Forgotten escrita por Jessyhmary


Capítulo 1
Capítulo Único


Notas iniciais do capítulo

Olá, amores!!

Eis aqui nossa One-Shot Semanal! hahaha ^^
Quero agradecer aos que responderam às postagens em Hide e dizer que fico muito feliz mesmo com a recepção de vocês à ideia. E então...
Aqui está a fic! (Que eu achava que nem ia escrever, só que deu a louca agora de madrugada e surgiu a ideia kkk)

Espero que curtam, é FitzSimmons (Pq eu preciso de um pouco disso na minha vida, rs)

E Hoje é dia de AoS! YEY!!!

#BoaLeitura!



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Alguns instantes depois, May passou correndo pelo corredor, praticamente arrastando Skye pelo braço. Tudo estava balançando dentro do Bunker. Fitz havia deixado a sala muito antes de eu formular alguma teoria. Estava um verdadeiro Caos.

E então eu o vi passando.

Fitz corria logo atrás de May e Skye, até que desacelerou quando passou por mim em frente ao laboratório. Não foi preciso mais de um segundo para que o olhar dele confirmasse o que sua boca não teve coragem de me dizer. Ele havia mentido. Havia mentido para acobertar Skye. Mentido por medo de que eu a enjaulasse e enfiasse uma agulha no seu braço contra a sua vontade, apenas para tentar controla-la. Ele tinha medo da nova Jemma Simmons. Daquela que o havia abandonado logo depois de salvá-lo da água. Da cientista que se infiltrara na H.I.D.R.A. e que foi convincente o suficiente para sair de lá com informações confidenciais. A verdade, por mais dura que fosse, era que Fitz nunca havia me perdoado de verdade. E eu não o culpava por isso.



(...)



- Você vai ficar bem aqui? – Fitz segurava a porta da “sala das colmeias” enquanto segurava a garrafa de água que havia levado para Skye.

- Vou, Fitz. – ela respondeu simplesmente, abaixando a cabeça e mexendo na alça da mochila. – Aqui está bom.

- Não, não está. – ele jogou a garrafa e Skye a segurou no ar. – Você está chateada.

- Na boa, Fitz – ela colocou a garrafinha no chão ao lado da bolsa e levantou-se, indo em direção à porta. – Eu quase derrubei o Bunker e poderia ter machucado vocês, então, é claro que eu estou chateada. – ela deu uma pausa para respirar fundo – Pode sair, por favor? Eu quero ficar sozinha. Essa ICER dá uma dor de cabeça insuportável.

- Tudo bem. – ele abaixou a cabeça e alisou a porta como se esperasse alguma deixa para sair dali. – Se precisar de algo...

- Olha – ela apertou os olhos, suspirando novamente – Eu realmente agradeço o que está fazendo, mas... Agora não é uma boa hora. Eu meio que preciso ficar sozinha e tentar descansar, okay?

- Certo.

O agente esboçou um sorriso e Skye fez o melhor que pôde para contribuir, mas não conseguiu passar de uma expressão de indiferença. Mas era isso ou cair no choro outra vez.

Fitz ainda digeria tudo que havia acontecido naquele dia. Lady Sif. O Kree. A Cripta de Obeliscos vazia. Jemma achando os resultados do exame. Skye fora de controle. Os dois seres dotados caçando ela pelo Bunker. Simmons descobrindo a verdade da pior maneira possível... E a maldita discursão que fez com que Skye ficasse ainda pior do que já estava. Ele estava cheio. De tudo aquilo. Só queria descansar e acordar menos destruído no dia seguinte, afinal, ainda havia o que arrumar no laboratório. Caminhou até o seu dormitório, os passos eram lentos e arrastados, como se quisesse refletir mais um pouco no caminho até lá. Fitz entrava no último corredor quando percebeu uma figura estacionada em frente ao seu quarto. Jemma estava encostada na parede como se já estivesse o esperando há pelo menos vinte minutos. Sua expressão não parecia nada amigável. “Droga”, pensou. “Algo me diz que não vou poder dormir tão cedo agora.”

- O que está fazendo aqui? – ele se aproximou de Simmons e encostou-se na porta do dormitório, ficando de frente para ela. – Pensei que ainda estivesse arrumando as coisas com Mack, Morse e Hunter.

- Não. – ela o encarou e desencostou da parede, agradecendo por sair daquela posição entediante. – Eu estou aqui.

- Com que propósito? – o tom de Fitz começava a se alterar.

- Ninguém mais teve cabeça de continuar limpando depois que Skye – ela suspirou e olhou para cima como se buscasse por mais ar. – Não foi certo.

- Não foi isso que perguntei. – ele também largou a parede e deu um passo para o lado como se quisesse analisa-la melhor. – Por que está aqui? Pensei que tínhamos discutido tudo.

- Você saiu antes de chegar na metade. – ela igualou seu tom ao dele.

- Eu fui ver a sua amiga – ele pronunciou sarcasticamente. – Ou vai esquecer dela assim como fez comigo depois que eu mudei?

Jemma recuou o passo que havia dado para a frente. Fitz sempre teria aquele argumento em punho: Sua fraqueza frente ao corpo debilitado que tirara da água.

- Fitz, isso não é justo!

- Oh, você quer falar de justiça? – ele mexia as mãos, parecendo nervoso com a conversa. – Certo, vamos lá. – ele encarava Jemma o fitando quase que com ira nos olhos. – Você achou justo me largar quando eu ainda estava completamente perdido? Achou justo o modo como me excluiu e mentiu para mim? Achou justo me deixar sem saber o que pensar de você? Não, Jemma. Aquilo foi o oposto de justo! – ele andava de um lado para outro enquanto Simmons permanecia imóvel e completamente sem reação, exatamente no mesmo lugar de antes. – Como acha que eu me senti, Jemma? Eu criei uma versão imaginária de você... Só para ter a ilusão de que você não tinha me deixado! – ele esboçou um choro, mas não deixou as lágrimas caírem. – E você nunca... Nunca me explicou o porquê. – ele suspirou, colocando as mãos na cintura e engolindo o choro. – Sinceramente, eu não te reconheço mais.

Simmons abaixou a cabeça como se as palavras tivessem pesadas demais para o seu cérebro. Respirou pausadamente e levantou o rosto com um filete de lágrima manchando seu rosto britânico e pálido. Voltou a dar um passo à frente e cingiu-se de toda coragem que possuía dentro de si.

- Eu fui covarde.

Fitz não pronunciou uma só palavra, apenas voltou a encará-la, sabendo que o argumento de Simmons não se limitaria àquelas três palavras.

- Eu fui covarde, Fitz. Quando você começou a reagir, eu... Eu não saberia dizer o que eu senti. Os dias em que você ficou inconsciente... Foram os piores dias da minha vida. Quando Coulson precisou de mim para espionar a H.I.D.R.A, eu me recusei a sair do seu lado. Disse que não sairia enquanto você não desse sinais de vida. Ele me permitiu ficar mais alguns dias até que você voltou... E... Te ver daquela maneira, Fitz... Quebrou-me por dentro! Eu só conseguia pensar no que você havia feito por mim naquele contêiner. Eu não fui forte o suficiente para segurar a sua mão, Fitz... – As lágrimas já escorriam sem controle pelo rosto dela. – Porque eu não suportava perder um pouco de você todos os dias...

Jemma Simmons desabou em choro. Havia prometido a si mesma que não faria aquilo. Que o tempo de ser fraca tinha terminado. Mas não podia aguentar colocar todos os sentimentos para fora de uma só vez e permanecer intacta.

- E então veio a H.I.D.R.A. – ela enxugava as lágrimas enquanto Fitz a observava com o semblante mais receptivo. – Coulson precisava de mim. Focada. Não éramos mais a S.H.I.E.L.D. amparada pela lei e pelo Governo. Havia muita coisa em risco... Fui obrigada a deixar meus sentimentos em segundo plano... Então, quando eu voltei, você já tinha fechado o seu coração para mim.

Fitz levou alguns segundos para juntar todas as afirmações em uma ideia que fosse coerente para a sua cabeça assimilar.

- Jemma, esse não é o ponto...

- Sim, Fitz. – ela deu mais um passo, agora com a voz carregada de sofrimento. – E agora sou eu quem vai falar. – ela alterou o tom.

- Tudo bem.

- Eu te amo, Fitz! – ela apertou os olhos com força e depois abriu com a mesma intensidade. – Não está muito óbvio? Olha, eu peço perdão por ter escolhido a pior forma de demonstrar isso, mas eu te amava demais para assistir você se torturando com o meu fantasma! Eu te amei a ponto de te deixar, Fitz! Foi a coisa mais difícil que eu tive que fazer até agora, e isso porque eu ainda pulei de um avião sem paraquedas... – ela estava ofegante, tamanha a força que estava desprendendo para dizer aquilo. – Talvez você nunca me perdoe por isso, mas eu não te excluí por não aceitar essa nova versão de você. Foi por sentir medo... Por pensar que você me odiava pelo que eu havia feito. Não suportaria sentir o seu desprezo e sua indiferença me rondando, então eu me afastei! Eu não queria tornar isso mais doloroso para nós dois.

Tudo aquilo fazia algum sentido na cabeça de Fitz. Sentia seu coração acelerar-se dentro do peito e bater cada vez mais rápido, à medida que Simmons pronunciava seu nome com aquela raiva quase que sem explicação. Nunca havia deixado de amá-la. (E como poderia?)

- Jemma...

Ele deu dois passos e a tomou em seus braços, fazendo com que o choro da britânica fluísse alto pela sua garganta, sendo barrado apenas pelo tecido felpudo do casaco de Fitz. Não poderia vê-la perder o controle daquela forma sem sentir seu coração sendo prensado dentro do peito. Ela era a sua Jemma Simmons desde que ele podia se lembrar. E não deixaria de ser agora.

- Perdoe-me, Fitz. – ela dizia em meio aos soluços. – Perdoe-me por ter sido tão... Tão fraca...

- Está tudo bem, Jemma. – ele a abraçava forte, sentindo o cheiro delicado do cabelo dela penetrar em suas narinas. – Não precisa... Olha, eu exagerei com isso. Não devia ter te pressionado tanto a...

- Não, Fitz – ela afrouxou os braços em volta do pescoço dele e o encarou com os olhos vermelhos. – Você viu o que eu me tornei. Eu não sou mais inocente e sensível como antes... E não sei se consigo voltar a ser o que era antes.

- Todos nós mudamos, Jemma – Leo ainda tinha as mãos bem seguras na cintura dela. – Eu mudei. Você mudou. Coulson, May... Skye. – ele aproximou-se do ouvido dela e Simmons fechou os olhos por impulso. – Bem-vinda ao grupo dos Mutáveis.

Jemma não pôde evitar uma risada.

- Nem tudo mudou, Fitz. – ela voltou a encará-lo, dessa vez alterando seu olhar entre os lábios e os olhos claros de Fitz. – Você continua sendo o cara por quem eu me apaixonei.

- Então você ainda me ama? – ele perguntou, tirando uma mecha que caía despreocupadamente sobre o rosto da britânica.

- Amo. – Simmons respondeu sorrindo e quase sussurrando.

- Então estamos quites.

E acabando com a distância entre eles, Fitz a beijou, colando as costas de Simmons na parede em frente ao seu dormitório. A britânica deu dois passos em falso até encontrar a parede fria que a amparara atrás de si. Ela não podia deixar de pensar se ele tinha ensaiado aquela fala há séculos ou se ele havia se tornado corajoso o suficiente para improvisar aquilo naquela hora. Independente da resposta, Jemma estava segura ali. Nos braços dele. Exatamente onde deveria estar

- Uau – ela suspirou ofegante quando os seus lábios se separaram. – Você...

- Eu. – Fitz brincou, deixando Simmons com cara de boba.

- Você mudou – ela terminou a frase, ainda olhando para a boca dele. – Ah, você mudou muito, Fitz! – ela voltou a sorrir olhando para os olhos dele. – Eu te amo tanto...

- Eu te amo mais, Jemma.

Os dois voltaram para o beijo como se tivessem passado anos separados um do outro – o que era, até certo ponto, verdade. – e conversando sobre o tempo. Os dois foram para o dormitório de Fitz antes que May fizesse a ronda noturna e os encontrassem ali.

- Você acha que vão voltar para buscar Skye? – Jemma perguntava, com a cabeça bem aconchegada sobre o peito de Fitz.

- Acho que não – ele acariciava os cabelos claros e curtos de Simmons, sentindo-se o homem mais feliz do mundo por tê-la com ele. – Depois que Coulson e May enfrentaram um Kree e uma Asgardiana, duvido muito que algo possa tirar a Skye de nós.

- Ótimo. – ela sorriu, abraçando Fitz e suspirando. – Amanhã eu vou conversar com ela. Calmamente.

- É uma ótima ideia. – Fitz a abraçou e sorriu para ela novamente. – Agora, vamos falar sobre o quanto eu amo você.

Simmons sorriu e alisou a barba ralinha que crescia no rosto dele.

- Você ficou lindo de barba.

- Ah fiquei, é? – ele perguntou.

- Ficou sim. – ela continuava alisando a barba dele.

- Eu fiz um teste. E você gostou. – ele sorriu.

- Então era um teste? – ela perguntou, virando-se diretamente para ele. – E eu caí nele?

- Foi. – Fitz não pôde evitar a risada.

- Muito bom saber disso, senhor Leopold Fitz.

- O que você pensa em fazer a respeito disso, senhora Jemma Simmons? – ele a olhou sugestivo.

- Hum... Deixa ver – ela fez uma expressão enigmática. – Eu posso começar tirando as rosquinhas da sua dieta.

Ele fez uma cara engraçada indignação.

- Mas por enquanto – ela sorria travessa, numa postura bem diferente da Simmons de que ele se recordava. – Você está preso comigo essa noite. – ela riu do que tinha acabado de falar. – Mas é sério mesmo. Você sabe como são essas portas. Elas travam automaticamente depois das duas horas da manhã.

- Então você pensou em tudo! – ele estreitou os olhos e a encarou engraçado.

- Eu sempre penso em tudo, Fitz.

Ela voltou a beijá-lo, dessa vez com maior intensidade. Fitz agradeceria a May no dia seguinte por ter aplicado o novo sistema de segurança no Bunker. Graças a ele, poderia passar a noite inteira com a garota mais incrível que conhecia. Poderia assisti-la dormindo tranquilamente. Poderia abraça-la e proteger ela de qualquer coisa que fosse. Jemma Simmons seria sua e somente sua.


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Notas finais do capítulo

E essa foi nossa One-Shot semanal!

O que achou? Deixe seu comentário!
Beijos, gente! Até a próxima, vocês são demais!

#Itsallconnected! #AgentsofSHIELDDAY!



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