Hope Can Be Born? escrita por Stuck In Dreams


Capítulo 5
Not So Safe


Notas iniciais do capítulo

GENTEE MEU DEUS,
que saudade, desculpa pra quem tava acompanhando a fic,
sérios mesmo.
Voltei e prometo tentar não parar de escrever...
Me desculpem se eu parecer um pouco perdida nesse capítulo,
mas é que eu passei uns 5 meses sem escrever nada!!
Enfim, espero que gostem.
Até lá em baixo...



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/603087/chapter/5

– Acordem... – ouvi a voz de Rick soar pelo quarto, tentei responder mas a única coisa que saiu da minha boca foi um grunhido.

– Tá bem, ein? – Carl falou irônico ainda coma voz falha por ter acabado de acordar.

– Idiota. – falei dando um tapa, que era pra acertar sua cara, mas devido a ausência de luz no quarto, acabei batendo na cama.

– É... você realmente não tá bem. – ele disse levantando da cama e indo abrir as cortinas. – Já acordamos pai.

– Se arrumem e desçam para tomar café, vamos procurar outro lugar, aqui não é mais seguro. – Rick nos avisou, e saiu da porta, pude ouvir seus passos enquanto ele descia a escada.

Levantei e peguei Judi que rolava na cama, a balancei no ar por um tempo, adorava ouvir suas gargalhadas, a entreguei para Carl, peguei minha toalha e me dirigi ao banheiro, tirei meu pijama e entrei no chuveiro, me concentrei na água que corria por todo meu corpo, aquilo me deixava extremamente relaxada, após enxaguar meus cabelos com o resto de shampoo e condicionador que tinha, me enrolei na toalha, escovei os dentes e fui andando em direção ao quarto, abri a porta e corei instantaneamente ao ver aquela cena.

– Meu Deus... – falei me virando de costas para Carl que estava só de cueca. – Oque diabos tu tá fazendo...

– Normalmente, quando dividimos quarto com alguém, nós batemos na porta antes de entrar... – ele falou meio irônico. – E a propósito, eu só tava tirando a roupa pra me enrolar na toalha e ir tomar banho.

– Desculpa se você não sabe oque é trancar uma porta. – não satisfeita com minha resposta, continuei... – E outra, por que tu não foi tirar a roupa no banheiro?

– Por que a lerdeza em pessoa tava lá. – ele falou se referindo a mim.

– Lerdeza em pessoa é o seu cu. – falei me virando pra ele. – E a propósito, o shampoo acabou!

– Também, com esse teu cabelo enorme, realmente não podia durar muito...

– EI, EI, EI... – Rick entrou gritando no quarto. – Não tá na hora de vocês dois pararem não? Parecem dois irmãos, faltam se matar.

Carl bufou e saiu do quarto, indo para o banheiro, Rick saiu do quarto e fechou a porta me deixando sozinha, me dirigi ao criado mudo pegando uma pequena estátua de porcelana no formato de estrela, fui até a janela e a abri.

– Garoto idiota... – falei arremessando a estrela pela janela e vendo ela se espatifar no meio da rua, revirei os olhos e abaixei a cabeça. – Como eu odeio brigar com ele...

Fui até a cômoda e peguei uma roupa dentro da minha mochila que estava lá em cima, fui até a porta e tranquei a mesma, me vesti e calcei meu coturno, me direcionei até o criado mudo pegando meu coldre, coloquei na minha perna e certifiquei-me de que minha Glock 9mm estava segura, escondi minha faca no coturno e coloquei a aljava com flechas para meu arco nas minhas costas, peguei o arco, voltei a cômoda, fechei minha mochila e a apoiei no ombro oposto ao que estava a aljava, me direcionei a porta e antes que eu pudesse destrancar ouvi batidas impacientes na mesma, revirei os olhos enquanto destrancava a porta e abria a mesma.

– Vem cá sua chata. – Carl falou e logo pude sentir braços ainda úmidos me envolverem.

– Ai, sai, você tá molhado... – tentei o empurrar, e adivinha? Tentativa falha, acabei cedendo ao abraço e soltei uma risada abafada, pelo fato de estar muito colada ao corpo de Carl. – Mas tu não consegue passar nem meia hora sem mim.

– Idiota, claro que consigo. – ele falou rindo e me soltando. – Agora sai, tenho que me vestir, vai coisa chata... tchau.

– Idiota é você. – falei com a boca colada na porta que ele tinha acabado de bater na minha cara, ri e sai andando.

Minhas brigas com Carl tinham se tornado cada vez mais frequentes, eu odiava isso, todo dia uma confusão, na maioria das vezes causadas por um motivo: nós sempre dividimos o quarto, sempre temos que dormir no mesmo quarto e isso gera aquelas confusões bestas típicas de irmãos, como Rick insistia em dizer...

– Eai baixinha? – Daryl falou assim que atravessei a porta da cozinha.

– Ooi caçador... – falei jogando minhas coisas na bancada, sentando na mesma e pegando uma maçã, eu odeio maçãs.

– Mas... e como foi a noite?! – ele falou rindo levantando e abaixando as sobrancelhas repetidas vezes.

– O seu cu, idiota. – falei rindo e lhe mostrando o dedo do meio. – Já te falei que ele é só meu amigo...

– Okay, okay. – ele levantou os braços em forma de rendição e eu ri.

Carl entrou na cozinha com Judith em seus braços, ele a pôs sentada ao meu lado e eu segurei sua cintura para que ela não caísse da bancada, ele foi fazer o leite para ela, Daryl saiu da cozinha e eu fiquei olhando para Carl enquanto ele colocava a água para ferver, depois virou para nós e ficou brincando com Judi, eu tava ocupada encarando aquela maçã e criando coragem para morde-la, assim que fiz isso não consegui controlar minha careta.

– Não gosta de maçãs? – Carl falou me encarando e rindo enquanto segurava as mãos da bebê.

– Não... – falei com uma voz estranha devido meus espasmos, oque só fez as risadas de Carl aumentarem e Judi o acompanhar, mesmo sem entender nada.

Estiquei meu braço entregando a maçã para ele, que deu uma mordida na mesa e foi terminar de preparar a mamadeira da Judi, eu desci da bancada e peguei a pequena no colo, comecei a andar de um lado pro outro enquanto ela brincava com meus cabelos, Carl veio em nossa direção com a mamadeira na mão e assim que ele me entrgou, ouvimos um estrondo, que fez com que eu instintivamente protegesse os ouvidos de Judith, olhei assustada para Carl que me olhava do mesmo jeito, entreguei a mamadeira pra Judi, me aproximei dele e puxei a arma de seu coldre, destravei a mesma e lhe entreguei.

– Vai lá fora e vê oque tá acontecendo... – falei enquanto andava em direção a bancada para pegar meu arco e minha aljava. – Eu vou ficar no nosso quarto com a Judi, vou tentar ajudar lá de cima.

– Ok... – Carl falou um pouco apreensivo enquanto andava em direção a saída dos fundos da casa.

Após pegar meu arco, fui andando devagar tentando não chamar a atenção de seja lá oque tinha causado aquele estrondo, comecei a ouvir tiros e alguns gritos, oque me deixou tensa, apoiei o arco em meu ombro, pois ele não iria ter utilidade alguma agora, já que estava segurando Judi e precisava de duas mãos para usar ele, não podia ficar desarmada, então deslizei a mão pela minha coxa até encontrar o coldre, peguei minha arma e a destravei.

Enquanto andava pela sala ouvi a maçaneta ser mexida, corri até a escada e quando estava no segundo degrau a porta foi aberta, me virei para mesma e vi um homem que tinha o dobro da minha altura adentrar a sala, ele segurava um machado, quando o mesmo se virou para mim, consegui ver seus olhos pretos e um W desenhado com sangue em sua testa, aquilo vez com que um calafrio percorresse por minha espinha, eu lembrava daquele símbolo, só não sabia de onde.

– Ora, ora... Oque temos aqui?! – ele falou batendo o cabo do machado na palma de sua mão e se aproximando lentamente.

– Ora, ora... Oque temos aqui?! – falei imitando sua voz, tentando disfarçar o meu medo. – Oque você quer?

– Eu não respondo perguntas de garotinhas atrevidas. – ele falou levantando seu machado e correndo em minha direção, levantei minha arma e atirei sem mirar, o tiro pegou no seu ombro, oque fez ele soltar o machado.

– Pois devia começar a responder. – falei mirando em seu joelho e atirando, fazendo ele cair. – A garotinha atrevida aqui, gosta de respostas.

– E pelo jeito gosta de brincar também. – ele disse em tom sarcástico se levantando e pegando uma faca.

– Na verdade sim. – disse mirando em sua cabeça e atirando. – Mas eu tô sem tempo.

Continuei a subir as escadas, cheguei ao quarto, entrei e tranquei a porta, fui até a cama e coloquei Judith na mesma, voltei a prender minha arma no coldre, me virei e fui até a cômoda, arrastei a mesma e a coloquei na frente da porta, para dificultar a entrada de qualquer um, fui até a janela que já estava aberta, me ajoelhei e peguei meu arco.

– Droga!! – deixei escapar ao ver cerca de vinte homens parecidos com oque eu matei atacarem o meu grupo.

Comecei a procurar Carl, vi que ele estava escondido atrás de um arbusto atirando nos homens mais distantes, me tranquilizei ao ver que ele estava seguro, vasculhei o lugar com meus olhos e meu coração se apertou ao ver Rick e Daryl cercados por mais ou menos seis homens que se aproximavam devagar, ambos estavam desarmados, mirei na cabeça de um dos caras e soltei a corda do meu arco, fazendo com que ele fosse para o chão, os caras avançaram, acertei mais três homens, enquanto Daryl tentava se livrar de um deles e Rick corria para pegar sua arma, mirei entre os olhos do homem que perseguia Rick e soltei a corda do arco, ele foi parar no chão, dando tempo para Rick pegar sua arma e atirar no cara que enforcava Daryl.

Ouvi a maçaneta do quarto se mover, olhei para a porta, comecei a ouvir pancadas fortes, levantei e peguei Judi que estava dormindo, coloquei a mesma em seu bebê conforto, fui até o armário que estava vazio e a coloquei lá dentro, fechei a porta e torci para que ela não acordasse, fui até a porta do quarto e a destranquei, me agachei ao lado da mesma, esperando que alguém a abrisse, armei meu arco e em questão de segundos uma mulher que tinha o cabelo completamente bagunçado começou a empurrar a porta, e pela pequena fresta mirei em sua cabeça e soltei a corda do arco, ouvi seu corpo sem vida se impactar contra o chão, corri para trancar a porta novamente e voltei a empurrar a cômoda para que a mesma ficasse mais colada a porta.

Tirei a Judi do armário e a coloquei deitada na cama novamente, fui até a janela e vi que a maioria dos homens estavam mortos, com exceção de dois que se encontravam amarrados e pareciam estar sendo interrogados por Rick, fui até a cômoda e a arrastei de volta ao se lugar, destranquei a porta, fui até Judith e a peguei novamente, deslizei minha mão até o coldre e peguei minha arma, sai do quarto e desci a escada, ouvi um barulho alto vindo da cozinha, destravei minha arma e adentrei a mesma, mirei em uma mulher loira que estava jogada no chão com as mãos na barriga, assim que me aproximei dela senti uma pancada forte na cabeça fazendo com que eu me desequilibrasse e soltasse a arma para segurar a cabeça de Judi, para que a mesma não se machucasse.

Mãos fortes puxaram meus tornozelos, fazendo com que eu deixasse Judi deitada no chão, um ruivo com uma faca nas mãos se sentou em cima de mim, fazendo com que eu soltasse um urro, devido seu peso sobre minha barriga, olhei para trás e vi a loira pegar Judith.

– Não toca nela, sua piranha. – gritei.

– Ei garota, fica quieta. – o ruivo falou. – Poupe sua voz para quando eu tiver arrancando suas tripas.

Ele levantou a faca acima de sua cabeça, eu sabia oque iria acontecer, ele enfiaria a faca em mim repetidas vezes, e a loira ia matar a Judi, Carl e Rick perderiam a pessoa mais importante para eles, meus olhos arderam, balancei minha cabeça para afastar esses pensamentos, eu não podia deixar aquilo acontecer, juntei todas as minhas forças e empurrei o ruivo para o lado, fazendo com que ele caísse de costas, me levantei rapidamente e tirei a faca do meu coturno, me ajoelhei a seu lado e enfiei a faca em seu pescoço.

– Mas que porra? – a loira falou ao se virar e olhar aquela cena.

Ignorei completamente ela, olhei para suas mãos e vi que ela estava desarmada, exceto pela faca em sua cintura, vi ela deslizar sua mão até a mesma, peguei minha faca e arremessei em sua mão, fazendo ela gritar de dor e largar Judith, me joguei para pegar a bebê antes que ela se impactasse contra o chão, puxei o pé da loira fazendo com que ela fosse de encontro ao chão, levei minha mão até sua cintura e puxei a faca.

– Sua vad... – enfiei a faca em sua testa antes mesmo dela terminar a frase e novamente senti um puxão forte em meus tornozelos, deixei Judith deitada no chão de novo.

– Virou mania agora? – falei me virando e dando de cara com o ruivo.

– Eu não morro tão fácil. – ele falou ao cravar sua faca que ia de encontro a minha barriga, mas eu rolei para o lado, fazendo com que a mesma fincasse no chão.

– É, nem eu. – falei me levantando e dando um chute em seu joelho e ouvindo um estalo.

– Sua puta. – o ruivo gritou devido a dor, corri até o canto da cozinha onde se encontrava minha arma, mirei em sua cabeça.

– Suas últimas palavras? – falei ironicamente enquanto destravava a arma.

– Voc... – ele começou a falar, mas foi interrompido por meu tiro.

– Eu tava só brincando. – falei irônica enquanto revirava os olhos, prendi minha arma no coldre.

Caminhei em passos apressados até Judith, peguei a mesma e a levei para fora da casa, sentei no degrau da entrada e fiquei analisando a pequena por alguns minutos, em busca de algum arranhão ou coisa do tipo, fiquei aliviada ao ver que não tinha nada; levantei e fui andando até Carl.

– Você tá bem? – falei entregando Judi para ele, que afirmou balançando a cabeça.

– E vocês tão bem? – ele falou me analisando com os olhos, provavelmente tentando achar algum machucado, depois fez a mesma coisa com Judi.

– Aparentemente sim. – falei deixando um longo suspiro escapar e levando as mãos ao cabelo, fazendo um coque, me virei e fui falar com o resto do grupo.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Eai gente? Esse cap deu pro gasto?
Por favor, deixem as opiniões de vocês nos comentários,
isso é muito importante pro desenvolvimento da fic.
Achei minha narração meio ruim nesse cap, oque vocês acharam?
É isso...
XO XO, MM.



Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "Hope Can Be Born?" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.