The Big Four - A Nova Geração escrita por Excalibur


Capítulo 2
Familiares Olhos Verdes


Notas iniciais do capítulo

Ta ai o primeiro capítulo o/
Só espero que nçao tenha ficado muito pequeno ;-;
Aproveitem
P.S.: Esse cap. é da Merida

Vlw Bjs



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/603159/chapter/2

Capitulo 1

Acordei com o barulho do meu despertador tocando e minha mãe, Elinor gritando da porta para que eu levantasse:

― Merida, levanta, são três horas vai aproveitar seu último dia de férias dormindo?

―Três horas? Você me acordou três horas da manhã? ―Eu disse alto com a cara enterrada no travesseiro.

―  Sério filha? Vai passar mesmo o seu último dia de férias dormindo?  Amanhã será o seu primeiro dia no ensino médio, e a essa hora daqui à três  anos você já estará indo para a faculdade e...

― CHEGA! Aí  pronto, me arrancou da cama com essa conversa depressiva! ― Eu disse em  quanto me levantava e ia para o banheiro. Tomei um banho rápido tomando  cuidado para não molhar o meu cabelo que com certeza ficaria pior que a  juba do rei leão nesse calor de final de Janeiro. Botei uma roupa  qualquer que estava em cima da bancada sai do banheiro em direção à  cozinha. Quando passei pela porta do quarto cai no chão, ele estava  completamente encharcado. Pensei que eram Hubert, Hamish e Haris, meus  irmãos encapetados de oito anos. Pensei também na vontade de jogá-los  pela janela (que era grande) mas me orgulhei deles quando lembrei que  eles realmente se pareciam comigo quando eu tinha a sua idade, bons  tempos. Me levantei e vi que Maudie (nossa governanta gordinha) estava  conversando com uma empregada que lavava o chão. Não entendi porque em  pleno domingo minha mãe parecia que tinha resolvido dar uma faxina  geral na casa. Sim, jogar água no chão é faxina pra mim.

― Ei, Maudie, por que essa "limpação" tão cedo de manhã?― Eu disse em quanto bocejava, esperando que ela reclamasse da palavra que usei.

― Bom dia também senhorita Dunbroch e não é "limpação" é limpeza geral, algo que seu quarto não vê há muito tempo.

Demorei  um pouco para assimilar aquela frase, parecia errado dizer "limpeza  geral"e "seu quarto" juntos. Fiquei encarando ela com cara de paisagem,  ela não tinha respondido a minha pergunta nem entendido que queria perturbá-la.

― Certo, então Maudie, por que essa lim-pe-za ge-ral tão cedo de manhã?

― Bem melhor! Bom pelo que eu saiba sua mãe mandou fazermos isso para a casa estar apresentável para a festa de hoje.

― Festa, que festa?

― Senhorita Merida, Elinor não lhe avisou?

Eu fiz uma cara confusa e disse calmamente:

― Avisou o que Maudie? ― Ela veio rápido em minha direção e disse dando um grande sorriso:

―  A festa para comemorar que você agora está cursando o primeiro ano e é  claro, o seu aniversário, já que seus pais vão viajar eles resolveram  fazer a festa hoje!

― Ahn, que legal Maudie, mas minha mãe conhece meus amigos?

―  Seus amigos? A não querida, não é esse tipo de festa, seus pais à  apresentarão para aos "amigos" chefes de estado deles! Você é a herdeira  mais velha, tem que seguir os passos de seus pais.

Juro que as  últimas palavras de Maudie ficaram ecoando na minha cabeça por um bom  tempo. Dei um sorriso forçado, daqueles que você dá para velhinhas  esquisitas na rua e desci as escadas, sempre escorregando pelo corrimão.  Olhe bem, minha casa é grande, bem grande. Meu pai Fergus é Prefeito e  minha mãe trabalha com alguma coisa parecida e eles dois ou melhor, minha mãe, quer que eu siga os passos deles, não preciso nem dizer o  que eu penso sobre isso.

Quando cheguei à cozinha (um pouco  estressada) vi que meus pais e os meninos estavam sentados na mesa como  uma grande família feliz. Minha mãe é uma mulher bonita, seus cabelos  que são bem longos e castanhos estavam presos em uma trança lateral e  ela usava uma roupa comum, jeans e uma camiseta o que para ela era bem  incomum. Já meu pai é totalmente diferente, ele é grande e bem forte,  seu cabelo ruivo e cacheado estava preso em um rabo-de-cavalo (que era  muito hilário) e sua barba ruiva e cacheada não combinava com o terno  que estava usando. Os meninos estavam vestindo todos a mesma roupa que  era uma bermuda verde escura estilo camuflada e uma camisa azul escuro o  que fazia a tarefa de descobrir quem era quem bem mais difícil. Sentei-me na mesa ao lado de um dos meninos e tomei café em silêncio, eles  já estavam acabando de almoçar. Quando minha mãe me falou sobre a festa  eu continuei tomando a minha xícara de café e ai cuspi ele de volta, fazendo Elinor me repreender. Começamos uma discussão enquanto meu pai  suspirava e folheava um jornal.

― Merida não levante a voz e tire  essa arma de cima da mesa!― Ela disse apontando para o meu arco, que eu  tinha pego antes de entrar na cozinha, mas só tinha posto sobre a mesa  quando ela falou da festa. Só para provocá-la é claro.

― Eu não vou tirar, se quiser tire você!― Retruquei apontando para ela.

―  Merida por que não podia ser uma adolescente normal? É só uma festa,  sua festa de dezesseis anos! Haja como uma dama!― Então ela pegou o meu  arco em um salto e completou: ― Veja isso como um incentivo.― Ai ela se  virou e começou a sair.Tentei tirar o arco dela mas ela o levantou sobre  a cabeça e como era mais alta que eu não consegui alcançar. Quando ia  subir na cadeira minha mãe deu um grito, me mandando descer. Eu desci com  a cara emburrada e olhei para ela dizendo:

― Pensei que uma dama nunca alterava sua voz, mamãe.

―  Agora chega Merida, passou dos limites. Se você se comportar  decentemente na festa eu penso em devolver esse objeto.― Ela disse  segurando o meu arco como se fosse uma coisa muito nojenta. Olhei para o  meu pai esperançosa mas ele nem levantou os olhos de seu jornal. Um dos  meninos tinha se enfiado em baixo da mesa e estava cantarolando uma  música esquisita e os outros dois estavam interessados em seus restos de  macarrão. Depois minha mãe saiu pela porta e subiu as escadas sendo  seguida por uma das empregadas. Logo depois meu pai se levantou dizendo:

―  Tenha paciência, pode não parecer mas você se parece muito mais com a  sua mãe do que eu na sua idade.― E saiu para uma conferencia ou algo do  tipo.

― Hunf― Bufei. Nem percebi quando os meninos saíram da mesa,  eu estava sozinha e a casa agora não tinha nenhum ruído nem os cães  latiam. Me sentei na mesa e encarei o meu café. Só mesmo eu para acabar  com a família feliz.

Depois de pensar nisso tive uma vontade de  chorar, de raiva, eu acho. Sai pela porta à batendo forte e fui em  direção aos estábulos, que ficavam a um quilometro da casa. Não me  importei de andar, só queria fazer uma das poucas coisas que me deixam  feliz, cavalgar Angus, meu Clydesdale branco e preto.



Depois  de andar por um tempo em Angus ouvi o maldito sino que era o "sinal" da  minha mãe para me chamar. Como Angus desde pequeno tinha sido treinado, ao ouvir esse barulho voltou correndo para casa, e não pude fazer nada  para detê-lo. O sol estava começando a se por, talvez fosse umas sete  horas. Ele parou bem perto da casa e deu um solavanco brusco que me vez  voar por cima dele e cair de cara na grama. Levantei-me mal humorada, ao  mesmo tempo que um dos porteiros passava por mim para levar Angus para  os estábulos novamente. Maudie saiu correndo da casa e veio ao meu  encontro e me levou/arrastou para dentro de casa reclamando da festa  começar em uma hora.

Depois de tomar um dos banhos mais demorados  da minha vida, o que deixou minha mãe louca e Maudie estressada fui  literalmente enfiada dentro de um vestido . Já com o meu cabelo, ai é outro  nível. Achei engraçado quando Maudie soltou um palavrão após meu cabelo  quebrar o segundo pente então, ela o prendeu em um coque alto e me  maquiou mesmo com os meus protestos. Eu realmente tenho medo de  maquiagem, acho que a ideia de poder ter seu "lindo rosto" derretido não  é algo exatamente "legal". Antes de sair do quarto tive que me  equilibrar em saltos e quase cai quando vi a família toda me esperando  do lado de fora. Meu pai tinha trocado apenas a cor da gravata, minha  mãe estava em um dos seus vestidos de festa favoritos e os meninos  estavam em ternos, cada um com uma cor de gravata.

― Own, Merida...está tão bonita.― Minha mãe disse com lágrimas nos olhos.

―Ahn, valeu mãe, você também tá legal.

Minha  mãe acompanhou os meninos escada abaixo em quando meu pai ficou comigo,  não sei porque estava com um frio na barriga. Lá de cima pude ouvir a  barulhada, devia ter muita gente. Muita gente que eu nem conhecia.

― Olha, você me dá cobertura e eu pulo a janela, que tal?― Eu disse sussurrando.

―Merida...―  Ele disse serio, mas depois acabou rindo. No andar de baixo minha mãe  começou a fazer um discurso e quando acabou Fergus me ofereceu o seu  braço e andamos pelo corredor até a escada.

Eu estava errada não tinha muito gente, tinha UM MONTE e não conhecia nenhuma delas.

―  Cuidado, eles farejam o medo.― Meu pai sussurrou, o que me fez rir. E  no meio da multidão, entre tantos rostos achei um par de olhos verdes  que pertenciam a um garoto que de alguma forma me pareceram familiar.

 


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Espero que gostem das minhas interpretações pessoais de como cada personagem é. Bjksssssssss até o/



Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "The Big Four - A Nova Geração" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.