Não sabemos o nome daquela flor escrita por Luminária


Capítulo 2
Capítulo 1


Notas iniciais do capítulo

Ho hey
Desculpem a demora, eu estava sem internet.



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Faz cinco anos, mas eu ainda me lembro muito bem daquele dia.

Era sexta-feira e, como todos os dias, eu corri quando o sinal de fim de aula tocou. Coloquei a mochila nas costas, subi em minha bicicleta e segui caminho até àquele velho parque abandonado, onde se encontrava aquela velha casa abandonada. Meus olhos brilhavam toda vez que eu chegava lá; em nossa Base Secreta.

Era tão bom ver que todos os cinco já estavam lá, sorrindo e me esperando. Afinal, eles não podiam começar nada sem o líder presente.

– Já não era sem tempo. – Merida bufou apoiando o queixo em uma das mãos, enquanto assoprava uma mecha de seu cabelo vermelho para longe de seus olhos. Eu não disse que lembro muito bem?

– Foi o trânsito... O trânsito de bicicletas em São Paulo. – falei me aproximando dela

– Como você é idiota. – a ruiva respondeu, dando um soco “de leve” em meu braço. Ela podia até me xingar e me agredir de vez em quando, mas nesse tempo era uma grande amiga. – E aí, “líder”, você está pronto?

– Pronto pra quê? – questionei um tanto confuso

– Três palavras. – Jack falou, colocando-se entre nós dois. Ele tinha essa mania de aparecer do nada. – Pacto de sangue. – ele levantou as duas mãos; uma estava com uma caixa de curativos, a outra, com um canivete. Ser líder de malucos não era fácil. – Todo mundo já concordou, agora só falta a palavra final do nosso amado líder.

No momento que o albino me entregou o canivete eu comecei a pensar em alguns argumentos para não rasgarmos nossos dedos. Claro que eu não poderia dizer que tinha pavor de sangue, coisa que, aliás, eu tenho até hoje. Não sei o motivo, eu apenas não suporto.

– Pacto de sangue? Vocês ficaram doidos?

Porém, aquilo não era um argumento, eu teria de pensar mais. Teria de discursar como um verdadeiro líder.

– Doidos por querer que nossa a amizade dure pra sempre? – Rapunzel revidou, fazendo-me pensar na resposta perfeita. Obrigado Punzie.

– E vocês acham mesmo que nós precisamos de um pacto de sangue? – comecei – As pessoas fazem esse tipo de coisa quando não têm certeza de que sua amizade vai ser eterna, elas fazem isso para se sentirem mais seguras. Olha, eu não sei vocês, mas tenho certeza que vamos ficar juntos pra sempre. Se vocês quiserem mesmo fazer esse pacto, façam, mas eu sei que nós não precisamos disso.

Eles se entreolharam por algum tempo, como se estivessem conversando apenas com o olhar.

– Tudo bem. – Hiro tomou a palavra – Sem pacto de sangue.

XXXX

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Ninguém pode negar que nossa Base Secreta tem uma aura positiva.

Infelizmente nós não pudemos retomar nossas expedições por causa da chuva, então tivemos que entrar e esperar. Embora todos estivessem decepcionados devido à mudança de planos, todos se divertiam lá dentro. Jack fazia piadas com Merida, que em seguida batia nele, Rapunzel desenhava a situação e Hiro queria acabar com a discussão, mas, por estar tendo uma crise de risos, não conseguia.

Nesse momento eu notei que todos estavam felizes, menos uma pessoa.

Anna estava diferente. Normalmente ela estava sempre sorrindo e cantando, mas naquele dia ela ficou o tempo toda calada e encolhida em canto qualquer.

– Anna. – chamei, aproximando-me dela e colocando a mão em seu ombro. – Está tudo bem?

– Ah, sim. E- Está tudo bem. – ela respondeu com rosto vermelho – Eu tô... Eu tô bem.

Arqueei a sobrancelha, um pouco desconfiado.

– Anna, você pode me contar. Não deve haver segredos entre nós.

Ela abraçou os joelhos e começou a chorar.

– Não vai me falar nada? Nem mesmo uma palavra?

– Elsa. – ela sussurrou

Eu já havia entendido: Anna havia brigado com a irmã outra vez. Eu não poderia fazer muita coisa para resolver aquele problema, então apenas enxuguei suas lágrimas com meus dedos e ofereci meu ombro.

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– Soluço, você gosta da Anna! – Rapunzel e Merida exclamaram ao mesmo tempo assim que voltamos

– Isso não é da conta de vocês. – eu sentia minhas bochechas queimarem de vergonha

– Claro que é. – Hiro discordou

– Não deve haver segredos entre nós, lembra?

Eis aí Jack Frost; a zoeira nunca acaba.

– Claro que não! Como é que eu poderia gostar de uma esquisita como ela?

Essa foi a frase que eu mais me arrependo de ter falado. Eu pensei que ela fosse chorar, mas Anna fez uma coisa que me surpreendeu ainda mais; ela sorriu.

Eu nunca mais consegui tirar aquele sorriso da minha mente. Afinal, aquela foi a última vez que nos vimos.


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Notas finais do capítulo

Mais detalhes sobre o que aconteceu com a Anna virão depois.
E aí? Gostaram?
Beijinhos de luz :*



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