O Encontro escrita por Matheus MB


Capítulo 1
Eu namoro uma patricinha diabólica




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Uma das coisas que mais gosto de fazer é olhar pela minha janela... Tenho uma vida agitada, sim, o único momento de sossego eu estou olhando a rua em minha janela. Me esqueço de todos os problemas nela, na minha janela feliz. Meu nome é Miguel, tenho 17 anos e vou compartilhar minha vida com vocês...

 

Hoje minha namorada insistiu para que eu comprasse uma roupa para ela, sim, ela é do tipo “patricinha”. Sempre pedi pra ela ser um pouco normal, mas não adianta Keila não toma jeito. Ainda mais com suas amigas Leila e Racheila, era o verdadeiro inferno. Bom, mas agora eu teria que ficar umas 2 horas esperando Keila e suas amigas escolherem umas 400 roupas, e ainda pagar tudo.

 

Eu só peguei o casaco e fui para o shopping, meu pai me deixou exatamente na hora que havíamos marcado e é claro que as três já estavam me esperando, elas nunca se atrasam para fazer compras. Keila estava com duas espinhas na testa e estava gritando desesperadamente quando eu cheguei.

 

 - Aaaaaaah... Aaamor – disse ela disfarçando – estávamos esperando por você, você atrasou.

 

- Me desculpe, perdi a hora – menti.

 

- VAMOS AS COMPRAS! – disseram as três ao mesmo tempo.

 

As três levantaram as mãos, quando Keila se tocou que tinha mostrado as duas espinhas já estávamos na loja, fiquei sentado no local de espera quando escutei Keila gritar:

 

- Migueeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeel! Vem ver como o vestido ficou em mim – me ferrei – veeeeeeeeeeeem.

 

Eu tive que ir né? Quando cheguei lá ela estava com um vestido curtíssimo com um corte de lado, totalmente vermelho-sangue com rabiscos pretos, um vestido lindo, mas em Keila ela parecia a mulher do capeta. Leila estava com um vestido de gala totalmente rosa - choque, típico. Racheila estava com um igual ao de Leila mas um pouco mais claro.

 

 - Amor o que achou? – disse Keila num tom como se eu fosse seu cachorrinho.

 

- Lin... – ia mentindo quando ela me interrompeu.

 

- Eu sei, obrigada e blá, blá, blá, blá – ela caminhou em direção a caixa – vamos. Olá querida quero pagar esses Seis vestidos e os outros Sete sapatos e 11 bijus! Amor você paga.

 

As três saíram de nariz empinado para fora da loja e ficaram vendo a vitrine da loja do lado.

 

- Er... Quanto deu... – li o nome no crachá – Bruna?! Somos do mesmo colégio.

 

- Sim... er... deu 3.218... – ela corou – deve ser difícil sua vida hein?...

 

- Com certeza...

 

- Migueeeeeeeeeeeeeeel, vamos emboraaaaaaaaaaaaaaaa. – me chamou a capetxênha.

 

- Acho que você tem que ir... tchau - disse Bruna

 

- É tchau, até o colégio! - disse eu

 

O motorista de Keila estava esperando na porta de saída do shopping. Ele era baixo com uma boina preta sobre a cabeça e com um smoking vestido. Suas mãos com luvas levantaram a mão de Keila e a beijou.

 

- Madame... – ele falou delicadamente, como ele a aguentava? - seu pai a esta esperando.

 

- Claro Morfeu. – respondeu Keila.

 

 - Vamos então – eu disse, não vou ficar calado o tempo todo.

 

Ela tirou a sua mão do beijo e colocou na minha cabeça.

 

- Meu amor... VOCÊ VAI NUM TAXI! – o que ela está dizendo? Fiquei paralisado – AGORA!

 

 - O que você está dizendo? Eu vou com você! – estava gritando.

 

- Não, não vai – disse Morfeu agressivamente – você vai num taxi já chamei um que sua namorada escolheu.

 

- Ex-namorada – sussurrei, acho que ninguém ouviu.

 

- O quê? – perguntou Keila.

 

- Ahn? O que? Nada não... eu vou pro taxi – estava soltando fumaças – Tchau.

 

Ela não respondeu então eles se foram. Esperei sentado no banco da frente do shopping enquanto o tal taxi invisível não aparecia. Esperei 1 hora para o taxi chegar.

 

- Cara, me desculpe, quando a Keialgumacoisa ligou eu tava num bar, bom, você é o Miguel? – o motorista do taxi falou, ele estava bêbado! – e ai você é ou não o Miguel?

 

 - Não, não sou, sou... sou... sou o Lucas. – menti, como eu sou ruim para mentir, caramba – bom, tchau.

 

O motorista do taxi virou o volante e eu já estava sozinho de novo, mas não durou muito tempo, Bruna havia saído do trabalho e estava indo para casa enquanto passava por mim.


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