Fico aqui parada ainda meio hipnotizada olhando para ele, lembro me do seu jeito doce seu dom natural de fazer as pessoas gostarem dele de uma forma natural, fico distraída nas minhas lembranças ,ate que alguém me acerta com uma cotovelada com força, que faz com que eu me desequilibre e derrube todos os meus livros no chão fazendo barulho e chamando atenção das pessoas ao redor, então ele me encara com seus olhos azuis e me lança um sorriso divertido,me sinto ligeiramente decepcionada ele com a certeza de que ele achou meu pequeno show divertido igual aos outros alunos que estão ao me redor, então me apresso em recolher minhas coisas e desço as escadas apressadamente.

Não importa que Peeta esteja aqui seis anos se passaram eu mudei e com certeza ele também, e agora eu sou apenas um brinquedinho pro pessoal do colegial, então digo a mim mesma que não vou me surpreender se ele agir exatamente como os meus ex colegas dos primário, mais sei também que quando ele fizer isso provavelmente vai doer mais do que qualquer um daqui então e melhor eu fiar preparada.

Faço de tudo para evitar um encontro com ele , evito até ir comer na cantina, mesmo sabendo que aquela refeição seria provavelmente a única decente que eu conseguiria hoje. Então quando vou para minha aula de artes que e a ultima de hoje, me sinto um pouco aliviada em saber que logo poderei dar o fora daqui, entro na sala e me sento sozinha numa mesa de dois, sei que ninguém vai sentar perto de mim, há não ser que não tenha escolha, abro meu livro e começo a ler de cabeça baixa, evitando ao maximo o contato visual com as pessoas ao redor, então vejo um tênis azul marinho parando do lado da minha carteira, ho não me encolho na espera do pior, mais nada acontece, provavelmente o meu torturador quer a minha atenção, então respiro fundo e levanto a cabeça quanto mais cedo terminar melhor. Então minha boca cai em surpresa quando encaro Peeta na minha frente, bom ele começou antes do que eu pensei que fosse.

_Eu posso sentar aqui? Ele pergunta, eu não tenho certeza se entendi direito o que ele falou, de perto ele era ainda mais bonito do que eu pensei, desvio meu olhar dele e vejo diversos lugares vazios ainda ao nosso redor, então vejo dois caras do time de basquete me encarando e rindo atrás de mim, sinto lagrimas picarem nos meus olhos com a cruel constatação de que isso e algo jogo novo e que ele esta envolvido.

Tento reunir coragem para dizer um não, mais antes disso ele desliza para o meu lado e colaca sua mochila em cima da mesa e puxa sua jaqueta ate a altura dos cotovelos.

_então Katniss, não sei se você lembra de mim, eu sou Peeta Merlark, estudamos juntos na escola primária lembra? Ele fala rápido e eu só consigo assentir um sim com cabeça tenho certeza que devo esta parecendo uma idiota com esse movimento.

Ele me encara enquanto passa a mão na nuca e então eu vejo Never Stop Fighting( NA: significa nunca para de lutar) tatuada em letras pretas no seu braço, uau quando eu pensei que não podia ficar mais supresa.

_bom te ver de novo Katniss. Ele fala sorrindo, um grande sorriso charmoso assim com certeza penso quando finalmente consigo entender qual e o truque aqui, bom provavelmente ele vai se aproximar e ser educado ate um pouco gentil comigo para depois me o humilhar na frente de todos, mais eu não vou cair nessa de novo, já passei por isso pelo menos umas duas vezes, ignoro seu comentário e volto encarar o meu livro, mais ainda sinto seu olhar em mim.

O professor entra pedindo silencio , dá inicio a aula falando sobre a essência da matéria, perco metade das coisas que ele diz, não consigo me concentrar direito , não com Peeta sentado do meu lado, estou muito nervosa e chateada, porque esse garoto costumava ser a única coisa boa na minha vida depois que as coisas na minha casa mudaram, e agora sei que tenho que manter a guardar alta ao seu redor porque provavelmente ele já esta dentro do jogo de tortura com Katniss Everdeen, respiro fundo e tentando me acalmar, olho para o relógio contando os minutos para sair daqui, então quando finalmente o sinal soa salto para fora da cadeira pegando meu material e saio praticamente voando da sala.

Bom passo direto pelo lugar onde os ônibus ficam estacionados, minha casa fica a 4 e meio quilômetros da escola, por isso eu costumava pegar o ônibus escolar no entanto percebi que uma simples viagem de ônibus podem ser um belo desastre, então prefiro ir caminhando até em casa , caminhar pode ser cansativo principalmente quando estou muito machucada , no entanto tem um fator positivo em que leva mais tempo para chegar em casa.

Ando rápido para sair logo dos limites escolares, alguns caras passam de por mim de carro e me insultam de estranha e mendiga reconheço a voz de Marvel Bale , de todos os caras ele com certeza e o pior , ele e ex namorado da Clove e apesar de não compartilharem mais a mesma cama, com certeza compartilham o mesmo nível de ódio por mim.

Enquanto continuo andando até em casa meus pensamentos retornam para Peeta, e um lado meu realmente não consegue acreditar que ele e uma nova pessoa dentro do jogo para me torturar, eu preferia que ele ignorasse a minha existência com diversas pessoas também costumavam fazer, quando eu o vi hoje de longe não posso negar que um lado meu desejou que pudéssemos voltar a ser como antes, mais tenho que manter em mente que isso não vai acontecer , ate poderia se eu fosse uma garota normal, mais eu não sou , eu realmente queria ser, mais as vezes a vida e uma cadela

Bom tento entrar o mais silenciosamente em casa, torcendo para que minha mãe esteja apenas melancólica , e não violenta , embora isso signifique mais lagrimas para ela , também significa nada de golpes para mim, não a encontro na sala então vou para cozinha começar a organizar a bagunça que provavelmente ela fez hoje, então encontro vários pratos e tigelas sujas na pia junto com copos de bebida que meu pai deve ter usado a noite enquanto enchia mais a cara, então vou ate lá e começo a lavar , depois disso seco e guardo tudo.

Varro o chão e junto as garrafas de bebidas vazias e jogo no lixo, corro até o banheiro, pegando as roupas molhadas com cheiro de bebida do meu pai e recolho as da minha mãe e vou até a maquina de lavar, enquanto a roupa termino de bater ,aproveito o tempo para lavar o banheiro.

_KATNISS , KATNISS , KATNISS... Minha mãe grita eu estremeço, desço as escadas rapidamente para encentrá-la vsentada no sofá de frente a uma pequena TV , qual eu nunca tenho permissão para assistir, ela e loira natural e mais que eu alta nossa única semelhança são nossos olhos ,ela é magra devido ao uso excessivo dos remédios , se não fosse eles provavelmente seria um pouco a cima do peso devido as porcarias que ela sempre come, quando olho para ela e como olhar uma estranha , e cada dia tenho menos lembranças da época que ela me amava e cantava pra espantar meus pesadelos, agora ela e apenas um deles, na verdade ela é o pior.

_você por a caso voltou surda da escola Katniss estou te chamando por horas? Ela pergunta sei que ela esta exagerando, mais não vou dizer isso a ela eu não estou louca ainda para tentar enfrenta-la.

_sinto muito mãe. Eu falo ela se aproxima apertando forte o meu braço.

_Me responda uma coisa você viu a bagunça que a casa estava antes de sair ? ela pergunta apontando o dedo ao redor da casa.

_eu vi, mais eu estava atrasada não deu tempo de arrumar, sinto muito.tento explicar mais ela puxa com força meu cabelo para trás.

_eu não posso ficar nesse lixo enquanto você sai por ai garota preguiçosa, então amanha levante mais cedo e tenha certeza de deixar a casa limpa, será que eu estou sendo clara. Ela disse próximo ao me rosto ainda segurando meus cabelos com força.

_sim senhora. Eu digo ela me empurra direto para chão, então eu caio com força, tento segurar as lagrimas e levanto para passar um pano na mesinha de frente estou tão nervosa que minhas mãos tremem então me atrapalho e derrubo algumas coisas.

_chega não aguento mais olhar como idiota você é só vá para o seu quarto, e não sai de lá pelo resto do dia, você é um erro ambulante. Então o pano sabendo que ficar no quarto significa nada de comida pra mim por hoje,não que eu possa comer muito nós dias normais já que a cozinha geralmente eu me alimento só das sobras da comida dela, mais quando ela me manda ficar no quarto tem seu lado positivo também, pois significa nada de agressões físicas mais por hoje, então eu realmente sinto um certo alivio, então me apresso para subir as escadas quando estou no terceiro de grau ela me chama novamente.

_sim ? pergunto com medo que ela tenha mudado de ideia.

_só pra você saber eu preferia que você tivesse morrido no lugar do seu irmão. Ela fala e como se ela tivesse me dado um tiro, eu já me acostumei com a maioria das ofensas dela, mais ela nunca tinha dito algo assim, então sinto as lagrimas dizendo livremente pelo meu rosto.

_agora suma da minha frente. Subo o resto da escada correndo e quando finalmente chego ao meu quarto me jogo na cama, e fala mesmo sabendo que ela não vai ouvir:- eu também preferia mamãe.

Depois quando meu choro finalmente cessa, e eu me lembro de que deixei meu caderno lá em baixo então não posso fazer minha lição de casa , apesar de tudo eu costumo manter minhas notas na media , estudar e um bom jeito de me distrair

De manha levanto mais cedo e arrumo a cozinha para que ela num esteja tão brava quando eu voltar, quando chego na escola vou direto para o meu armário tentando não cair quando sou levemente empurrada algumas vezes , olho para o meu armário anos eles picharam com palavras ofensiva, então quando não tinha mais espaço para arte começaram a pregar bilhetes daqueles que usamos para fazer lembretes , na verdade e um lembrete pra mim deixando claro a perdedora que eu me tornei , as vezes eles até colam pacotinhos com moedas com o nome dinheiro para caridade , desses eu ate gosto conseguir comprar um caderno uma vez com esse dinheiro, o resto dos bilhetes eu não tiro apenas deixo lá , porque sei que só iria piorar as coisas, no final eles tiram para trocar por novos.Depois de guarda um livro fecho o armário pronta pare seguir meu caminho.

_hey Katniss. Olho para trás e vejo Peeta Merlark vindo na minha direção, vejo uma pessoas rindo ao redor e então ignoro seu chamado e me apresso para ir em direção a minha primeira aula, mais quando chego nas escadas não resisto e dou uma olhada para trás, ele está parado na frente do meu armário arrancando os bilhetinhos com força , isso me deixa confusa por um minuto não entendo o porque ele estava fazendo isso, então penso que ele talvez tenha colado os seus próprios lá e tenha ficado chateado com a minha falta de reação,me incomoda pensar nele agindo como os outros daqui , mais sei que essa e a única explicação lógica para o que os meu olhos veem.