O dia estava frio e seco em Coruscant, dois jedis observavam o tráfego atentos, pelo menos um deles estava, o outro se distraia facilmente, principalmente com propagandas que apareciam no telão, o que estava concentrado se irritava com a atitude do mais novo:

— Luke! — reclamou o Skywalker — Preste atenção!

— Desculpe mestre — riu um pouco — Aquele comercial me chamou a atenção

Lars tinha um ergo muito inflado, aquilo deixava Anakin louco, ele sentiu na pele o que seu antigo mestre Kenobi sentia:

— Você é um jedi, precisa se concentrar nas missões, sua vida está em jogo sabia? Tente prestar atenção da próxima...

— Ali está! — o loiro interrompeu o mais velho e pulou do prédio onde estava, ele foi em direção ao monte de speeders que circulavam por lá

— Luke! — Ani gritou novamente — E pensar que eu já fui assim...

Luke desviava dos veículos com muita precisão, mas não desviou de um rosa, que era dirigido por um Hut macho, obviamente, o motorista se incomodou com o humano e começou a xinga-lo.

O jedi começou a agir mais agressivamente, pegou as mãos do alien e tentou tira-las do volante, o garoto tentava controlar o speeder para não causar um grande acidente, quando finalmente o tirou do comando, Lars se dirigiu até onde seu mestre estava.

Luke parou em frente a seu mestre, estacionou o veiculo e empurrou o Hut para fora, ele caiu no chão e se assustou ao ver o jedi mais velho o encarando com um certo nojo nos olhos:

— Sebulba... — Anakin fez um sinal negativo com a cabeça — Passou para o mundo dos crimes?

— O que faremos com ele, mestre? — perguntou Lars, meio preocupado

— Eu vou leva-lo para o conselho, eles irão prende-lo — Skywalker respirou um pouco — Quero que você entregue esse Speeder para seu verdadeiro dono, depois me encontre no templo jedi

— Certo, mestre... — Lars estava meio irritado com a decisão, ele que tinha capturado o criminoso, queria ter mais espaço no conselho

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Pensia Rummora, uma humana com mais ou menos 60 anos sorriu quando viu um de seus veículos voltando em segurança até seu "humilde" apartamento, Luke parou o speeder ao lado de muitos outros, um sorriso bobo se abriu quando viu a cara alegre da mulher:

— Que bom garoto — elogiou — Muito obrigada por recuperar um dos meus speeders mais preciosos

— Não foi um problema senhora Rummora— respondeu o loirinho, meio corado

— Desculpe por pedir ajuda para jedis, o meu problema foi meio pequeno em comparação aos que vocês recebem normalmente

— Não tem problema, sabe, se não fosse pessoas como a senhora, acho que eu estaria fazendo nada na minha vida — Lars percebeu que já estava se abrindo com Pensia — Sabe, o conselho não me deixa fazer nenhuma missão no exterior, eu vivo fazendo isso, recuperando carros, detendo criminosos individuais não tão perigosos, isso me da raiva, pois eu sou maior que isso!

— Deve ser frustrante...

— Ainda mais meu mestre, ele é tão protetor e severo, ele não confia em mim, ainda me trata como se fosse um iniciante, nem sou mais um padawan, é uma ofensa! Como posso ser um mestre jedi sem fazer grandes coisas? — os olhos da mulher estavam arregalados, Luke percebeu que acabou assustando a mulher — Desculpa, não quis parecer...

— Não precisa se desculpar — um sorriso doce da senhora deixou o garoto melhor — Deve ser difícil, e pelo que sei sobre os jedi, você precisa ficar guardando todas suas magoas para você, fico feliz em poder te ajudar a desabafar

— Você é uma senhora muito simpática — elogiou o jedi — Na verdade eu não guardo todas essas magoas para mim, eu desabafo com uma amiga minha

— Isso é bom de ouvir!

A fica de Lars caiu quando ele se lembrou desta pessoa:

— E essa amiga é muito próxima de grandes mestres do conselho, quem sabe ela saiba o porque de tudo isso! Acho que devo falar com ela sobre isso! — o loiro ficou cada vez mais animado — Obrigado por me fazer perceber isso

— Foi um prazer te conhecer

Luke saiu pela porta da frente do apartamento da mulher não mais desconhecida, e, animado, foi em direção a sua garagem, onde sua nave estava.

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Diferente da capital, o clima de Naboo era úmido e fresco, era um clima típico do planeta, era bem agradável.

Padmé Amidala ria enquanto bebia um chá em sua casa, estava sentada na ponta de uma grande mesa de jantar, no outro lado, estava sentada outra mulher bem mais nova que a Chanceler, a garota tinha cabelos escuros e presos em "rosquinhas" nas laterais, seus olhos castanhos puros eram encantadores, ela usava sua roupa casual, um vestido branco e colado, suas mangas eram triangulares, um traje bem moderno:

— Está brincando, Leia? — as risadas não eram controladas, a mulher ficava feliz em poder ser ela mesma na frente de Solo

— Claro que não! — a garota limpou as lágrimas que saiam de seus olhos — Teve uma pessoa que realmente achou que eu era a namorada de um Wookie!

— Nem posso acreditar! — respirou fundo — Sem falar que os jedi não podem estar em relações amorosas

— Pois é... — a jedi respirou um pouco enquanto tirava mais um pedaço de seu doce — Uma pena que nunca vou poder namorar alguém, sei lá, namorar faz parte da vida de uma mulher

— As vezes é preciso colocar compromissos na frente — o tom de Padmé estava mais sério — relacionamentos vem sempre em segundo lugar, por isso que não estou em nenhum

— Eu até entendo, mas por que você não deixa o cargo? Digo, esse ano você completou 20 anos como Chanceler, não acha que está na hora de parar?

— Não posso, o conselho jedi sugeriu que eu ficasse no cargo até resolverem o caso dos sith... Não querem que alguém como Palpatine liderando o senado — Amidala respirou fundo — E eu amo a politica, não me incomodo

— É mas...

A conversa é interrompida por uma das servas mais fiéis a Amidala:

— Milady — Sabé a chamou

— O que houve Sabé? — perguntou atenciosa

— Luke Lars está aqui para vê-la

O jedi loiro entrou na grande sala, as duas mulheres que estavam lá sorriram, principalmente Solo, já fazia um bom tempo que ela não via seu velho amigo, ambos sempre iam visitar a ex senadora, mas nunca se encontravam, não se viam a mais ou menos 10 anos, a ultima vez que se viram foi quando tinham apenas uma década de idade.

Amidala se levanta e vai cumprimentar o garoto, eles se abraçaram, Leia também foi dar um olá para o colega:

— Ora, ora, Luke Lars — a morena sorriu ainda mais — Já faz um bom tempo, né?

Os olhos azuis do homem se arregalaram ao notar que a garota que acompanhava Padmé era sua velha amiga:

— Leia? — perguntou, já sabendo a resposta — Você cresceu!

— Eu não fui a única — um tom sereno invadiu a voz da jedi

As orbes se encaravam, uma sensação nostálgica entrou no coração deles, mas isso foi cortado quando Luke se lembrou de sua "missão":

— Padmé, pode me responder uma coisa? — o coração da chanceler começou a palpitar, tinha medo de qualquer pergunta repentina que eles faziam — Desculpe vir aqui de noite, mas é algo importante, não pude evitar

— O que aconteceu?

— Sabe... Eu queria saber... Por que não me deixam fazer missões no exterior? — Lars perguntou, ainda indignado — Os únicos lugares que me deixam ir é Coruscant e Naboo, porque sabem que vou estar com você, mas qual é o motivo disso tudo?

Um momento de silêncio:

— Eu também gostaria de saber... — a morena reforçou — Acontece a mesma coisa comigo, não me incomodo tanto... Mas só queria saber o porque

A mulher engoliu a seco, estava nervosa, como iria responder? Ainda não estava autorizada a revelar a verdade para os garotos, respirou um pouco, pensou em uma desculpa perfeita para a resposta:

— Os jedi estão diminuindo de número, a força é muito forte com vocês, não querem perde-los — a voz convincente da chanceler aquietou Solo, mas o garoto continuou a se perguntar

— Mas se somos tão fortes, por que não deixam a gente treinar fora? Poderíamos ser uma boa arma contra os Sith!

— Eles não sabem o quão forte esses sith são, um deles matou o Mestre Windu, isso tudo não é mais um problema politico e sim uma verdadeira questão de vida ou morte! — o tom dócil da voz de Amidala sumiu

— Mas...

— Luke, você precisa respeitar a decisão do conselho

— Eu sei...

Lars se agachou, estava controlando sua raiva, isso era algo que ele sabia que não podia ter, mas não podia evitar, não aguentava isso, Leia agiu como irmã e foi consolar o garoto, Padmé o olhava com um pouco de culpa.

A situação dramática foi amenizada pelo robô dourado que entrou no salão sem aviso prévio, a atenção foi voltada para ele:

— Senhorita Padmé — ao ver que as "crianças" estavam no local, achou melhor usar o "senhorita" — Anakin está se comunicando

Um holograma do jedi saiu do aparelho que C-3PO carregava, estava visivelmente irritado, o loiro se escondeu um pouco atrás da morena, enquanto a mulher mais velha foi tentar acalmar o marido:

— Anakin... — um tom preocupado surgiu em sua voz — Aconteceu alguma coisa?

— Luke sumiu, queria saber se ele está com você

— Sim, ele está...

Lars estava meio acanhado, sabia que ganharia mais outro sermão do mestre:

— Eu mandei ele ir para o templo jedi depois de devolver o speeder! — o tom agressivo do Skywalker assustou a todos — Mande ele voltar para Coruscant imediatamente

A transmissão foi desligada, com um olhar mais sereno, Amidala olhou para Luke, que estava cabisbaixa, Leia o encarava com um pouco de pena, Anakin era mais severo que Obi Wan.

Padmé nem precisou falar, o jedi já sabia o que tinha que fazer, e com uma cara irritada, foi em direção a porta da frente:

— Eu também estou indo, obrigada pela conversa — Solo seguiu o amigo

Os passos de Luke eram bruscos, a morena gritava seu nome, com a esperança de faze-lo parar, tinha que conversar um pouco com ele, seria ruim para o garoto encontrar seu mestre com aquele humor:

— Luke! — a garota gritou, ele não parava, apenas parou quando viu que a colega caiu no chão, rapidamente se levantou, tentando evitar uma vergonha ainda maior — Que droga, esse vestido é novo

— Então garotas jedi realmente se importam com a aparência — brincou, mas sua cara continuou séria — Está tudo bem?

— Sim, estou — Solo deu um sorriso trocho — Olha, não fique assim, eles só querem nos proteger e...

— Essa vida está parecendo a de um animal enjaulado, só esse ano que me deixaram ir sozinho para Naboo, antes, tinha que ir acompanhado, e agora só posso ir por uma única rota, uma rota que não tem nada, é totalmente deserta, eles não estão nos protegendo, Leia, estão nos tratando como animais em zoológicos, e somos os únicos — a garoto desabafou tudo — Não quero mais viver assim, estão me subestimando

— Luke, os mestres jedi vão conseguir achar esses Sith, depois estaremos livres! É tudo uma questão de tempo

— Foi o que me falaram há mais ou menos 10 anos atrás, vai ver que esses sith já morreram!

— Eles não morreram, e você sabe disso — Solo começou a confrontar Lars — Tudo tem um fim, Luke...

O loiro percebeu que aquela discussão se tornaria uma briga se ele continuasse, principalmente porque ele sabia que Leia estava certa no final das contas:

— Eu tenho que ir, Anakin já esta irritado comigo, se eu demorar mais um segundo, estou morto — comentou, pulando em sua nave

— Eu também acho melhor ir, amanhã será um longo dia, parei minha nave em outro lugar, então... — Solo tirou um papel do único bolso de seu vestido — Eu ganhei um R5 do mestre Obi Wan, aqui esta o número de identificação dele, se quiser ligar para mim... É para não perdermos contato novamente

O loiro o pegou e sorriu:

— Eu irei

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Estava nublado no grande planeta de Coruscant, o templo jedi estava movimentado, Leia caminhava pelos grandes corredores, desta vez usando suas roupas de jedi, seus longos cabelos castanhos estavam soltos, suas roupas eram beges e ainda usava uma longa capa marrom, a garota, distraída, acaba se esbarrando em um homem, que não lhe era estranho, ela se bateu com o cavalheiro jedi Anakin Skywalker.

Solo percebeu que Skywalker estava preocupado, ela havia pedido desculpas, mas ele nem mesmo a respondeu por isso:

— Mestre Skywalker — a voz feminina da mulher o fez parar — Aconteceu alguma coisa?

— Leia? — Skywalker nem notara que aquela bela jedi era sua filha, parou um pouco e a ouviu — Poxa, você cresceu, faz um bom tempo que não nos vemos... Eu sei que você não vê ele por um bom tempo, mas você por acaso sabe onde Luke está?

— Ah, a gente se encontrou ontem na casa da Padmé, foi bom revê-lo — sorriu

— B-Bom, isso é legal, mas quero saber onde ele está

— Ah bom, ele me falou que iria falar com o mestre Yoda hoje cedo

— Entendi, obrigado — Anakin avançou para a "casa dos velhinhos"

A jedi continuou seguir seu caminho. Finalmente chegou em uma sala onde seu mestre Kenobi esperava, ele dava uma olhada em folhas, sem querer interromper o trabalho do barbudo, foi entrando devagar , mas o ruivo a notou:

— Olá Leia, dormiu bem? — perguntou educadamente

— Melhor impossível, mestre — sorriu — Temos alguma coisa para hoje?

— Por enquanto, só uma pequena missão para você, Leia — Obi Wan entregou a pilha de papéis para a garota — Pode entregar essas folhas para a Chanceler? Tenho que falar com uns guardas, uma nave estranha entrou em Coruscant agora pouco

— Ah, claro , boa sorte, mestre — Leia, em seguida, saiu da sala e foi em direção a garagem, onde sua nave se encontrava

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Não demorou muito para Solo chegar na sala de Amidala, ela a encontrou usando um longo vestido roxo com tons dourados, várias joias completavam seu look, seu cabelo estava preso em um coque bem detalhado.

Padmé sempre sorria ao encontrar Leia e Luke, um sentimento de amor incondicional, que, infelizmente, ela não podia demonstrar muito, a jedi colocou os papéis na mesa, obviamente, a mulher agradeceu e começou a dar uma olhada nas folhas:

— É algo muito importante? — perguntou Solo, meio preocupada

— Ah, não, são cartas de sistemas da republica, provavelmente ele recolheu enquanto passava por esses lugares — ela continuou a olhar — Coisas como rotas de comércio, coisas que eu preciso aprovar, politica

— Entendo... — um silencio tomou conta do local

Leia ficou observando os detalhes da sala, o vermelho e os toques de preto e dourado davam um ar bem sofisticado para o lugar de trabalho, era bem relaxante, a Chanceler realmente vivia um vida de luxo naquela sala.

Ela percebeu que Amidala não iria mais precisar de ajuda, então, depois de se despedir, foi em direção há porta, um som de uma nave a parou, que incomum, o speeder que fez isso deve ter um motor e tanto, mas o barulho continuou a se aproximar, e antes que a jedi pudesse prever, o vidro foi quebrado.

Rapidamente, Leia tirou seu sabre de luz azul do bolso, quando se virou, alguém bem familiar estava segurando Padmé pelo pescoço, a mulher não conseguia se mover, não sabia nem o que estava acontecendo, só sentia uma blaster apontada para sua cabeça:

— Não se mova — a voz masculina estava abafada, o capacete verde criava esse efeito — Ou a sua querida Chanceler morre!

O coração de Solo batia forte, e logo percebeu que não poderia fazer nada.