Pensamentos de uma Garota Vazia escrita por Nightmare


Capítulo 21
Pare-de


Notas iniciais do capítulo

Heey!
Desculpa pelo tempo fora. Semana de provas resume tudo.
Agradecimentos ao Kikonsam pelo comentário e à Janndy Auditore por favoritar.
Boa leitura (=



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O segredo delas é que elas não se definem. São apenas flores. Elas vivem e morrem. Se você olhá-las e quiser sentir seu cheiro, irá descobrir que não há cheiro algum. Não são as mais belas, nem as mais requisitadas. São apenas flores e preenchem-me...

E é dentro de mim que as coisas acontecem. Quase um cemitério de sonhos. Quase um campo de desculpas inúteis. Quase uma orquestra de gritos. E por aí vai. Mas não tem nada muito bom. Nada muito real. É mentira. Tem um lugar, sim: a terra do nunca, onde pequenas partes da minha infância residem, onde um velhinho toca piano e sorri para mim, onde eu tive um amigo, onde eu fui feliz de verdade- durou um segundo, porém foi o suficiente.

Eu quase nunca penso nisso. Geralmente passo na orquestra primeiro, com certeza ando pelo campo de (des)culpas que me matam e termino no cemitério de sonhos. A pior parte é esse cemitério. Há sonhos - não desejos. Sonhos. Coisas que eu pensei, imaginei e que (talvez) vulgarmente chamo-as assim. É um pouco triste ver como tudo aconteceu até eu chegar aqui, embora há momentos que não. Porque, às vezes, eu sinto flores brancas dentro de mim.

A princípio, soam como esperança, aquele sentimento de merda que nos convence de que algo ruim irá passar. Elas não são isso! - a orquestra praticamente explode. O segredo delas é que elas não se definem. São apenas flores. Elas vivem e morrem. Se você olhá-las e quiser sentir seu cheiro, irá descobrir que não há cheiro algum. Não são as mais belas, nem as mais requisitadas. São apenas flores e preenchem-me, fazendo com que eu vá à terra do nunca, ao campo das desculpas ou à orquestra de gritos.

Raramente, ela me leva a um espaço que eu chamei de Pare-de. É um quarto vazio com uma única flor. Eu paro de pensar em tudo e foco em uma coisa só. Como se ela dissesse pare-de... Pensar que a culpa é só sua, por exemplo. Ela não é sempre boazinha. Já ouvi: pare-de tentar, pare-de continuar, pare-de ser você, pare-de achar que você é alguma coisa, para-de pensar!

Ora ela ergue paredes e impede-me de ver o horizonte, ora ela as quebra e mostra que não há horizonte porra nenhuma. Mas têm vezes que ela cria; ela me traz o horizonte. E, no final, lembra que nada é real. É um sonho? Uma imaginação? Um pensamento? Uma possível realidade? Eu não sei. Insisto em não defini-la.


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Notas finais do capítulo

É isso. Espero que tenham gostado. Encham-me de comentários ou esvaziem-se neles. Espero vê-los me breve. Beijos e até Ç: