Passado no meu Presente escrita por Malina Endou


Capítulo 1
One-shot


Notas iniciais do capítulo

Como prometi aqui está o vocabulário antes do capítulo!:

*-equipa: é o mesmo que equipe;
*2-relva: é o mesmo que grama;
*3-desporto: é o mesmo que esporte.

Se houver mais alguma palavra é só dizer! ^^ Mas em principio acho que são só essas!

A frase inicial do capítulo pertence ao Fudou.

Boa leitura! ^^



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Para de viver no passado e concentra-te no agora.

Todos se equipavam, com um sorriso nos lábios, preparando-se para o último jogo da equipa.(*)

Uma vez mais, o Japão chegou à final.

Como sempre.

Os meus companheiros, não podiam ser outros.

Para variar…

Assim como das outras vezes, o aborrecido do nosso estratega, para além de mim, repetia-me sempre que podia, ao passar por mim:

–Anima-te!

Simplesmente, limitava-me a ignora-lo. Ele sabe bem que não vale a pena chatear-me com esse tipo de palavras.

Além do mais, é isso possível?

Agora que olho bem para a equipa, tudo me parece igual desde há dez anos atrás.

Nada mudou.

A mesma equipa.

As mesmas pessoas.

O mesmo espirito e vontade de vencer.

Mas… Há algo diferente.

Levantei-me do banco onde terminava de calçar as chuteiras logo que ouvi o, sempre animado, capitão, chamar para nos dirigirmos ao campo porque o jogo ia começar.

Começámos a passar o enorme e escuro corredor, enquanto pensava nas vezes que já o tinha percorrido, fitando cada canto e jogador que por aqui passou.

O grande e vastado campo, coberto pela verdejante relva(*2), estava mesmo estendido à minha frente, como se chamasse por mim, como se gritasse o meu nome. Mas como sempre, era obrigado a vê-lo ser pisado e gastado por todos aqueles que corriam com imensa alegria pelo campo, tendo em mente, não só a vitória, como também o prazer da diversão.

O meu futebol é para delinquentes.

Foi o que sempre pensei, desde a altura em que comecei a pontapear uma bola, não só para me divertir mas também pelo prazer da vitória que hoje em dia ainda é aquilo que mais me motiva a não desistir e a melhorar todos os dias.

No intervalo, discutimos sobre erros que foram cometido e o que podia ser melhorado.

Jogar contra a Itália, nunca foi fácil. Já vem desde os tempos em que ainda estava no Inazuma Japão, na altura em que vencíamos porque nos conseguíamos sempre esforçar mais um pouco para não perder e chegarmos à final com a intensão de sermos os melhores do mundo.

Os melhores do mundo.

Aí está algo que também não mudou, além de que o capitão faz questão de lembrar a cada jogo que temos já para não falar dos treinos.

Quando voltámos a passar o escurecido local, ouvimos de novo os eufóricos gritos das pessoas que nos assistiam e o sol, brilhava intensamente tanto quanto os meus olhos ao saber que agora seria a minha vez de entrar em campo e dar a volta ao marcador.

Agora é que vai ser.

Era este o único pensamento que me passava pela cabeça, juntamente com um enorme sorriso nos lábios, dirigindo-me para a minha posição, vendo os meus companheiros fazerem o mesmo, enquanto gritavam algo como:

–Vamos lá!

–Isto ainda não acabou!

–Vamos ser campeões!

Todos eles, assim como eu, podíamos ter a certeza que o resultado do jogo mudaria, e com toda a certeza, que não será para o lado da Itália.

Começado o jogo, apercebi-me de algo. Que o que também nunca mudou foi ela.

Aquela esfera redonda de duas simples cores que toda a vez que entro em campo me rola em frente aos pés como se estivéssemos a brincar apenas um com o outro.

Isto, até que alguém ma roube, ela ter de ir brincar com outro dos meus companheiros ou ter que voar rapidamente para o objetivo que não só os jogadores de ambas as equipas mas todas a outras pessoas à nossa volta, tanto ambicionam, fervendo-nos o sangue e gritando com o pensamento de que vamos realmente vencer.

Porém, como tudo na vida, até aquilo que me faz mais feliz, correr e gritar até mais não, tem um fim. E, apesar da alegria que sinto, algo no meu peito queima, fazendo a única fraqueza que nunca tive o prazer de demonstrar a qualquer pessoa, sair pelas minhas esferas e escorrer-me pela face a baixo. Não por termos perdido, muito pelo contrário, o sabor da vitória sempre me sabe incrivelmente bem, e sim pelo final de algo tão disputado e que me deu tanto prazer de lutar assim como sempre deu.

A festa, uma vez mais, instalou-se no estádio com os gritos eufóricos dos fãs e a correria dos meus companheiros. Tudo isso enquanto eu me dirigia de novo para o balneário, dispensando fazer festa com todos eles, apesar do sorriso não desaparecer do meu rosto.

–Bom jogo!

–Ótimo trabalho!

Ao que parece a festa já havia terminado, pois assim que começaram a passar por mim, essas palavras era o que todos me diziam ao passarem e eu limitava-me a encolher os ombros apesar da curva nos meus lábios não desaparecer ou diminuir por nada.

Enquanto caminhava, parei… Parei ao sentir algo diferente passar por mim, indo em direção às escadas que davam acesso ao local que queria voltar.

Olhei por cima do ombro e foi aí que vi… Que me vi. Vi-me a mim mesmo há anos trás, quando a Inazuma Japão ainda fazia parte da minha vida. E vi também os meus companheiros passarem por mim, batendo-me ao de leve nas costas sempre com sorrisos nos lábios.

Foi então que aquele eu, parou. Olhou-me também por cima do ombro e sorriu, antes de se voltar de novo para a frente, voltando a correr em direção ao único amor da minha vida.

Isso é algo que também nunca mudou.

A paixão ardente que sinto pelo incrível desporto(*3) que é o futebol, jamais se modificou e jamais irá acontecer tal coisa. Nada, nem ninguém consegue substituir a emoção que cada jogador e pessoa sente ao pontapear uma simples bola.

Só então me apercebi de algo, o que me fez voltar para a frente caminhando novamente com um grande e aberto sorriso, como se por momentos fosse o próprio capitão.

Por mais que tente mudar, por mais rotineira que eu ache a minha vida e pense que nada mudou… Isso é mentira!

Eu mudei! Tudo mudou! Mas há uma coisa que continuam bem vivas e que nunca mudará. A paixão ardente que sinto no peito, pelo desporto mais incrível de todos.

Porque afinal…

“O Passado está no meu Presente”


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Notas finais do capítulo

Bom, espero que tenham gostado! ^^ Eu pelo menos gostei de escrever e do resultado da one!

E assim como o Fudou, espero que apesar de acharem que ver Inazuma cansa ou que se começa a tornar rotina, lembrem-se que esse anime pode ter mudado a vossa vida, por muito pouco que tenha sido! Pelo menos comigo, isso aconteceu!

E por fim, a página do Facebook onde foi organizado o evento pela Kokoro Tsuki: https://www.facebook.com/groups/312859772218704/

Kissus!



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