Era cinco horas da manhã quando fui acordada por Shizune que batia insistentemente na porta da minha casa, parecia ser importante, calcei minhas pantufas e desci as escadas, encontrando-a nervosa a minha frente.

– O que houve Shizune Sama? – perguntei aflita.

– Tsunade Sama pediu para que eu lhe chamasse... – disse ela ofegante. – É urgente, a mulher que está grávida entrou em trabalho de parto, é grave Sakura san.

– Irei imediatamente! – falei deixando-a na sala de estar enquanto eu ia para o quarto me trocar, tomei um banho rápido, escovei meus dentes e vesti minha típica roupa ninja. Desci as escadas, mas antes passei no quarto dos meus pais, papai roncava bastante, o ignorei e balancei um pouco minha mãe na tentativa de acordá-la, ela finamente abriu os olhos perguntando-me o que havia acontecido, eu disse que havia aparecido uma emergência no hospital e Tsunade sama havia mandado me chamar, ela apenas concordou e eu parti com Shizune.

Cheguei ao hospital encontrando a família da mulher na recepção, pareciam preocupados, peguei a ficha médica dela com uma das enfermeiras e dei uma olhada, seu nome era Sayuki, verifiquei mais uma vez, o bebê não estava na posição correta para nascer e encontrava-se enrolado ao cordão umbilical, se demorássemos um pouco mais acabaria morrendo sufocado.

Teremos que fazer uma cesariana rápido, pensei.

Corri até minha sala para pegar meus pertences médicos, luvas, jaleco e máscara, as outras ferramentas se encontravam na sala de cirurgia, depois de vestida corri imediatamente até a sala onde se encontrava Sayuki, Tsunade Sama estava lá, apenas me esperando para iniciarmos. Olhei para a mulher deitada na cama arfando de dor, ela apenas me pediu para que salvasse a vida de seu filho, naquele momento uma imensa responsabilidade foi jogada em minhas mãos, fui até ela sentando-a com a ajuda de Shizune e apliquei uma injeção anestésica em sua coluna vertebral, esperei alguns minutos. Fitei Tsunade Sama por um momento, parecia preocupada.

A anestesia logo surgiu efeito e tratamos de iniciar a cesariana com a ajuda da Tsunade. Fiz um pequeno corte de 10 cm de largura em sua barriga, perto da linha do biquíni e cortei mais 6 camadas do seu tecido até chegar ao bebê, afastei com cuidado seu tecido encontrando logo á frente à criança presa ao cordão umbilical, era um menino, não sei por que, mais mesmo com todo o risco de vida que ele corria ousei soltar um sorriso, aquele pequeno ninja que vinha ao mundo lutava para permanecer vivo, por uma fração de segundos o desejo de ser mãe acendeu-se em meu coração. Coloquei alguns ferros para que o local do corte não se fechasse e retirei-o do cordão umbilical com cuidado temendo sufocá-lo ainda mais, ao tirá-lo da barriga da mãe seus choros não foram ouvidos, o analisei novamente, ele respirava com dificuldade mas mesmo assim continuava vivo, cortei o cordão umbilical que o ligava a mãe e pedi para que Tsunade sama fechasse o corte que eu havia feito na mulher, precisava levar a criança para a sala de incubadoras, Shizune veio comigo para ajudar.

A sala de incubadoras estava com cerca de três bebês, chamei uma das enfermeiras que estava cuidando das crianças e pedi para que ela limpasse o recém nascido, pesasse e medisse-o com rapidez enquanto eu e Shizune preparávamos os aparelhos. Retirei minhas luvas substituindo-as por outras, os aparelhos já estavam prontos, peguei o bebê já limpo e vestido colocando logo em seguida na incubadora e pedindo para que Shizune ligasse os equipamentos, o observei por um momento, parecia respirar melhor, ele era uma criança linda, linda e forte, eu estava exausta, havíamos passado duas horas naquela sala de cirurgia, porém todo aquele esforço havia valido apena.

– Você é um guerreiro. – me peguei conversando com ele. – Quando crescer será um grande shinobi e dará bastante orgulho aos seus pais. – as minhas lágrimas caiam. – Você é bastante bonito. – falei observando seu rosto. – Com certeza será muito popular entre as meninas. – completei divertida limpando as lágrimas.

– Sakura san. – falou Shizune chamando a minha atenção, olhei para ela, a mesma apenas acenou com a cabeça em direção as janelas de vidro, desviei o meu olhar encontrando um certo Uchiha a me observar das vidraças. Retirei as luvas e a máscara jogando-os na cesta de lixo e saí ainda usando o jaleco, creio que ele estava aqui para o tratamento com a Tsunade Sama.

– Bom dia Sasuke kun. – falei me aproximando dele.

– Bom dia. – respondeu.

– Está aqui para o tratamento com a Tsunade Sama não é?

– Sim. – respondeu.

– Eu vou chamá-la, tivemos uma emergência mais já está tudo resolvido. – ia sair, porém senti sua mão segurar meu pulso, o olhei confusa. – Sim? – perguntei.

– Quem é a criança? – perguntou.

– Acabou de nascer, passou por um parto difícil, quase que não sobrevivia... Estava preso ao cordão umbilical e tivemos que fazer uma cesariana ou... Morreria. – falei com pesar na voz, sua mão soltou-me.

– Entendo. – falou fitando a criança. – Ele está melhor? – perguntou.

– Sim. – lhe respondi, ficamos em silêncio por um tempo, ele ainda fitava o bebê.

– É menino ou menina?

– Um menino. – sorri.

– Sakura? – me chamou ainda olhando para ele.

– Sim?

– Já pensou em ser mãe? – o olhei surpresa, por que me perguntava aquilo?

– Pensei sobre isso enquanto salvava a vida dessa criança. – falei sorrindo, olhando para o bebê. – Mas por que a pergunta? – voltei a fitá-lo.

– Por nada. – disse sem emoção alguma.

– E você? Já pensou em ser pai? – perguntei curiosa.

– Se pretendo restabelecer o clã, é fato que eu já tenha pensado na possibilidade de ser pai, não? – respondeu friamente, como Naruto havia dito, ele continuava o mesmo frio de sempre. Fitei o bebê por um momento e sussurrei.

– Sarada...

– O que? – ele havia me ouvido.

– É o nome que eu pretendo dar a minha filha. – respondi sorrindo.

– Você está grávida? – perguntou, um misto de surpresa e curiosidade o invadiram.

– Não, claro que não. – falei nervosa.

– Hm. – como sempre monossílabo.

– Onde está o Naruto? – perguntei mudando de assunto. – Ele não lhe acompanhou até aqui?

– Sim, ele está falando com a... – não terminou, Naruto vinha até nós gritando pelos corredores do hospital.

– Sakura chan!

– Faça silencio Naruto, você está em um hospital. – o repreendi.

– Tudo bem, tudo bem... Eu queria falar com a Tsunade Sama sobre o teme, mais ela está na sala de cirurgia.

– Eu sei, vou até lá ver como a paciente está e dizer que já chegaram. – respondi. – Agora faça silencio, Naruto, um bebê acabou de nascer e precisa descansar. – falei deixando-os a sós.

Segui caminho até a sala de cirurgia ainda pensando no que Sasuke havia dito, achei estranho ele me fazer àquela pergunta, se eu não o conhecesse diria que estaria pensando em me chamar para ser a mãe de seus filhos, sorri comigo mesma ignorando esse fato, ele nunca que me pediria tal coisa, Sasuke tem outras mulheres em mente, disso eu tenho certeza. Fui parada no corredor por um homem que me perguntava sobre a mulher grávida, parecia ser seu esposo.

– Doutora, como ela e o bebê estão? – perguntou preocupado.

– Bem. – sorri para ele. – O bebê se encontra na incubadora respirando por aparelhos, mas já está melhor, fica ali, logo á esquerda. – apontei o caminho, ele apenas agradeceu e foi até lá.

Tsunade Sama continuava fechando o corte da paciente, aquele processo demorava cerca de meia hora, avisei-a que o Sasuke e o Naruto haviam chegado, ela apenas pediu para que eu continuasse o que antes fazia e foi atendê-los. Olhei para a mulher sobre a cama, ela havia dormido, foi um longo trabalho, porém valeu a pena para salvar a vida daquele pequeno. Lavei minhas mãos colocando em seguida as luvas juntamente com a máscara e continuei o processo de união dos tecidos. Eu fitava aquela mãe a minha frente, ela havia tido um bebê, me perguntava qual seria a sensação de ter um pequeno ser daqueles crescendo em meu ventre, deveria ser maravilhoso, porém algum dia eu experimentaria isso? Lembrei-me do Sasuke kun, como estaria o tratamento com ele agora? Espero que tudo dê certo. Passado meia hora finalizei o processo, suspirei pesadamente após terminar de colocar os últimos pontos, estava exausta, retirei minhas luvas e a máscara jogando-as no lixo, deixei à paciente descansar enquanto preenchia alguns prontuários, Shizune logo chegou à sala de cirurgia, pedi para que ela transportasse a mulher para o quarto de repouso, eu estava faminta e precisava comer alguma coisa.

– Pode ir Sakura san, eu cuido dela. – falou antes de eu sair.

A lanchonete do hospital estava pouco movimentada, fui até a vendedora de bolinhos de arroz e pedi algo para comer, sentei-me em uma das mesas e passei a saciar minha fome.

– Sakura? – alguém me chamou.

– Oi Hinata sama. – sorri para a Hyuga. – Sente-se. – falei apontando para a cadeira a minha frente, ela apenas concordou com a cabeça e sentou-se. – O que faz aqui? – perguntei sorrindo.

– Vim acompanhar o Naruto e Sasuke, cheguei um pouco depois deles, pois fui visitar o túmulo do Neji. – sorriu timidamente, sorri com ela enquanto comia meu bolinho de arroz.

– Sasuke kun já iniciou a sessão? – perguntei.

– Sim, Naruto está fazendo companhia para ele.

– E como vai o namoro? Fico muito feliz por vocês. – falei sorrindo.

– E-está bem, Naruto kun é muito atencioso. – de fato o Naruto era realmente muito atencioso.

– O aniversário dele é nesse sábado, que tal se fizéssemos uma surpresinha? – falei como se planejasse algo.

– Eu pensei a mesma coisa. – sorriu.

– Poderíamos organizar a festa no período da tarde, como o Naruto é muito curioso, eu poderia pedir a ajuda do Sasuke kun para distraí-lo, enquanto preparamos tudo.

– O Sasuke realmente voltou para ficar, Sakura? – perguntou curiosa.

– Sim, ele voltou para ficar. – sorri. – Vamos lá? A essa altura a Tsunade já deve ter acabado a sessão.

Nós saímos da lanchonete indo em direção ao quarto em que Naruto e Sasuke estavam, chegando lá encontramos o loiro tagarelando e uma Tsunade bastante irritada pelo barulho.

– Naruto faça silêncio! – pediu Tsunade Sama, Naruto apenas bufou irritado.

– Naruto? – chamei ele.

– Ah Sakura chan, a vovó Tsunade falou que amanhã mesmo o teme já estará com o braço completo. – disse ele sorrindo.

– Fico feliz. – disse sorrindo.

– Olá Sakura. – disse Tsunade ao me ver.

– Oi Tsunade Sama.

– Como está o bebê?

– Está bem, o coloquei na incubadora para respirar por meio de aparelhos. – respondi.

– E a mãe, está bem?

– Sim, Shizune a colocou em um dos quartos para descansar.

– Tudo bem, eu vou dar uma olhadinha naquele pequeno. – ela levantou-se e olhou para ele. – Sasuke, te vejo amanhã nesse mesmo horário? – ele apenas assentiu e ela saiu.

– Eh... Naruto kun, vamos comer alguma coisa? – chamou Hinata, pela sua voz ela queria deixar-me sozinha com o Sasuke.

– Ah sim, vamos. – Naruto logo compreendeu o que a Hyuga pretendia.

– Se cuidada teme.

– Hm. – disse Sasuke sentado sob a cama.

Os dois nos deixaram a sós, aproximei-me retirando o jaleco e colocando-o sobre uma mesinha ao lado da cama dele, puxei uma cadeira e sentei-me ao seu lado, ficamos em silêncio por um momento, aquele quarto trazia-me as lembranças de quando entreguei em suas mãos a maçã que havia descascado com tanto carinho, suas mãos jogaram o prato longe em forma de recusa, naquele mesmo dia ele e o Naruto lutaram entre si pela primeira vez. Fui tirada de meus devaneios pela sua voz.

– Pensei que não viesse. – como assim? Ele estava a minha espera? – Sempre vive atrás de mim. – completou com um sorriso de canto, aquele Uchiha era realmente muito convencido.

– Como está? – perguntei ignorando suas palavras.

– Bem. – respondeu voltando ao seu ar sério de sempre.

– Vocês são dois idiotas, se não houvessem saído às tapas naquele dia, nada disso teria acontecido. – falei um pouco brava fitando seu braço enfaixado.

– Irritante. – ele nunca perde o costume.

– Bem, passei apenas para ver como estava, agora que está melhor... – ia sair, porém sua mão mais uma vez parou-me.

– Vai me deixar sozinho? – eu não sei por que, mas meu coração naquele momento apertou Sasuke kun não tinha ninguém além do Naruto e eu, não seria justo deixá-lo sozinho naquele quarto.

– Quer a minha companhia irritante? – perguntei divertida.

– Que seja, melhor do que ficar sozinho. – Sasuke sempre seria... Sasuke.

– Sasuke kun? – chamei sua atenção, sentando-me novamente, eu precisava saber com quem ele pretendia reconstruir o clã e aquela era uma boa oportunidade já que estávamos a sós, ele olhou-me e continuei. – Sei que não é da minha conta... Mais... Com quem pretende reconstruir o clã Uchiha? – ele olhou-me como se dissesse “Isso não da sua conta”, mas permaneci firme na minha pergunta até ele finalmente me responder.

– Eu conheci muitas garotas no tempo em que estive fora da vila... – a mesma resposta, dei por vencida, com certeza ele escolheria alguma delas, baixei um pouco o meu rosto triste, ele percebeu o meu silêncio e chamou a minha atenção. – E você? – perguntou, o olhei confusa. – Quando seguirá em frente? – não compreendi a sua pergunta, percebendo que eu não havia compreendido, ele a refez. – Quando irá me esquecer? – curto e direto, ele queria que eu o esquecesse? Fiquei sem palavras, minha vontade era de gritar que nunca o esqueceria, mas estava na cara que ele não me queria, apenas respondi.

– Eu irei Sasuke kun, eu irei. – nossos olhos se cruzaram, aquela sua pergunta confirmou de uma vez por todas que ele não me queria.

– Irá? – perguntou.

– Sim, irei. – confirmei novamente.

– Irá? – perguntou novamente como se duvidasse.

– Sim! – exclamei.

– Irá mesmo? – o que ele estava querendo com tantas perguntas, acha que não serei capaz de esquecê-lo?

– I-irei. – gaguejei, ele estava bastante próximo de mim, eu fiquei um pouco sem jeito, não sabia o que fazer, meu coração batia aceleradamente, era isso, ele iria mesmo me beijar? Fechei os olhos involuntariamente na esperança de que ele me beijasse, porém ao abrir novamente notei que ele havia pegado um copo de água que estava atrás de mim e o dirigia aos lábios, ele deveria me achar uma idiota por esperar um beijo seu. O olhei sem entender.

– O que foi? – me perguntou ao perceber meu olhar de indignação. – Achou que eu fosse lhe beijar? – soltou um sorriso de deboche, corei violentamente.

– N-não. Nem passou pela minha cabeça. – cruzei os braços emburrada fingindo não demonstrar interesse.

– Hm. – disse sorrindo dirigindo o copo de água novamente a boca.

– Sasuke kun meu amor. – Karin entrou no quarto gritando, aproximando-se dele e o abraçando. – Como está? – perguntou preocupada.

– Estou bem Karin, estou bem. – respondeu.

– O que faz aqui? – me perguntou à ruiva ainda abraçando ele.

– Trabalhando! Ou se esqueceu que eu sou médica? – respondi irritada, ela apenas fechou a cara e voltou a conversar com Sasuke.

– Sasuke kun, preciso conversar com você... – disse. – A sós. – disse essa última parte olhando para mim, ela praticamente estava me expulsando.

– Não se preocupe, eu já estava de saída. – levantei-me e peguei meu jaleco. – Tchau. – disse antes de sair e fechar a porta atrás de mim, pensei em ouvir o que a ruiva tinha a dizer, a curiosidade estava me matando, ia aproximar meu ouvido um pouco mais da porta na esperança de ouvir alguma coisa, mas para a minha decepção Naruto chegou bem na hora acompanhado de Hinata.

– Sakura chan? – disse ele ao perceber que eu estava parada a frente da porta.

– Oi. – respondi, sem jeito, espero que eles não tenham percebido que eu estava tentando ouvir atrás da porta.

– O que faz aí parada? – perguntou desconfiado.

– N-nada, é... O Sasuke kun está lá dentro com a Karin. - falei indicando com o dedo a porta atrás de mim.

– E o que estão conversando? – perguntou soltando o braço de Hinata e me empurrando para longe da porta, logo em seguida encostou sua orelha para tentar ouvir, havia me esquecido que ele era bem mais curioso do que eu.

– N-Naruto kun, isso não é educado. – disse Hinata sem jeito, olhei para ela, tinha razão, aquilo não era educado, olha só o que estou dizendo, há minutos atrás eu fazia a mesma coisa que Naruto.

– Hinata tem razão Naruto, você não...

– Shiu... – ele me mandou calar a boca? – Eu estou ouvindo, eles estão falando sobre aquele assunto Sakura chan. – fiquei com raiva por ele ter me mandado calar a boca, estava prestes a bater-lhe, mas logo depois a curiosidade invadiu-me novamente.

– Sobre ele querer reconstruir o clã? – perguntei indo até a porta e tentando ouvir também, Hinata apenas nos olhava surpresa, por nossa falta de educação.

– Sim. – disse Naruto.

– Ouvi dizer que quer restabelecer o clã, Sasuke kun. – disse à ruiva.

– Sim, Karin.

– Bem... Eu estava pensando... Já que sou prima daquele loiro escandaloso... – olhei para Naruto que fez uma cara nada agradável, com o comentário de Karin. – E você pretende ficar na vila assim como eu...

– Aonde quer chegar, Karin?

– Eh... Sasuke kun, nós dois ficamos muito tempo juntos... Estive com você durante a sua vingança, sendo fiel e companheira, por que não ficamos juntos de uma vez e formamos uma família? Você sempre soube do meu amor por você, vamos apenas tentar... – abri a boca em sinal de surpresa, como ela era oferecida, encostei um pouco mais o meu ouvido na porta.

– Karin, tem certeza que o que sente por mim é amor? Você sabe o que é amor? – disse ele secamente.

– Sasuke kun, eu nunca tive tanta certeza dos meus sentimentos por você, eu te amo.

– Amor é para os fracos. – disse ele friamente, me senti fraca por um momento, fraca por amá-lo, aquela resposta também havia sido direcionada à mim.

– Deixe-me mostrar o verdadeiro amor, apenas deixe-me... – olhei pela fechadura, ela estava prestes a beijá-lo, estava tão distraída ao ver a aproximação da ruiva do rosto do Sasuke, que não percebi quando Naruto encostou sem querer a mão na maçaneta da porta, aquele gesto fez com que o trinco machucasse meu nariz ao descer, me desequilibrei e acabamos caindo ao chão no momento em que a porta foi aberta, assim assustando Sasuke e Karin a nossa frente, Naruto seu idiota. Eu estava morta de vergonha, o que Sasuke estaria pensando de mim? Ele nos olhava surpreso, tratei de dar um murro na cabeça do Naruto por ele ter me machucado, por fim nos levantamos, ele esfregando a cabeça e eu o meu nariz ainda dolorido, aquilo era tudo culpa dele por tentar ouvir atrás da porta, desamassei o meu jaleco e olhei para Sasuke que me fitava com um sorriso de canto, do que ele estava rindo? Meu rosto corou mais uma vez e tratei logo de sair dali o mais rápido possível, Naruto iria me pagar por esse vexame, disso eu tinha certeza.