The Kid escrita por Olicity forever


Capítulo 17
Uma boa notícia, um momento péssimo


Notas iniciais do capítulo

Pessoal, primeiramente me desculpem pela demora!
Mas finalmente aqui está ele!
Espero que goste, tem um pouco de ação, drama e dor mas tem final feliz!
Boa Leitura!
Bjos.



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Acordei primeiro que Oliver e aproveitou bem a vista: o homem que eu amo dormindo tranquilo em minha cama, me levantei e fazendo o máximo de silêncio fiz minha higiene matinal no banheiro do corredor para não acordá-lo, passei pelo quarto de Emily e ela também dormia tranquila, então resolvi fazer café da manhã enquanto ensaiava o que ia dizer para explicar a presença de Oliver em nossa casa, não posso mentir para minha filha, mas também não sei ao certo o que devo dizer. Fui colocar o lixo na parte de fora da casa e quando voltei escutei passinhos ligeiros em direção ao meu quarto, quando olhei para lá apenas vi a ponta do lençol de Emily sendo arrastado para dentro do meu quarto, meu coração falhou uma batida nesse momento. Busquei toda calma que havia em mim e fui devagar até o quarto, empurrei a porta lentamente e a imagem que vi me fez mais feliz do que nunca: Emily adormecida e Oliver alisando seus cabelos, ele me olhou e sorriu. Me aproximei e me deitei deixando Emily entre nós, comecei a dar beijinhos em uma bochecha e Oliver fazia o mesmo na outra, ela começou a rir e então fizemos cosquinhas e ela abriu os olhinhos:

– Bom dia, minha pequena.

– Bom dia, Oivé. Bom dia Mamãe!

– Bom dia, meu amor. Vamos tomar café?

– Uhum.

E com toda preguiça começou a se esticar, Oliver a pegou no braço e a levou para o banheiro, escovei os dentes de Emily enquanto Oliver terminava sua higiene. Tomamos café em meio a risadas e brincadeiras e então Oliver recebeu uma ligação de Thea sobre algo a ver com a Queen Consolidated, ele me explicou por cima, pois também não tinha muita ideia do que se tratava e se despediu de Emily:

– Preciso ir, minha pequena.

– Oivé?

– Oi!

– Você adóia é meu papai, né? (Você agora é meu papai, né?).

Oliver me olhou sorridente e se voltou para Emily:

– Com certeza, eu sou.

Emily sorriu satisfeita e então ele veio em minha direção e quando foi se despedir de mim hesitou em me beijar, então eu o beijei fazendo Emily bater palminhas e rir alto. Com Oliver comentando que Thea era má influência pra Emily, ele saiu com a promessa que voltava para o almoço, mas que íamos almoçar fora. Coloquei Emily para ver desenhos e arrumei a casa, por volta das 10 horas recebi essa mensagem de Oliver:

– “Tenho ótimas notícias, mas só posso contar pessoalmente, podemos nos encontrar naquele restaurante? Nossa felicidade está completa, acredite em mim. Te amo”.

Respondi perguntando a hora e tratei logo de arrumar Emily, pois ele me pediu que fosse às 11 horas. Me produzi o máximo que pude e deixei minha pequena parecendo uma princesa:

(Vestido de Emily: http://casamenteiras.com.br/casamenteiras/wp-content/uploads/2014/06/vestido-anagiovanna-01.jpg ).

(Vestido de Felicity: http://walkingonthestreet.com/wp-content/uploads/2014/10/Look-girlie-vestido-rodado-01.jpg ).

Coloquei Emily na cadeirinha e fui em direção ao volante. Dirigia tranquila e sem muito transito para um sábado de manhã. Mas ao dobrar em uma esquina sentir que havia duas motos nos seguindo, olhei bem, pois podiam ser Oliver e Roy, mas não, as motos eram amarelas e logo atrás delas vinha um furgão, aproveitei que Emily estava distraída com um vídeo e acelerei o máximo que pude mas antes mesmo que pudesse fazer mais uma curva, outro furgão me fechou e eu já não sabia o que fazer, me virei e tirei Emily da cadeirinha e trouxe pra meu colo, peguei meu celular e disquei o número de Oliver mas ele não atendeu, então tentei Diggle mas já era tarde, dois homens encapuzados quebraram os vidros e injetaram algo em meu pescoço, eu só pude ouvir a voz de Emily gritando e então apaguei.

Quando acordei, estava presa em uma sala com um colchão no chão e minha cabeça doía muito, apesar da luz forte arder em meus olhos, precisava procurar por Emily, mas ela dormia bem ao meu lado, seu rostinho ainda tinha traços de lágrimas e ela soluçava, coloquei em meu colo e implorei pra que Oliver no encontrasse onde nem eu mesma sabia onde estávamos.

Muitas horas se passaram sem que ninguém aparecesse, só ouvia barulhos como se pessoas treinassem com paus e alguns urros de dor, Emily acordou e comecei a cantar uma música em seu ouvido a fazendo adormecer novamente, logo em seguida, a porta foi aberta revelando um casal de pessoas que eu não conhecia:

– Quem são vocês e o que querem conosco?

– Com vocês, nada... Queremos o Arqueiro intrometido que adora atrapalhar nossas jogadas, está na hora de encerrar a carreira de herói dele.

– Ele não virá, ele não sabe quem eu sou e muito menos se importará com nós duas.

– Claro, afinal, você só é a namorada e parceira dele, o que faz dessa garotinha aí a possível filhinha dele.

A mulher de cabelos escuros, maquiagem exagerada e corpo extremamente magro e tatuado falava sem parar, o homem a seu lado grande e também tatuado estilo motoqueiro apenas observava com os braços cruzados sobre o peito. Emily começou a se mexer em meus braços e eu implorei que ela não acordasse, notando meu desconforto, eles colocaram uma garrafa com água e um pacote de biscoitos perto da porta e saíram em seguida. Emily acordou chorando, eu acalmei e pedi que tivesse paciência, dei a água e comecei a lembrar cenas do filme o que foi tirando um pouco do medo que ela sentia. Não sei ao certo quanto tempo se passou já que não havia janela naquele lugar, mas pude ouvir quando o clima ficou tenso com bastante barulho de tiros e urros de dor, passos rápidos chegando até a porta, coloquei Emily contra a parede e protegi seu corpo com o meu, cantei uma música que sempre a fazia dormir e fechei meus olhos com tanta força que chegava a doer.

A porta foi arrombada por uma explosão e eu não tinha mais coragem de olhar, apenas abracei mais forte minha pequena e cantarolei enquanto pensava em minha mãe e em Oliver, lamentei por não poder me despedir deles, mas o que mais me doía era ter trazido Emily para essa vida, ela poderia ter encontrado uma família melhor, completa, menos complicada.

Fui tirada de meus pesares por uma mão delicada em meu ombro, ouvi meu nome sendo dito por uma voz familiar, mas só consegui abrir os olhos quando ouvi Emily chamar por Tia Lyla. Era ela, vestida com a farda da ARGUS seguida por Roy e Dig que faziam guarda na porta com um sorriso de alívio no rosto, Lyla pegou Emily nos braços e entregou a Dig, logo em seguida me ajudou a levantar, fomos até o lado de fora e notei que o dia já amanhecia, Thea nos esperava com o carro ligado. Há todo momento pensei em perguntar por Oliver, mas eu ainda estava em choque e a única coisa que conseguia era sorrir e chorar de alívio, Roy fez brincadeiras com Emily e ela mais uma vez me surpreendeu, nem parecia que a pouco estava em uma situação traumatizante, Dig achou melhor dormimos na casa deles e por um momento pensei que encontraria Oliver lá mas ao chegarmos notei que estava enganada.

Entrei no banheiro e dei banho em Emily, a coloquei no quarto de Sara que já estava acordada para ela ser examinada pela médica que Lyla conhecia e fui tomar banho. Aproveitei a água que caía e junto a ela derramei todas as lágrimas que guardei me fazendo de forte para minha filha, a dor de todo medo e frustação, o medo de perde-la, a frustação de não ser a melhor mãe para ela. Em algum momento comecei a pensar que outra mãe poderia machuca-la e ser sequestrada não era apenas algo que aconteceria comigo, qualquer um está sujeito. Me sequei e vesti uma roupa que Lyla me emprestou e quase grito de susto quando saio do banheiro e vejo Oliver sentado na cama em um quarto totalmente escuro, com cortinas fechada impedindo a entrada dos raios de sol.

– Oliver!

Falei com um sorriso no rosto, mas não recebi um em troca. Sentei ao seu lado e passei a mão em suas costas fazendo carinho, mas ele levantou logo em seguida passando as mãos nos cabelos parando na nuca. Senti que se ontem pela manhã avançamos um degrau, agora regressaríamos 20, baixei a cabeça e esperei ele falar, antes eu o tivesse impedido de começar:

– Você está bem?

– Sim, você já viu Emily?

– Já, mas ela não me viu... Felicity eu passei apenas para me despedir.

– Desculpa, Oliver acho que eu não entendi direito, você disse despedir? Como assim, você pode ser mais objetivo?

– Posso, eu estou indo trabalhar para Waller, Dig e Roy continuarão aqui e eu darei reforço sempre que necessário, serei um líder de esquadrão, homem de confiança de Waller. É uma despedida porque eu vou morar em outro país, eu vou voltar para Hong Kong.

Fiquei em choque. Eu não conseguia falar nada, só balançava a cabeça em negativa e me negava a acreditar que mais uma vez Oliver estava se afastando de mim e principalmente, estava se afastando de Emily:

– Você não pode fazer isso, por mim não, afinal, eu já devia estar acostumada... é sempre assim, você prefere fugir, se afastar, vestir mais uma máscara do que lutar por sua felicidade mas sabe o que é mais injusto em tudo isso, Oliver? Emily. Ela não merece, Oliver. Ela te ama, ela te escolheu como pai, Oliver. Como pode ser tão frio assim, como pode não se importar com os sentimentos daquela garota que você diz que ama? Como Oliver? Eu me pergunto se algum dia eu poderei não me decepcionar com as escolhas que você faz em momentos de crise...

Eu estava enfurecida, gritava sem me importar com controle, eu finalmente estava desabafando, mas mesmo com toda a escuridão eu consegui ver Oliver chorando, e não eram olhos marejados, eram lágrimas que caíam descontroladamente. E mesmo com toda fúria que eu sentia tudo que eu queria era seu abraço, fui até ele e peguei seus braços e envolvi em minha cintura, o abracei e ele afundou a cabeça na curva do meu pescoço chorando enquanto eu também chorava de dor, mas também de alívio. Não sei quanto tempo passamos assim, mas nossos corações foram se acalmando e ele afastou o rosto do meu pescoço e me olhou nos olhos, limpei as lágrimas em seu rosto e ele fez o mesmo em mim:

– Felicity eu nunca tive tanto medo em toda minha vida. Eu travei, a possibilidade de chegar naquele galpão e encontrar vocês duas feridas ou... me fez ter vontade de nunca ter voltado daquela ilha, eu pensei que já tinha provado do inferno mas imaginar um mundo em que você e Emily seriam apenas uma lembrança e ainda assim uma lembrança triste para mim... foi o pior momento da minha vida. Eu não quero ver vocês em perigo de novo, eu nunca vou me perdoar por não estar com vocês naquele momento, eu fui fraco, fui idi...

E antes que aquele discurso inútil continuasse, eu o beijei com urgência, ele quis se negar aquele momento mas eu não estou mais disposta a deixar Oliver decidir por mim, principalmente quando essa escolha inclui a felicidade da minha filha, da nossa filha. Ele correspondeu ao beijo com mais urgência como se precisasse daquilo para acreditar e quando faltou o ar, afastei minha cabeça e o olhei nos olhos com todo carinho:

– Oliver você me disse que não há nada que eu, ou você ou qualquer pessoa possa fazer para mudar o que você sente por mim.

– Eu te amo Felicity mas...

– E eu te digo que não há nada e nem ninguém nesse mundo que possa fazer Emily e eu felizes além de você. Portanto, se você quer se culpar por alguma coisa em relação a nós duas, saiba: essa escolha será sua e as consequências também. Se você partir, nós nunca seremos felizes: nem você, nem Emily e muito menos eu porque terei perdido meu parceiro, meu único e verdadeiro amor e o pai da minha filha. Portanto, pense bem e volte com a sua decisão.

O abracei forte e ele retribui, quando tentei me afastar ele apertou os braços em minha cintura e beijou o topo da minha cabeça, dizendo:

– Não tenho em quê pensar, a decisão você já tomou por mim. Eu te prometi que faria de tudo para ser o cara que você merece e eu não tenho como desperdiçar a melhor chance que a vida me deu de finalmente ter uma família e de ser feliz, você me perdoa?

– Sempre, Oliver... Sempre.

Nos beijamos dessa vez mais calmos e ele saiu para buscar Emily, a trouxe para o quarto e ficamos brincando com ela na cama enquanto Oliver inventava as versões mais variadas para as aventuras do Arqueiro Verde que agora era um pássaro verde e forte que protegia todos os animais da floresta e que finalmente tinha uma parceira e uma filhinha. O resto do dia passou calmo e acabamos adormecendo, acordamos já a tardinha e resolvemos voltar pra casa, agradecemos a ajuda de Dig e Lyla e antes de chegar em casa, paramos em uma pizzaria e sorveteria, tudo que Emily e eu precisávamos naquele momento. Ela adormeceu no carro, quando chegamos em casa, Oliver a colocou na cama e depois me encontrou no quarto. Em meio a beijos e carinhos deitei sobre seu peito e sentindo sua respiração mais calma, ele me prometeu que nunca mais deixará o medo de nos perder atrapalhar as suas decisões, mas se queixou, pois amanhã enfrentará uma Waller extremamente irritada por mais uma vez não conseguir que o nosso herói seja seu funcionário. Já com a voz embriagada de tanto sono, me lembrei de algo importante:

– Oliver?

– Hum.

– Qual era a boa notícia que você disse na mensagem?

– Você não vai acreditar...

– Tenta!

Ele se virou para me encarar e com um sorriso enorme, sussurrou:

– Ray Palmer perdeu a empresa, ela é nossa novamente!


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Notas finais do capítulo

Uau, que legal, hein?
Que susto do Oliver ir para a ARGUS mas parece que a maternidade deixou a nossa Felicity mais guerreira e decidida!
Eu falei, Emily é uma grande aliada!

Comentem, por favor... sempre é importante!
Bjos.



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