Eu amo te irritar! escrita por HQueenElla


Capítulo 1
Mulher irritante!




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As maneiras para ver Zoro ficar irritado, são simples: Basta acorda-lo na hora errada, mexer em suas coisas, lavar suas roupas da forma que ele odeia, fazê-lo perder uma aposta e ser Nico Robin.

Viu como é simples? Apenas sendo Nico Robin, você consegue essa grande proeza.

Tira-lo do sério é mais fácil que vê-lo emburrado.

Veja como:

*

Provoque com palavras

Robin estava na cozinha, pegando qualquer coisa na geladeira, o tédio era tão grande que sentia o ataque violento da melancolia chegar também.

Acabou por pegar uma garrafa com sake, apesar de não estar com sede e muito menos de estar com vontade de beber sake, ela simplesmente o pegou porque lembrou-se que aquela era a hora do espadashin do bando pegar sua preciosa garrafa na geladeira.

Mas infelizmente, ele não a encontraria lá;

Zoro abriu a porta da cozinha com seu famoso mau humor e, nem sequer encarou a mesa (muito menos a arqueóloga) e foi direto pra geladeira...

– Cadê?... -ele indagou confuso, tinha certeza de que fora na adega mais cedo pegar uma garrafa de sake e deixou-a na geladeira... -Quem pegou meu sake?!

A mulher dos enigmáticos olhos azuis sorriu de canto: achou a diversão perfeita para matar seu tédio.

Adornada no vestido branco que lhe cobria até os joelhos, Robin abriu a garrafa e começou a bebê-la, sem mais e nem menos. De início até foi delicada e só parou quando ele finalmente lhe voltou a vista.

– O que está fazendo?! -Zoro quase enfartava na frente da mesa da cozinha enquanto via a Nico com sua "preciosa" em mãos.

– Estou sentada na cadeira. -ela respondeu irônica como sempre, já sentindo o olhar mortal dele, que para ela era somente birra de criança.

– Idiota, o que está fazendo bebendo o MEU sake?!

– Hm?... -ela ainda bebeu um pouco enquanto ele falava, em seguida encarando o rótulo do produto- desculpe, não achei seu nome escrito nela.

Zoro queria xinga-la;

– Eu já disse milhares de vezes para não mexerem nas garrafas de sake!

– Ainda sim, não achei seu nome nela.

– Acharia engraçado se eu pegasse as garrafas de vinho e colocasse meu nome em todas elas?

– Não, porque afinal, estariam com seu nome, então, eu não mexeria a não ser que me deixasse toca-las.

Robin continuou bebendo o sake da garrafa. Observava atentamente todas as reações do moreno. Ele estava a ponto de explodir de raiva.

Zoro sempre tentava controlar sua raiva, mas nunca foi muito bom no quesito paciência e isso era o que prejudicava seu trabalho pela paz interior;

Mas ainda sim, era algo engraçado de se ver.

– Isso vai ter troco. -O homem disse de forma sinistra, não faz parte da conduta dele gritar ou bater em uma mulher, principalmente sendo sua nakama, mas que ele estava com vontade de fazer isso, bem, ele estava.

*

*

Mesmo com troco, provoque ainda mais usando gestos

Logo depois de tomar banho, a arqueóloga teve uma surpresa: suas roupas estavam rabiscadas.

Todas elas continham um único nome, nome este que estava prestes a provar o gosto de uma vingança sem doçura.

*//*

Ao chegar na sala de convivência, encontrou Zoro dormindo no sofá, a morena deu um sorriso malicioso e pensou: Neste momento do dia, ele dorme feito pedra. Seria muito fácil de provocar alguma coisa agora...

E bem, ela conseguiu!

Não demorou para Zoro acordar e foi neste instante que tomou o pior susto de sua vida: ele estava deitado em cima do corpo de uma Robin com o vestido quase todo levantado.

Caiu do sofá batendo a cabeça no chão e claro que a arqueóloga teve de rir por dentro, rir como um verdadeiro demônio faria.

– O-O-O-OO QUE ESTÁ FAZENDO AÍ?!

– Eu é quem deveria perguntar... -ela coçou os olhos levemente e fez biquinho- você é pesado, sabia?

– Tsc, sua irritante! O que pensa que está fazendo deitando comigo no mesmo sofá?!

– Vamos analisar a frase... -ela ironizou de novo- quando você acordou, quem é que estava em cima de mim?

Zoro corou e virou a cabeça bruscamente para o lado. O pior é que não lembrava em nenhum momento de tê-la visto entrar ou se quer dormir com ele. -Ah sim, você... -ela continuou- sem contar que levantou meu vestido inteiro, vai me chamar de pervertida também?

– Deveria...

– Mas não vai. -ela sentou-se no sofá, ainda deixando a calcinha vermelha aparecer já que não ajeitou o vestido- não acho que esteja em posição de dizer que sou pervertida, até porque, a única posição errada que vi até agora foi a sua.

– Tsc... Cala a boca! Você simplesmente entra nos lugares me perseguindo e transforma a situação a seu favor!

– É mesmo? -ela maliciou com um sorriso que ele nunca vira antes em seu rosto, ficando ajoelhada e com o tronco inclinado de fronte para o espadashin, a morena aproximou seus rostos, deixando-o totalmente corado- então me responda, como consegue dormir tão tranquilamente me usando de travesseiro?

– Mulher irritante... -ele virou a cara- não tenho motivos pra te responder!

– Então só está provando que minha teoria é a certa.

– Que teoria?

– Que você gosta de me usar de travesseiro, ué.

– Sinto que é você quem está gostando da situação, não é mesmo, Nico? -ele sorriu torto e maldoso, ela hesitou em fita-lo mais de perto e voltou a sentar-se no sofá- me irritando desde cedo... Estou começando a achar que você gosta disso.

– E que diferença faz pra você? -ela riu de canto- não muda o fato que Roronoa Zoro não tem controle sob si próprio.

– Você me garante?

– Eu estou olhando para baixo e você está mais duro que compressor de massa.

Ele olhou para baixo e de fato, ela tinha razão, mais uma vez... Que porra.

*

*

O calor é um inferno aonde estão, então, faça o inferno mais molhado que já sentiu

Estava tão quente na Grand Line que era impossível tomar um banho só, tinham que ser três ou mais por dia.

E lá estava novamente Robin, tomando banho. Sentia a água causar fraqueza em si, mas até que era uma sensação um pouco agradável. Sentada na banheira, ela não deixou de refletir sobre o que o espadashin dissera mais cedo;

Ele tinha razão, ela gostava de provoca-lo, de irrita-lo. Ela adorava vê-lo fora do sério.

Na verdade, deixava de ser uma adoração, já era amor... Amor... Ás vezes parece ser a palavra mais estúpida do mundo, como agora.

– Tsc... Mas que porra foi essa?... -ela se indagou em voz alta, quando sozinha, Robin não via motivos para falar educadamente, ela precisava xingar-se ou xingar o que fosse para aliviar-se do estresse do planeta; pôs a mão na testa e riu sozinha... Sozinha... Sua vida toda praticamente foi assim: sozinha.

Mas agora, tinha o Sunny, o bando e Ele... Aquele bendito espadashin que, por mais irritado que fique consigo, sempre lhe salva. -Mas que merda eu tô pensando?... -ela continuava a se perguntar- Com tanta gente no mundo... Por que ele?...

Mas que caralho... -Puta que pariu, qual é o meu problema?! -ela cobriu o rosto com as mãos.

– Nico Robin falando palavrão... Essa foi uma cena inédita. -Zoro suspirou parado no batente da porta.

– Z-Zoro, o que está fazendo aqui? -ela olhou-o surpresa, a porta estava com a placa virada, significava que alguém estava tomando banho;

– Vim tomar banho, ué.

– Mas eu estou tomando banho agora.

– Foda-se, eu não te perguntei nada. -ele deu de ombros e andou na direção da banheira, continuou enrolado na toalha e somente quando pôs os pés na água, é que retirou-a;

Robin olhou para o outro lado, corada. -Tsc, você é muito tonta.

– Sinceramente, não estou afim de te ver nu e muito menos de tomar banho com você.

– Então por que não saiu da banheira quando me viu entrar?

Pela primeira vez, ela se viu sem resposta para ele. Um sorriso mau aparecera nos lábios do Roronoa, que finalmente descobriu o ponto fraco dela.

– Porque não quero que você me veja sem roupas.

– Você tem quantas mãos mesmo?... -ele disse irônico. O feitiço virou contra a feiticeira.

– Mãos suficientes para não te olhar.

– Então por que não vira pro outro lado?

– Porque está aqui?

– Eu perguntei primeiro.

– Foda-se.

– Eu gosto quando você fala assim, agora parece mais adulta ainda.

– Falou o crianção.

– Você quer mesmo discutir sobre maturidade?

– Coisa que você nem tem.

– É mesmo?... -ele riu de canto, se aproximando perigosamente do rosto dela, podendo fixar seu olhar por alguns segundos naqueles lábios vermelhos- então me diga, por que está sendo tão criança a ponto de me irritar?

– Porque é só assim que você conversa comigo.

Os dois se calaram, ainda com os rostos a centímetros, não ousaram recuar e continuaram se observando por pequenos minutos;

Zoro tomou mais espaço na banheira e quase chegou a colar seu corpo ao da arqueóloga.

– Por que não tenta conversar de uma forma que não precise de palavras?

– Só se eu não falar com você, como estava sendo até agora.

– Nunca ouviu falar de linguagem corporal? -ele sussurrou tão perto dos lábios dela que chegava a sentir gosto por eles, Robin mordeu-os e admirou mais um pouco o rosto a frente. -Para uma mulher tão inteligente, achei que sabia disso.

– Agora me acha inteligente? Pensei que fosse uma tonta, Zoro.

– Bom, em certos assuntos, talvez você seja mesmo.

– Que tipo de assunto? -fora a vez dela de sussurrar, quase colando seus lábios-

– Diga, você gosta de me irritar?

– Eu amo te irritar... -por fim acabaram num beijo suave, mas que ao mesmo tempo, carregava intensidade.

O Roronoa lhe fez subir em seu colo e ao sentir as unhas da morena passeando por sua nuca, sorriu em meio ao beijo, fazendo-os rompe-lo.

Ama me irritar?... E desde quando essa palavra está no seu vocabulário?

– Desde que passei a te irritar...

– Hm... Adoraria que você me irritasse um pouco mais.

– Eu não me importaria em te irritar todos os dias.

– Ótimo... -ele sorriu de novo, roubando um beijo lascivo da nakama- mas não muda o fato de que me deve uma garrafa de sake! -ele fez bico.

– Tsc... -ela revirou os olhos- como você é emburrado!

– Mulher irritante!

É, tem certas coisas que é melhor que não mudem.


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