The Kid escrita por Olicity forever


Capítulo 8
E como eu me sinto, alguém se importa?


Notas iniciais do capítulo

Esse capítulo é o começo do POV Oliver.
Acumulei muitos fatos para finalmente escrever sobre os sentimentos de Oliver e isso está ficando enorme! Não quero pular partes porque é algo que eu realmente acho necessário. Se vocês não gostarem eu vou entender, de coração. Mas eu realmente acho importante para o próximo passo na estória!
Obrigada pelos comentários... Espero que gostem!
Bjos



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POV Oliver.

Eu realmente não sei mais o que fazer... pensei que me afastar dela seria o mais certo a fazer, ficou claro pra mim após aquele jantar que tê-la por perto é algo que me deixa vulnerável, não só para meus inimigos me atingirem como também em relação aos meus sentidos, meus sentimentos. Não é justo pensar assim, mas Felicity é uma distração fatal, ela altera todos os meus sentidos e principalmente, o meu humor. Eu não estou tão perdido ao ponto de não perceber como ando instável... Pensar nela, sentir seu cheiro, sua presença é algo que ilumina o meu dia, mas ao mesmo tempo lembrar do seu beijo, do seu toque, da sua pele, do seu olhar sabendo que por minha própria escolha eu não estou aproveitando nada disso me deixa furioso, é uma raiva misturada com uma frustação enorme e como Diggle já gosta de passar na minha cara, é uma mistura extremamente perigosa.

Quando ela me olhou nos olhos e segurou meu rosto eu tive um susto enorme, realmente não esperava por aquilo, mas foi quando ela disse que a culpa não era minha e principalmente que encontraríamos Lyla por minha culpa foi que eu me toquei que aquilo realmente estava acontecendo. Por tantas noites fiquei em minha cama lembrando daquele beijo e de todos os sorrisos e olhares cúmplices que trocamos nos últimos anos, sorrisos e olhares que cada dia se tornavam mais raros entre nós e a culpa era toda minha. Ver minha garota tão estável e concentrada mesmo quando tudo parecia desabar me encheu de orgulho e são essas qualidades delas que só me fazem amá-la mais. Comecei a projetar tudo e quando o vi o desespero no olhar de Dig, fiquei me colocando no lugar dele, eu definitivamente estaria muito pior se fosse minha Felicity desaparecida e em mãos de bandidos. Eu precisava ser rápido, preciso.

Quando cogitei a não ida de Diggle, Felicity resolveu se pronunciar da pior forma que eu pensei! Como assim ela vai? Será que não tem noção do quanto é perigoso? E claro, mais uma vez lá estava eu descontrolado parece bicho preso porque quando Felicity decidi, nem Dig consegue para-la. Quando ouvi Roy tentando convence-la por um momento sentir alívio, mas ela realmente não facilitava, chamei Diggle no canto e disse a ele que ou ele convencia aquela teimosa ou então eu mesmo dava meu jeito. Quando olhei pelo ombro de Dig, Felicity estava abraçando Roy, aquilo só aumentou minha raiva. Quer dizer que se os outros não querem vê-la em perigo é prova de amor, mas se sou eu quem falo é motivo pra ela se irritar? Eu realmente não entendo mais nada. Saio dali com uma raiva enorme e vou direto para a casa dela, escolho uma garrafa azul com água e coloco uma boa dose de sonífero, isso fará com que ela perca o horário.

Volto pra Cave após um tempo e não há mais ninguém lá, me sento na cadeira dela e fico passando a mão na nossa planta. Desde que ela terminou tudo entre a gente... o quê? Foi ela sim, ela disse que não queria conversar e mesmo eu dizendo que a amava e a beijando ela repetiu que estava tudo acabado, o que mais eu podia fazer? Naquele dia que a mãe dela esteve em perigo por causa daquele filho da mãe ex dela, ainda não sei porque não quebrei a cara daquele infeliz, eu disse como me sentia sobre ela e ela apenas disse que precisava ir?! Voltando, desde que terminamos, ela colocou nossa planta na mesa dos computadores, eu senti muito por ela ter feito isso, é como se a única coisa que nos unia estava se tornando só dela.

Quando cheguei ao galpão no aeroporto e a vi, linda, eu não pude acreditar. Dig além de não conseguir convence-la havia claramente me traído, afinal, ela devia estar dormindo! Gritei, berrei e expressei toda minha raiva dando socos naquela mesa, era melhor na mesa do que na cara de alguém. Fiquei com pena do Roy quando ele veio me propor pra eu mesmo falar com ela e explodi com ele, mas, desesperado do jeito que eu estava, valia tudo. Tentei me acalmar e fui em sua direção, acho que ela estava observando porque quando me aproximei ela levantou a cabeça e arqueou a sobrancelha. Quase me perco naqueles olhos azuis e é incrível como seu olhar me acalma e a falta dele me desestabiliza, pedi pra ela ficar e não respondeu nada, nem me olhou mais, saiu em direção ao jato e em completo descontrole virei a mesa. Ficar naquele jato com mais de 20 homens a secando era tortura demais, vi o pânico nos olhos dela quando percebeu que teria que pular de paraquedas, sorri lembrando de Dig descrevendo a cena quando eles foram me resgatar na ilha, me levantei e fui em sua direção, queria ter certeza que ela chegaria bem no chão, achei que podia passar essa segurança pra ela, mas não, mais uma vez Felicity se sentiu mais segura nos braços de outra pessoa, dessa vez, Dig. Fiquei tão enfurecido que pulei antes mesmo do sinal, quase me desequilibro durante a queda o que me causou um pouso violento. Ela se importou? Não, permaneceu olhando para aquele tablete.

A caminhada foi curta, mas senti seu cansaço, sei que ela não é acostumada, mas definitivamente eu não vou mais me oferecer para depois levar fora. Observamos de um alto e traçamos um plano, eu sei que foi em vão mais ordenei que ela ficasse lá, até parece que ela ia obedecer. Duas explosões e na segunda sou levemente atingindo, mas Roy e Dig me levam para casa onde Lyla estava a salvo, pra minha surpresa, Felicity também estava lá. Acho que toda aquela situação a emocionou, pois ela beijou meu rosto, não entendi, mas aproveitei o momento para senti-la mais perto. Fizemos o caminho de volta e Felicity não soltava uma menininha loirinha de olhos azuis, tão parecida com ela, na mesma hora me flagrei imaginando como seria ter uma filha com aquela mulher e como ela seria uma ótima mãe. Acorda, Oliver... isso lá é hora de sonhar com o impossível. Entramos no avião de volta a Starling eu fiz de tudo para não olha-la, Felicity conseguia ser linda de todo jeito, não adianta. Mas aquela imagem daquela garotinha tão parecida com ela não saía da minha cabeça, e se Felicity resolver ser mãe? E se ela começar a procurar por alguém? Depois de casada eu definitivamente vou perde-la, nenhum cara vai querer sua mulher em uma vida dessa, nem eu mesmo queria. Minha mente ficou viajando e meu coração se enchendo de mais raiva por ser tão incapaz de fazer a mulher que amo realmente feliz, aquilo era cada dia mais visível e amargamente frustrante. Sai do avião e fui direto pra minha moto, não me ocupei em lhe oferecer carona, ela certamente vai preferir qualquer um menos eu.

Cheguei no meu quarto e não consegui dormir, todos aqueles pensamentos e um misto de sentimentos porém, eu precisava descansar. Acordo com o corpo todo dolorido e vou até a mesa dela, deve ter algum remédio, sempre tem porque minha Felicity é assim, sempre precavida, um passo a frente em tudo, organizada e responsável... Minha Felicity, sempre sorrio quando penso assim mas uso um controle absurdo para nunca pronunciar. Quando estou revirando suas gavetas, vejo uma foto e quase não acredito no que vejo. Em algum momento, não sei mesmo qual, quando estávamos no restaurante alguém tirou uma foto à distância, ela estava rindo e eu também, mas como ela pode querer guardar uma imagem de um momento tão ruim? Foi quando virei a foto e vi um papel colado e dobrado, dentro dizia: “nosso primeiro encontro... será também o último? L “... Guardei carinhosamente a foto de volta a gaveta e peguei meu celular precisava falar com ela, definitivamente eu precisava responder aquela pergunta com um sonoro não, não será o último. Estava decidido a chamá-la pra almoçar, não podia esperar até a noite. Liguei inúmeras vezes consecutivas e só dava desligado então pensei que ela podia estar cansada e não foi trabalhar, pensei em fazer uma surpresa, fui até sua casa, mas ela não estava, então, mesmo correndo o risco de encontra-la de novo com Ray, fui até a empresa.

Cada passo que eu dava dentro daquele prédio só me fazia lembrar daquela infeliz noite que os vi se beijando mas pensei comigo mesmo, é dia, eles não fariam isso, não é? Cheguei a sua sala e me deparei com algo que realmente não esperava, Felicity está linda, emocionada cheirando um enorme buquê de rosas e nem preciso perguntar pra saber que aquilo havia sido presente de um homem. Pigarrei irritado por saber que eu mesmo não podia lhe fazer tal surpresa e foi então que ela me lançou aquele sorriso lindo que ilumina meu dia, porém não soltava aquelas malditas rosas. Perguntei pelo celular e inocentemente ela o pegou e só enfim se tocou que estava descarregado, me olhou com um pedido de desculpas, mas aquelas rosas tiravam completamente minha atenção. Não pude controlar a raiva e os ciúmes, então fui direto, antes mesmo de ouvi-la de novo toda empolgada que tinha um jantar com Ray Palmer e que precisava de uma noite de folga, eu mesmo resolvi adiantar as coisas:

– Não importa mais, em todo caso, não precisa ir hoje à noite. Tenho um compromisso e já deixei Roy fazendo a ronda.

Foi a única coisa que deu pra pensar naquela hora, o fato dela não se interessar pelo o que era o compromisso só me deixou mais irritado e comprovando minha tese de que realmente já tinha planos, porém ouvir ela dizendo que precisava de uma “folga daquilo tudo”, me tirou do sério pois todo aquele medo de Felicity um dia se cansar dessa vida e resolver casar e ter filhos ainda estava em mim e voltou como um raio. Me controlei ao máximo para não dizer mais nada, se eu falasse com certeza a magoaria ainda mais, afirmei com a cabeça e sai direto para cave, precisava esmurrar algo. Passei a tarde treinando sozinho, a noite Roy apareceu e o mandei para o lado contrário a casa de Felicity, eu mesmo precisava me certificar, talvez se eu visse de novo caísse a ficha que definitivamente nunca será minha. Fui em direção a sua casa e fiquei por lá, percebi quando ela e Thea chegaram sorridentes mas Felicity não trazia as flores, as duas entraram e ficaram conversando algo que parecia sério na sala, depois assistiram um filme, típico de Thea, comédia romântica. Thea saiu de lá não era tão tarde e vi quando Felicity foi para o quarto, pulei para o outro telhado e a vi entrando em algo que devia ser o banheiro, pouco tempo depois, ela saiu e ficou aplicado hidratante no corpo, fiquei hipnotizado com aquela cena, me virei e quando voltei a olhar ela já estava com uma camiseta larga e lendo um livro, era minha deixa, ela realmente não ia sair com nenhum cara, fiquei observando sua posição deitada na cama e imaginando como seria uma vida normal com Felicity, estava mais pra sonho, e fui despertado quando ela se levantou da cama e saiu em direção a sala, ah não, eu vai receber alguém a essa hora e vestida assim? Pulei de volta pro outro telhado que dava vista pra sala e suspirei aliviado quando percebi que a minha precavida Felicity estava apenas se certificando que estava tudo seguro, mal sabia ela que um certo Arqueiro velava muito bem o seu descanso. Vi ela usando o celular e logo em seguida voltando para a cama. Pouco tempo depois Roy me ligou dizendo que Felicity havia ligado pra ele, mas eu disse que estava tudo bem, ela deve ter notado a presença do lado de fora e graças a minha mentira de mais cedo, com certeza ela não suspeitaria de mim.

O dia passou devagar, sem muito o que fazer apenas a espera da chegada dela, acho que o dia só prestava nesse momento mesmo, quando ela chegava com aquele sorriso lindo que nem sempre era pra mim, e por pensar nela, lá vem com um sorriso maior ainda o que só aumenta minha raiva por não ser pra mim. Ela abraça Dig animada e quando ele pergunta o motivo do sorriso, ela diz que só dirá no jantar. Continuo descontando minha raiva em Roy que se defende como pode, até que ela se aproxima e claro, paramos de lutar, aí ela abraça Roy e diz:

– Até que fim você e Thea se acertaram! Me prometa que nunca mais vai colocar alguma coisa a frente do amor de vocês, tá? Alguém mais deve encontrar a felicidade do amor além de Diggle e Lyla! E outra, sua ronda não inclui ir duas vezes a minha casa, né? Ou você achou que Thea ia dormir lá?

Quando ela diz isso percebo seu sarcasmo, mas logo em seguida me toco que posso ser pego no flagra e saio em direção ao meu quarto, ela nunca iria lá pra me pedir explicações. Ouço quando ela sobe as escadas e resolvo sair para me arrumar para o jantar na casa de Dig, quando sou pego de surpresa por ele:

– Quer dizer que você me manda pro outro lado da cidade só pra ficar vigiando Felicity? Antes que tente se explicar, eu vou facilitar a sua vida: Felicity deu o maior fora em Ray Palmer. O caminho está livre, Oliver!

Dou um sorriso em agradecimento e ele sai em direção a boate. Roy realmente facilitou minha vida, me animou a ir atrás dela, é isso que farei, me aproximarei novamente e aos poucos. Me arrumo e saio em direção a sua casa, a observo a distância e vejo quando ela compra uma torta, bem que eu gostaria de leva-la para comer uma torta mas não tenho cara pra isso, não posso simplesmente fingir que está tudo bem. Finalmente enquanto estamos na casa de Dig temos algo que eu senti muita falta a troca de olhares. De repente ela e Lyla se trancam no quarto e Dig aproveita pra continuar com suas provocações:

– e aí, a oferta do babador ainda está de pé!

– Tão engraçado... Dig, sabe dizer se Felicity tem mais alguém além de Ray Palmer interessado nela?

– Porque a pergunta?

– Será que você pode só responder?

– Tá, não que eu saiba, mas porque?

– Melhor dizer logo, você não vai me dar sossego mesmo, é que ontem ela ganhou um buquê de rosas e fiquei imaginando quem poderia ser já que Roy disse que ela deu um fora em Ray Palmer.

De repente Dig entrou em uma gargalhada sem fim, esperei ele se recuperar e só então ele me disse que as rosas tinham sido ideia de Lyla em forma de agradecimento por ela ter salvo sua vida. Respirei aliviado, e quando ela voltou para sala eu ainda sorria feito um bobo porém, na mesma hora vi seu celular tocando e ela saindo pra atender. Ah, qual é? O que é tão importante que precisa se afastar assim? Pior é quando ela volta com um sorriso enorme, mas Dig logo chama para jantar, jantamos calados e quando Lyla coloca a torta na mesa vejo a oportunidade de cobrar de Dig uma explicação dela para aquele sorriso tão magnífico. Ela conta bastante satisfeita sobre o sucesso da missão e todos comemoram, eu estava feliz por isso, porém relaxei por saber que era aquele o motivo de tanta alegria. Fiquei mais leve e com uma vontade enorme de pedir desculpas pelo jeito que eu vinha tratando por causa de ciúmes que não passavam disso, ciúmes. Fiquei esperando até a hora que ela resolvesse ir e não me cansava de olha-la e sorrir pra ela mas parece que isso a assustava de alguma forma. Ela olhou a hora e resolveu que já era tarde, começou a se despedir de todos e eu a esperei na porta, eu realmente queria conversar com ela mas precisava que fosse a sós. Abrir a porta e ela saiu, sai bem atrás sentindo aquele cheiro inebriante, como eu gostaria de ter mais liberdade em tocar Felicity, mas parece que cada vez que nos tocamos, ou até mesmo quando ela me toca sinto um choque, como se servisse de lembrete do meu total descontrole perto dela. Se suportar mais tanto desejo, a abracei e apenas fiquei aproveitando o calor que vinha do seu corpo, e quase sem forças, me desculpei. Felicity parecia também gostar do momento pois não se afastou, acariciou minhas costas e disse que estava tudo bem... Ela não sabe, mas se eu pudesse sentir aquilo todos os dias eu certamente me titularia um homem feliz.

CONTINUA...

– Oliver você sabe que o que fez foi extremamente errado, não sabe? Você foi um completo babaca com ela!

– Diggle, ficar repetindo isso não resolve as coisas...

– É, até porque se resolvesse alguma coisa que falo, você e ela com certeza estariam felizes e juntos, não é mesmo?

Suspirei frustrado lembrando das várias vezes que tivemos essa conversa e como Dig insistia em não ver o meu lado.

– Felicity merece alguém melhor, Dig. Alguém que a ama por completo, que possa ser todo dela, sem implicações ou condições.... alguém que se dedica plenamente a fazê-la feliz.

– Claro, alguém como, não sei... Ray Palmer? Por que ele sim parece estar disposto a mover céus e terra por ela. É realmente uma pena que ela tenha desistido dele, não é? Pobre Felicity, nunca será feliz...

Ok, Dig sabe mesmo atingir bem na ferida. Precisava tocar no nome daquele cara? Olhei pra ele com olhar de reprovação mas na certeza que para ele aquilo não significava nada. Certo, fiquei feliz por saber que ela não estava mais com ele mas sentia em mim que aquilo podia ser passageiro e logo ela cederia novamente as investidas daquele cara.


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Notas finais do capítulo

Continua, hein?
Mas e aí? Estão entendendo todo sofrimento do nosso herói e seu conflito interno?
Pois é, vamos ver como será daqui pra frente!
Por favor, comentem! Eu preciso saber se estão gostando ou não!
Bjos!