Broken Promisses escrita por Grazy


Capítulo 2
He is Back


Notas iniciais do capítulo

Pessoas lindas!
Confesso que quando pensei nessa fic, tinha um certo medo de rejeição pelos leitores, mais com esse 13 comentários, eu posso deduzir que as pessoas a aceitaram de verdade, bem escrevi esse capitulo muito animada, espero que gostem, e comentem.

Boa leitura, cupcakes!!!



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Depois de carregar Adam até o quarto eu o arrumei de baixo das cobertas, o deixei aquecido e sai do quarto apagando as luzes, limpei a sala tirando os restos de pipoca e sorvete que ainda restavam no sofá, quando finalmente terminei me sentei pegando uma revista, mas aparentemente o caderno de desenho do Adam acabou já que todas as paginas estavam completamente riscadas, a campainha tocou e eu me levantei para atender.

– Oi. – Caroline me cumprimentou entrando diretamente no apartamento.

– Eu realmente me pergunto o porque do porteiro nunca te anunciar. – Bati a porta e a segui até a sala.

– Ele gosta de mim, mas me conta oque aconteceu com o Adam? – Me sentei na poltrona ficando de frente pra ela.

– O pai, você sabe para garotos ter um pai é muito importante, um garotinho da escola implicou com ele por isso e ele acabou se machucando – Ela me lançou um olhar compreensivo – Oque me assombra é que por mais que eu deseje, isso nunca vai passar, ele sempre será o garoto sem pai, quando eu descobri que teria que fazer tudo sozinha, eu me apeguei na esperança de que seria uma menina, tinha que ser, mas como nada que eu espero acontece estou tendo que passar por isso, quer dizer, não que eu trocasse o Adam por qualquer outra criança, mas uma menina seria tão mais fácil.

– Seria mais fácil na hora de dar presente também, e falando nisso, nós vamos voltar para Toronto no aniversario do Adam, peguei na internet esses modelos de festas, na mais simples nós alugamos esse salão e escolhemos a decoração – Ela me esticou uns pedaços de papel – E na minha favorita, nós vamos para a antiga pousada da minha família e fazemos simplesmente a melhor festa de todos os tempos, por um final de semana inteiro.

– Car, olha pra mim – Coloquei os papeis em cima da mesinha de centro a encarando – O Adam só quer uma festinha, não precisamos nem voltar, alguns presentes, brinquedos e acabou.

– Nada disso, você pode até ser a mãe dele, mas não tem a menor ideia do que é uma festa de verdade, eu resolvo isso, presente e brinquedos? Você pirou? Oque eu faço com a minha lista de convidados? – Ela parecia realmente ofendida.

– Tudo bem, você organiza isso então. – Ela abriu um sorriso vitorioso.

– Ótimo agora eu tenho que te dizer o quanto o sócio do Klaus é lindo. – A olhei surpresa.

– Klaus? Já estão se chamando pelo apelido? – Ela revirou os olhos – Não revire esses olhos pra mim mocinha, é feio.

– Ok, não sai de perto da minha mãe para minha melhor amiga se transformar nela, ok? – Eu tenho esse complexo de mãe desde que Adam começou a falar, eu simplesmente repreendo as pessoas como se elas fossem crianças, Caroline já chamou até um psicólogo, ele disse ele simplesmente riu quando ela disse o motivo.

– Tudo bem, desculpe, você sabe que eu tenho essa coisa, mas me diz como você pretende fazer essa festa, que ainda temos mais de um mês para planejar. – Ela voltou a me esticar os papeis.

– Essa é a antiga pousada da minha família, foi do meu avô, quando ele morreu passou para o meu pai, meu pai não sabia oque fazer então fechou o lugar, quando ele morreu passou para mim, e eu não tenho planos de ter uma pousada, então eu desativei a casa e tem uma mulher que cuida para que as coisas não fiquem cheias de pó, você vai adorar, é cheio dessas coisas velhas que você gosta. – Ela parecia muito animada.

– Tem certeza que um lugar cheio de coisas antigas é lugar para uma festa de criança? –Ela deu de ombros.

– Eu já mandei que eles trocassem os moveis por novos, de todo jeito vai ir muita gente e teremos quartos suficientes para todos – Ela me deu algumas imagens de desenhos animados – Esse são os possíveis temas, peguei isso com um bufê que faz também a decoração, nós vamos ter que fazer uma encomenda enorme com eles.

– Car, você está mais ansiosa do que eu e o Adam juntos, é só uma festa, oque significa comida, amigos e presentes. – Ela só deu de ombros.

– Eu já mandei fazer os convites e tem um especial para uma pessoa especial – Ele me cutucou, a olhei confusa – Aaron, Aaron Whitmore, o seu quase noivo.

– O Aaron é passado Caroline. – Garanti ligando a televisão.

– Um passado muito gostoso diga-se de passagem. – Peguei uma das almofadas jogando nela.

– Um passado que passou, e que não volta mais. – Ela riu e jogou a almofada de volta.

– Porque você não quer, ele ainda é apaixonado por você e adora o Adam, teria resolvido seu problema de paternidade...

– Não use meu filho como desculpa, eu só não me sinto assim com ele, não vejo ele como alguém para eu passar o resto da minha vida e...

– Ele te pediu em casamento e você fez ele passar vergonha, não se sente culpada? – Neguei.

Aaron era um amigo, quando eu voltei para Toronto já gravida ele me ajudou muito, quando o Adam tinha uns dois anos, eu e o Aaron começamos a namorar, isso durou uns 6 meses, quando ele me pediu em casamento e eu disse que não, ele saiu de Toronto e foi para a cidade natal dele, não posso dizer que me sinto culpada por não ama-lo.

– Não, e se eu fosse você começa a vasculhar as redes sociais no Klaus em vez de ficar aqui me enchendo. – Ela se levantou rapidamente.

– Tem razão, eu esqueci de fazer isso – Ela bateu a mão na testa – Fica com as opções de decoração para a festa e pede pro Adam escolher, eu já vou indo.

Ela me deu um abraço de lado e saiu batendo a porta, guardei todas as opções de festa e coloquei dentro de uma caixa, desliguei a televisão e apaguei as luzes indo na direção do meu quarto, dei uma rápida passada no de Adam vendo-o dormindo, fechei a porta e fui para o meu banheiro tomando um rápido banho e colocando meu pijama, me escondi na cama sentindo o frio de Londres entrar pela janela, virei na cama e vi a foto de Adam no porta retratos, tentei não pensar em Damon, mais foi impossível e aquele sonho novamente me assombrou.

***

– Mamãe? – A voz fraca de Adam me acordou, ele estava coçando os olhos parado na porta do meu quarto.

– Sonho ruim? – Perguntei me sentando e ele negou ainda parado lá.

– Não, acho que estamos atrasados. – Olhei para o relógio no criado-mudo, e me assustei ao ver a hora.

– Você acha? Eu tenho certeza, vai tomando seu banho que mamãe vai fazer o café. – Ele assentiu.

– Estou indo. – Ele se virou andando até o seu quarto.

Corri para a cozinha e fiz um café rápido, coloquei alguns biscoitos recheados para o Adam comer com o leite e deixei seu leite pronto, tomei um rápido café e assim que terminei ele entrou na cozinha, ele já vestia seu uniforme e estava todo arrumadinho, dei um beijo em sua bochecha, sentindo um perfume delicioso.

– Se você fosse uns seis anos mais velho acharia que você esta tentando impressionar uma garota, não é isso, certo? – Ele assentiu comendo os biscoitos.

– Hoje tem aquela apresentação, você esqueceu? – Olhei para a geladeira e lá tinha um aviso “Apresentação Adam, 13:00, sobre a historia britânica” – Você esqueceu?

– Não, é claro que não, lembro até que você ia fazer um príncipe – Ele assentiu voltando para a comida – Prometo que vou tentar chegar a tempo.

Corri para o banheiro tomando um banho e me vestindo, olhei para o relógio no criado mudo, se eu chegar atrasada hoje tenho certeza que a Car me mata, peguei as chaves do carro e sai correndo do quarto, Adam estava sentado assistindo televisão com a mochila do seu lado, assim que me viu ele se levantou desligando a televisão.

– A tia Caroline ligou – Ele falou enquanto entravamos no elevador – Disse que os dois homens já chegaram, e que ela vai matar você, e me desejou sorte na peça.

– É meu filho, deseje sorte pra mim também. – Assim que o elevador abriu nós passamos correndo pela portaria, coloquei Adam no banco de trás e entrei no carro dando partida, fui o mais rápido que pude até a escola, assim que eu parei na porta, dei um rápido aceno para a professora – Não se meta em encrenca, eu vai ficar de castigo.

– Pode deixar. – Ele falou cabisbaixo enquanto eu soltava o seu cinto, coloquei a mão em seu queixo erguendo sua cabeça.

– Você vai se sair bem, tenho certeza. – Ele sorriu me dando um beijo e descendo do carro.

Logo depois que ele entrou na escola eu voltei a acelerar, quando as coisas tem que dar errado elas realmente dão, um acidente interditou a rua que me fazia chegar mais rápido ao trabalho e tive que levar quase o dobro do tempo, quando entrei no prédio eu só dei um rápido “oi” para as meninas que estavam no térreo e subi o mais rápido possível, assim que cheguei a porta da sala de Car parei ouvindo as vozes de dentro.

– Vocês realmente me desculpem, minha sócia não costuma demorar tanto. – A voz de Caroline estava nervosa, eu podia ver seus olhos furiosos assim que eu entrasse pela porta.

– Desculpe você o mal jeito do meu sócio, ele está prestes a noivar e está nervoso, por isso disse essas coisas. – A voz de Klaus era tranquilizadora, podia até imaginar esse sócio, um velho de carranca que vai se casar com uma criança que vai extorquir ele daqui a alguns anos.

Respirei fundo separando minha coisas na maleta, liguei o notebook colocando no projeto e peguei as anotações deixando da maneira mais fácil de pegar, suspirei antes de entrar na sala, só precisaria recitar o discurso que já estava na minha mente.

– Desculpem o atraso, eu acordei um pouco tarde e tinha um acidente no cami... – As palavras travaram na minha garganta quando vi imensos olhos azuis me fitando, um pouco surpresos, Caroline estava me olhando furiosas, oque acabou quando ela viu as lagrimas se formando em meus olhos, fechei os olhos impedindo que ela caíssem – Da... Damon?

– Elena? – Não aquilo não poderia ser real, era um sonho, não... um pesadelo, não podia ser real, tentei me recompor, eu jamais demostraria fraqueza diante dele, mais minhas mãos estavam tremendo, e eu as escondi nas costas.

– Vocês se conhecem? – A voz de Caroline ficou abafada quando os braços de Damon cobriram meu corpo, eu estava estática, não conseguia me mexer, mas aquele abraço também serviu de despertador, me desvencilhei dele, e olhei no fundo de seus olhos, nem um pingo de remorso ou culpa.

Minha mão se levantou automaticamente e deu um belo tapa em seu rosto que o fez perder o equilíbrio, eu estava perdendo a batalha com as lagrimas, me virei sentindo-as caindo, corri da sala ouvindo os gritos de Caroline, minha sala era de frente pra dela então assim que eu bati sua porta, abri a minha e a tranquei me encostando nela, agora as lagrimas realmente estavam tomando conta de mim, aquela sensação não era bobeira, algo ruim iria acontecer... aconteceu, não faço a menor ideia do tempo que fiquei lá parada, chorando como uma condenada, algumas batidas na minha porta me fizeram acordar.

– Quem é? – Perguntei tentando esconder os soluços.

– Sou eu, abre a porta Elena. – Assim que reconheci a voz de Caroline me levantei do chão abrindo a porta e a puxando para um abraço, ela retribuiu sem fazer perguntas, também não acho que conseguiria responder alguma, ficamos assim por um tempo até que ela me soltou, e se virou fechando a porta, fui até o pequeno sofá da minha sala me sentando ela veio logo em seguida colocando minha cabeça em seu colo – É ele, não é?

– Não sei se é ele, ou se tudo foi um pesadelo, uma invenção da minha cabeça, aquilo foi real? – Ela assentiu – Porque ele apareceu agora?

– Lena, você deveria ter me dito o nome dele, ou no mínimo uma característica física, eu jamais teria aceitado esse contrato se soubesse. – Ela passou as mãos nos meus cabelos tentando me acalmar, exatamente como eu fazia com Adam... Adam! Me sentei no sofá rapidamente.

– Adam! E se ele tentar tirar o Adam de mim? – Ela fez uma cara preocupada.

– Acho que não, ele não pareceu entender o porque você bateu nele, alias, belo tapa – Ela riu e eu também – Acho que ele deve ter... sei lá, esquecido.

– Esqueceu que tem um filho? – Balancei a cabeça incrédula – Ou será que ele acha que eu tirei?

– Não sei, mas ele é irritante, você se atrasou 20 minutos e ele ficou todo estressado, como se uma bomba fosse cair na nossas cabeças se você não chegasse. – Ela fez uma careta.

– Que me dera não ter chegado, a bomba caiu na minha cabeça. – Ela passou a mão no meu braço.

– Sinto muito, nós não podemos cancelar esse contrato, se fizermos isso vamos a falência, mas não precisa ser você a arquiteta. – Ela se mostrou compreensiva.

– Eu vou fazer isso, e ele está noivo... não é? – Ela se mexeu desconfortável no sofá.

– Foi oque Klaus disse, o nome é Lisa, é filha de um empresário de Nova York, ele vai pedir ela em noivado em dois dias. – Ela tentou falar calmamente.

– Ótimo, que ele comece a vida dele, e você tem que me prometer, em hipótese alguma você vai falar para o Mikaelson ou para ele sobre o Adam, promete? – Ela assentiu, e o telefone da minha sala tocou – Atende pra mim?

– Só porque você está triste, sua folgada – Ela se levantou falando alguma coisa no telefone e se virou pra mim – Damon está subindo.

– Oque? – Perguntei me levantando.

– Ele quer falar com você – Ela olhou no relógio – A peça do Adam, você vai perder.

– Não, eu não vou decepcionar o meu filho. – Peguei meu celular e a chave do carro.

– Não volto hoje. – Garanti e sai da sala, ela tentou dizer alguma coisa, eu não ouvi oque, fui até o elevador vendo e quando o mesmo abriu Damon estava lá parado, respirei fundo entrando no mesmo e apertando o botão do térreo, ele me olhou perplexo por um tempo, mantive a cabeça erguida olhando para o meu reflexo no espelho.

– Você não vai falar comigo? – Ele perguntou se aproximando, por sorte o elevador abriu e eu sai em disparada – Não pode fingir que eu não existo! – Não foi exatamente isso que ele fez comigo? Fingiu que eu não existia, cheguei ao estacionamento enquanto ele ainda me seguia – Fala comigo, Lena.

– Elena Gilbert pra você. – Abri a porta do carro me enfiei dentro, ele deu a volta no carro e entrou no banco do passageiro antes que eu trancasse as portas.

– Agora vai ter que falar – Ele riu olhando para frente, um belo sorriso, admito, mais que já me fez sofrer muito – Porque está me tratando assim?

– Saia do meu carro ou eu chamo a policia. – Ele me olhou perplexo por um tempo e então saiu.

Dei partida no carro, e correndo para a escola do Adam, cheguei durante a metade da peça, me sentei em uma das cadeiras, mas eu não conseguia prestar atenção em nada, toda vez que eu olhava Adam no palco eu via Damon, e meus sentimentos já estavam bagunçados demais, tentei me concentrar na peça, não conseguia, tudo que eu ouvia era o barulhinho de um relógio, uma bomba prestes a explodir, Damon simplesmente não podia voltar assim pra minha vida.


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Notas finais do capítulo

Gostaram? Me conte nos comentários, com 5 comentários eu posto o próximo.
Beijinhos.