All their happy endings escrita por WaalPomps, ColorwoodGirl


Capítulo 3
Mason McCarthy e Jane Hayward




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Nome: Mason McCarthy

Jane Hayward

Residente: Nova Iorque

Ocupação: Estudante de dança na Julliard

Estudante de canto na Julliard

Relacionamento: Noivos

Status: Sob vigilância

~*~

Não era difícil ver que eles eram um jovem casal começando a vida. O pequeno apartamento sala-cozinha-quarto era a melhor prova. Isso, o fato de só terem duas bicicletas e um monte de tralhas empilhadas.

“Mason, você viu minha jaqueta?” Perguntou a morena, enfiando a cabeça no banheiro repleto de vapor.

“Honestamente não vi muita coisa além de bagunça.” Ele riu, abrindo a cortina e colocando a cabeça para fora. “Veja na banqueta da cozinha.”

“A universidade bem que podia ter dormitórios mistos.” Resmungou a garota, começando a revirar a pilha de roupas. “Olha... Eu achei que tinha perdido essa blusa.”

“Eu acho que você deveria ter aceitado a proposta do seu pai de pagar aquele apê para você... Eu ficava no dormitório da faculdade, sem problemas.” Mason apareceu com a toalha enrolada na cintura, os cabelos molhados pingando no rosto.

“Hey, quando nós ficamos noivos e decidimos morar juntos, eu fiz uma escolha: ficar com você independente de qualquer coisa, certo? E ele não está errado, na verdade... Ele disse que, se queremos ter uma vida juntos, temos que conseguir dar conta dela sozinhos, não com o dinheiro deles.” A cantora parou ao seu lado, brincando com os fios.

“Mas você não nega que tenha concordado que somos muito jovens para isso.”

“A princípio, mesmo após aceitar o pedido, isso me passou pela cabeça. Afinal, nós estávamos nos formando quando você propôs... Mas aí eu conversei com a Brittany – aliás, ainda quero saber como ela ficou sabendo disso – e ela me falou sobre a decisão de casar com a Santana, e falou sobre Rachel e Finn.” Ela sorriu, lhe dando um selinho carinhoso. “Nós estamos aqui há apenas alguns meses, a bagunça é normal. Logo arrumaremos tudo, ok?”

~*~

“Coach, isso não é um final feliz... De jeito nenhum. Olha o lugar onde eles estão morando. É tão bagunçado que faz o vestiário do time de futebol parecer arrumado.”

“Acalme-se, Becky... Só vimos meia dúzia de diálogos.” Pediu Sue, tirando os óculos e massageando os olhos.

“Mas nós já vimos o Mason sem camisa e eles continuam me parecendo infelizes. E olha, aqui na ficha está falando que ele trabalha na Starbucks. Quem pode ser feliz trabalhando na Starbucks, coach? E ela trabalha de vendedora em uma loja do shopping.”

“Becky Jackson, largue essa xícara de café porque você já está muito agitada. Se vamos fuçar a vida alheia, faremos isso direito, até o fim. Está nas regras.”

“Existem regras para isso, coach?

“Se não existem, nós as inventamos.” A mais velha sorriu. “Veja, o gêmeo que costumava praticar incesto se vestiu. Vamos ver o que virá a seguir.”

~*~

Realmente não era uma rotina fácil. Estudar durante a manhã e parte da tarde, sair correndo e cumprir um turno maçante na Starbucks e GAP de um dos vários shoppings centers da cidade, aguentando todo o tipo de gente chata e estranha. E então, quando chegava a hora de ir para casa, encontrar aquela bagunça que parecia com o estado de um país pós-catástrofe natural.

Mas Mason podia dizer que era feliz, assim como Jane. O namoro que havia começado de maneira discreta durante o ano de calouros, foi evoluindo com o tempo. Foram se descobrindo opostos semelhantes, quase duas metades de uma laranja se assim preferirem, e encontraram em seus amigos do Glee Club o apoio para que essa relação de colégio evoluísse.

Foi na amizade, no carinho, no companheirismo que permaneceram intactos entre aquele modesto grupo (se comparado à quantidade de alunos que o Glee Club passou a ter após a abertura da escola de artes) manteve, que tiraram a certeza e o incentivo para que lutassem por uma vida juntos.

Com tudo isso, pareceu natural para Mason pedir Jane em casamento durante o jantar após a formatura, cercados por suas famílias e amigos tão queridos. Se iriam começar uma vida nova em Nova Iorque, que começassem juntos.

Os pais dos dois, obviamente, não foram tão favoráveis quanto eles esperavam. A ideia de dois jovens de apenas 18 anos firmarem um compromisso sério como um noivado, dividirem um teto e uma vida, parecia um tanto errônea e cheia de possíveis falhas. Colocaram todos os empecilhos possíveis, mas, novamente, a segunda família dos dois deu toda a força e apoio que eles precisavam para seguir em frente com essa ideia, bom, doida.

“Agora eu já sei aonde está a minha jaqueta para poder usar ela amanhã.” Brincou Jane, observando as peças que usaria no dia seguinte penduradas em um cabide.

“Sorte sua... Não sei nem mais onde tem cuecas limpas.” O noivo rebateu a brincadeira, deitado na cama que dividiam, já de pijamas. “Na verdade preciso descobrir onde estão as sujas, para poder lavá-las no final de semana.”

“Suas roupas sujas estão juntas com as minhas, em um saco ali na cozinha. Eu pensei que poderíamos chegar do trabalho amanhã e ir até aquela lavandaria na rua do lado, dar um passeio noturno e de quebra arranjar umas roupas limpas.” O tom brincalhão era um alívio após um dia tão estressante, e poderem estar finalmente um nos braços do outro era o que fazia tudo aquilo valer a pena.

“Não achei que a vida adulta era tão cansativa.” Admitiu o dançarino, encarando o teto com os olhos cansados.

“Sr. Schue diria que nem vimos como é a vida de casados ainda, e já estamos reclamando.” Ela fechou os olhos e se aninhou mais contra o peito dele, recebendo um carinho gostoso no cabelo.

“Não vamos saber até acabarmos a faculdade, porque antes disso não conseguiremos bancar um casamento, você sabe.” Ele suspirou. “Eu acho que devia ter esperado mais um pouco para pedir. Talvez, se apenas quiséssemos morar juntos, nossos pais não surtassem tanto.”

“Eu fico feliz que você tenha proposto quando propôs, e de ter aceitado. E, mesmo com o cansaço e todo o esforço, eu agradeço nossos pais pela atitude deles... Estão nos ensinando muito sobre responsabilidade e nós estamos aprendendo muito.” Ela ficou de bruços sobre ele, apoiada nos braços para poder encarar o rapaz. “Eu vou acabar citando o Sr. Schue de novo.”

“Eu faço isso direto também. Ele foi e continua sendo parte importante das nossas vidas, nunca deixou de nos ensinar... Acho que vamos citar ele para sempre, para os nossos filhos e netos.”

“Eu to com sono demais para pensar em netos, vamos com calma.” Os dois riram, se abraçando mais apertado. “Podemos dormir?”

“Se você não me derrubar da cama, sem problemas.”

~*~

“Reprovados! Eles estão mais do que reprovados no ‘felizes para sempre’, coach. Cadê esse carimbo?” Becky levantou do sofá e correu até a mesa de Sue, abrindo a gaveta e começando a olhar todos os carimbos.

“Não, Becky... Eles estão aprovados.” Suspirou Sue, pegando o mesmo carimbo de antes.

“O quê? Como? Isso não é um final feliz.” Se indignou a eterna aprendiz.

“Não, Becky, não é; porque isso não é um final. É um novo começo, e um começo muito promissor. Eu odeio admitir isso, e você sabe disso mais que ninguém, mas eles tem algo muito importante: Will e seus ensinamentos que mais parecem frases de autoajuda de caixinhas de suco. Mas que, estranhamente, salvam a vida desses jovens. Munidos disso, desse amor extremamente meloso e do apoio dos amigos ridiculamente otimistas, esses dois tem tudo para conseguir, sim, um final feliz.”

Becky, é claro, não se contentou e continuou a protestar contra a decisão da treinadora, mas Sue não se importou. Molhou o carimbo na tinta e marcou o mais forte que pôde, sob o local onde antes de lia sob vigilância:

FELIZES PARA SEMPRE


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Notas finais do capítulo

DEMOREI MAS POSTEI, OK? Não é mentira não HAHAHAHAH
Bom, gente... Desculpem a demora, primeiramente. Estou em uma correria absurda com a faculdade, mas prometi um final feliz à todos os personagens e assim o farei. Mesmo que demore HAHAHAHA
A ideia aqui foi um pouco diferente... Nossos calouros não poderiam receber finais felizes, afinal, eles teriam acabado de deixar o colégio na passagem de tempo de cinco anos. Então quis mostrar um novo início, algo que não fosse "contos de fadas" como foi a ida da Rachel e do Kurt para NY. E mostrar como, munidos das pessoas e ideias certas, um começo difícil pode ser ainda um começo promissor. Espero que tenham gostado da ideia.
Sigam sugerindo os finais que querem ver.
See you soon
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