—E agora?_ Perguntou Alex, evitando olhar para o Marechal.

Eu peguei o casaco do Marechal, me sentindo desconfortável pela poça de sangue que se formava no chão. Depois, fui para a varanda do Marechal e estendi o casaco dele.

—Resistentes e fugitivos!_ Gritou Alex. A guerra parou imediatamente, e todos se viraram pra olhar para ele. _O Marechal está morto!

Por um segundo muito assustador, fez-se silêncio. E então, o exército de Alex deu um rugido de felicidade. Os lacaios do Marechal recuaram, e nosso exército quase foi atrás, quando Julia disse ao meu ouvido:

—Temos que nos reorganizar.

Eu assenti, e ordenei que o exército da nova Resistência voltasse. Então, eu e meus irmãos fomos para o primeiro andar. Encontramos com Ruth (a namorada do Alex), Renne (um possível namorado da Julia) e Jack (um amigo de Alex que aparentava ter uma certa queda por Kamila).

—Conseguimos!_ Disse Renne, para Julia, que respondeu a ele com uma risada e um beijo (lembra do “possível”? Pode esquecer). Alex e eu nos entreolhamos e sorrimos para Julia, que estava quase tão vermelha quanto seu uniforme.

Kamila conversava timidamente com Jack, ambos com a face vermelha de vergonha também.

—Por que elas nunca nos ouvem?_ Perguntou Alex. Eu dei de ombros.

—Vai saber.

Ruth veio correndo e abraçou Alex, chorando de alívio.

—Você conseguiu, vocês todos conseguiram.

Alex retribuiu o abraço e pude ver que estava quase chorando. Eu fiquei feliz pelo meu irmão, mas ao mesmo tempo fiquei triste porque aquela cena me lembrou de Lívia.

Eu fui para o refeitório, passando por todos os resistentes que comemoravam, e sentei-me na mesa em que me sentei na meu primeiro jantar na Resistência. Eu escondi meu rosto com as duas mãos e comecei a chorar como nunca na minha vida.

—Desculpe Lívia!_ Eu disse. _Sinto muito!

Passaram-se um minuto quando Alex, Julia e Kamila entraram no refeitório. Minhas irmãs sentaram-se ao meu lado e me abraçaram, chorando. Eu olhei pra Alex, com a expressão grata.

—Vai ficar tudo bem._ Disse Alex.