Living in Hell - Fanfic Interativa escrita por Saulo Poliseli


Capítulo 10
Capítulo 10 - Audácia e Covardia III




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Seward estava em uma sala pequena e escura, estava com a boca amordaçada e os pulsos presos com uma algema, ele estava sentado em um chão frio e úmido, se curvou para frente mas não conseguiu, pois a algema passava por um cano e por isso Seward estava preso naquela sala.

Ele ouviu murmúrios e então percebeu que não estava sozinho naquele local. Sua visão estava se acostumando a escuridão aos poucos, e minutos depois ele conseguiu enxergar parcialmente as coisas que tinha na sala. Somente um homem adulto e duas moças, Seward não conseguia ver claramente as pessoas que compartilhavam aquela sala com ele, apenas pôde ver o vulto das três pessoas que estavam ali.

Seward não emitiu nenhum som, sabia que era inútil porque não iria conseguir falar porque estava amordaçado, então ele preferiu ficar quieto e mexer os meus pulsos na esperança de conseguir escapar da prisão.

A porta se abriu e uma luz forte entrou na sala, fazendo com que Seward ficasse cego por alguns segundos, ele abaixou a cabeça e esperou com que a sua visão voltasse ao normal, e aí levantou a cabeça e viu somente a sombra de um homem alto e forte na porta, que disse:

– Peguem as garotas e coloque esse cara aí dentro.

– Certo, chefe – Disse outro homem. Seward reconheceu que era a voz do homem que o pegou no hospital, Eric.

[...]

Harry ainda se escondia na casa, uma vez ou outra ele esticava seu pescoço pra fora da janela pra olhar a rua e tentar achar Sam. Ele estava em um quarto e tinha trancado a porta do mesmo, em sua mão direita segurava a pistola. O ex-professor fazia silêncio e se concentrava pra tentar ouvir a voz de Sam ou do dono da moto, mas o que ele ouviu foi duas vozes masculinas, e estava se aproximando da casa que ele estava escondido.

– Sabemos que está aí! Facilite as coisas e saia da casa! – Era uma voz rouca e grave.

– Tem certeza que a garota não estava mentindo? – Perguntou a outra voz.

– Será pior pra ela caso esteja mentindo, não é mesmo, Eric? – Voltou a dizer a primeira voz.

E então Harry soube que Sam tinha sido encontrada, e também entendeu que ela o entregou. Harry deu uma última olhada na janela e não viu os dois, fechou a cortina da janela e foi para o canto do quarto, mirando a sua pistola em direção da porta. Assim que ela fosse aberta, Harry iria atirar.

Ele continou quieto, até sua respiração ele controlava. Harry ouvia o barulho que as botas dos dois homens faziam quando encostava no chão de madeira do corredor. Quando a porta foi aberta, uma bomba de efeito moral foi jogada dentro do quarto, a explosão fez que Harry sentisse um pouco de tontura e logo estava tossindo fortemente indicando o local do quarto que ele estava escondido, ele atirou algumas vezes, mas todos os disparos foram na parede.

[...]

– Finalmente vocês chegaram! – Disse Mark pra Nadin, que entrava na casa com o grupo todo – Não acharam o Seward e Anne no hospital?

– Não, eles não estavam lá – Nadin sentou-se no sofá, olhando pra lareira – Alguém pegou Harry e Sam.

– Quem? Você conseguiu ver a pessoa? – Perguntou Dave, e Nadin balançou a cabeça negativamente.

– Mas ouvimos barulho de uma moto... – Disse Ariel.

– Uma moto? São os Retalhadores! – Disse Lizzie.

– É óbvio não acha? Tem uma placa na entrada da cidade dizendo que ela pertence aos Retalhadores – Disse Wendy, de uma forma sarcástica.

– Seward e Anne devem estar com eles também... – Disse Mark, com a voz baixa, aparentemente abatido.

– Temos que resgatá-los! Fazemos um plano e resgatamos eles sem que nos vejam! – Disse Dave de forma animada, Mark olhou pra ele com um olhar negativo, e Dave completou: – Você serviu ao exército, deve ter aprendido algumas estratégias de batalhas. Eu sei que você consegue – Dave colocou sua mão no ombro de Mark, e assentiu o encorajando.

– Muito bem, podemos tentar. O que vamos fazer é... – Ia falando Mark, mas Lizzie o interrompeu:

– Sem querer ser estraga prazeres e negativa... mas é impossível resgatá-los sem que vejam vistos. Tem muitos guardas – Todos os olhares estavam em Lizzie – Como eu disse, tem gente que vigia a cidade pelos telhados, e também tem gente que vigia as "prisões" deles – Lizzie colocou sua mão direita em seu rosto, o alisou como gesto de que estava pensando – Temos uma vantagem. Em todas as esquinas tem um latão que é usado como fogueira, mas como está chovendo não haverá fogo, ou seja, luz...

– Certo, então vamos agir essa madrugada. Por enquanto eu quero que vocês durmam e descansem um pouco – Disse Mark, voltando a olhar a rua pela janela, e realmente tinha um latão na esquina da rua.

– Mas eles têm armas com lanterna...

– Obrigado pelas informações, garota – Disse Clark, com uma postura de policial.

Clark se aproximou de Mark, disse a ele que era policial antes do apocalipse começar e propôs ajuda na formação da estratégia. Mark aceitou, era óbvio que um ex-militar e um ex-policial juntos formando uma estratégia de combate seria ótimo.

[...]

Seward tentava falar mesmo com o pano atrapalhando, os dois homens ouviram e se aproximaram dele.

– Tire esse pano da minha boca – Disse Seward, com a voz abafada por causa do pano.

– O que? Tirar o pano? Tudo bem... ninguém vai te ouvir se você gritar.

Então um dos homens tirou o pano da boca de Seward e também do outro que já estava preso na sala. O homem que os dois tinham acabado de colocar dentro da sala não estava amordaçado, mas não falou nenhuma palavra.

Seward olhou pela sala e viu que tinha somente duas pessoas com ele no local, era o homem que já estava na sala e o que acabou de entrar. As duas garotas foram levadas.

– Que merda... – Sussurrou Seward.

– Seward? É você? – Dizia a voz de Harry.

– Sim, sou eu. Harry?

– Sim. Eles pegaram a Sam também, sabe onde onde ela está?

– Provavelmente ela terá o mesmo destino das minhas filhas – Disse o outro homem – Vão ser estupradas e nós morreremos.

– Vamos dar um jeito de sair daqui – Disse Seward – Eles também pegaram a Anne. Nós estavámos no hospital e fomos encurralados.

Seward e Harry conversavam enquanto o outro homem ficava em silêncio, só ouvindo os dois. Algum tempo depois a porta voltou a se abrir, dessa vez não teve aquele clarão igual antes, indicando que já tinha anoitecido. Os dois entraram na sala e soltaram o homem que compartilhava aquela sala com Harry e Seward.

– Então você é o pai daquelas duas garotas? Você tem sorte. Não vamos te matar porque você vai assistir o que vamos fazer com elas – Disse um homem com malícia na voz e rindo maleficamente.

Harry e Seward fizeram silêncio, só ouviram os gritos de agonia do homem e os risos maliciosos dos Retalhadores. Ambos respiraram aliviados por não terem sidos levados para a morte, provavelmente porque os Retalhadores iriam curtir a noite e adiaram a morte dos dois para o dia seguinte.

Só que minutos mais tarde um homem entrou pra prisão improvisada, ele estava com um lanterna e a apontou na direção dos dois que estavam ali. O homem era o mesmo que tinha conversado com Sam horas atrás, ele estava fumando outro cigarro.

– Você – Disse apontando a lanterna no rosto de Harry – Sei que aquela loira gostosa estava contigo. Me diga a verdade, você tem um grupo?

Harry ficou em silêncio, pensando no que dizer. Se ele mentisse o homem iria saber e isso poderia custar a sua vida e a vida de Sam, mas se ele falasse a verdade o homem iria atrás do grupo.

– Sim... mas eu me perdi deles. Fomos atacados por uma horda de infectados e tivemos que fugir do nosso acampamento... – Harry olhava pro chão pra não ter sua visão prejudicada pela lanterna – Eu fugi junto com essa garota. O resto do nosso grupo fugiu pra outra direção, viemos pra essa cidade imaginando que eles estaria aqui, já que essa cidade é a mais próxima do acampamento.

– Vocês são quantos? – Perguntou o homem, mantendo a lanterna no rosto de Harry.

– Oito – Mentiu Harry.

– E eles estão na nossa cidade?

– Eu não sei. Como eu disse, eu e a garota estavámos procurando pelo nosso grupo, não sabemos onde eles estão... – Harry sabia que o homem percebeu que ele estava mentindo, mesmo assim continuou mentindo. Ele preferia morrer do que entregar o seu grupo, e Seward considerou isso um ato de coragem, ou até mesmo um ato audacioso.

– Está mentindo – Disse o homem, que em seguida deu um chute forte no nariz de Harry, o fazendo quebrar e sangrar – Sei que seu grupo está aqui e vamos pegar todos eles – Ao dizer isso, o homem fechou a porta e foi embora.


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Notas finais do capítulo

O que estão achando da fanfic até o momento? Será que teremos uma guerra entre os dois grupos? (Pergunta mais do que óbvia hahaha)
Comentem!