–Sasuke, por favor! – Sakura pedia entre lágrimas.

–Sakura, apenas um dia. – o Uchiha confortou-a.

A Haruno queria acreditar no marido. Queria de verdade, mas ele nunca voltava rápido como dizia.

–Não estrague isso, Sasuke. Por favor, não faça isso.

O shinobi estava com raiva e fazia a cara de desaprovação que a amada odiava tanto. Ele precisava sair até a cidade mais próxima para compra o item final para sua filha, uma manta bordada com o símbolo dos Uchiha. Não queria contar a Sakura para não estragar a surpresa, e havia esperado até que ela tivesse o nono mês de gestação. Sabia que ficaria ansioso demais para esconder o presente por muito tempo, por isso o prazo. Como não podia contar a ela disse que ia para uma viagem curta, mais uma de suas viagens que faziam o coração da esposa se despedaçar em mil pedaços.

–Eu volto antes mesmo que você possa sentir minha falta, juro.

–E se ela não esperar? – Sakura apontou para barriga.

Sasuke fechou a cara e suas sobrancelhas caíram em uma expressão triste. Ele segurou a esposa pelas mãos e a guiou até o sofá. Colocou algumas almofadas nas costas de Sakura, de modo que ela e a futura Uchiha se sentissem confortáveis. Levantou calmamente a blusa verde que cobria a barriga da amada e colocou seu rosto colado onde sua filha estava.

–Ei, Sarada. - o Uchiha sussurrou. – Será que você poderia esperar só mais um pouco?

Sakura sentiu as lágrimas ameaçarem rolar por seu rosto pálido, mas conseguiu contê-las. Uma onda fraternal de carinho pelo marido a inundou na hora e a mostrou fazendo carinho em seus cabelos negros.

–Ahn, eu sei que deve estar apertado por aí... – ele se enrolou. – Mas papai precisa ir agora, pode sair quando eu estiver de volta.

Sasuke deu um beijo em onde estava Sarada e sutilmente puxou a blusa da esposa para o lugar de antes. Quando levantou conseguiu olhar fixamente para Sakura, que estava com os olhos marejados. Como ele a amava, era quase angustiante. Apesar de suas expressões e algumas atitudes não mostrarem isso na maioria das vezes. Se aproximou calmamente da boca delicada da amada, quase como se pedisse permissão para beijá-la. Ela concedeu e ele juntou os lábios nos dela.

–Por favor, não demore como das últimas vezes, Sasuke-kun. – ela disse com a testa encostada na dele.

–Eu te prometo, Sakura. – disse olhando para barriga da kunoichi. – Prometo para você também, Sarada.