Quinn

Um erro? Como ela pode dizer isso? Eu é que sou idiota mesmo em achar que a Rachel havia gostado do beijo, mas não, ela me odeia, sempre vai me ver como aquela Cheerio má que a humilhava...

Droga!

Fiz o percurso até minha casa rapidamente, ao chegar em casa percebo que meus pais e minha irmã não estão lá... E isso é ótimo. Meus pais sabem ser bem inconvenientes quando querem. Desde que descobriram que tenho sentimentos pela Rachel vivem querendo que eu aprenda os métodos de conquista dos Fabray’s... Sim, meus pais são loucos, eu achei que eles iam pirar quando soubessem, mas pelo contrário, me apoiaram.

–O que está fazendo aqui? – Estava tão perdida em meus próprios pensamentos que não percebi que uma latina abusada estava deitada confortavelmente em minha cama.

–É assim que recebe suas amigas, Fabray? – Perguntou com um sorriso de deboche.

–Como entrou aqui, Santana? – Pergunto

–Seus pais me deixaram ficar aqui te esperando.

–Uhum – Resmungo, logo em seguida deixo todos os meus materiais em cima da mesa de estudos, pego uma roupa confortável e vou para o banheiro. Santana apenas me observa... Isso é estranho, ela nunca fica calada por muito tempo.

–Como foi com a Hobbit? – Ouço Santana perguntar.

Fico um tempo olhando para o meu próprio reflexo no espelho do banheiro...

–Tenho todo o tempo do mundo, Q, e sei que não foi nada bom a julgar pela sua cara – Fala a latina calma.

Suspirei e sai do banheiro...

–Podemos conversar amanhã? – Não tem como eu fugir dessa latina curiosa, mas hoje só quero esquecer essa história.E Santana pareceu entender isso.

–Claro, vem aqui – Santana me chama indicando um lugar na cama...

Deito – me perto da latina e ela logo me abraça, eu e Santana somos como irmãs, mesmo brigando sempre. Eu sei que ela sempre estará aqui quando eu precisar.

–Obrigada – Eu murmuro baixo e uma lágrima teimosa rola pelo meu rosto.

Santana apenas beija o topo de minha cabeça e me aperta mais em seus braços, deixei o sono me levar finalmente para o mundo dos sonhos, preciso ficar por pelo menos fora dessa dura realidade por algumas horas.

*-*-*-*

Rachel

Passei toda a noite sem conseguir dormir, não que eu precise, só se eu quiser é claro... Mas a culpa foi de certa loira que continuava a perturbar meus pensamentos e ainda havia a questão dos policiais que vieram a minha casa. Não devia ter voltado, minha vida estava ótima antes disso, mas é claro que eu tinha que está apaixonada e sentir falta de uma pessoa que fazia da minha vida um inferno... Parabéns, Rachel.

Logo chegou à hora de ir ao colégio, demorei o máximo que pude, não queria ter que ver Quinn... Sei que o colégio é enorme, mesmo que não tenhamos aula juntas hoje sei que vou acabar me encontrando com ela. O destino realmente gosta de brincar comigo.

As aulas passaram rápido para a minha felicidade, encontrei com a Quinn umas duas vezes nos corredores, mas ela simplesmente me ignorou... Claro que ela ia me ignorar, depois das besteiras que eu acabei falando.

–Olha só o que temos aqui – Ouvi alguns jogadores de futebol rindo e falando alguns insultos... Nada muda nesse colégio, devem está torturando algum aluno novo.

–Não, por favor.

Essa voz, eu conheço essa voz... Um estalo em minha mente me fez lembrar a quem pertencia à voz. Lise!

Chego bem a tempo onde eles estavam um dos jogadores de futebol já ia jogar raspadinha em Lise.

–O que está acontecendo aqui? – Pergunto em voz alta para chamar a atenção deles, tinhas alguns alunos perto do local e agora eles também estavam nos olhando...

–Cai fora daqui, Berry, ou quer um pouco também? –Fala David Karofsky.

–Vai em frente – Falo chegando mais perto dele

Acho que a expressão no meu rosto não estava muito amigável, Karofsky deu um passo para trás ao invés de vim me confrontar... Minhas mãos estavam fechadas em punhos e eu estava tentando me controlar ao máximo. Andei mais em direção a Karofsky até que ele bateu as costas no armário, o vi engolindo em seco, eu ainda nem fiz nada e ele já está com medo?

–Se chegar perto dela novamente eu acabo com você, David. – Falo entre dentes

–Karofsky – Ele me corrigi

–Não importa a droga do seu nome, vou repetir mais uma vez, Fica.Longe.Dela, entendeu? – Pergunto o segurando pela camisa.

–S-sim – Ele murmura.

–Ótimo, pode sair agora.

O ouvi murmura um “garota estranha” quando estava um pouco mais longe.

–Rach – Lise fala e me abraça... Lise pode muito bem se defender sozinha, mas não pode machucar um humano, são as regras. Só eu mesmo que nunca obedeço a essas regras.

–Ta tudo bem, você ta bem? – Pergunto abraçando ainda mais.

–Sim, estou – Ela fala e eu deixo um beijo no topo de sua cabeça.

–Não deixarei ninguém mais mexer com você, okay? Vamos para casa.

As pessoas que estavam no corredor ainda nos olhavam e entre elas estava Quinn Fabray, observando tudo com uma expressão indecifrável no rosto.

Chegando ao estacionamento do colégio vejo uma latina com uma cara nada amigável perto da minha moto...

Eu mereço!

–Podemos conversar Berry?

–Não, agora pode sair de perto da minha moto, por favor – Falo sem paciência, não tenho tempo para as besteiras de Santana.

–Só quando você falar comigo.

Respiro profundamente e olho para a latina que tinha um sorrisinho estúpido no rosto.

–Diz logo o que você quer – Falo revirando os olhos.

–Cai fora então pirralha, o assunto é entre mim e a Berry – Santana fala olhando para Lise.

–Pirralha é a...

–Lise! – A repreendo.

–Não a chame assim, Santana, e pode falar na frente dela.

A vejo murmura algo irritada.

–O que você fez com a Quinn? – Ela me pergunta e eu a olho sem entender nada.

–O que?

–Ontem a Quinn estava chorando de novo e tenho certeza que a culpa é sua – Santana fala bem irritada.

–Não te devo explicações, Santana, se quer saber algo pergunte a sua amiga e se era só isso me dê licença.

Santana fica sem reação e não fala mais nada... Então a Quinn chorou mesmo? Droga! Como eu sou idiota.

Puxei Lise que subiu rapidamente na moto e quando estava prestes a sair ainda pude ouvir o que a latina disse.

–Se eu encontrar Quinn chorando por sua culpa mais uma vez, Berry, eu acabo com você – Ela fala em voz alta, eu apenas ignoro.