Era um dia tranquilo no acampamento meio-sangue, todos treinavam tranquilos, alguns conversavam e riam nos cantos, Annabeth e Percy estavam batalhando, e o garoto ainda não tinha aprendido a ser melhor que ela, de alguma forma, ele gostava disso, e não muito diferente, ela também.

– Ok, eu vou parar agora. - ela diz.

– Por Zeus! A filha de Atena desistiu!? - ele brinca.

– Não desisti Percy! Ah por favor, estou cansada, vou tomar um banho, te cuida! - ela ri, e sai.

Percy vai até o lago que havia ao seu lado, se senta, põe as mãos na água.

– Ah pai, por que há tanto tempo não me houves? Eu só queria entender... Sabe pai, tenho que te confessar uma coisa, eu estou um pouco entediado aqui no acampamento, gostaria de visitar um lugar novo, conhecer pessoas novas, diferentes... Me escute pai... Pai? - quando Percy ia retirar suas mãos da água ele ouviu um ruído, de repente, um buraco se abriu no lago e puxou-o para dentro, parecia a chave de um portal, que o levaria sei lá para onde!

Percy caiu de uma altura de mais ou menos três metros, estava num lugar totalmente desconhecido, mas tinham tantos livros empoeirados, que com certeza era uma biblioteca. Não tinha ninguém... Mesmo, exceto uma menina, que parecia ter a mesma idade que Percy, e que por sinal era muito bonita, ela estava cercada por uns trinta livros empilhados, parecia gostar muito de ler. Percy achou que não seria perigoso se aproximar da garota e perguntar onde é que ele estava. Ele foi andando devagar, e fez um "psiu" para ela, a menina levou um susto, saltou da cadeira, não gritou, mas retirou rapidamente do bolso uma vara de uns 20 a 30 centímetro e disse: "Expelliarmus!". E Percy foi atirado contra a parede.

– Ei! Calma menina! Não vou te matar! Credo! - ele diz se levantando.

– Quem é você?! - ela diz guardando a "vara" de volta no bolso.

– Meu nome é Percy... Percy Jackson. Posso saber o seu?

– Claro, me chamo Hermione... Granger! - ela responde o ajudando a se sentar. - E ah, desculpe por isso.

– Mas o que é isso que você me lançou? E que vara é essa?! - o garoto pergunta confuso.

– Isso não é uma "vara"! É uma varinha... Espera, de onde você veio!?

– Como assim? Eu sou um semideus, filho de Poseidon... Espera, você não é uma semideusa?

– Claro que não! Sou uma bruxa! Você está em Hogwarts, está no mundo dos bruxos... Acho que se perdeu não é? - ela ri.

– Espera, você entende meu mundo?

– Claro, já li tudo sobre ele, eu leio bastante...

– É eu percebi... - ele diz olhando para os livros em cima da mesa da garota.

Eles ficaram conversando por mais ou menos uma hora e meia, estavam se divertindo, explicaram um para o outro sobre o mundo deles, sobre os seus amigos, suas vidas. Ao final na conversa, Hermione sabia tudo sobre Percy e seu mundo, e Percy sabia tudo sobre Hermione e seu mundo.

– Hermione, acho que seus amigos não vão me querer aqui não é?

– Não sei bem... Mas se você ainda não sabe como voltar, terá que ficar aqui não é? Temos que falar com Dumbledore!

– Acha que é uma boa ideia Hermione?

– Sim! E pode me chamar de Mione... - ela sorri. Percy retribui.

Hermione puxa o garoto, eles sobem escadas, descem escadas, era mesmo um imenso castelo, parecia não ter fim nunca! E até que enfim eles chegam à sala do diretor Dumbledore.

– Diretor? Co-com licença...? - pede a garota.

– Ah claro! Entre Srta.Granger! O que houve?

– Ah bem... Este é Percy Jackson, ele não é um bruxo, mas acalme-se, também não é trouxa, ele é um semideus, aposto que o senhor já tenho ouvido falar disso, e bom, ele caiu em um portal, e veio parar em Hogwarts sem querer... E ele não sabe como ir embora ainda, será que o senhor pode ajudá-lo?

– Ah! Por Merlim! Um semideus! Filho de...? - diz Dumbledore se virando para o garoto.

– Filho de Poseidon, senhor...

– Muito prazer rapazinho! - o diretor sorri - Bem, vejamos o que fazer... Acho, que até tomarmos uma devida providência, não vejo problemas em ficar aqui conosco, vou avisar a todos os responsáveis, e... - ele olha para Hermione - Eu presumo que você esteja em ótima companhia ao lado da Srta.Granger! Leve o rapaz para a sala comunal Hermione, você sabe o que fazer. - ele pisca e os dois saem. Percy para à porta e se vira para o diretor:

– Muito obrigado senhor... Mesmo! - Hermione o puxa, e eles saem correndo para um monte de escadas mágicas que se mexiam toda hora, e os corredores estavam cheios de quadros com pinturas muito tagarelas. Percy tinha que confessar: Estava adorando tudo aquilo! E ainda não estava com nenhuma vontade de voltar para o acampamento Meio-Sangue... E a menina que o acompanhava, era uma ótima companhia, Dumbledore tinha razão, era engraçada, inteligente, e linda.

Estava quase em casa.