Daryl explode em prazer apertando a cintura da Marie. Ela rebola em cima do membro dele, suando, ofegando e gemendo. O orgasmo dele chama o dela e logo os dois estão no paraíso juntos. Mesmo com o êxtase que indica que a transa acabou, Marie não para por ai, ela apoia as mãos no peito dele e as usa para dar impulso em sua cavalgada, jogando a cabeça pra trás. Daryl se senta, sem atrapalhar os movimentos dela, beija seu pescoço e desce para o meio dos seios, e depois volta para os lábios dela.

Marie começa a diminuir os movimentos até que para. Ela ajeita os cabelos dele e ergue o seu rosto para ela.

– Você é incrível - diz enquanto beija a boca dele.

Ele passa a língua sobre o lábios superior dela - Não tenho como te descrever.

– Me diga por que esperamos tanto por isso.

– Por que somos burros - ele diz num suspiro, mordendo a orelha dela.

– Ai, Daryl… Eu nunca mais quero sai daqui…

Ele dá um chupão no pescoço dela e outro no peito direito - Não saia.

– Para Daryl, vai me deixar toda marcada

– A intenção é essa… - ele beija mais um vez o pescoço dela, as mãos apertam a lateral do quadril - Você é muito gostosa e vai ser só minha.

– De quem mais eu seria? - ela sorri, sai do colo dele e corre pegar suas roupas.

Daryl fica tão vidrado no corpo magro e esbelto dela que só falta babar, e quando ela termina de se vestir, ele se irrita - Tem vergonha de mim?

Ela nega colocando o all star - Toda mulher se veste rápido. Não é com você, até porque eu tirei a roupa pra você.

Ele sorri de lado - É…

Então a ficha cai e ele presta atenção em tudo o que aconteceu nos últimos quarenta minutos, ele tenta contar mentalmente quantos “Isso, Daryl” ela gemeu, mas se perde nas contas. O sorriso se alarga… E ele tenta contar também quantas vezes suspirou “Ah”, mas se perde nas contas…

– Que foi? - ela pergunta

– Nada… - ele olha em volta e corre para pegar suas roupas.

– Tem vergonha de mim?

Daryl para o processo enquanto põe a calça - Não. Se quiser posso tirar tudo de novo.

– Ah, eu quero - ela diz sorrindo e prendendo o cabelo novamente.

Ele fica encarando ela enquanto coloca o cinto - É sério?

– Não, eu tenho que viver… - ela ri - E você… Já fez esforço demais hoje, fique deitado um tempo, de verdade…

Ele resmunga

– Daryl… Prometa.

– Mas…

– Daryl!

– Uma hora. Fico deitado uma hora e ai levanto.

– E dai você vai sentar lá fora…

– Tá - ele veste a camisa e se joga na cama bagunçada, catando uma flecha do chão - Tô deitado.

Marie termina os botões do pulso e afivela o coldre antes jogado no chão.

– Uma hora…

– Uhum… - ele resmunga enfiando a ponta da flecha pelo plástico da barraca.

Marie sai e dá de cara com Andrea - Meu Deus!

– Não queria te assustar!

– Tudo bem…

– O Daryl tá ai?

– Por uma hora, sim.

Andrea entra na barraca seguida pelos olhos curiosos de Marie.

– Desculpa te dar um tiro - ela diz.

– Tranquilo… Queria proteger o grupo, tá certo.

Tranquilo? Ela quase te matou! Marie pensa.

Andrea sorri e tira de dentro da sua bolsa um livro e entrega a ele, Daryl folheia algumas vezes.

– Sem figuras? Valeu.

Ainda sorrindo, Andrea vira ás costas e quando está quase passando por Marie, Daryl a chama.

– Mas da próxima vez que atirar em mim, torça pra eu estar morto.

Quando Andrea sai, Marie encara Daryl e suspira.

– Quase…

– Quase o que?

– Dois segundos antes e ela teria visto a gente terminando de se vestir.

– Quer manter isso em segredo?

– Pra que sair falando? Não somos um casal - ela sorri e sai da barraca dele, deixando ele lá, que abre o livro e começa a ler.

***************

O olhar fixo de Glenn e a boca curvada indicam que ele está pensando em algo sério, mas as marcas de sorriso ao lado da boca indicam que ele pensa em algo agradável ao mesmo tempo.

– Hey, made in China, trouxe o que eu pedi?… - diz Ana se aproximando de Glenn

Ela para em frente a ele e espera, mas ele nem se move - Glenn…? GLENN, ACORDA!

– O que? Não ouvi.

– Percebi… Onde você tava?

– Longe… Em outro mundo… O que você quer?

– Trouxe o que eu pedi?

– As pílulas “Jesus acaba com isso”? Sim.

– Ótimo… Cadê?

– O que?

– Glenn o que tá acontecendo?! Meus remédios!

– Na minha mochila… - ele se levanta e anda até sua barraca com Ana logo atrás.

Ela percebe que até o modo de andar dele mudou - Glenn, o que houve? Aconteceu alguma coisa séria?

– Maggie foi um atacada por um errante hoje… Na fármacia.

– Ah… E dai? Ela tá bem não tá? - Ana para e começa a abrir a boca - Caralho, você tá pegando ela.

– É tão óbvio?

– Você tá! Quando ia contar? Achei que éramos amigos, que consideração!

– Você não pode contar pra ninguém.

– Tenho cara de quem conta coisa séria por ai?

– Não.

– Se você me pediu, não vou nem contar para o Drake.

– Obrigado.

– Meu remédios… - ela diz sorrindo

Glenn entra na barraca e pega sua mochila, entregando a ela um pote branco.

– Glenn… Essas são pílulas pré natais, não anticoncepcionais.

– Ah… - ele toma da mão dela de novo - Peguei errado.

– Tudo bem, aguento até a próxima vez.

– Melhor jogar fora antes que alguma das mulheres tome isso…

– É… é melhor.

– Glenn você tá mentindo pra mim.

– Não.

– Mentiu de novo.O que tá acontecendo?

– Você tem que prometer que não vai contar nada, nada mesmo, pra ninguém.

– Meu Deus, o que de tão grave aconteceu que eu não posso nem pensar no assunto?!

– Tem errantes no celeiro e a Lori está grávida.

A expressão de espanto da moça é digna de quem acabou de ver um morto andando… Ou melhor… De quem viu um fantasma…

***************

Marie acende o fogareiro e ensina a Drake como fazer apenas a brasa sem chamas, apenas um calor para o grupo. Ana vem marchando e passa por eles, os dois se encaram e enrugam suas testas, confusos.

Ana entra no celeiro, onde Hershel está, ele acaricia um cavalo com uma mão enquanto a outra coloca um esparadrapo pequeno no pescoço do animal.

– Oi, Hershel.

O velho olha para trás - Boa tarde, Ana. O que faz aqui?

– Eu estou angustiada com um assunto…

– Me conte.

– Eu fui fazer uma ronda, como Rick me pediu… E no meu caminho, passei pelo celeiro, bem perto, me assustei com alguns gemidos familiares - ela diz como se estivesse realmente assutada - Hershel, acho que tem cadáveres no seu celeiro. Muitos.

– Eu os coloquei lá.

– Como assim?

– São doentes, e precisam de ajuda.

– Não... São mortos contaminados por alguma coisa desconhecida. Hershel, eles matam pessoas.

– Por que não sabem o que fazem!

– Eles estão se decompondo… Um vivo doente faria isso?

– Leprosos--

– Não! É diferente! Eles comeram um pedaço do pescoço da irmã da Andrea! Um pedaço do braço… Hershel, eles morderam o pescoço da prima da Marie - sua voz embarga - Não são doentes. Não pode manter eles presos como pássaros.

– Sugere que eu liberte todos?

– Que mate todos.

– Minha esposa e meu enteado estão lá!

Ana balança a cabeça - Não pode deixar eles apodrecerem daquele jeito…

– Essa é minha fazenda, moça! Não está contente…? Você é bem vinda na estrada.

Ana vira às costas e sai. Um assunto já foi, falta o outro…

– Lori? Lori? Lo--

Lori sai da barraca com cara de quem chorou - Que foi?

– Estava chorando.

– Não…

– Não foi uma pergunta, Lori.

– Eu só lembrei do que aconteceu com o Carl.

– Está mentindo. Eu sei o que aconteceu. Você tá indecisa entra dois remédios.

– O que…?

– Lori, Rick deve saber antes de você tomar qualquer decisão… Nesse caso, um remédio.

– Glenn!

– Não foi culpa dele, eu desconfiei de alguma coisa e ele só contou… Por pressão. Ele nem tem cabeça pra isso. É homem.

– Vamos conversar mais afastado, por favor - Lori a puxa pelo braço para longe das barracas e do acampamento.- Ana, tem que prometer que não vai contar nada, pra ninguém.

– Mas o que é que tá havendo?! Parece que as pessoas não confiam em mim! Não vou contar. Você vai.

– Eu não sei.

– Lori, o Rick tem que saber. Ele pode te ajudar a se decidir.

– Ele vai ficar bravo…

– Por causa do Shane?

– O que quer dizer com isso?

– Lori, não tá óbvio, mas eu vejo muita coisa que os outros ignoram… Eu sei que teve alguma coisa com você e o Shane. E eu não contei pra ninguém, nem pro Drake.

– Posso mesmo confiar em você.

– Claro que pode. Você tem um amiga aqui - Ana sorri

***************

Marie sai de sua barraca com o sol batendo forte, ela não sabe se acordou tarde, ou o grupo almoça cedo, estão todos quietos, comendo e se encarando, a alguns metros ela vê Glenn e Ana conversando, quase discutindo e vê que Drake também olha curioso para a cena, ela passa por Carl sentado ao lado de Lori e mexe em seu cabelo, toca o ombro da Lori e em seguida Rick que ergue a cabeça e dá um leve sorriso, Daryl está numa cadeira, comendo ovo e arroz e acompanha todo o trajeto dela desde a barraca até o fogo onde ela se serve um pouco também e depois senta ao lado dele, numa pedra.

Os dois se encaram e Marie enfia uma colher cheia na boca, enquanto mastiga, esboça um sorriso fechado. Daryl não muda a expressão.

– Que foi? - ela sussurra se apoiando na perna dele pra ficar de joelhos na terra úmida.

Daryl se curva um pouco - Nada - sussurra de volta.

– Hã… Então, pessoal - diz Glenn no meio do grupo, esfregando as mãos, Ana fica um pouco afastada, com a mão na boca, e o olhar apreensivo - O celeiro tá cheio de errantes.

Rick ergue o olhar para o rapaz ao mesmo tempo, os olhos queimando de uma raiva que surgiu instantaneamente.

– Como é que é? - diz Drake ficando em pé, deixando o prato de plástico no chão e pondo a mão na cintura por instinto, onde ficava sua glock 9mm, mas que agora não tem nada

Rick fica em pé também - Glenn… Você tem certeza absoluta?

– Eu vi.

O xerife respira fundo e vira as costas bruscamente, marchando em direção ao celeiro.

Shane aproxima o rosto de um fresta e espia por ela, se assustando com o que vê, vários errantes se arrastando ali dentro e o cheiro que emana…

– Vai aceitar isso? - ele grita para Rick

– Não! Mas não podemos intervir, somos convidados aqui!

– Não podemos varrer a sujeira pra baixo do tapete - diz Andrea

– A Andrea tá certa. Vamos fazer assim, de noite, entramos e damos um jeito nisso, não podemos ficar só conversando. Ou vamos embora logo.

– Nós não podemos ir embora agora!

– Por que não?

– Porque minha filha ainda está por ai - diz Carol

Shane solta uma lufada de ar nervosa, passa as mãos nos rosto e a encara - Tá bom. Tá… Eu acho que já tá na hora de considerar uma outra opção…

– Shane, a gente não vai deixar a Sophia! - interrompe Marie

– Eu tô perto de achar a garota - fala Daryl dando passos a frente - Achei a boneca dela há dois dias.

– Isso mesmo que você fez, achou um boneca!

Daryl o encara por uma fração de segundo e então gesticula com o braço pra ele - Olha só, você não sabe do que tá falando!

– Ele acha que é um pista - debocha dando uma meia volta.

– Shane para, para! - interrompe Marie de novo, dessa vez com uma mão no peito de Daryl e a outro no ar, gesticulando pedindo calma, ela tá sentindo que se o policial não parar de falar em dois segundos, o homem atrás de si vai dar um murro no nariz torto dele.

– Tá e o que você acha? - Shane diz olhando pra ela agora - E se ele achasse ela? Se ela te visse, Daryl, todo esquisito com sua faca e seu colar de orelhas ela ia correr pro outro lado…!

Daryl dá um pulo na direção dele com a mão fechada, Drake o segura e Rick segura Shane

– Filho da puta!

– … É isso que ela faria!

Rick entra no meio da briga e afasta os dois, Lori empurra Shane. Marie empurra Daryl

– Já chega! - gritam juntas.

Daryl fica quieto, ao contrário de Shane que aponta o dedo para Lori e diz: - Tira as mãos de mim - e então começa a andar em direção ao acampamento de novo.

– Eu falo com o Hershel! Eu resolvo isso! - diz Rick com uma mão na direção de Shane, como quem diz “fica calmo aí” - Se a gente for ficar, se formos limpar esse celeiro, tenho que convence-lo disso, essa terra é dele!

– Hershel vê aquelas coisas como pessoas doentes - diz Ana atraindo todos os olhares pra ela, ela se encolhe um pouco ao lado de Andrea - A esposa e o enteado - sua voz vai sumindo enquanto fala.

– Sabia disso? - Shane dá três passos na direção dela, ela se encolhe mais - Sabia disso e não contou?

Agora ele está bem perto dela, bem ameaçador e sente uma mão em seu ombro.

– Acho que seria bom se se afastasse… - é Drake, mais alto, mais autoritário e mais ameaçador ainda.

Shane se afasta - E esperou passar a noite?

Agora Ana dá um sorriso cínico - Sobrevivemos todo esse tempo, uma noite a mais é o que? Eu ia contar, mas Glenn quis dizer.

– O homem é louco, se o Hershel pensa que essas coisas--

A porta do celeiro chacoalhando é o que interrompe Shane dessa vez.

Ana engole em seco.

***************

O sol quente torra a cabeça da Marie, ela está de vigia há um tempo com Shane, ele só anda pra lá e pra cá e parece suar menos que ela que está parada. Ela vê Daryl andando até o estabulo e Carol logo atrás, ele parece nervoso.

Ela pensou muito sobre o que aconteceu no dia anterior entre os dois e ficou indecisa entre ter ou não ter mais momentos como aquele. O lado bom é te-lo ali com ela, dividindo daquele momento intimo e tão prazeroso. Bota prazeroso nisso, ela dá um sorriso e Shane percebe, mas continua andando…

O lado ruim é… Marie se apega muito rápido. E a distancia entre se apegar e se apaixonar é menor que o Vaticano.

– Tá sonhando com o que garota?

– Nada…

– Tem que prestar atenção. Não pode se deixar levar por pensamentos bobos e repentinos. Tem que ficar atenta, sua prima sabia disso.

Marie o olha e concorda - Claro que ela sabia…

– Foi mal, não queria… Ah… Eu tô muito nervoso com tudo o que tá acontecendo… Falei merda até pra Carol.

– Eu não te culpo… Também tenho minhas dúvidas sobre ela estar viva e me sinto mal por isso. Daryl ainda acha que ela está viva… A Ana também… O Drake. Mas é o quarto dia sem ela já… Não sei… - ela baixa a cabeça.

– Posso te dizer uma coisa muito sincera mesmo?

– Pode né…

– Se preocupe em você estar viva… Você tem que cuidar de si mesma em primeiro lugar.

Marie balança a cabeça… Shane pode ser ridículo, nervoso e sem noção, mas sabe o que fala.

– Marie, posso falar com Shane a sós? - é Rick

– Claro…

Ela sai correndinho, Rick ainda lhe dá um certo medo, ele é muito autoritário e sempre parece estar irritado, e talvez esteja mesmo. Ela vê Daryl saindo do estabulo abraçando sua cintura e corre pra lá.

– Você está bem?

– Me deixa em paz você também! - ele a empurra e continua andando.

– Não! - ela rebate em tom óbvio - Você vai me dizer o que houve, agora!

– Somos um casal agora?

Ela dá um passo pra trás - Hã…

– Então me deixa!

***************

– Ela poderia estar indo para o sul, também… Se a Sophia foi mesmo nessa direção, ela poderia ter saído da floresta e ido em direção a essas fazendas, já sabemos que naquela que você e Daryl foram não está…

– Mas não custa passar lá - diz Ana olhando para cima, nos olhos dele.

– Tá bom. Então pegamos a 74 até a estrada, vamos pro sul pela floresta, pro leste alguns quilômetros e então voltamos…

Ana concorda com a cabeça - Certo, xerife - ela dá um soquinho no braço dele.

– Rick! - é Hershel e Jimmy

– Hershel… Só pegamos nossas armas porque vamos procurar a Sophia.

– Antes de ir preciso de uma ajuda sua.

– É claro.

– Se precisar… - murmura Ana - Pode contar comigo.

– Obrigado, Ana. Já ajudou bastante - ele diz meio sarcástico.

– Toma conta pra mim - diz Rick be

***************

– Mexe o cavalo- sussurra Marie no ouvido de Carl.

Beth olha para ela e sorri de novo. Carl percebe e faz como ela sugeriu e acaba derrubando o bispo da Patricia.

Glenn e Maggie estão sentados conversando, Ana e Drake estão do outro lado da varanda da casa, ele toca violão baixinho, T-Dog se aproxima com Andrea, Daryl com Carol e Rick ainda não apareceu.

– Alguém sabe o que tá acontecendo? - pergunta T

– Cadê o resto?

– Você não viu o Rick? - pergunta Glenn

– Não.

Ana se vira - Ele saiu com o Hershel, íamos juntos procurar a Sophia.

– Que droga, ninguém tá me levando a sério - Daryl diz olhando Marie, ela só abaixa o olhar para o chão - A gente tem a droga de uma trilha… Ah… Ai, vamos nós - diz vendo Shane se aproximar com as armas - Pra que isso ai?

– Tá comigo, cara? - ele diz entregando uma espingarda de caça calibre 12

– Tô… - ele pega a arma e destrava ela, deixando pronta pra atirar

– Tá na hora de resolver as coisas! - ele olha Ana - Você já tem a sua?

– Tenho… Mas

– Então tá bom. Marie! Hey garota…

Ela desce os degraus da escada e estica a mão para a espingarda portuguesa.

– Lembra do que eu te disse hoje?

– Cuidar de mim em primeiro lugar - ela aponta a arma pra baixo, abre e confere as munições - Isso aí…

– Drake, Glenn… - ele entrega a Glenn sua própria escopeta 12 e a Drake a sua escopeta 12 - Vão proteger o que é de vocês?

Drake não diz nada, só pega a arma e Glen, antes de segurar a escopeta, olha para Maggie e concorda.

– Achamos que essa fazendo era perfeita, mas agora sabemos que não é!

– Dá pra? - pede Maggie - Se entregar as armas, meu pai expulsa vocês hoje!

– A gente tem que ficar, Shane - diz Carl se levantando e ajeitando o chapéu de xerife

– O que tá acontecendo? - pergutna Lori saindo de dentro da casa

– Nós não vamos a luz nenhum. O Hershel vai entender… E nós temos que achar a Sophia, certo? - ele se abaixa em frente ao Carl - Quer que pegue isso, pegue e mantenha sua mãe a salvo! Você sabe como…

Lori pula os três degraus e empurra Carl para trás, revoltada - O que tá fazendo?! O Rick disse nada de armar! Essa decisão não é sua, não tá entendendo?!

Marie olha em volta e congela ao ver Rick e Hershel… Trazendo dois zumbis por uma espécie de coleira.

– Ah… Merda

Todos mundo olha para ela e depois para onde ele olha.

– Mas que porra é essa? - Shane começa a correr aos poucos e de repente já está longe - Que porra é essa? O que é que vocês tão fazendo?

– Shane, não se mete! - diz Rick fazendo força para segurar o cadáver masculino na sua coleira

– Por que seu pessoal tá armado? - diz Hershel

Era o que faltava. Pensa Ana. Ele tá trazendo essas coisas pra cá e se preocupa com nós estarmos armados?!

– Essas coisas não são pessoas! Não são doentes! Eles não sentem nada, a única coisa que fazem é matar! Essas coisas mataram a Amy, mataram a July… Mataram o Otis! E vão matar todos nós!

– Cala essa boca! - Rick grita ainda forçando a coleira, mas agora com o tanto de gente em volta, os mortos se agitaram muito, mais ainda

– O Hershel… Deixa eu te perguntar uma coisa? - Shane saca a arma do cinto e recua o gatilho - Acha que uma pessoa viva, sobreviveria a isso? - ele defere três tiros á queima roupa na mulher de camisola que Hershel segura - Por que isso ainda tá se mexendo? - mais um tiro - Um tiro no coração, nos pulmões, por que ainda está vindo? - mais dois tiros.

– Shane já chega!

– É cara… Já chega! - ele se aproxima da mulher cheia de tiros no peito e atira em sua cabeça.

O corpo cai e Hershel não tem força para segurar, acaba indo ao chão de joelhos junto com a mulher agora morta de vez.

– Já chega de arriscar nossas vidas por uma garota que já era! Já chega de ficar perto do celeiro com um monte de coisa que podem matar a gente! O Rick não é mais como era antes! Se vocês querem sobreviver, tem que lutar por isso! Bem aqui! Bem agora! - ele corre para a porta do celeiro.

– Meu Deus, Hershel segura isso! Hershel, segura isso pra mim! Me escuta!

Hershel escuta, mas não dá atenção, deixe que Shane faça o que tem que fazer… Ele percebe agora…

Shane pega a marreta e bate com força no cadeado, cada barulho é um pulo pro coração da Marie, ela e Ana ofegam lado a lado e as duas tem as armas nas mãos e os dedos no gatilho.

– Vai foder cara - murmura Drake para Glenn

O celeiro enfim se abre, e Shane dá vários passos para trás, enquanto o primeiro errante, um homem de macacão sai, com sua pele fedorenta e cinza e seus dentes rangendo querendo provar da carne das pessoas a sua frente.

Shane dá o primeiro tiro, depois Drake, Andrea, Marie, Ana, Glenn, T-Dog e Daryl. É pelo menos dois minutos de tiro atrás de tiro.

Ana erra vários tiros, sua média é: a cada três, ela acerta um, está bom… Ela sabe que esse é um pensamento ruim também… Mas Shane lhe disse pra fazer essa contagem em sua aula de tiro, e bom… São cadáveres, que mal tem? Ela pensa.

Drake se concentra antes de dar um tiro e isso o faz ser mais lento, mas não erra um.

Marie não, só atira. E um tiro de um espingarda portuguesa não é pouca coisa, faz um grande estrago.

Daryl derruba o último e acaba… Todos baixam as armas, Marie olha Drake, ele tem suor escorrendo na testa, e a expressão séria. Eles se encaram, mandando mensagens telepáticas, se perguntando se isso era certo, claro que era, mas tinha que ser agora?

Ela apoiou Shane em muita coisa, mas nisso… Não precisava ser desse jeito. Algum deles ali na linha de frente, atirou na esposa e no meio-filho de Hershel e ninguém nem sabe quem são. Ela se vira para o celeiro novamente, seu cérebro recebeu um chamado de seu ouvido, uma mensagem de que grunhidos estão saindo de lá de dentro.

Ela ergue a escopeta novamente, Drake faz isso, porque agora já confia totalmente na audição dela e depois todos conseguem ouvir, e eles se preparam para voltar a atirar.

E o errante sai, lá estava ali, com seu tênis sujo e sua camiseta azul de arco-íris, sua inocência morta, seu rosto murcho e os olhos fundos, o cabelos desfiado, sujo e grudado de sangue, uma mordida enorme no pescoço e sangue seco indica que ela sangrou muito antes de morrer.

Ana solta a arma e quase desmaia. Drake baixa a escopeta e continua olhando aquilo, Marie não se move, está muito chocada pra fazer alguma coisa.

– Sophia! - Daryl impede Carol de se aproximar mais e a faz parar de correr com um braço, ele se abaixa e a leva para o chão também - Ah, não… Sophia…

Ana olha pra trás, procurando alguém que faça alguma coisa, não dá pra deixar ela ali, vindo para eles, Carol vendo aquilo e Carl também…Seus olhos azuis encontram o de Rick e a mensagem neles diz “Por favor, xerife”

Rick a olha e começa a andar com a arma na mão, Marie finalmente sai de seu transe e baixa a espingarda, vira de costas e espera…

Ela treme com o tiro da Colt Python Magnum 357 de Rick.

Aquele tiro foi o fim de sua fé em dias melhores.