Os Super-Humanos - EM HIATUS escrita por Cerejinhaa


Capítulo 6
Capítulo 6 - Adaptação


Notas iniciais do capítulo

Oiii gente... Apareci!! rsrs
Eu sei que tem gente querendo me matar pela demora. Afinal, faz meses que eu não atualizo as minhas fanfics, e vocês tem toda a razão em estarem bravos comigo, mas eu prometo que farei o possível pra atualizar o mais rápido daqui pra frente. Infelizmente eu ainda estou com um terrível bloqueio criativo, eu não ando nada inspirada e estou com pouco tempo para escrever, mas ainda sim não pretendo abandonar as minhas fanfics, detesto deixar as coisas inacabadas, só peço pra vocês meus queridos leitores que sejam pacientes comigo... Por favor!
Aos leitores de Ritmo, Amor e Partituras já aviso de antemão que não vou abandonar a fic, vou sim atualizar só que pode demorar um pouquinho ok? Tenham paciência comigo please?!
Agora chega de enrolação, vamos à leitura do tão aguardado capítulo...
^^



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Capítulo 6 - Adaptação

Narração Tenten On

Quando eu era criança sonhava em ser ginasta, eu amava assistir os jogos olímpicos na TV. A modalidade que eu mais gostava eram os saltos ornamentais, eu achava o máximo aquelas garotas dando saltos incríveis e contorcendo o corpo daquela maneira, elas pareciam até feitas de borracha. Porém eu nunca tive muita flexibilidade, lembro que uma vez fui tentar executar uns movimentos da ginástica rítmica em casa e o resultado foi uma fratura no pé, fiquei 20 dias sem poder andar e para uma garotinha agitada como eu aquilo foi uma verdadeira tortura. Porém agora eu estava surpresa, deixe-me explicar o porquê... Já fazia horas que meus pais haviam saído para conversar com o meu médico, e bem, eu estava entediada, já não aguentava mais ficar sentada naquela maca, então resolvi me levantar um pouco e me alongar. Comecei fazendo uns movimentos simples apenas exercícios de relaxamento, mas quanto mais eu me exercitava mais flexível eu me sentia, até que resolvi tentar abri um espacate* e quando o executei com perfeição fiquei chocada, eu nunca consegui abrir um espacate antes na minha vida, acho que as aulas de pilates estavam me fazendo muito bem mesmo, pois era um movimento extremamente difícil de fazer e exigia muito treino, mas ali estava eu consegui abrir numa tamanha facilidade que até me assustou. Intrigada com aquilo tentei fazer um movimento ainda mais difícil a reversão*, apoie meus pés nos chão e inclinei o corpo para trás quando as pontas dos meus dedos tocaram o chão eu nem mesmo acreditei, apoie a palma da minha mão no piso gelado com a maior facilidade.

—Eu consegui! – exclamei surpresa. Decidi então tentar um movimento ainda mais complexo.  Levantei minha perna esquerda acima da cintura, joguei o peso do meu corpo pra trás sobre o braços de modo que minha perna esquerda subiu fazendo assim uma reversão frontal perfeita.

—Mas como? – perguntei indignada. Eu não estava acreditando que estava conseguindo fazer aqueles movimentos complexos com tamanha facilidade. Eu nunca fui flexível, e de repente, de uma hora pra outra eu parecia ter virado a mulher elástica. Fui surpreendida com a porta do quarto sendo aberta.

—Mas o que você está fazendo? – ouvi a voz de minha mãe perguntar e a encarei.

—Olha mãe, eu estou flexível!– exclamei animada.

—Levante já desse chão garota! – ela ralhou comigo e eu me levantei com facilidade.

—Mãe, você viu o que eu consegui fazer? Isso não é demais? – perguntei animada, mas ela me encarou séria em seguida suspirou.

—O que foi? Que cara é essa? – perguntei.

—Notou algo diferente em você minha filha? – minha mãe perguntou com tanta seriedade que me fez estranhar.

—Não, quer dizer além do fato de eu ter ficado flexível do dia para a noite, não notei nada de diferente em mim. Mas por que a pergunta mãe? – questionei.

—Os médicos disseram que o gás que você inalou no acidente da universidade pode provocar algumas mudanças em você... – ela disse num tom sério que me preocupou.

—Mudanças? Que tipo de mudanças? – questionei assustada.

—Na sua estrutura genética – minha mãe explicou.

—Hã?! Eu não estou entendo. Fale a minha língua! – pedi confusa.

—Tenten, no momento em que você inalou aquele gás tóxico na universidade a sua estrutura genética foi alterada, o seu corpo está sofrendo mutações! – ela disse séria.

—Mutações?! Mãe a senhora anda assistindo muito X-men! – comentei risonha, porém ela continuou séria.

—Mãe, a senhora não está falando sério está? – perguntei e ela suspirou.

—Bem, queria estar brincando, mas não estou minha filha! – ela respondeu e eu fiquei a encarando em choque.

Narração Sakura On

Eu encarava meus pais e o médico abismada, eles deviam estar curtindo uma com a minha cara, só pode, isso deve ser alguma espécie pegadinha muito sem graça por sinal.

—Tá legal, cadê as câmeras? – perguntei olhando para os lados.

—Câmeras? Que câmeras? – perguntou minha mãe.

—As câmeras que estão filmando essa pegadinha, isso só pode ser brincadeira! – falei.

—Filha, isso é serio! – meu pai disse.

—Pai, isso é surreal! Um gás tóxico não pode ter me transformado em uma mutante, nem mesmo ter me feito ganhar super poderes! – falei perplexa.

—Então como explica essa luz verde que emana misteriosamente da sua mão? – o médico me questionou.

—Eu sei lá. Isso é um mistério cientifico que vocês com certeza deviam investigar! – eu disse.

—Faremos isso Srta. Haruno! – o médico afirmou.

—Ótimo por que isso já está ficando esquisito, as minhas mãos acendem e apagam quando bem querem! – comentei.

—Você vai ter que se acostumar com isso. Além disso, pode ser que outros poderes comecem a se manifestar além desse! – meu pai disse.

—Pai, já disse que eu não tenho super poderes. Isso é apenas uma anomalia genética que pode ser consertada não é doutor? – questionei e o médico suspirou.

—Descanse Srta. Haruno acho que vai ser bom para você! Sr. e Sra. Haruno por favor me acompanhem! – o médico disse e se retirou do meu quarto junto com meus pais. Suspirei e encarei minhas mãos.

—Eu não tenho super poderes, essas coisas não acontecem na vida real só em filmes! – eu disse ainda encarando as minhas mãos. Suspirei e me deitei na maca encarando o teto.

—Talvez eu deva dormir, isso deve ser apenas um sonho doido né? – falei sozinha olhando mais uma vez para minhas mãos que ainda emanavam a misteriosa luz verde.

 -Quando eu acordar amanhã tudo não vai ter passado de um simples sonho! – eu disse para mim mesma fechando os olhos.

Narração Sasuke On

Eu tentava dormir, mas não conseguia. Era simplesmente impossível pegar no sono depois da conversa que tive com meus pais. Gás tóxico, mutação, super poderes? A ideia parecia coisa de louco, suspirei e me virei para o outro lado da maca hospitalar, o médico acredita que a minha mutação genética influenciou meu globo ocular, isso até fazia sentido, pois meus olhos ardiam e ficavam vermelhos feito sangue sem que eu pudesse controlar. Suspirei e decidi me levantar um pouco, já que eu não conseguia dormir resolvi caminhar um pouco pelos corredores do hospital. Sai do quarto e comecei a andar pelos corredores vazios, devia ser umas 2 horas da manhã e tudo estava escuro e silencioso. Andei mais um pouco e ao virar por um corredor notei que uma luz verde acendia e apagava na curva de um dos corredores, curioso fui me aproximando.

—Tem alguém ai? – perguntei, mas não obtive resposta. Aproximei-me mais um pouco e ouvi uma voz baixa resmungar algo.

—Droga, por que essa luz não apaga?

Virei o corredor e me deparei com uma figura feminina parada de costas para mim, os cabelos rosados que batiam na altura da cintura me fizeram reconhece-la imediatamente.

—Você! – murmurei reconhecendo a garota da faculdade. Ela me olhou assustada e se afastou subitamente.

—Não se aproxime de mim! – ela disse se afastando desesperada, sua aflição era evidente.

—Está tudo bem? – perguntei ao notar seu desespero.

—Não, por favor, fique longe de mim! – ela disse exasperada virando-se de costa para mim o que só me deixou ainda mais confuso e curioso.

—Por quê? O quê houve? – perguntei me aproximando, mas ela só ia se afastando cada vez mais assustada.

—Eu não quero machucar você! – ela disse séria e eu frazi o cenho sem entender o que acontecia.

—Por que você me machucaria? – perguntei e ela então parou me encarando afita, naquele instante notei que uma luz verde emanava de suas mãos.

—O que é essa luz verde em suas mãos? – perguntei surpreso e ao ouvir minha pergunta ela tentou esconder suas mãos da minha vista.

—Não é nada, apenas fique longe de mim! – ela disse voltando a se afastar.

—Mas eu só quero...

—FIQUE LONGE DE MIM!!! – ela gritou apontando sua mão na minha direção em um gesto de pare. A encarei assustado, ela ofegava e me encarava aturdida, não havia pra onde ela correr ela acabou prensada na parede, sem saída e da sua mão ainda emanava a misteriosa luz verde. De repente a luz se intensificou de cor e de tamanho e ganhou uma espécie de energia.

—Oh não! – ouvi ela murmurar e num piscar de olhos fui atingido por uma espécie de raio repulsor bem no peito, o raio me arremessou a metros de distância dela. 

—Ai meu Deus! – ela gritou e veio correndo em minha direção. Ela se agachou no chão ao meu lado e me encarou assustada.

—Me desculpe eu não queria... eu... – ela começou a chorar.

—Calma, está tudo bem! – murmurei com dificuldade sentindo uma dor forte no peito.

—Eu feri você! – ela disse me encarando preocupada.

—Não! Eu tó bem! – eu disse na tentativa de tranquiliza-la.

—Eu vou curá-lo! – ela disse colocando suas mãos em cima do meu peito ferido, gemi de dor. Logo a luz verde voltou a emanar de suas mãos, mas dessa vez de uma maneira diferente, mais suave e fraca. Imediatamente senti um alivio da dor, o ferimento em meio peito fui cicatrizando instantaneamente e logo desapareceu, fiquei chocado com aquilo.

—Como você? – perguntei a encarando incrédulo.

—Não me pergunte como, eu só faço! – ela respondeu já entendo a minha pergunta.

—Isso é incrível! – eu disse admirado.

—Nem tanto! – ela respondeu. A encarei curioso e ela suspirou tensa.

—As mesmas mãos que curam, ferem e é algo que eu não consigo controlar! – ela disse. A encarei surpreendido, ela me olhou e de repente sua expressão mudou.

—Ei, eu conheço você! – ela afirmou finalmente me reconhecendo.

—Foi você quem me ajudou na universidade quando o gás explodiu não foi? – ela me perguntou.

—Sim, fui eu! – respondi contente por ela ter se lembrado de mim.

—O que aconteceu depois que eu desmaie? – ela perguntou curiosa.

—Eu acabei desmaiando em seguida por causa do gás. E quando acordei já estava aqui no hospital! – respondi.

—Entendo! – ela respondeu me encarando.

—Anh, os seus olhos, eles... – disse ela apontou pro meu rosto assustada.

—O que tem os meus olhos? – perguntei sentindo minha visão começar a embaçar.

—Eles estão sangrando! Você está bem? – ela perguntou visivelmente preocupada.

—Essa não! – murmurei sentindo um dor aguda nos olhos. Soltei um gemido de dor.

—Você está bem? – ela perguntou novamente.

—Sim, isso logo vai passar! – respondi tentando me acalmar, aquilo vinha acontecendo com frequência durante a noite, meus olhos doíam e às vezes até sangravam, mas logo passava, encarei Sakura e ela se afastou de mim assusta.

—Seus olhos estão vermelhos! – ela afirmou espantada.

—Sim, já vai passar! – respondi fechando os olhos com força esperando aquilo acabar, em alguns segundos a dor desapareceu e minha visão voltou ao normal encarei a garota a minha frente e ela parecia assustada.

—Pronto, já passou! – falei.

—Você é um vampiro? – ela perguntou.

—O quê? Não! – respondi abismado.

—Então é um Lobisomem? - ela questionou.

—É claro que não! - falei pasmado com  com a imaginação dela.

—Então você também ganhou... er, poderes? – ela perguntou incerta.

—Eu não diria que é um poder apenas uma mutação que afetou meus olhos! – respondi e ela continuou me encarando abismada.

—Então você também... – ela murmurou pensativa. Logo me encarou séria.

—Eu sinto muito por isso! – ela disse.

—Tudo bem, pelo menos estou vivo! – respondi dando de ombros.

—Ei, as suas mãos se “apagaram”! – falei apontando para mãos dela, percebendo a ausência da misteriosa luz verde ali.

—Finalmente! – ela disse observando as próprias mãos.

—Você sim ganhou um poder incrível! – falei e ela me encarou.

—Nem tanto, eu quase te matei com ele agora pouco esqueceu? Eu não consigo controlar isso! – ela disse aflita chacoalhando as mãos.

—Ei, calma! Você pode aprender a controlar! – falei.

—Você acha? – ela me perguntou.

—Sim. Eu tenho certeza! – eu disse e ela deu um pequeno sorriso.

—Qual o seu nome? – ela perguntou de repente.

—Sasuke! – respondi.

—E o seu? – perguntei em seguida.

—Sakura! –ela respondeu.

—Lindo nome! – eu disse e ela agradeceu.

—Seu rosto está sujo de sangue que escorreu dos seus olhos! – ela disse. E eu comecei a limpar meu rosto com as mãos, mas acabei me sujando ainda mais. Sakura riu discretamente, eu devia estar ridículo naquela situação.

—Vem comigo, vou ajudá-lo a se limpar! – ela disse me oferecendo a mão como ajuda para me levantar do chão, aceitei sem hesitar e seguimos caminhando juntos pelos corredores do hospital. Logo paramos em frente a uma porta. Sakura abriu e entrou me puxando junto para dentro do cômodo.

—Sente-se na maca, eu já volto! – ela disse se distanciando. Ela entrou no que era aparentemente em um banheiro e eu fui me sentar na maca como ela havia pedido. Logo ela retornou trazendo alguns objetos consigo. Ela molhou uma gaze em um recipiente com água em seguida começou a limpar delicadamente em meu rosto. Fiquei a observando enquanto ela fazia seu trabalho. Sakura era linda, sua pele era branquinha e lisinha, não continha nenhuma espinha. A sua boca era delicada e fina, e seus lábios embora pequenos eram um tanto carnudos e naturalmente rosados assim como os exóticos cabelos, e seus olhos pareciam duas lindas pedras esmeralda de tão verdes que eram. Ela parecia uma boneca de porcelana.

—Prontinho! – ela disse se afastando me tirando de meus pensamentos.

—Obrigada! – eu disse e ela sorriu pra mim, nunca tinha visto um sorriso tão lindo quando o dela, fiquei a encarando feito um bobo, aquela garota era incrível.  Quanto mais eu a observava mais eu sentia meu peito se aquecer, era uma sensação nova, e estranha mas ainda sim boa, e naquele instante eu senti uma estranha sensação de borboletas voando em meu estomago. O que essa garota estava causando em mim? Isso eu não sabia dizer, mas queria muito descobrir.

Continua...


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Notas finais do capítulo

*Espacate - é um movimento ginástico que consiste em abrir as pernas de modo que estas formem um ângulo de 180° e fiquem paralelas ao solo.
http://img.aws.ehowcdn.com/intl-620/ds-photo/getty/article/244/26/200302937-001.jpg.

*Reversão: exercício executado por ginastas.
http://photos.demandstudios.com/getty/article/171/58/87480027.jpg

Aguardo reviews heim gente...
^^



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