A Paçoca, O Escuro e Você escrita por Safira - Safi Saga


Capítulo 3
Dia 06 de Janeiro #APaçoca


Notas iniciais do capítulo

Heeey guys! ^-^
Agradeço pelas vizus do cap passado; e pelo insta! Valeu amores *-*
Espero que gostem deste cap.. hehe
Boa leitura! :D



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Um, dois, três, e... Ai, eu não consigo! Não consigo abrir a porta... Nossa Felícia, onde está o seu ódio mortal; e sua vontade de esfregar na cara dele o que ele perdeu? Okay, nem tando. Mas pelo menos... Tudo bem agora eu vou.

Então eu respiro fundo, coloco a mão sobre a maçaneta da porta, e a giro precisamente. Fecho os olhos, conto até três, e saio. A porta se abre rangendo, e eu fecho os olhos novamente, com medo de que todos ouvissem. Nisso, posso escutar minha mãe conversando com Jake, lá da sala. Ai que raiva! Mas, okay. Eu poderia lidar com isso, numa boa; sem extresse Felícia, sem extresse.

Eu ando lentamente, no corredor; contando os segundos para quando chegasse na escada. Até que, eu chego... Seguro no corrimão, e olho apreensiva para baixo; onde, já que a escada era longa e fazia uma volta; todos lá em baixo podiam me ver, inclusive Jake.

Logo mudo minha fisionomia, para uma sem importância, e despreocupada; e começo a descer a escada. Jake não consegue desviar os olhos de mim; também né, eu estava linda! Me desculpem, mas... Quem resistiria à uma garota, usando um vestido pérola com o caimento perfeito, ainda usando o salto da última moda de Paris? Não me façam rir, por favor.

Assim que chego ao pé da escada; Jake vem ao meu encontro, com os seus olhos azuis; antes irresistiveis, e agora... Nem tanto; e diz:

–Felícia... - me olha dos pés a cabeça. - Você está linda... - ele presidia de um sorriso meio cafajeste. Poupe-me garoto.

–Eu sei. - respondo com um sorriso irônico.

–Meu, amor escuta... - ele começa. 'Meu amor'? Qualé. - Eu errei, não devia ter... - eu o corto.

–O que está acabado, está acabado. - respondo calmamente.

–Mas, amor... - ele pega o buquê de rosa que eu não vira, em cima do sofá.

–Ah... - eu me afasto, e nego com a cabeça; não aceitando as rosas. - Jake. - eu o encaro. - Acabou. - digo em fim.

–Felícia, por favor... - ele implora.

–Com licença. - diz minha mãe, se retirando.

–Não! - digo um pouco grossa, admito. - Está acabado. - eu disse mesmo aquilo?

–Mas... - seus olhinhos.. Ai, seus olhinhos me imploravam; mas eu não voltaria atrás! Não assim tão fácil!

–Jake, Jake... - eu me aproximo dele, e giro os dedos em seu ombro, até faze-lo se virar, para onde eu estava agora; próxima ao sofa. - Preciso lhe explicar uma coisa. Sente-se. - digo, e me sento também.

Ele me olha nos olhos; parecia mesmo, bastante curioso.

–Bem... - começo. - Uma garota, quando ama; corre atrás, e luta até onde suas forças mais resistem! - tudo bem, fiz uma pose meio teatral; o fazendo ter um pinguinho de esperança, mas sua felicidade iria acabar. - Mas... Quando algo acontece, de muito ruim ou... Algo como aconteceu entre nós. - ele estava assustado! Como eu sou má. - Está acabado, e quando isso acontece; não há meios de uma garota voltar atrás.

–Espere. - ele se pronuncia finelmente. - Todas as garotas não, né? Só você. - seu sorriso meio cafa voltara. O que ele estava querendo dizer com isso?

–Como assim, Jake? - eu cruzo os braços, meio confusa; ou só não querendo saber da verdade.

–Ah... A Fernanda, a Júlia, a Laura, a Marina e todas as outras; não fizeram assim, todas elas me deram uma segunda chance... - tentou ser fofo.

–--

O que? Eu estava mesmo ouvindo aquilo? MEU DEUS! Aquele moleque não me disse isso?! Além de me provar que se eu o desse uma segunda chance, não adiantaria de nada; ele ainda fez uma lista de todas as namoradas dele?! Como consegue ser tão cara-de-pau e infantil?! Maturidade é tudo queridinho. Mas okay, ele não é mais nada meu; e depois dessa, ele não voltaria a ser. Status: Felícia decidida.

–--

Minha vontade, era dar um tapa no rosto dele! Mas, eu não podia perder a pose, não agora. Então, eu só me mecho desconfortavelmente em meu lugar no sofá; e penso em dizer algo gentil como: "Pode se retirar agora, Jake" ou "Me daria o prazer de sua saída?", tudo isso acompanhado de um sorriso falso. Mas, a única coisa que consegui dizer, foi:

–Tá! - eu me levanto bruscamente do sofá; e ele em seguida. - Para a fora da minha casa agora, Jake! - eu quase grito, apontando para a porta.

–Mas... - ele e os "mas" dele! Isso não iria dar certo hoje; nem nunca mais!

–Eu disse... Agora! - bem, pois é, ai eu gritei.

–Felí... - o coitado tem esperanças de sair impune da minha casa.

–Anda logo! Vai, vai... - eu o toco de casa, o empurrando e dando tapinhas enquanto ele tentava desviar. - E nunca mais volte! - eu grito, após ter aberto a porta para ele sair.

E lá se foi; Jake. O possível amor da minha vida. O qual saiu correndo morrendo de medo de mim.

–Isso, vai... - eu estava com o meu sorriso de satisfação, estampado na minha face.

–--

Nisso eu percebo, que pasava um garoto na rua; de cabeça baixa, com um chapéu de aniversário ridículo; escrito: 'Parabéns para mim!' em letras grandes e coloridas. Eu cheguei a ter pena dele... Parecia triste; e aparentava ter, sei lá, uns 15 anos, tipo um calouro. Antes que ele se distanciasse demais; eu o chamo, num impulso:

–Hey! - digo, e depois que o garoto percebe que é com ele, se vira e eu sorrio. - Oi. - ando até mais próximo dele.

Tadinho, ele não sabia o que dizer. Será que foi uma boa ideia? Ah, ele até que era bonitinho... Na verdade ele era bem bonito; mesmo. Mas, pelos óculos e pela blusa xadrex e calças jenas, juntamente à um all star; eu diria, que, era nerd.

–Ah... - eu tento mais alguma coisa, já que aquele 'nerd' vamos assim dizer, não dizia nada. - Parabéns! - digo entusiasmada. - Espera... É seu aniversário, né? - eu havia me preocupado, vai que zuaram com ele... Bem, ele parecia ser um daqueler caras, com quem as pessoas zoavam.

–Sim. - o garoto diz com a boca cheia de paçoca; a qual voava no ar enquanto ele respondeu; credo, mas tudo bem. - Obrigado. - falou após deglutir a comida em sua boca.

Eu dou um sorriso, e continuo:

–Sou Felícia. - me aproximo mais.

–Eu sei... - o garoto fica meio sem graça, e sorri. E eu percebo algo.

–Seus dentes... Estão sujos de paçoca. - falo quase rindo; quase sem nojo. Estranho...

–Ah! Nossa me desculpe! - ele se vira para tentar limpa-los.

–Tudo bem. - eu continuo a sorrir; ele parecia ser um cara legal.

–Bem... eu sou um ser insignificante, então... - disse cabisbaixo, com um sorriso irônico e meio triste; e depois arrumou sutilmente seus óculos.

–Ah, por favor! Eu lhe disse meu nome, agora terá de me dizer o seu. - tento convence-lo; mas ele parecia estar viajando em mim, era estranho; mesmo eu sendo quem sou.

–Tá... Eu sou Eduardo. - disse olhando para o chão; enquanto admirava seu all star surrado e mantinha as mãos nos bolços.

–Eduardo! - digo dando pulinhos e batendo palmas, o fazendo rir. - Pode me dar uma paçoca? - pergunto, e ele parece confuso.

–O que? - eu podia ver a intensidade do seu olhar, por dentro das lentes daqueles óculos.

–Eu sei; que tem mais paçoca ai com você. - falo, olhando para seu bolço.

–Ah... São minhas né! - disse debochado. Estava começando a se soltar.

–Nossa! Por favor, só uma. - imploro; e depois, vendo que não funcionou; faço meu biquinho irresistível.

–Tudo bem... - ele resiste até onde pode. - Tome. - Eduardo apanha uma paçoca de seus bolços e.... Ela cai no chão. - Opa. - ele diz.

–--

E quando o garoto se apressa para pegar; eu sigo meu instindo de fazer o mesmo; tentando pega-la também; enquanto ria; ate que, nos dois pegamos a tal paçoca; e nossas mãos se tocam, e em apenas milésimos de segundos, eu posso sentir aquele garoto perto de mim; posso senti-lo como nunca senti alguém antes. Posso sentir algo... inexplicável; como se a gravidade da terra sumisse, e me fizesse flutuar lentamente, de encontro ao coração daquele garoto. Até que; nossos olhos se encontram, gerando aquele troca de olhares inconfundível de filmes; e eu sabia, de alguma forma eu sabia, que por atrás daqueles óculos, seus olhos castanhos mostravam sentir o mesmo.

–--

Antes que um de nós pudesse, se pronunciar; ouço minha mãe gritando:

–Felícia! Onde você está, filha? - sua voz se aproxima, ficando mais alta.

Então rapidamente, eu me levanto; apanhando a paçoca, e desviando o olhar do garoto, que outrora, ainda estava com os seus olhos fixos em mim. E digo na direção da porta:

–Estou indo, mamãe! - exclamo.

E quando eu me viro para me despedir do Eduardo (era este o nome, estou certa?); o mesmo já estava virando a rua, correndo; e possivelmente com uma paçoca na boca.

Desnecessário. Sério, desnecessário isso; só acho.

Mas...Eu não iria me esquecer daquele garoto; nunca, mesmo se quisesse.

Foi quando eu me peguei; viajando sozinha, enquanto admirava a paçoquinha que ele havia me dado. Espera. Eu estava pensando nele! Naquele... nerd! Bonitinho... porém nerd! Argh! Felícia, por favor né? Se concentre nos caras populares, se concentres nos caras populares.

Próxima missão: Encontrar alguém melhor que o Jake! E nunca pensar mais nele. Mas... e o garoto nerd? Eu ainda estou me perguntando, o porquê de eu ter ido falar com ele...


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Notas finais do capítulo

Me desculpem qualquer erro... Posso melhorar em algo? Aceito sugestões!
Obrigada por acompanharem! Ey, insta: @safisaga
Até mais :*
Bjs: #Safisaga



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