Peguei minhas coisas e desci do avião e todos foram para um galpão.

Dois sargentos entraram no galpão com uma grande caixa.

- Dêem uma olhada em volta. Vocês não estão mais no Texas – um deles disse quase gritando com uma voz firme [n/a: lembraram de Avatar, né?]

- Vocês estão em Kandahär, coisas ruins acontecem aqui – o outro disse no mesmo tom de voz.

- Estão sentindo esse calor horrível? Esse é o menor de seus problemas –

- E sabe qual é a parte mais divertida? Não tem como voltar agora –

Eles abriram a caixa e começaram a jogar as metralhadoras para nós.

- Considerem isso sua melhor amiga – ele disse zombando

- Esta carregada, muito cuidado com isso. Erros que prejudiquem seus companheiros não serão perdoados –

- Podem ir -

Eles deram passagem e nós saímos.

Tomei um caminho diferente dos outros, passando por varias barracas improvisadas, que serviam de pronto socorro. Soldados machucados, mutilados, mortos. Sai de lá o mais rápido que eu pude.

Uma casa me chamou atenção. Havia um grande painel na frente com bolinhas verdes e vermelhas por todo o lado, minha curiosidade falou mais alto e fui ver o que era. 

Quando cheguei mais perto vi um homem mudando algumas bolinhas de verde para o vermelho.

- O que é isso? – eu perguntei

- Aqui esta os nomes de todos os soldados, se tem uma bolinha verde a frente de eu nome quer dizer que voce ainda esta em combate, se tiver uma bolinha vermelha quer dizer que voce está... –

- Morto – eu terminei a frase

- Isso mesmo - 

Vasculhei aquele painel inteiro com os olhos a procura do nome dele

- Esta em ordem alfabética – ele disse sorrindo – Tive que arranjar alguma coisa para fazer aqui –

- Voce não luta? –

- Não, sou só um voluntário –

- Entendi –

Procurei na lista o nome dele e... nada, foi ai que eu me lembrei que tinha eu procurar pelo sobrenome. Jackson, Jeremy, Johnson... Jonas! Soldado N. Jonas. A sensação de alivio preencheu meu corpo quando vi que o nome dele estava à frente de uma bolinha verde.

Eu tinha que achar ele, mas eu não sabia nem aonde começar.

Pessoas andando, correndo,marchando, atirando, doentes, com insolação, fome, sede. Essas eram as palavras a qual aquele lugar se resumia.

Nick havia sido atingido no braço, ele teria ido ao pronto socorro, voltei para lá.

A paisagem ficava cada vez pior, avistei as barracas do pronto socorro de longe. Passei por um local aonde haviam varias tendas, com pessoas de origem muçulmana, era fácil distinguir pelas vestimentas e pela língua.

Os soldados faziam mil perguntas para eles, eles pareciam implorar para que eles não atirassem, o que acontecia cada vez que uma pergunta não era respondida, varias tendas, vários muçulmanos, e vários métodos de tortura, um pior do ver do que o outro.

Eles tinham razão, eu não estava mais no Texas.

Sai de lá na maior velocidade que eu pude, indo direto ao pronto socorro.

Entrei na barraca, logo avistei uma mulher que podia ter uns 37 anos, cuidando de um soldado que fora atingido na perna.

- Posso ajudar? – ela me perguntou

- Claro, o soldado N. Jonas esteve aqui por esses dias? –

- Porque voce quer saber desse soldado senhor Miller? – Espera ai... senhor? Ignorei isso

- Cheguei hoje, disseram que eu ficaria no mesmo alojamento que ele – fiquei realmente surpresa com a minha capacidade mentir nesses últimos dias

- Pode deixar que eu peço para o soldado Collins te mostrar o caminho –

Ela chamou esse tal sargento.

- Vamos – ele disse sério para mim