The Little Trickster escrita por Heathen


Capítulo 1
A Vida do Pequeno Brincalhão


Notas iniciais do capítulo

A fic se passa na décima temporada de Supernatural, bem após os acontecimento do episódio 10x14 (The Executioner Song), sem muitas alterações da história original, exceto pelo detalhe de um dos personagens (e também uma pequena alteração no Castiel). Espero que gostem da minha história.



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Des Moines, Iowa.

Num apartamento qualquer do subúrbio de West Des Moines, lá pelas dez horas da noite, um jovem de pouca idade assistia a reprise de Breaking Bad na AMC, sentado em sua poltrona vermelha. O seu apê era bem pequeno, mas tinha muitos móveis, mas nenhum comprado por ele. Mesmo não trabalhando e não tendo nenhum fiador adulto, o rapaz de dezoito anos assistia o seu programa numa TV de 61 polegadas, enquanto enchia a mão de MM’s, que estavam num pote cheio daqueles disquetes de chocolates.

Aquela era a vida pacata e tediosa de Aaron Benningan, pelo menos na maior parte do tempo: acordar, tomar banho, assistir TV, comer doces de forma exagerada, e as vezes, quando tinha sorte, transar com alguma garota gata. Tudo isso sem necessariamente precisar sair de casa. Ah, o século XXI e as suas facilidades... Mas as coisas eram muito mais complicadas para Aaron do que para um simples garoto da sua idade.

Qualquer rapaz sedentário e sem objetivo adoraria aquela vida. Mas para ele, a vida se resumia em se mudar periodicamente, indo para lugares onde ninguém conhecido o encontraria, onde ele não seria um alvo.

E pensar que tudo isso começou no dia em que criaturas aladas cairam do céu.

Aaron espanta aqueles pensamentos como quem espanta uma mosca. Ele encara a TV, cansando-se daquela lenga lenga que era a segunda temporada de Breaking Bad. É muito drama e pouca ação, pensava Aaron. Gostava mais da terceira temporada em diante.

Piscou os olhos, e então a televisão mudava de canal imediatamente, indo para uma reprise da NBA. Aaron não gostava muito de assistir basquete. Piscou os olhos de novo, e então parou na HBO, onde passava Game of Thrones. Não, ainda não tinha lido o livro todo. Parou num canal chamado Sexy Hot. Ficou observando a televisão por alguns segundos, pensou bem... E estalou os dedos, desligando assim o aparelho.

- Merda de programação. – reclamou. Estava quase pensando em que tipo de filme poderia assistir agora. Já tinha visto vários, e não tinha vontade de ver nenhum novo atualmente.

Decidiu então que jogaria um pouco de video-game. Estava quase zerando o novo Call of Duty. O jogo estava carregando, quando ele sentiu que algo estava acontecendo do lado de fora.

O tempo, antes limpo e tranquilo, começava a mudar.

Em segundos, uma forte chuva começava a cair, quase como um mau presságio... Era o sinal de que ele precisava sair dali imediatamente. De repente as luzes começaram a falhar, quase como se a chuva tivesse balançando os fios elétricos do lado de fora, dificultando a passagem de luz para o apartamento. Mas Aaron sabia que não era apenas isso, e ao julgar pelos tremores que aconteciam no lugar, ele podia ter certeza.

Algo ruim estava prestes a acontecer.

Saiu da poltrona onde estava sentado, correndo até o criado mudo branco, onde abriu a primeira gaveta, tirando uma adaga prateada que carregava consigo desde que o primeiro anjo invadiu a sua casa. Um episódio que traz terror ao jovem Aaron.

Mal ele puxou a faca, um homem de terno e gravata aparecia em sua frente. Tinha os olhos negros e o cabelo escuro, quase como se fosse um mexicano. Ele também tinha uma adaga na mão, mas as suas intenções eram muito mais obscuras.

- Sua hora chegou, criatura imunda. – o homem dizia, andando na direção do garoto.

Aaron passou por aquela situação muitas vezes na sua vida. Geralmente conseguia se esconder daquelas criaturas por uma ou duas semanas, mas ele já estava em Des Moines há dois meses, já conseguindo criar um laço de amizade com o dono do apê, um velhinho com uma sobrinha de pouca idade, e que sempre usava roupas curtas. Nenhum deles sabia da sua verdadeira história e o porque dele ter se mudado para aquele lugar tão pobre. Por um tempo, Aaron achou que não seria mais incomodado, o que lhe fez se acomodar e se distrair.

Um erro que ele não iria mais cometer.

- A sua hora também chegou... – Aaron respondeu, estalando os dedos, fazendo as luzes da casa se apagarem.

O anjo, que antes estava indo na direção do alvo, parou de andar, segurando firme a adaga na sua mão direita. Olhava para todos os cantos, a procura do seu inimigo, mas não conseguia achá-lo, e nem sentir a sua aura. Esse maldito é bom de esconder seu rastro. Pensou o anjo, girando a arma branca em sua mão. Sabia que outro anjo estava prestes a chegar, mas queria finalizar com aquilo logo.

Aquele maldito Nephilim estava sendo uma dor de cabeça para ele e o seus irmãos.

Ele passou da sala para o corredor, olhando para todas as portas. O lugar não era muito grande, então só tinha entrada para um quarto, uma cozinha e um banheiro. Entrou primeiro na cozinha, a porta a sua esquerda, e não encontrou nada. Do lado direito ficava o seu pequeno quarto. Resolveu entrar lá. Olhou debaixo da cama de casal para ver se achava algo, mas não viu ninguém. Seus olhos então rolaram para o armário, e tomou a decisão de abri-lo.

Abriu a primeira de três portas, e só encontrou algumas roupas e livros, além de alguns DVDs e revistas pornôs. Sabia que não encontraria muita coisa na segunda porta, por ela ser menor. Mas quando a abriu, encontrou uma mensagem para ele, escrita num papel qualquer. Ao pegá-la, leu-a rapidamente, mesmo no escuro.

TENTE NA PRÓXIMA, OTÁRIO!”

Assim que ele terminou de ler, um segundo anjo apareceu na porta do quarto de Aaron. Esse tinha o cabelo loiro e os olhos verdes, e uma aparência européia, quase como se o seu receptáculo tivesse vindo de lá. Quando ele chegou, o primeiro entregou o papel para ele, que leu rapidamente.

- Ele está mentindo para a gente. – o segundo comentou.

- Então aonde ele está? – perguntou o moreno.

- Bem aqui. – quando o som da sua voz foi ouvido pelos dois anjos, as luzes da casa se acenderam.

Eles se viraram para Aaron, e logo o quarto, antes cheios de móveis, estava vazio. O garoto tinha um sorriso vitorioso no rosto, daquele que já sabe que a batalha está ganha. E estava mesmo, mesmo que os dois anjos não quisessem admitir. O anjo de aparência latina resolveu atacar o Nephilim, dando alguns passos para frente. Seu companheiro apenas observou, não podendo perceber o que vinha por trás dele.

Tudo que o anjo loiro pode sentir foi uma adaga atravessando o seu peito, de trás para frente, enquanto ele gritava uma última vez pela dor do golpe. Assim que o seu corpo desfaleceu no chão, o seu irmão de guerra virou-se para trás, espantado e raivoso com o movimento trapaceiro de Aaron.

- Agora você deve estar se perguntando... Qual dos dois eu ataco?

Aaron, aquele que matou o anjo, sussurrou, rodeando o inimigo, junto com a sua outra versão, ou o seu clone. Os dois encaravam o anjo com desdém, quase como se ele fosse uma refeição a ser apreciada, e depois saboreada.

- Criatura maldita... Você não deveria nem existir. – amaldiçoou o anjo, jogando toda a sua raiva e o seu medo para fora. Estava prestes a morrer mesmo. – Pode não ser eu aquele que ceifará a sua vida imunda, mas saiba que um dia você cairá.

- Mimimimi, nós vamos te matar, mimimimi aberração. – Aaron diminuia a voz, imitando o anjo, só para tirar com a cara dele. – Vocês não sabem dizer outra coisa não? Já tá ficando chato esse discursinho tosco ae. – zombou.

Irritado e extremamente convencido a dar a vida por sua causa angelical, o anjo correu na direção do garoto, com a arma em punho, fincando-a no peito dele. Ao ter a carne penetrada por aquela adaga, a expressão sarcástica no rosto de um dos Aaron desaparecia, dando lugar ao pavor da morte. Ele arregalava os olhos azuis, olhando para o inimigo, quase como se o enxergasse como o seu algoz.

Quase.

- Tolo. – ele sussurrou, desfazendo a expressão penosa, e assumindo um rosto maligno, enquanto ele desaparecia, dando chance do segundo Aaron enfiar a adaga na sua cabeça, bem no couro cabeludo. Uma forte luz emanava do corpo do moreno, assim como emanou do outro anjo, e por fim, ele morreu.

Assim que terminou, Aaron observou aquelas duas criaturas no chão. Naquele momento ele sabia a verdade... Não poderia ficar mais ali.


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Notas finais do capítulo

Espero que gostem da minha primeira história na Nyah.



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