Nessie Má e Jake Idiota escrita por MissCherry


Capítulo 3
Reencontro inesperado




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Estávamos no aeroporto, nos preparando para embarcar. Já era noite. Minha família já havia me explicado o porquê da partida: Carlisle, meu avô médico, havia recebido uma proposta irrecusável para trabalhar em um hospital de Los Angeles. Mas eu sabia, que no fundo todos eles estavam apenas tentando escapar da cidade onde eu já estava com fama de malvada, bruta montes e outras coisas que não valem a pena eu mencionar. Tudo em prol da minha educação.

- Atenção senhores passageiros do vôo 194, direcionem-se imediatamente ao portão de embarque. O avião irá partir em cinco minutos. – Nos apressou a voz irritante vinda das caixas de som do aeroporto.

Caminhei impacientemente atrás de Tia Alice, até que no último segundo tio Emmett quebrou o silêncio:

- Preciso ir ao banheiro... Não estou me sentindo bem, aquele sanduiche natural devia estar estragado... – Falou com a mão na barriga.

- Vai logo, não quero morrer asfixiada no aeroporto. – Murmurei de mau humor.

- Hm... Vê se não demora e não suja o banheiro, Emmett. – Alice tentou avisar.

Ele assentiu e saiu andando a passos largos na direção do banheiro.

- Já era... A faxineira vai ver a maior desgraça da vida dela... Coitada. – Suspirei com pena.

Quando tio Emmett voltou, já estavam na última chamada para o vôo, e tivemos de correr
para não perder a partida do avião.
A viagem foi torturante, os assentos eram triplos, resumindo: Tive que ficar uma hora ouvindo meu pai trocar cantadas melosas com minha mãe. Quase vomitei.

Pais ou futuros pais, por favor, não obriguem seus filhos de quinze anos a ouvir cantadas melosas demais. Seu filho pode precisar de um psicólogo depois. Só estou alertando...

Para piorar, eu estava totalmente consciente de que Jake não estaria lá, me esperando de braços abertos e idéias idiotas na cabeça, que sempre me faziam rir. Eu estava me afastando do meu sol particular ; por mais retardado que ele fosse, ele era meu melhor e único amigo.

Respirei fundo e me ajeitei no assento do avião. Estávamos pousando em Los Angeles. Traduzindo: Era o inicio do inferno, ou simplesmente... Meu fim!


... Três anos depois ...


- Renesmee, não vai se atrasar para o seu primeiro dia de aula na faculdade, não é? – Disse tia Alice, me azucrinando como era de praxe ela fazer matinalmente.

- Vai catar coquinho, estou cansada. – Resmunguei.

- Garota mais difícil! – Ela bufou. – Já foi um milagre você ter passado no vestibular de direito, ainda vai se atrasar para as aulas! Quero ver como vai se sair nas notas da faculdade. Desse jeito vai virar uma cata-lixo! – Argumentou.

- Hm... Que bom para mim. Já ouviu dizer que já teve gente que já achou uma grana preta no lixo? Talvez eu seja uma garota de sorte. – Tentei convencer.

- Cinco minutos e nada mais, mocinha! No futuro você vai me agradecer! – Disse e depois saiu batendo a porta. O som do estrondo foi tão alto que eu pulei da cama, em um ato de reflexo.

- Ui, virou vidente. – Ironizei para mim mesma.

Tomei um banho demorado, escovei os dentes e me maquiei. Logo após, vesti uma calça jeans, uma blusa regata roxa delicada, e botas pretas de salto fino. Sério, meu senso de moda melhorou mil vezes nesses últimos anos. Eu ainda era uma mau-humorada, mas agora era uma mau-humorada bem vestida.

Desci as escadas que davam na cozinha, e ao me ver, minha mãe falou para mim:

- Meu amor, já acordou?

- Não, imagina mãe! Sou sonâmbula! – Eu disse impacientemente.

- De olhos abertos? – Rosalie me indagou surpresa.

- Tia Rose, por favor, não comece com sua crise de burrice. – Resmunguei. Ouvi minha barriga roncar. – Mãe, estou com fome! – Falei chorosa.

- Aqui está querida. – Falou minha mãe enquanto me passava um copo de vitaminas.

- Que gororoba é essa? – Murmurei fitando o estranho liquido de cor verde que tinha uma aparência totalmente nojenta.

- Onde estão os seus modos mocinha? Você agora não é mais uma adolescente de quinze anos, Renesmee! – Ela me repreendeu. – Tome tudo, não vou fazer cereal pra você. Ou você aprende a fazer seu café-da-manhã, ou morre de fome.

- Oh, céus! Agora eu tenho uma mãe desnaturada! – Fiz cena.

Depois, derrotada pelo meu estômago, peguei corajosamente o copo e engoli a gororoba verde.

- Mãe! – Gritei tentando não vomitar – O que é isso?

- Vários sucos saudáveis juntos. Sua tia Alice disse que é bom para sua saúde. – Ela me disse confiantemente.

- Bom para saúde, horrível para o estômago. – Murmurei. – Isso tem gosto de capim! – Resmunguei um pouco alto demais.

- Ei, que cena é essa?! – Falou tia Alice, se aproximando. Antes de minha mãe ou tia Rose a explicaram e ela dar um chilique, falei rápido demais:

- Vou me mandar para a faculdade, tchau!

Chegando lá, em nada se parecia com o colégio. A não ser pelas pessoas idiotas que ficavam me encarando.

- O que é? Perdeu alguma coisa? – Perguntei seca a um garoto que me encarava fazia quinze minutos.

- Hã... Nada! Desculpe... – Ele murmurou envergonhado. Me arrependi ao ver suas bochechas corando, até que o garoto era bonitinho! Suspirei e falei:

- Não foi nada. Esquece.

Continuei caminhando até minha sala. Minha primeira aula seria de direito administrativo, um saco. Eu era mais fã do judiciário, mas isso não vem ao caso...

Sentei em uma cadeira o mais longe possível, me confortando para dormir caso a aula ficasse chata demais.

Uns minutos depois o toque de começo das aulas soou e com ele um turbilhão de desconhecidos adentrou a sala de aula.

Meus olhos passearam pelas faces e roupas, desinteressadamente.
Todos eram iguais. Pessoas, pessoas e mais pessoas. Quem sabe um ou outro teria alguma importância para mim, quem sabe...
Meus olhos se prenderam a um rosto extremamente familiar, e eu, incrédula, não consegui desviar meu olhar surpreso, nem quando o garoto me fitou, por mais falta de educação que fosse.
Ele foi se aproximando, com um olhar de choque também, e parou de frente para mim. Então pude ver claramente que eu não havia tido um vislumbre. Era ele! ELE!
- Jake! – Falei alto demais, lhe dando um abraço esmagador. Todos na sala de aula nos fitavam, mas eu estava pouco me lixando.
- Nessie! – Ele disse feliz.
- Achei que você tinha esquecido de mim... – Falei baixo.
- Eu? Esquecer você? Nunca princesinha irritada! – Implicou comigo se lembrando de meu apelido de infância.
- Paspalho! – Revidei.
- Você está muito bonita, Nessie! – Ele falou, seus olhos me encarando com tanta intensidade que corei. Maldita genética (minha mãe também corava constantemente).
- Obrigada, Jake. – Disse ainda o abraçando.
- Senti sua falta... – Ele murmurou entre meus cabelos.

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Notas finais do capítulo

N/A Oii gente? Só continuamos a história com reviews! E ela tá esquentando agora... BEIJOOOS!