Cidade das Sombras escrita por Arabella Kujo


Capítulo 2
Sebastian Verlac


Notas iniciais do capítulo

Atrasados um dia, mil desculpas!
leiam a fic e comentem! Se gostarem, por favor, acompanhem, favoritem e dêem review.

obrigada, boa leitura!



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Tinha chegado a estação, sabia que tinha que achar Sebastian Verlac, só não sabia como.

Foi quando ele apareceu.

Tinha mais ou menos a minha altura, olhos escuros e cabelos negros.

Perfeito, pensei.

– É muito bom ter alguém como eu por aqui. - falei me aproximando e fingindo ser amigável.

Ele se assustou e se virou para olhar em meus olhos. Sorri.

– Outro Caçador de Sombras? Você é...?

– Suíço. - Respondi rapidamente. - Estava viajando, conhecendo alguns Institutos. Era a vez de Paris quando recebi o chamado de Idris.

– Que bom, já tenho uma companhia. Vamos?

Eu assenti. Ele estava caindo direitinho na armadilha.

Pegamos o trem das 11:00 horas, a estação nos deixaria muito perto da fronteira de Idris. A viajem era um pouco extensa, então resolvi conhecê-lo um pouco melhor.

– E então, você já foi a Idris alguma vez? - ele que começou a conversa.

– Sim, mas ainda era uma criança. E você, o que acha da Clave? - antes de fazer qualquer coisa eu tinha que saber se ele era um possível aliado.

– A Clave é muito rígida, não se molda a coisas simples.

– Como?

– Algumas escolhas que fazemos na vida... Você entende? - ele pôs a mão sobre a minha, e naquele momento eu já sabia o que fazer.

– Perfeitamente. - Respondi por fim, falei o mais gentil que pude. Todo aquele fingimento estava me dando uma vontade imensa de rir, mas não podia arriscar tudo. Segurei a mão dele e perguntei:

– Como é seu nome?

– Sebastian - ele respondeu com a voz doce. Estava me vendo de forma diferente agora.

– Prazer, Sebastian. Eu sou Jonathan. - dei um sorriso breve.

– O seu sorriso é um pouco cruel, Jonathan.

– Você acha? - perguntei sorrindo um pouco mais.

– Acho.

– Você ainda não viu nada. Vou descansar um pouco. - me levantei e saí em direção ao quarto de nosso vagão.

***

Eu estava deitado nos jardins do que parecia nosso solar em Idris. Atrás de mim risos invadiam o ambiente, olhei para trás e vi meus pais dando gargalhadas de felicidade.

No mesmo instante em que me perguntava onde estava Clarissa, ela se deita ao meu lado.

– O que você está fazendo aqui sozinho? - ela me encarava com os enormes olhos verdes.

– Pensando em como eu venceria uma corrida contra você até a cozinha. - sorri.

Clarissa começou a correr quase que imediatamente. Enquanto eu pegava minha estela e me marcava com a Runa da Velocidade Acentuada, comecei a contar:

– Um... Você vai perder um pedaço de torta, Clary. Dois... Está preparada? Três... Lá vou eu!

Corri em disparada, passando por Clary.

Quando entrei na cozinha, esta já estava ocupada. Uma mulher alta, morena e de cabelos curtos estava encostada no balcão. Serpentes pulavam de onde deveriam estar seus olhos.

– Meu filho... - sussurrou ela com a voz venenosa.

Não era Jocelyn.

Apenas olhei meu reflexo na mesa da cozinha, meus olhos verdes mudaram para um preto obscuro antes que eu acordasse e olhasse para Sebastian Verlac na cama ao lado.

Me virei na cama, abri os olhos e levantei; o vagão continuava do mesmo jeito. Na minha frente estava Sebastian lendo um livro, olhou para mim e sorriu; fingi um sorriso também, mas estava começando a ficar enjoado com tudo aquilo.

Ele caminhou até mim. Conversamos mais um pouco e eu tentava não fazer uma cara entediada.

– Seus pais estão em Idris? - perguntei. Parte para não morrer de tédio e parte para obter informações sobre Sebastian.

– Meus pais foram mortos em um ninho de demônios perto de Calais, no norte da França... - ele colocou uma perna em cima da outra e entrelaçou seus próprios dedos. Fiz um enorme esforço para parecer condescendente. Ele deu de ombros. Com um sorriso torto, continuou: - Está tudo bem, isso foi há muito tempo. Minha tia me levou para o Instituto de Paris.

– Sua tia? - perguntei. A essa altura do campeonato qualquer informação seria válida.

– Sim... Ela é irmã de Patrick Penhallow, meu tio. Suponho que você conheça os Penhallow, certo?

– Sim, esses sim.

Ele falava enquanto eu mexia na minha mala, achei a tinta que meu pai tinha me dado antes de embarcar, ele me disse que eu saberia a hora certa de usá-la.

– Você sabe algo sobre Valentim Morgenstern? - perguntei, ainda olhando para minha mala.

A pergunta o pegou de surpresa.

– Hm, Valentim? Sei que ele roubou o Cálice e a Espada Mortal, não é? É por isso que fomos chamados à Idris.

Sorri.

Olhei para Sebastian, depois para tinta e caminhei em sua direção. Mais uma vez abri aquele sorriso que para ele parecia cruel e disse:

– Eu tenho uma coisa em comum com a Clave.

– Tem? - ele perguntou um pouco surpreso.

– Sim.

– E o que seria? - disse ele me desafiando. Péssima ideia.

– Eu também não gosto de gays. - neste mesmo instante enfiei uma adaga nas costelas dele, fazendo-o curvar-se. Sangue manchava seus dentes brancos, ele olhou para mim com olhos penosos.

– Por que você fez isso? - ele me perguntou, estava ajoelhado no chão.

– Porque você é irritante e cheio de mimos. Que se dane a Clave, seja o que você quiser ser! E também precisava fingir ser alguém para poder me infiltrar em Idris. Sinta-se honrado, você foi o escolhido.

– Como você pode falar isso tão friamente?

– Friamente? Eu não suportava mais você!

– O que é você, monstro?

– Eu sou Jonathan Christopher Morgenstern, o filho de Valentim.

Sebastian arregalou os olhos e quando estava prestes a falar algo mais, eu cravei mais uma vez a adaga em seu peito, matando-o.

– Ave atque vale, Sebastian Verlac.


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Notas finais do capítulo

Só o choque esse capítulo!
mais uma vez: acompanhem, dêem review, ajudem na divulgação como puderem!
Amamos Sebs!



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