A night to remember escrita por Florence


Capítulo 1
Oneshot - Doctor Who


Notas iniciais do capítulo

Minha primeira one-shot, espero que gostem. Não esqueçam de comentar. Allons-Y *-*



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Todo mundo sabe que os seres humanos não estão completamente sozinhos no universo. Existem outras formas de vida. E provavelmente, são as que chamamos de "alienígenas". Mas sempre que alguém diz ter visto alguma coisa vinda do céu, as pessoas tendem a rir. Porque é "impossível". Porque não é racional. Mas francamente, elas simplesmente não estão dispostas a aceitar a verdade. No entanto, eu estou.

Há alguns meses atrás, eu presenciei uma cena considerada inacreditável com os meus próprios olhos. O que eu pensei primeiro a ser uma simples estrela caindo do céu acabou por ser uma nave espacial.

Era noite e eu parecia ter sido a única a notar isso. Estava no meu quarto, mexendo no computador quando aconteceu. Um rápido olhar através da janela foi tudo o que precisei para descer as escadas correndo e ir para fora de casa. Corri em direção à floresta que ficava perto daqui, onde a estrela poderia ter caído. Meus pais estavam dormindo naquele momento e eles teriam me mandado de volta para a cama se tivessem acordado. Não me importei com minhas vestimentas, afinal, meu pijama branco e preto cujo estampa continha o símbolo: vida longa e próspera era simplesmente adorável.

Quando adentrei a floresta, eu não tinha certeza de onde procurar e muito menos o que iria encontrar, se tivesse algo para ser encontrado. Nesse momento, comecei seriamente a duvidar da minha capacidade mental. Mas então, uns barulhos estranhos chamaram minha atenção. E eles começaram a ficar cada vez mais fortes, facilitando a minha chance de descobrir da onde vinham.

Conforme eu ia me aproximando, uma luz podia ser vista e um pensamento estúpido de que poderia ser o farol ligado de um carro qualquer veio em minha mente.

Eu estava falhando desastradamente na tentativa em vão de fazer silêncio ao andar, mas parecia quase impossível. Estava de noite, e se não fosse por essa luz desconhecida, acho que já teria ido de cara no chão. Os galhos no chão estavam começando a incomodar os meus pés, mas esse pensamento ficou de lado assim que escutei o som de uma porta sendo aberta.

Acredite ou não, eu não sou maluca. Alguém realmente abriu uma porta, no meio da floresta, sem ter nenhuma propriedade nas proximidades. Eu me escondi atrás de um arbusto e tentei ver o que era ou quem era. Rezei para que o indivíduo fosse surdo ou cego, porque eu não tinha sido exatamente discreta. Cobri minha boca com a mão esquerda, impedindo-me de respirar muito alto. Ouvi passos e então tudo ficou silencioso de novo.

Eu não tinha plena certeza de que ainda houvesse um ser lá, até que alguém disse "Olá" ao lado da minha orelha. Eu pulei de susto e gritei, pegando o primeiro pedaço de madeira que vi pela frente. Vir-me-ei para enfrentar o homem que estava encarando-me com um sorriso de ponta a cabeça.

— Está tudo bem, eu sou legal! — O esquisitão revirou os olhos e murmurou para si mesmo — Quando alguma vez isso já funcionou... — Então olhou para mim. — Eu abaixaria isso se fosse você. Você realmente não quer machucar ninguém com isso. — Ele apontou para o pedaço de madeira que estava firmemente em minhas mãos. — Embora nós estejamos sozinhos... E isso significa que esse alguém a ser machucado provavelmente serei eu, ótimo. — Ele suspirou.

— Quem é você? O que está fazendo aqui e o que é essa coisa estranha ai atrás? — perguntei, ao olhar para trás dele e vez uma misteriosa caixa azul, de onde a luz deve ter vindo.

— Eu sou o Doutor. E essa é a minha espaçonave. Não é linda?

— Doutor quem? Isso é algum tipo de codinome?

Não entendi quando ele pareceu ficar bastante incrédulo por causa da minha pergunta.

— Um codinome? Você está falando sério? Quem você acha que eu sou? Danny Boy é um codinome. Eu sou apenas o Doutor!

Fechei os punhos com força em volta da minha arma improvisada, para tentar me conter.

— Sou eu que estou apontando uma arma pra você, esqueceu-se? — Encarei-o com raiva.

— Ah, sim. Isso me lembra que eu ainda não inventei uma definição para floresta na chave de fenda...

— Uma o quê sobre o quê?

Pelas barbas de Merlin, que confusão eu fui me meter.

Ele balançou a cabeça.

— Não se preocupe. Vá em frente. — ele disse, para que eu prosseguisse com minhas perguntas.

— O que exatamente é... — olhei confusa para a misteriosa caixa azul dele, a qual seria uma espaçonave.

Ele olhou para trás, como se não soubesse do que eu estava falando.

— É a minha TARDIS. — respondeu com um sorriso de orgulho estampado no rosto.

Inclinei a cabeça, franzindo a testa.

— Você é completamente louco.

Ele assentiu com a cabeça.

I am just a madman with a blue box. — ele sorriu — Pode ir. Dê uma olhada.

Eu dei alguns passos, então me virei para ele.

— Você fica exatamente onde está ou eu juro que não respondo por mim. — Eu nem estava brincando e ele parecia não dar à mínima.

Engoli o medo e decidi desvendar logo esse mistério. Andei em direção à caixa e quando arfei, percebi que estava prendendo a respiração.

— É uma cabine policial londrina — murmurei confusa.

Eu abri a porta e meu queixo caiu quando vi o interior da cabine. O pedaço de madeira escorregou da minha mão de tamanho susto que levei. Era uma grande sala com coisas que eu nunca havia visto em todos os anos anteriores. — É maior do lado de dentro.

Ele bateu suas mãos, como se tivesse aplaudindo.

— Obrigado! Você poderia dizer isso de novo?

Franzi o cenho.

— O quê? É maior do lado de dentro?

O Doutor riu. — Obrigado! — dirigiu-se para a direita do console no centro da sala e deu a volta com alegria. — Você está sozinha? — ele perguntou à sério.

Okay, agora eu realmente estava assustada.

— Talvez. E se eu não estiver? Meus amigos podem estar escondidos nas árvores.

— Nas árvores? O que eles estão fazendo nas árvores?!

— Eu não sei. O que um psicopata está fazendo no meio de uma floresta? — rebati.

— Um psicopata? Onde? — o Doutor parecia desesperado e ao mesmo tempo feliz. — Por que você não me disse antes? Temos que fechar a porta! — ele correu em direção a ela.

— Estou falando de você. — falei ao me recuperar de sua repentina ansiedade.

Era impressão minha, ou ele realmente tinha ficado animado com a ideia de ter um psicopata vagando por aí?!

O Doutor parou e olhou para mim, levantando uma sobrancelha.

— Eu? Eu não sou um psicopata... Por que eu seria um?

— Você age como um...

— Eu ajo? — ele perguntou, olhando-me um pouco surpreso. — Estou te assustando?

Eu me afastei assim que ele deu alguns passos em minha direção. Eu não precisava responder, era óbvio que ele estava me assustando.

O Doutor olhou para baixo com um sorriso triste.

— Olhe para mim, assustando uma adolescente... Eles nunca ficam com medo de mim normalmente... Posso perguntar-lhe qual o seu nome?

— Joanna, — Jo para os íntimos.

— É bom conhecer você, Joanna. — ele sorriu um pouco.

— Eu espero que você não esteja esperando que eu diga o mesmo.

Ele riu e balançou a cabeça. Eu ri um pouco antes de olhar ao redor. O Doutor disse que esta era a sua espaçonave. Será que...

— É uma espaçonave, certo? Então, na verdade, você viaja através do espaço?

— E o tempo, também. É uma máquina do tempo, para ser honesto. Ela pode ir a qualquer lugar que você quiser, quando você quiser.

— Sério? — perguntei, espantada. Ele acenou com a cabeça mais uma vez e olhou para mim. Fiquei olhando para o console por um longo tempo, perguntando-me se eu talvez pudesse ir com ele apenas uma vez.

— Quem é você? Digo, realmente. — encarei-o minuciosamente, esperando por uma resposta.

— Ah, Joanna, essa é uma pergunta complicada. Quem sabe um dia eu possa te contar. — piscou pra mim com um sorriso no canto da boca.

Resolvi mudar de assunto e voltar para a questão da TARDIS.

— É possível voltar no tempo ou ir para o futuro? — Mil e umas possibilidades passavam por minha cabeça nesse momento.

— Sim.

— E você poderia me levar para Marte?

— Nah, Marte é chato. Eu poderia levá-la a um milhão de outros lugares que são muito melhores.

Eu já podia imaginar-me a seu lado na TARDIS, voando ao redor do mundo, talvez até mesmo em torno de todo o universo. Mas isso tudo é muito louco. Só podia ser um sonho. E mesmo se fosse verdade, eu não podia fazer isso com a minha família. Abandoná-los assim. Eu não podia simplesmente deixar tudo, mesmo que por um curto período de tempo. Eu tinha testes pela manhã. E ainda tinha a questão da idade.

— Eu poderia te mostrar coisas que você nunca sequer sonhou em existir. Tem algum lugar específico que você nunca esteve antes? É claro que eu vou trazê-la de volta depois.

— Eu sinto muito, e-eu não posso... Eu tenho que voltar. Talvez meus pais tenham acordado quando saí. Não quero que eles se preocupem comigo. — Lentamente caminhei de volta para a porta, já lamentando a escolha que eu estava fazendo.

Dei um passo para trás e olhei de volta para o Doutor. — Eu preciso ir.

— Eu entendo. — disse como se tentasse não me deixar magoada por não poder acompanhá-lo.

Mas a questão é que eu já estava. Muito. De certo modo, acabei simpatizando com o louco da caixa azul.

Eu podia ver que o Doutor estava um pouco chateado, embora ele estivesse sorrindo.

Vir-me-ei, pronta para sair, mas depois parei de novo e olhei para trás.

— Volte daqui a dois anos. — eu disse-lhe em voz baixa e vi um sorriso se espalhando por todo o seu rosto.

— E Doutor... Foi um prazer em conhecê-lo!

Ele gargalhou e eu deixei a TARDIS, torcendo mentalmente para que os próximos dois anos voassem e eu finalmente pudesse me tornar a companheira do misterioso Doutor.


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Notas finais do capítulo

Obrigada imensamente a quem leu e a quem irá comentar. Aos possíveis leitores fantasmas, só digo uma coisa: se você comentar, o Doutor irá te fazer uma visita com direito a uma selfie na TARDIS. Xoxo!



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