NARRAÇÃO DO BANGUELA

A poção estava pronta, podíamos finalmente voltarmos a sermos dragões e al mesmo tempo humanos, isso seria incrível.

Banguela- Já podemos beber?

A Anciã fez uns sinais e o Bocão traduziu.

Bocão- Não, ela disse que essa poção é muito poderosa, se a tomarem agora, pode ter um efeito indesejado, é melhor esperar até amanhã, até lá, a poção já deve estar estável.

Soluço- Certo.

Todos nós fomos para casa, e passamos pelo Melequento e o Dente-de-anzol de novo.

Dente-de-anzol- Como é que foi? Já podemos voltar a ser dragões?

Banguela- Ainda não, temos que esperar até amanhã.

Melequento- Ai, que dor, isso é uma tortura, ninguém merece, meus deuses.

Dente-de-anzol- Eu vou ficar tirando os espinhos, depois agente se vê.

Banguela- Tá certo.

Eu e o Soluço continuamos andando e ouvimos os gritos do Melequento, o que era muito engraçado.

Melequento- Ai, meus deuses, essa dor é agoniante, temos não sobreviver...

Dente-de-anzol- QUER CALAR ESSA BOCA?!

Melequento-AAAAAAAAAAH!

Dente-de-anzol- Eu nem encostei em você ainda.

Continuamos andando e conversando até chegar em casa, entramos e encontramos a mãe do Soluço.

Valka- Oi meninos. Banguela, pode me dizer por que o Pula-nuvens não quer comer?

Banguela- Claro.

Eu era o único que entendia o Pula-nuvens, por enquanto, mas, quando a poção ficar estável, ele também vai poder virar humano.

Banguela- Por que não tá afim de comer?

Pula-nuvens- Não gosto desse tipo de peixe, eu gosto é de bacalhau.

Eu me virei para a Valka, que por sinal, só ouviu sons.

Banguela- Ele disse que prefere bacalhau.

Valka- Mas que dragão mimado. Vou ver se arranjo alguns. Mas me contem, quais são as novidades?

Soluço- Nenhuma, a poção só vai estar pronta amanhã, nenhuma noticia do Wizard e o Banguela tem um encontro.

Qualé a dele? Ele ia gostar se eu ficasse contando da vida dele pros outros, ele tem que respeitar minha privacidade.

Valka- Sério? Com quem?

Banguela- Com a Tempestade.

Eu provavelmente fiquei vermelho naquela hora, não sei se foi de vergonha ou de raiva do Soluço, mas depois, nós subimos e conversamos.

Soluço- Onde pretende leva-la nesse encontro?

Banguela- Acho que vou leva-la para aquela cachoeira que agente descobriu esses dias atrás.

Soluço- Legal, é um lugar muito bonito e romântico, mas como vai chegar até lá?

Banguela- Eu pesco pro Gus nos dar uma carona.

Soluço- O dragão do Bob?

Banguela- É, ele me deve um favor.

Soluço- E você tem uma ideia do que vai fazer?

Banguela- Não, é melhor deixar tudo al natural, sabe? Deixar rolar.

Soluço- Entendi.

Banguela- Essa noite vai ser incrível.

ANOITEÇE EM BÉRK

Eu estava esperando ela do lado de fora, meio ansioso pelo que ia acontecer, até que ela saiu, quando ela saiu, meu coração disparou, ela estava linda, a luz da lua refletida em seu rosto lhe dava um brilho único, seus olhos pareciam brilhar como diamantes, eu devo ter ficado boquiaberto naquela hora.

Tempestade- Oi

Banguela- Oi, tá pronta?

Eu perguntei subindo no Gus, que já estava acostumado com isso. E lhe estendi a mão, ela sorriu e pegou a minha mão e levantamos voo, isso ainda era esquisito para mim, não estava acostumado a montar e imagino que ela também não.

Banguela- Valeu pelo favor Gus.

Gus- Qualquer coisa pelo meu amigo.

Nós voamos por um tempo, já que esse lugar era meio longe, mas, nesse meio tempo, a Tempestade ficou abraçada em mim, eu estava adornado isso.

Quando chegamos, nós descemos e começamos a caminhar pela ilha, a Tempestade parecia meio confusa sobre aonde estávamos indo.

Tempestade- Aonde vamos?

Banguela- Você vai ver.

Andamos mais um pouco, até que chegamos na cachoeira, quando ela viu aquele lugar, ficou impressionada, aquele lugar era realmente bonito.

Tempestade- Banguela, esse lugar é incrível!

Banguela- Fico feliz que tenha gostado.

Nós nos sentamos em uma pedra e ficamos admirando esse lugar, ela pegou a minha mão e ficamos em silencio por um tempo, eu pressenti que estávamos sendo observados, mas ignorei essa sensação e começamos a conversar.

Tempestade- Banguela, eu estou com mal pressentimento, se o Wizard nos transformou em humanos, não foi sem motivos, ele deve estar armando alguma coisa, tenho medo que alguma coisa aconteça.

Banguela- Relaxa, eu não vou deixar nada acontecer com você, isso eu prometo.

Tempestade- Obrigada.

Ela me abraçou, apoiando a cabeça em meu peito e eu retribui, passando um de meus braços em sua cintura e o outro em sua cabeça, ficamos assim por um tempo, parece que e ela estávamos vermelhos com aquela situação. Quando nos separamos, sorrimos um pro outro, eu não tinha ideia do que ia acontecer a seguir.

NARRAÇÃO DA TEMPESTADE

Eu tinha acabado de abraça-lo e tanto eu quanto ele estávamos vermelhos, ele me trouxe a esse lugar incrível e eu nem o havia agradecido, eu resolvi que já era hora de tomar uma atitude.

Tempestade- Eu ainda não te agradeci por ter me trazido aqui.

Banguela- Não precisa agradecer.

Eu sorri e virei seu rosto para mim, ficamos cara a cara, com os lábios a poucos centímetros de distancia.

Tempestade- Preciso sim.

E o beijei, quando nossos lábios se tocaram, foi como se eu tivesse nas nuvens, ele realmente era a pessoa certa para mim, fiquei com medo de ele não sentir o mesmo por mim.

NARRAÇÃO DO BANGUELA

Eu não conseguia acreditar, quando nossos lábios se tocaram, nem consigo descrever o que eu senti, foi a melhor sensação da minha vida, ela gostava mesmo de mim, ficamos assim por um tempo, até que sentimos falta de ar e nos separamos. Eu e ela sorrimos um para o outro, dava para ver que nós dois gostamos do beijo, mas ela tentou se justificar.

Tempestade- Me desculpe, eu sei que não estava esperando isso mas...

O que? Ela tava tentando se justificar, ela pensa que eu não sentia o mesmo por ela, tinha que deixar claro que sentia, ela tava tentando se justificar, mas eu a interrompi com outro beijo, com isso ela entendeu que eu sentia o mesmo por ela, nos separamos e sorrimos.

Banguela- Você não precisa se justificar por ter me dado a melhor sensação da minha vida.

Ela me abraçou, com lagrimas nos olhos e eu retribui o abraço, realmente agente se gostava. Depois voltamos para Bérk, sem dizer nada, apenas sorriamos um para o outro. Quando chegamos, nos despedimos.

Banguela- Até amanhã.

Ela me beijou de novo, ela não perde tempo mesmo.

Tempestade- Até amanhã Banguela.

E fomos para casa dormir

ENQUANTO ISSO, NA ILHA DOS EXILADOS

Tidos estavam dormindo, inclusive o Alvin e o Daghur, que eram os lideres dos exilados, quando de repente, o Wizard apareceu para eles enquanto dormiam e eles se assustaram com isso.

Alvin- Quem é você?!

Wizard- Sou um feiticeiro e estou aqui para lhes oferecer minha ajuda.

Daghur- Nos ajudar no que?

Wizard- Vou lhes dar o que sempre quiseram, a você Alvin, eu vou lhe dar Bérk e a você Daghu, vou lhe dar o Fúria-da-noite.

Alvin- Quem garante que você é realmente um feiticeiro.

Wizard- Eu tirei toda a magia dos dragões dos cavaleiros e eles viraram humanos.

Daghur- Espera mesmo que acreditemos nisso?

Nesse momento, o Wizard transformou um dragão que estava lá perto em um humano. Quando viram isso, eles sorriram um para o outro com olhares malignos.

Alvin- O que devemos fazer.

Wizard- Apenas irem a Bérk e me trazerem duas coisinhas.