Momentos escrita por Konekocchi


Capítulo 1
Capítulo Único


Notas iniciais do capítulo

Eu escrevi isso meio que às pressas porque to no serviço, então se tiver erros, não me castiguem -q

Como é minha primeira oneshot com OC, resolvi deixar ela mais de forma introdutória pra vocês conhecerem a Koneko, aí nas próximas a coisa vai andar melhor (vulgo irei castigar mais -qq)

Akemi-chan, tomara que goste *3* ♥

E Laika-chan (minha best de anos de OC particular -q) te desafio a postar uma oneshot com sua OC também, hohoho! -qq

Enjoy ♥



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Kagami Taiga era um homem direto. Gostava de fazer as coisas do jeito que achava certo e não media esforços para conseguir. Nos jogos, esse tipo de pensamento era muito bem vindo, e todos aprovavam sua determinação de alcançar a vitória.

Mas, em sua vida cotidiana, a coisa era mais complicada, e um dos motivos disso (atualmente o motivo principal, convenhamos) era nada mais que a nova assistente da técnica, a querida manager bipolar, Hirami Koneko.

Não que ela fosse tão nova assim, a garota havia entrado para o clube fazia um mês, mas o início foi meio conturbado porque, bem...

Ela era a melhor amiga de Kise Ryouta. E como melhor amiga, fazia muito bem o papel de irritar o tigre.

- Não ligo que você pareça uma linda gazela saltitante quando está enterrando – ela berrava para a cara dele em cima do banco dos reservas, uma vez que mal chegava à altura de seus ombros – se eu estou mandando você só correr, você vai só correr!

- Gazela?! – o ruivo a encarou num misto de raiva e confusão. Cada dia parecia receber um apelido diferente. – Eu vou jogar e você não pode me impedir, tampinha.

E então outra briga acontecia, mas dessa vez Koneko derrubava o maior e o forçava a correr o treino inteiro.

- Como ela consegue? – Taiga se juntava aos demais companheiros no vestiário após se livrar da outra, socando uma toalha em que imaginava o rosto da manager.

- O pai da Hirami-chan é um ex-boxeador, Kagami-kun – Tetsuya não demonstrou surpresa quando o amigo caiu do banco com sua repentina aparição – e o irmão mais velho fazia artes marciais.

- Ah – foi tudo o que o ace da Seirin disse após uma curta pausa – Mas o que eu fiz para ela pegar no meu pé?

- Hirami-chan é amiga do Kise-kun, também. Ela não deve ter gostado de ver você derrota-lo no jogo-treino.

- Mas eu não o derrotei sozinho, você também ajudou! – Kagami rosnou, se levantando num pulo.

- Ela gosta de mim.

Na boa, qual era o problema de toda maldita menina se derreter pelo amigo baixinho e estranho? Kagami jamais entendeu o que elas viam de tão especial. Aliás, se é que elas o viam.

Bem, a Hirami pelo menos ele tinha certeza que sim. Durante os treinos em que os dois não estavam brigando, ela demonstrava não se espantar com Kuroko que brotava ao lado dos outros como um fantasma. Talvez fossem os anos de convivência, já que Koneko estudou na Teiko.

- Hein? – Kagami elevou as sobrancelhas divididas – Teiko?

- Hai – Kuroko assentiu com um leve sorriso nos lábios, caminhando ao lado de Kagami enquanto saíam do Maji Burger. – Ela não fazia parte da equipe de basquete, mas gostava de ir assistir. Hirami-chan aproveitava para nos fotografar, já que era do clube de fotografia.

- E você nunca aparecia nas fotos, não é? – Kagami abriu um meio sorriso, já acostumado com aquele fato.

- Na verdade, eu sempre era o primeiro a aparecer.

Kagami encarou Kuroko sem acreditar. Como assim aparecia? Ela devia ser uma macumbeira das boas para ver o azulado. Se bem que Takao conseguiu enxerga-lo quando jogaram, não é? Mas ela nem jogadora era!

- Kagami-kun, suas caretas são estranhas, pare de pensar, por favor, você não é bom nisso.

Um dia, Kagami iria retribuir toda a raiva que Tetsuya lhe causava.

- Vai se foder, maldito!

Apesar das brigas costumeiras entre a dupla (Kagami jurava ser obra daquela bruxa de um metro e meio) os dois raramente se separavam. Todos ficavam admirados por ver como a amizade entre eles cresceu, e Kagami sentia-se orgulhoso daquilo.

Até Koneko soltar uma de suas pérolas.

- Você e o Tetsu-tan transam?

Um minuto de silêncio para a alma de Kagami que morreu engasgada.

- COMO É?! – ele se virou para ela, limpando um pouco da água que escorria de sua boca após quase se suicidar afogado.

- Perguntei se vocês dois transam – Koneko aparentemente não ligou para a cena, se abaixando para perto do bebedouro. – Sabe como é, um enfia o pe-

- Eu sei como é que se transa! – o ace se arrependeu no instante em que gritou aquilo quando viu os olhares de alguns alunos se virando para ele.

- Claro que sabe – ela deixou que o cabelo vermelho-sangue escorregasse por seu rosto, disfarçando o sorriso. Não deixaria que Kagami soubesse tão cedo quão fofo ele ficava quando corava. – Você transa com o Tetsu-tan, afinal.

- Eu não... – ele a pegou pelo braço, a puxando para atrás de algumas pilastras, estavam chamando atenção demais ali. – Eu não transo com o Kuroko, não sou gay!

- Mesmo? – Koneko arregalou os olhos. As veias aumentavam cada vez mais na canto superior da testa de Kagami. – Porque vocês vivem andando juntos, então eu achei que fossem homossexuais. Ou goys.

- Goys? – Taiga abanou a mão cortando a explicação dela. Tinha medo do que ouviria. – Você vive falando do Kise e nem por isso digo que é escrava dele.

- Claro que não, ele é que seria meu escravo – Kagami não tinha dúvidas disso – mas somos amigos há muito tempo, e ele tem uma namorada legal que sabe mantê-lo na linha. Já estava precisando mesmo, o Ry-tan era muito bebê chorão. Às vezes eu imaginava que ele realmente se tornaria gay.

- Ha? – Kagami franziu o cenho – Por que acharia isso?

- Por quê? – a ruiva prendeu o cabelo no alto, ajeitando a franja. Kagami tentava não admitir que ela era mais bonita do que devia. – Ele chorou no jogo-treino contra vocês, chorou! Só porque nunca perdeu, pff... Contra o Dai-tan eu até entendo, mas num simples treino? Por favor, né! Vocês fizeram muito bem em dar aquela surra nele, assim o fez abrir os olhos.

Okaaaay, a mente do tigre agora estava entrando em colapso. Como assim fizeram bem? Por que ela estava xingando Kise, seu suposto “amor”? Onde estava o sentido do mundo?

- Então não são gays mesmo? Vai me fazer perder dinheiro se não admitir isso.

- Qual o seu problema?!?!

Koneko pulou com o grito repentino, assustada.

- C-Como assim? Você que está gritando feito um louco.

- Toda aquela briga nos treinos, me impedindo de jogar, tudo o qu-

- Hey! – ela cruzou os braços – nunca te impedi de jogar. Estava brigando com você porque não me ouvia. Em momento algum quis que parasse, mas achei que precisava de um treino especial antes de voltar para a quadra. Tenho muita esperança em você e no seu talento, Kagami.

Aquela tinha sido a primeira vez que a manager o chamou de Kagami. Sem ironia, sem brincadeira e sem raiva. Só havia sinceridade mesclada com admiração nos olhos bonitos (Kagami ainda odiava admitir isso) da baixinha.

Taiga agora se pegava encarando a calçada por trás da janela da lanchonete, terminando o décimo lanche. Não percebeu por quanto tempo ficou relembrando seus momentos com Koneko, mas uma coisa estava certa: sua vida fora completamente dominada pela presença ilustre da Hirami.

Não possuía o menor controle sobre ela, e ele tinha suspeitas de que jamais conseguiria domá-la. Mas isso, Kagami admitiu com um sorriso discreto, era o que tornava seus momentos mais divertidos.

- Kagami? – o jogador foi tirado de seus devaneios pela voz baixa e em até certo ponto tímida da garota que ocupava noventa por cento de seus pensamentos diários. – Desculpe o atraso.

- Tudo bem – ainda com o sorriso no rosto, Kagami se endireitou. Poderia ter feito piada sobre a estranha timidez que Koneko tentava disfarçar enquanto se ajeitava no banco da frente, mas dessa vez daria um desconto. Nem ele mesmo conseguia acreditar que chamou sua antiga inimiga para um encontro.

Não, espera, ele disse para si mesmo que não era um encontro, era apenas um convite informal para comer hambúrgueres e amenizar as brigas. O pedido foi bem simples até, a parando na saída uma semana atrás e soltando tão rápido que a ruiva precisou de uns cinco minutos para desembaralhar a frase.

- Semana passada eu não tive tempo para respirar no estúdio – ela finalmente relaxou, apesar de suas bochechas manterem um leve tom rosado. Com o rosto redondo e o cabelo vermelho moldando-o, parecia uma cereja, Kagami pensou sem conseguir tirar o sorriso do rosto. – A vida de estagiário estava bem complicada.

- Achei que fosse um trabalho normal – Kagami jogou um dos embrulhos para ela, que não perdeu tempo e deu uma grande mordida. Ele simpatizava com quem sabia apreciar os lanches.

- Até seria, mas teria de estudar de noite e abandonar a equipe de basquete – Koneko continuou mal terminando de engolir – e você não vai se livrar de mim tão cedo assim, canguru.

O sorriso de desafio dela acendeu em Taiga uma chama de determinação. Apesar de todos os seus problemas terem acontecido há um mês, de repente parecia fazer anos. Eles queriam se conhecer devidamente, queriam ter uma segunda chance para se aproximarem corretamente.

Taiga e Koneko tinham seu orgulho e uma forte aura de liderança, seus espíritos competitivos e dominantes entrariam sempre em conflito, mas era assim que gostavam, e era assim que queriam, pois aqueles momentos de disputa sempre ficariam gravados em suas lembranças mais felizes.


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Notas finais do capítulo

Que tal deixar um feedback pra me dizer o que acharam desse meu primeiro projeto com OC? (e a primeira oneshot hétero que publico nessa conta -qqqqq)



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