A mesa balançou com o rugido do demônio do lado de fora e Emma viu o rosto de Regina empalidecer. Agora elas sabiam o que o Chernabog estava atrás – Ele iria atacar aquele que tem o grande potencial para a escuridão. Regina pensava que sabia quem era o alvo. Ela não sabia, mas agora o medo a consumia. Ela veio de tão longe para finalmente alcançar o ponto em que ela estava feliz. Ela perdeu Robin, mas encontrou Emma. Ela tinha Henry e sua família e ela se sinta ridiculamente feliz de uma maneira que ela nunca pensou que seria.

“Realmente típico”, ela pensou, ela finalmente encontrou o que estava procurando e agora iria virar almoço de uma besta com asas de morcego. Ela suspirou. Tinha que ser com ela. Rumple foi embora. Quem mais o monstro estaria a procura? Querendo ou não, ela escolheu escuridão e ela continua escondida em seu coração.

Foi Emma que veio com a solução. O Chernabog é feito de mágica então lança-lo a uma terra sem magia e poof, iria desaparecer destruído pela falta de mágica para se conectar. Agora elas só tinham que levar o monstro para a linha e isso significava isca viva. Isso significa que seria ela.

Regina sabia a consequência da potencia. Ela sabia que poderia acabar morta se a alcançasse rápido demais. Poderia acabar atravessando a linha com o monstro e ficar perdida de sua família independentemente. De qualquer forma ela não via uma boa saída. O pior caso seria se o Chernabog matasse ambas. O pensamento fez o coração de Regina se apertar em seu peito.

Ela não queria deixar Emma e Henry, mas ela não podia suportar o pensamento de algum deles sofrendo por sua causa.

Uma lágrima rolou por seu rosto quando ela pensou naqueles que ama. Henry, aquele que preencheu o buraco em seu coração e aquele que ela finalmente reconstruiu a relação. Eles conversavam sobre como se Wolverine ou Hulk ganhariam uma luta ou o que ele estava estudando na escola e Regina amava isso. Ela não queria deixa-lo para trás. Há Snow, Charming e Neal que curiosamente ela não conseguia imaginar fazer parte de uma família sem eles.

E é claro, há Emma. Emma, aquela que a prometeu um final feliz e que iria lutar por isso. Ela ficou ao lado de Regina e se aprofundou nos livros com ela. Elas haviam tido almoços e jantares que eventualmente envolveram noites de filmes e bebidas. Ficaram mais próximas, conversaram e depois de quatro semanas disso perceberam que o seu final feliz estavam debaixo de seus narizes todo o tempo.

Desde então elas estavam a três maravilhosas semanas vivendo em uma feliz e pacificada bolha. Ninguém sabia sobre as duas ainda e elas decidiram manter isso por agora. Nenhuma das duas tem o costume de ser feliz e apaixonada, então querem salvar os momentos.

Regina desejava que elas tivessem mais.

Elas se dirigem para a linha da cidade e a tensão encheu o carro. Nenhuma das duas estavam prontas para perder a outra. - O que fez você escolher amarelo? - , perguntou ela. Seu tom é preenchido de insolência, mas era para apenas manter o ambiente leve. Se ela estava prestes a morrer, em seguida, queria falar, mesmo que seja sobre o carro. Ela só queria ouvir a voz de Emma.

– Eu gosto de amarelo, - Emma deu de ombros: - Além disso, ele estava disponível no momento. Eu o roubei há 16 anos e agora é realmente o momento de criticar o fusca? -

– Bem, eu sinto muito se eu quero me distrair do fato de que em breve vou ser o almoço de um demônio. -

– Você não vai ser - , Emma diz confiante. Não deixaria isso acontecer. Perdeu a felicidade por uma série de razões e não perderia de novo. Não perderia outra pessoa que ama. Ela não pode. Ela prometeu a Regina que elas estavam nisso juntas e ela realmente quis dizer isso.

– Estou feliz que você está confiante, - Regina respondeu e olhou preocupada para o espelho retrovisor só para ver o animal ganhar mais velocidade sobre elas.

– Eu estou, - Emma disse: - Eu te disse que não ia te deixar sacrificar-se. Você não está morrendo Regina. Eu preciso de você. -

Eu preciso de você. Essas quatro palavras flutuavam através do coração de Regina como um bálsamo e por um momento ela deixou e se acalmou. Ela se deixou envolver pelo amor e esperança que as palavras que saíram da boca de Emma a fez sentir.

O momento é quebrado pelo Chernabog pousando sobre o capô do carro e arranhando o para-brisa. O vidro quebra e cacos caíram sobre elas. Regina sabia que seu tempo tinha acabado. Ela olhou para Emma pelo glorioso e último segundo observando cada centímetro da loira. Se ela iria morrer, não arrastaria Emma com ela. Ela rapidamente aperta a mão da loira.

– Obrigada por tentar -, diz ela. Isso significa muito mais do que protege-la do Chernabog. É uma gratidão por tentar dar-lhe um final feliz, por mostrar sua luz e amor quando ela pensou que toda a esperança estava perdida. Durante três semanas elas estavam muito felizes e Regina agradecia por esses dias.

Ela pensa em seu amor e desejo de proteger sua família.

– Regina -, Emma adverte, mas Regina desaparece em sua fumaça roxa antes que Emma pudesse detê-la. - REGINA! - A loira grita em terror. Ela sabe o porque Regina saiu. A rainha fez isso para protege-la, protege-la de ser puxada para o fogo cruzado, mas Emma não fugiria. Ela não deixaria a morena passar por isso sozinha.

Ela não deixaria Regina morrer.

Emma acelerou o carro em direção à linha da cidade. - Hey! - Ela ouviu o grito de Regina antes de vê-la. Regina estava um pouco antes da linha da cidade, composta e forte, apesar de Emma poder ver o medo em seus olhos. Regina encontra seu olhar por um segundo e Emma pode ver a melancolia e tristeza lá. Ela podia sentir isso em seu próprio coração.

Outra pontada de medo bate nela quando ela vê o quão perto Regina está da linha da cidade. O tiro poderia sair pela culatra horrivelmente. Um erro. Um segundo e ela poderia perder Regina para sempre. Emma se sentia como se seu coração quebrasse apenas com o pensamento. Ela pisou com força no freio arremessando o monstro para frente.

O Chernabog voou pelo ar e sobre a linha antes de se dissolver em pó. Regina olhou para cima em choque quando ele desapareceu e seu coração congelou por um minuto. Ela sobreviveu. Ela fez isso. Elas fizeram isso.

Elas teriam outro dia juntas e esperançosamente muito mais.

Ela ouviu a abertura da porta do fusca e olhou para cima para ver Emma. Ela sorri com alegria e alívio inunda seu coração. Ela queria correr para frente, abraçar a loira e nunca deixa-la ir. Emma andou em sua direção com um sorriso amoroso e harmonioso. Elas olhavam para o local em que o monstro desapareceu.

Ele estava perto, muito perto e por um momento elas ficaram atordoadas para falar ou agir.

Regina que se moveu primeiro colocando a mão no ombro de Emma, - Obrigada -, ela sussurrou: - Por não desistir de mim. -.

– Nunca -, Emma prometeu. Regina lentamente e relutantemente escorregou sua mão do ombro da loira quando a luz dos faróis do carro dos pais dela desce sobre elas.

Após um longo dia, tanto Emma quanto Regina se jogaram na cama na mansão. Henry adormeceu rápido em seu quarto após uma tarde de garantias que suas duas mães estavam bem e lições de casa sobre pássaros. Foi um grande projeto, mas tudo o que precisavam de distração hoje. Foi colocarem seus pijamas e deitarem-se uma de frente para a outra que a distração desapareceu. Ambas só queriam segurar a outra quando voltassem a sentir o medo que tiveram durante todo o dia.

Braços se envolveram ao redor de cinturas e nenhuma mulher disse nada, queriam apenas deleitar-se com o calor e a segurança do abraço.

Emma que rompeu o silêncio com um pequeno soluço, - Oh Regina. -.

– Eu estou aqui -, disse Regina com uma voz trêmula. Ela não sabia dizer se essas palavras foram para confortar Emma ou a ela mesma. Ela se aconchegou mais perto e descansou a testa contra a da loira.

– Eu sei -, Emma disse: - Mas você estava tão perto da linha e essa coisa de morcego mal e- Deus, eu quase perdi você Regina. Eu não posso te perder. -

– Você não perdeu. -

– Esse não é o ponto -, Emma responde e ambas sabiam disso - Eu sei por que você pensou que o mostro estava atrás de você, mas eu não acho que estava. -

– O que você quer dizer? -

– Eu quero dizer que ele foi atrás da pessoa que tem o maior potencial de escuridão e não é você; Quando essa coisa veio no carro e você desapareceu para salvar. Você estava disposta a sacrificar-se para mantê-lo longe da cidade. Você não é mal e mesmo que você fosse está no seu passado e não em seu futuro. -

– Então por que ele veio atrás de mim? -

Emma mastigou o lábio, - Eu não acho que ele estava. Eu acho que ele veio atrás de mim. -

Regina inclinou a cabeça para cima olhando nos olhos de Emma, confusão pintava sua expressão: - Você? Emma você é a salvadora. -

– Eu sei, mas eu também sou nova com a magia -, Emma ressaltou: - Nesta fase, sem orientação correta minha magia poderia ir de qualquer maneira. Eu não sou uma estranha para a escuridão Regina. Eu cometi muitos erros e tenho o meu quinhão de arrependimentos. Eu poderia ser tentada Regina -.

– Não, você não poderia, - Regina disse confiante.

– Você não sabe disso. -

– Eu sei -, Regina respondeu: - Todos nós temos o potencial para fazer o bem ou fazer o mal ou qualquer coisa no meio. Esse potencial não nos define. Quem escolhe o que quer ser e aquilo que escolhemos fazer com o potencial somos nós. Eu escolhi não ser mal e ser heroína e você também. Eu não vou deixar você cair na escuridão Emma. Eu sei o que é isso. É um enjoativo e provocativo tipo de escuridão. Ele deforma e a leva a loucura e eu te amo demais para deixar isso acontecer. -

Emma sorri para ela, - Fortes juntas certo? -

– Certo -, Regina respondeu com um sorriso brilhante. Ela fechou o pequeno espaço entre elas para beijar Emma amorosamente. Ambas as mulheres mantiveram o beijo lento para manter o momento amoroso e terno por tanto tempo quantos elas pudessem até serem obrigadas a fazer uma pausa para respirar.

– Não me assuste de novo -, Emma disse séria. - Eu realmente pensei que perderia você hoje Regina. Eu sei que você sempre acha que o coração mais escuro é o seu e que você é a Evil Queen, mas você não é. Você é você, incrivelmente e lindamente você. Todos na cidade sabem que você é uma heroína. Você não tem que continuar provando isso. Ser herói não significa procurar por um problema e colocar-se em perigo quando não deveria -.

Regina acenou, - Eu sei, mas eu pensei que era para mim e que não poderia me salvar. Eu pensei que eu pudesse pelo menos salvar você de ser o menu de almoço também. -

Emma acena com a cabeça em compreensão, - A partir de agora a única coisa de almoço é Root Beer e Kale Salad. -

Regina sorri, aconchegasse perto de Emma e beija-a novamente, - Parece perfeito para mim. -