Uma galáxia-INTERATIVA escrita por Cupcake Docinho


Capítulo 19
Um novo desafio


Notas iniciais do capítulo

Oi pessoal
Tudo bem? Eu sei que demorei, mas eu tive muitos problemas pessoais essas semanas que fiquei sumida, mas agora esta começando as minhas férias, e tenho tempo de sobre. Inclusive já tenho o próximo capitulo pronto.
Então aproveitem o capitulo.
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Durante grande parte de sua vida Deina foi chamada de vilã, mas ela nunca foi isso, muito menos uma heroína, era apenas uma garota assustada, pelo menos era isso que ela era há dois meses, antes de entrar naquela floresta sozinha. Agora- dois meses depois- tinha um ar feroz e selvagem. Os cabelos tinham crescido ficando na altura dos seios, os olhos castanhos ganharam confiança e a pele ficara quase preta devido às horas de exposição aos dois sols que aquele planeta tinha. Deina seguia as instruções que lhe foram dadas com cuidado, qualquer erro podia colocar tudo em risco. Quando finalmente avistou a torre de metal seu coração se acelerou, eles tinham terminado de construí-la. Subiu em uma árvore para observar o que estava acontecendo na região.

Viu algumas pessoas estranhas junto com Matt e Nancy, pareciam estar em meio a uma discussão de estratégias levemente acalorada. Ocupada observando-os Dey não percebeu que não era a única em cima da árvore antes de ser tarde de mais. Sentiu as garras da criatura em seu braço, sem saída, pulou da árvore com os braços estendidos pronta para pegar um galho da outra árvore. Sentiu sua mão fechar em um galho, assim como a dor do outro braço, sem tempo para raciocinar, se balançou no galho e saltou bem a tempo, já que a criatura estava pulando onde segundos antes estavam suas costas. A garota de cabelos castanhos caiu em outro galho, todo o ar sairá de seus pulmões com o impacto, mas tentou se equilibrar enquanto ouvia a criatura soltar um grito terrível. Ouviu barulhos vindos das copas das árvores, provavelmente outros bichos vieram se juntar ao primeiro. Por um segundo Dey se permitiu olhar para cima, e contemplar a criatura, mas como se arrependeu. Era um macaco de sua altura, pelos pretos como a noite, garras enormes e afiadas, patas enormes, e uma boca salivando, cheia de sangue e pedaços de carne em purificação. Mas a boca não era a pior parte, mas os olhos cheios de raiva, sangue e ódio como se a criatura só estivesse perseguido-a por prazer e não por uma necessidade biológica.

Deina ouviu um grito, demorou alguns estantes para perceber que era seu, um grito abafado pelo soluço, o puro grito de medo. Tapou sua boca com a mão, e pela primeira vez olhou para o machucado que o “macaco” fizera, três cortes profundos, um paralelo ao outro, dos ferimentos sangue escorria, sangue que atraia outros animais. A garota ouviu o barulho ensurdecedor de outras criaturas chegando, sedentas por sangue e carne. Sem tempo pra pensar pulou mais uma vez, dessa vez para o chão que se encontrava a cinco metros abaixo de si. Sentiu seus joelhos reclamarem por causa do impacto, mas ignorou-os e correu em direção à torre. Encontrou todos que estavam na torre já preparados, afinal não era todos os dias que aquela floresta era perturbada por um barulho tão alto como daqueles macacos.

–Você está bem?- perguntou Matt ajudando a garota como apoio já que está mancava.

Enquanto isso Nancy apontou sua besta para o primeiro “macaco” que se aproximava, esperou que esse se aproximasse o suficiente antes de atirar bem no meio de sua testa, fazendo um sangue preto e gosmento sair do machucado, o animal cambaleou e caiu, mas logo um novo animal tomou sua posição. Sebastian pegou suas facas e tacou no peito da primeira criatura a surgir na clareira atrás deles, e correm em direção aos outros animais, já que sua estrutura física impossibilitava-o de lançar as facas com muita força . Melissa pegou seu arco preto e atirou uma fecha em um pássaro de rapina que descia rapidamente em cima do grupo. Sirius tirou sua espada em estilo japonês das costas e correm em direção às criaturas, Ian que era um pouco mais cauteloso desembainhou sua adaga e caminhou até o meio da clareira, as criaturas vieram em sua direção e ele apenas atacava seus pontos fracos.

–Vai lá, eu cuido dela- gritou Judy por cima de todo aquele barulho para Matt, o garoto ficou um pouco receoso, mas entregou Dey pra garota. As duas tinha uma pequena diferença de altura e de peso então não foi tão difícil para Judy ajudar a outra garota.

–Quem são vocês?-questionou Deina olhando no fundo dos olhos mortos da outra garota, tentando tirar alguma conclusão.

–Eles são parte da família Tarteline- a garota disse fazendo um movimento amplo e vago, por mais que dentro de sua cabeça tivesse uma ideia clara de onde estava cada um deles, quando se acostuma com a cegueira os barulhos começam a ajudar a formar mapas em sua cabeça.

– Tarteline? Você esta dizendo aquele grupo de pessoas que saíram da terra antes das três famílias?- disse Deina levemente perdida, sempre achara que eles tinham morrido, mas agora acabara de esbarrar com alguns deles.

–Exato.

–E quanto a você, quem é você?- questionou a garota ainda um pouco abismada com tudo isso.

–Digamos que sou uma amiga- disse Judy tentando desviar o assunto.

–Qual é o seu nome?-questionou Deina receosa por causa da resposta, as semelhanças da garota com a família de sua mãe eram assombrosas, e sua mãe era parte da família Kelieve, seria possível que aquela garota também fosse?

– Judy Carmo Kelieve- disse a loira com a cabeça virada para baixo. Antes que Deina pudesse dizer algo um dos macacos se aproximou das duas, Nancy que estava mais perto se colocou no caminho da criatura lutando com ele com uma faca que retirara do corpo de um macaco morto.

–Saiam daqui vocês duas- gritou Nancy, as duas garota saíram correndo com dificuldade, a adrenalina começou a voltar para o corpo de ambas impulsionado-as a correr mais rápido. Em um determinado momento Dey se virou para trás e viu que uma das criaturas perseguia elas, e ao olhar para frente se deparou com um precipício, o mesmo lugar onde Peter tinha se metido a tanto tempo atrás. Deina tinha que decidir, ela ou Judy, as duas não sobreviveriam. Seu pai tinha a ensinado a pensar racionalmente, como um medico deveria fazer, seguir a ética. Quem era mais importante? Judy era aparentemente a resposta para muitas perguntas. E foi naquele instante que decidiu salvar Judy.

–Fique quieta- sussurrou no ouvido da garota antes de joga-la no chão e continuar a correr, como previsto a criatura continuou a persegui-la, talvez por causa do cheiro de sangue, ou porque parecia ser uma diversão maior.

Deina correu até o penhasco e se virou para a criatura. Três metros, dois metros, um....A criatura estava tão próxima que a jovem podia sentir o cheiro de putrefação que saia de sua boca. Um momento antes da criatura saltar para cima de Dey está pegou sua adaga, o animal caiu em cima dela derrubando-a. A cabeça da jovem se encontrava no ar, enquanto o resto de seu corpo estava tocando o chão seco pela falta de chuva. A adaga entrava dentro da pelagem no animal o machucando, mas aquilo não era suficiente para ele desistir. “Agora que eu morro” pensou Dey, fechou os olhos e se concentrou no fim, pensou em seus pais e seus irmãos mais velhos, mas por fim seus pensamentos foram para Elisa. “Ela está viva, não posso deixa-la sozinha” pensou lutando para a razão voltar a sua cabeça. Sentia o animal ainda sobre si, e a adaga em sua mão, mexeu-a dentro da carne do animal, este se contorceu, mas continuava sobre ela lambendo o sangue que escorria de um novo machucado que ele acabara de fazer. “A missão, não posso falhar!!” pensou abrindo os olhos, a visão era tão assustadora que quase desmaiou, aquele animal sobre si lambendo o sangue quente que escorria de seu machucado, o cheiro de putrefação da boca daquele animal, tudo aquilo era capaz de deixa-la assustada, mas sua irmã e a missão eram mais importantes, eram o suficientemente fortes para fazê-la esquecer do medo.

Continuou a mexer a faca dentro do corpo do animal, quando ouviu passos rápidos, e depois disso o som de algo atravessando o ar. Uma flecha que se alojou nas costas do animal, este se moveu tão bruscamente que acabou jogando Deina para trás. A garota sentiu todo seu corpo voar, sabia que ia morrer, afinal atrás de si existia apenas o penhasco. Mas nem cinco segundos tinham se passado antes de sentir todo seu corpo colidir com um rocha. A dor foi tão agonizante que sentiu fontade de chorar, mas não conseguia nem abrir os olhos.

Nossos cérebros tem a incrível capacidades de nós poupar da dor, então logo Dey já tinha desmaiado. Ela não viu a luta entre Matt e a criatura, ou mesmo quando todos se desesperaram pensando como a trariam para cima. Ela perdeu tudo isso, mas talvez tenha sido melhor, porque toda aquela dor que sentia é quase impossível de explicar, pense na dor de se bater a cabeça. Agora multiplique isso por 200, e pense essa mesma dor em todo o corpo. Consegue imaginar?


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Notas finais do capítulo

O que acharam? Desculpe pela demora novamente.



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