... Acabei de tomar café e subir para estudar, por mais que eu não queira,só conseguia pensar nele, aquele ingrato, não quero ele nem pintado de ouro, e ia me entregar aquele garoto, não acredito, estava estudando, quando meu celular tocou:

–Alo!

–Elisa ? É a Agatha...

–Ahh, oi Agatha, diga.

–Johnny dormiu ai ?

–Nem fale o nome desse garoto, por favor!

–Porque ?

–Odeio ele, não a mais idiota!

–Quando odeia demais, tem amor no meio, viu ??! --ela riu, e respondi sarcástica:

–Hahaha, amo demais, uma paixão minha filha, que chega choro.

Tentei ser seria, mas rimos juntas, continue:

–Sim, mas fale!

–Ensaio da banda hoje ta ? Aqui em casa...

–Banda ?! É que... Bom, hum, como falar...

–Desembuxa logo!

–Meu pai falou que eu não posso participar...

–Mas você vai participar querida, nem que tenha que te matar, você vai cantar naquela porra, ok ?

–Ta, calma, eu vou da um jeito...

–Isso mesmo, se vire, já nos inscrevi!

–Serio ?? Mas depois do concurso essa banda para ne ?

–Sim, não quero uma banda para me atrapalhar...

–Eu quero, só que não posso... --falei com um ar triste, e ela gritando, sim, gritando, ela não fala, e sim grita, falou(gritou):

–Sim, eu te dou 10 minutos, se não, Johnny vai te buscar!

Na mesma hora desliguei o telefone e comecei a me arrumar, não estava afim de ver a cara daquele moleque, coloquei uma regata branca, com um short jeans curto e uma sandália rasteirinha mesmo, não estava nem um pouco afim de me arrumar, mas fiz uma trança embutida no cabelo, peguei meu celular, e as chaves e então fui...

–------------------------Chegando lá----------------------------

Toquei a campainha, quem abriu foi a Megan (ou Meg como ela prefere)

–Lisa ???

–Meg ???

Nos abraçamos como amigas intimas, entrei e vi que tinha muita gente em algum lugar da casa com uma decoração bem obscura, usando bastante tons acinzentados, ela subiu, a seguir e abriu uma porta, logo vi muita gente o quarto todo bagunçado, gente fumando, bebendo, se pegando pelo meio, brigas, para ter noção de quanta gente tinha, logo que entrei procurava Johnny, estava preocupada, mas ele não estava, não sabia se deveria ficar aliviada ou preocupada, Agatha foi ate mim:

–Sabia que iria chegar procurando ele!

–Ele quem ?

–Johnny ?

–Que Johnny ?

–Não se faça de sinica...

–Johnny ? Ata, lembrei --rimos e continuei:

–Como vamos ensaiar aqui ?

–Não vamos, era mentira, só para fazer companhia a Johnny!

–Não vou...

–Ele ta bem mal.

–Não sou mãe dele!!!

–Ela morreu quando ele nasceu..

–Nossa --não sabia, fiquei bem assustada, e ela falando:

–Pois é, e o pai dele o odeia por causa disso, esse menino não sabe oque é amor de família, a família dele somos nós, seus amigos, além do pai dele dizer todo dia na maior cara de pau que a culpa é toda dele, então ele prefere beber para esquecer os problemas, porem, sabemos que só da mais problemas, não ajuda em nada, então vai la, e deixa o orgulho de lado menina...

Pensei em tudo que esse menino deve sofrer, então fui ate uma sala, ele estava sozinho, deitado e chorando, sentei ao seu lado e comecei a acariciar o seu rosto, ele olhou para mim, e sorri, ele perguntou:

–Porque esta aqui ? Sou um idiota, um grosso...

–É mesmo, idiota, grosso, mas quero ser sua amigona, quero te ajudar sempre, te ver sorri, sem chorar...

–Mas vou te magoar --olhei nos olhos dele, lindos olhos inclusive, olhei seria e enfim falei:

–Estou falando amizade, não quero nada a mais com você....

–Poxa, pensa nisso depois --rimos

–Ate triste você é esperto ne ??

–Claro, quem espera tempo ruim é jegue --e veio rápido e me beijou, por mais que eu quisesse, por mais que estivesse com muita vontade da sua boca não dava, falei que so amizade, vai ser so amizade, mordi a boca dele de proposito, ele olhou para mim com uma cara safado, entendeu como uma provocação e me deitou me beijando, levantei na mesma hora:

–Não!!! Não!!! Ta louco ??? Não mesmo!

–Mas não era isso que você queria ??

–Não Johnny, muito cedo, somos amigos, quer dizer, vamos ser amigos, quer dizer talvez ne ??

Peguei a mão dele, e fui com ele para frente do outro quarto e falei:

–Fica ai, vou para casa...

–Não quero!

–Teimosia do mundo todo --apertei as bochechas dele fazendo uma boca de peixe e continuei:

–Vai sim senhor, e logo!

Ele entrou resmungando, mas sabe de uma, não dei qualquer importância e sair.