!

- Cara eu já...

- Esvazie os bolsos! – estava na cara que ele não gostava de ser desafiado – A não ser que você queira sair daqui toda cortada!

“Aff, cara chato!”

Pus os bolsos da Jeans para fora e... Nada! Nos bolsos não tinham nada, mas daí ele reparou em algo que nem eu lembrava ter.

- Passa o colar!

- Hã? – daí eu me lembrei do colar que minha avó, aquela do cemitério, tinha me dado, eu tinha ele desde os três anos de idade – Esse não dá não, sabe, é ouro dos tolos, não vale nada...

“Desculpa vovó, mas é para salvar esse pouco de você que eu ainda tenho”

- Passa logo!

- Ela já falou que não vale nada... – Ryan interferiu, o homem avançou na direção dele, prensando-o na parede, a faca acabou cortando o peito dele.

- Ryan para! Está bem eu entrego, mas se você não for embora eu começo a gritar na mesma hora! – ameacei

Eu não tinha gritado antes porque se começasse a fazer isso ele podia avançar contra nós, mas se tivéssemos o controle da situação seria fácil enganá-lo.

- Calma ruivinha – ele riu, eu não – não vou separar o casalzinho, não. Se ele for dessa para melhor hoje você também vai.

- Rejeito a oferta – escapou

Nicole não dizia uma palavra, acho que ela estava em choque.

- Agora passa o colar senão ele já era!

- Fuc*&¨- resmunguei – Toma aí – joguei para ele, nessa hora ele baixou a guarda para poder dar atenção ao colar, foi minha deixa – Ryan, agora!

Ryan avançou contra o cara, lhe deu um soco no queixo e conseguiu pegar a faca da mão dele, momento clássico em que a caça vira caçador, mas daí outra surpresa, o cara tinha um revolver.

“Estava bom demais para ser verdade...!”

- Caral*&¨- Ryan falou impaciente – Tem mais o que ai? Uma bazuca?!

- Não caberia – ele disse irônico

- Hilariante... – murmurei irônica.

- Ahhhh! – uma gorda do outro lado da rua começou a gritar que nem uma louca quando viu o revolver

“Estava demorando para uma burra estragar tudo, só vai deixar o cara mais nervoso”

Uma viatura que estava passando por perto parou e deu para ouvir que os policias de dentro estavam chamando reforços.

Um deles falou pelo alto-falante:

- Larga a arma e se entregue sem resistência!

“Até pareci que algum perseguido da polícia faria isso!”

Daí foi O Momento, o cara me agarrou e me fez de refém! Apontando a arma para minha testa.

- Agora moleque, Brian, não é? Fala pros tiras me arranjarem um carro de fuga senão eu mato ela!

“Até pareci que a policia faria isso, esse tipo de coisa só acontece se algum refém já estiver morto” e eu não estava morta, ainda...

Ryan falou com os policias as intenções do cara. Eles tentaram uma negociação e... Nada! O cara não ia ceder!

- Diz aí o que você ganha com isso? – Ryan o encarou – Você vai preso, isso se não pegar a pena de morte, anda cara larga ela.

- Para quê? Como você disse ou eu morro ou eu vou preso, mas não vou se você saírem ilesos daqui, não valeria a pena!

- E está valendo?

O homem não respondeu. Engatilhou a arma, mas não atirou, apesar de tudo ele tinha receio de alguma coisa, mas o que?

Ele engatilhou a arma de novo, mas se podia, por que ele não atirava, podia ser para ganhar tempo, mas não teria serventia nenhuma. Entendi tudo!

- Anda! – ele gritou para os policiais – Senão eu atiro!

“Não tinha uma frase mais original não?”

- Atira!

- Quê? Você quer morrer é?

- Atira!

- Não! Eu...

- Vale a pena?

Notei que quando ele parava para repensar os valores acabava decaindo no nada, afinal não falia a pena. E também ele não gostava de ser pressionado.

Ele apertou o gatilho e... Nada! Como eu tinha notado a arma estava descarregada! Eu podia ver claramente que a parte onde ficam alojadas as balas estava vazia e para fora, puro descuido!Só depois ele fechou para parecer que tinha algo! Ele estava só fazendo um teatrinho!

Pisei no pé dele com toda força que tinha e me soltei. Ryan me conduziu para trás dele, acho que ele queria formar um escudo entre mim e homem, e a Nicole permanecia imóvel! El deu uns passos para trás, me forçando a ir para trás também, até que...

Um disparo, o homem caiu de frente para o chão e os policias o imobilizaram. Não! Ele não morreu, foi um disparo de uma dessas armas de choque, Ryan pegou nossos pertences, aí sim a Nicole desmaiou, acho que ela estava esperando o momento certo... Acompanhamo-la até o hospital, de lá liguei para minha mãe e contei disfarçadamente o que tinha acontecido, obvio que não ia fará tipo: “mãe um cara quase me matou!”, até porque não era verdade.

Fiquei com a Nicole no quarto até ela acordar, também liguei para os pais dela, enquanto o Ryan dava mais um depoimento para a polícia, depois ele foi tratar do ferimento no peito, felizmente nada grave.

- Meus encontros com a polícia estão cada vez mais freqüentes desde que te conheci – ele falou entrando no quarto.

- Ah ta! Sei... Vai dizer que a culpa é minha?

- Não, mas em parte...

- Em parte nada!

- Aliás, você foi muito... inteligente, mesmo.

"Ofende! Mas eu sei que ele não quis dizer isso!"

- Obrigada.

- Onde eu estou? – Nicole finalmente havia acordado

- No hospital, seus pais estão lá fora te esperando – esclareci

- Oh.

Depois de algumas explicações e despedidas eu sai do hospital e o Ryan me acompanhou, conversamos um pouco, mas logo ele teve de virar em uma esquina, nos despedimos, e eu vim contar meu maravilhoso dia a vocês, agora vou fazer meus trabalhos de casa e ir dormir.

-- Bye --

 


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Notas finais do capítulo

Nicole e Ryan, realmente duas pessoas que me prometem bastante, duas F.V.I.'s admiráveis!



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