Ela disse, Ele disse escrita por Beandrader


Capítulo 18
Paredes Brancas


Notas iniciais do capítulo

Olha eu aqui ! Adorei os comentários anteriores e espero ver vcs sempre assim, agora vai começar uma fase nova na fic, com personagens novos, revelações, brigas, e uma coisinha q eu sei que vcs adoram que são os hots ! Não serão muitos mas eu prometo tentar caprichar assim como tenho feito com a historia toda....daqui há poucos capítulos vcs vão saber de tudo que cerca o nosso enredo e eu sinceramente espero que vcs curtam ! Vou parar de falar pq sei que vcs tão ansiosos pra ler, e esse é só o começo...boa leitura!



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Eu andava de um lado para o outro. Aquelas paredes brancas, portas brancas, roupas brancas, tudo estava me levando a loucura. Porque tudo em um hospital tinha que ser branco ? Já faziam algumas horas que eu estava ali, esperando alguma noticia dela, e meu coração parecia se apertar cada vez que eu via alguém parecido com um médico transitar pela sala de espera. O bolo na minha garganta também parecia alojado. Desde a hora em que eu a encontrei ali no chão da cozinha, totalmente desacordada, parecia que um buraco embaixo de mim tivesse se aberto. Ela estava pálida, gelada, não parecia a Isabella, ou a Bella, parecia um corpo, e pensar nisso me rasgava por dentro. Não sei quanto tempo passei naquele conflito interno tentando entender em vão o que estava acontecendo com ela, e como foi que eu deixei isso passar. Sei que provavelmente passou-se mais de uma hora. Dandara continuava sentada, abraçada a Gael, e o Cobra estava encostado em uma parede encarando o nada. Eu sabia que Gael era namorado da minha "sogra" e estava ali tentando dar apoio a ela, mas o que o Cobreloa fazia ali? O único homem que Isabella precisava já estava ali, e era eu, seu namorado, e ela era minha. Minha namorada.

– Filho...você ta aqui faz um tempo já, se quiser ir embora...- Gael pedia a Cobra e eu torcia pra ele aceitar, não aguentava mais olhar pra cara dele

– Não pai, apesar de qualquer coisa a Bella é MINHA amiga...não vou deixar ela sozinha...- ele falava me encarando e eu senti meu sangue ferver ao ouvir a ênfase que ele tinha dado quando falou que ela era dele

– É, mas o NAMORADO dela, já está aqui, que no caso sou EU - falei firme e vi ele travar o maxilar, me olhando furioso e fechei os punhos

– Pena que ela tem um péssimo gosto...- ele falou baixo, mas não foi nada que eu não pudesse ouvir

– O que você disse ? REPETE ! - segurei-o pela camisa furioso, e Gael entrou no meio

– YO ! Chega os dois ! Ricardo Cobreloa, pra casa - Cobra tentou protestar mas ele continuou - A-GO-RA ! - minhoca bufou e eu fiz menção de rir, quando o mestre me olhou do mesmo jeito - E você ô seu...seu...menestrel do capiroto ! - ele berrou e eu me encolhi, apesar da valentia diante do Cobra, o mestre com certeza me intimidava - Se não quiser ser expulso do hospital também é melhor ficar quietinho e comportado ! - eu engoli em seco e apenas assenti, ele largou meu braço e eu bufei

– Familia da Isabella Duarte? - uma moça de branco que eu presumia ser a enfermeira apareceu na sala de espera atraindo nossa atenção

(...)

"Porque a vida que leva não é a mesma, que planejou quando era feliz, todo dia isso se repete ela procura um motivo pra sorrir..."– eu cantava distraidamente enquanto lavava a louça para logo depois guardá-la.

Tinha se passado um mês. Um mês que eu tinha percebido que nunca teria paz. Um mês que eu tentava lutar por Pedro. As dores de estômago não eram mais tão insistentes, e estava muito mais fácil resistir a qualquer tipo de comida do que antes quando tudo começou. Eu já não sentia aquela fome arrebentadora, eu conseguia me controlar e controlar meu organismo. Era difícil algumas vezes, mas nada que saísse do meu controle. Porém eu não sentia resultado em frente ao espelho. A cada dois dias eu fazia uma supervisão severa, analisando cada pedaço do meu corpo. Mas a impressão que eu tinha era que sempre estava maior, e não menor como eu gostaria. Toda vez que eu olhava em frente ao espelho eu sentia um desânimo absurdo, mas me lembrava do sorriso de Pedro, e reavia o ânimo para seguir em frente, e fazê-lo ser meu pra sempre. Eu amava aquele garoto com todas minhas forças, nunca imaginei que fosse possível sentir algo com essa intensidade, eu era capaz de tudo por ele, para mantê-lo perto de mim. E estava disposta a qualquer sacrifício. Nos últimos dias fora mais difícil, eu sentia os olhos dele sobre mim como se suspeitasse de algo e por mais contraditório que pudesse parecer, eu tentava evitá-lo, para não ter que dar satisfações de nada. Bianca estava radiante, feliz, nunca a havia visto tão feliz como no ultimo mês, sempre de bom humor e bem disposta, o que não anulava suas piadas sobre mim, mas agora carregadas de um humor negro. Eu evitava falar com ela, só na frente de mamãe que eu fazia um esforço maior, não queria preocupá-la com as minhas loucuras pessoais.

Olhei no relógio e marcava três e vinte da tarde. Estávamos na semana de provas, se fosse como antigamente eu provavelmente estaria estudando com Maria Antônia, mas como eu estava evitando seu irmão, para não criar suspeitas ou ter que ouvi-la me encher de perguntas, preferi manter um distância segura também, sabia que minha amiga iria entender. Continuei cantando, quando graças a minha extrema sorte, deixei escorregar um copo, que acertou a torneira se espatifando dentro da pia, sorte que era o último. Fechei a torneira, e passei a pegar os cacos dentro da pia, sem perceber acabei me cortando, que ótimo. As gotas de sangue começaram a escorrer e pingar ali dentro, e eu senti uma leve tontura. Merda. Abri a torneira e lavei a mão afastando o sangue que não parava de escorrer e a fechei novamente, pelo menos eu tinha uma consciência ecológica e sabia das atuais condições, que não me davam muita disponibilidade para gastar tanta água. Respirei fundo afastando a tontura que ganhava força dentro de mim, e fazia um peso em minhas pernas, me impedindo de ficar em pé direito. Respirei fundo novamente, e fui em direção ao banheiro, peguei uma toalha e voltei à cozinha secando as mãos. De repente....tudo escureceu.

(...)

– Como assim doutora ? - Dandara falava em um tom um tanto quanto desesperado, com Gael a seu encalço, e eu estava em pé um pouco mais atrás e só tentava absorver todas informações despejadas sobre nós.

– A Isabella, passou mal, na verdade, ela estava desidratada, a palidez e temperatura gelada já diziam por si só - a doutora disse, com aquela voz calma, tentando passar um pouco para nós três que ficávamos cada vez mais confusos

– Então quer dizer que foi só...um...mal estar né ? Logo ela vai voltar pra casa não é mesmo? - a esperança era nítida nos olhos da minha sogra. Mas a expressão da médica me fez entender que havia um motivo por terem demorado tanto a vir falar conosco.

– Eu sinto muito mas...- a doutora parecia tentar encontrar as palavras certas

– Mas ? - Gael perguntou elevando o tom de voz

– Mas ela ainda vai passar uns dias internada. A Isabella desenvolveu um caso grave de anemia, mas não é só isso, nós demoramos a falar com vocês, porque eu queria conversar com ela, e examiná-la bem, pra ter certeza das minhas suspeitas...que infelizmente foram constatadas - ela disse com um tom de pesar e eu finalmente me pronunciei desesperado

– Doutora, para de fazer suspense, além da anemia, fala logo o que a Bella tem ! - eu pedi tentando controlar o nervosismo que insistia em me dominar tentando me enlouquecer e ela suspirou respondendo.

– A Isabella desenvolveu, anorexia.


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Notas finais do capítulo

E ai ? Tadinha da bells né ? Ta fora da casinha coitada, mas tomara que ela perceba que nada disso vai ajudar né ? E o pedroso, como será que vai reagir ? Bom pra saber só lendo mesmo hahah provavelmente quinta ou sexta sai mais um, então é isso, não se esqueçam de comentar e me fazer feliz, incentivando meu humilde trabalho, porque duvidas e opiniões, criticas e sugestões tudo é bem vindo só n vale n comentar ! Não esqueçam de falar cmg no tt que é o @vittimaginar ! Beiju ❤



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