– O que? - Tentei disfarçar - Claro que não!

Eu era horrível com mentiras ( Isso apenas com Beatrice ), eu e ela conheciamos os gestos e jeito um do outro, ela sabia quando eu estava mentindo.

– Você ficou levemente vermelho, isso você sempre faz quando escuta um "eu te amo" - Ela ergueu a mão esquerda e apontou para meu telefone - E a música Radioactive é o toque do Ra... - Ela parou por um momento.

Eu não sabia o que falar, Bia era apaixonada por Raphael desde que eram crianças, eu mesmo estava tão confuso quanto ela.

– Ele estava falando com a mãe dele - Menti - Eu ouvi e achei fofo só isso.

Ela me encarou com seriedade e logo, acreditou em minhas palavras.

– Bia, vou indo logo, deve ter acontecido algo sério lá em casa - Fugi de presença e de suas "suspeitas" - Vou indo.

Dei um beijo em sua testa e me retirei o mais rápido possível do local; Bia deve ter suspeitado demais, eu não sei o que eu posso fazer em relação à Raphael, ele me beijou sem mesmo festanejar, eu se não tivesse me controlado, teríamos feito "aquilo" ali mesmo, se Bia souber disso, sou um homem morto.

Fui a secretaria para pedir a liberação e logo, me encontrei na esquina de "minha" casa; Puxei meu telefone do bolso para ver a hora, eram 10h15min, eu estava um tanto preocupado, o que será que aconteceu lá dentro?

Entrei em casa, deixei meus sapatos ao lado da porta e fui em direção ao quarto, notei que o chão estava um pouco sujo, mas nada que um pouco de água e detergente não resolva.

– Raphael? - Chamei, mas ninguém me respondeu.

A porta do meu quarto estava aberta, e assim que entrei, vi Raphael, ele estava de cueca azul, apenas de cueca deitado de barriga para baixo em minha cama dormindo, eu claro, fiquei vermelho no mesmo instante.

Quando virei meu rosto para esquerda, vi um bilhete colado na minha porta, nele dizia:

"Peter, você poderia fazer dois favores para mim?

1- Concerte o computador, aconteceu algum defeito e ele não liga.
2- Raphael não teve aula, então é provável que ele durma assim que eu sair, então por favor, fique de olho nas coisas"

– Entendi... - Tirei o bilhete da porta, e fui em direção a sala, onde está o computador.

Não havia bem um motivo para sair da escola, pensei que fosse uma emergência séria, okay, o sonambulismo de Raphael era algo sério, e o pior, desde uns tempos pra cá, ele tem piorado; Certa noite, ele havia pegado as chaves de casa e, se eu não tivesse ouvido o som da porta se abrindo, nem quero imaginar no que poderia ter acontecido.

Olhei bem para o Notebook e logo deu para perceber, o "defeito" é apenas falta de bateria; Botei o computador pra carregar e logo, fui para meu quarto.

Sentei no chão, encostado na parede e com os olhos em Raphael; A expressão dele, é uma das coisas que mais acho atraente nele. Eu já amei Raphael, mas claro, platonicamente falando. Ele é Hétero e nunca sentiria nada por homens, ele deixou isso bem claro quando me declarei para ele, mas... Noite passada ele me provou o contrário.

Ele havia me beijado, e foi um beijo caloroso, e mesmo ele sendo BV, ele beija muito bem, se eu não tivesse me controlado e me deixado levar pelo momento... teriamos feito algo.

O som de Raphael se mexendo na minha cama me tirou de meus pensamentos, ele virou-se, ficando de barriga para cima e, assim que olhei para ele, fiquei extremamente vermelho.

Raphael estava ereto.

Fiquei sem palavras, nunca tinha visto tal cena... Era constrangedor mas ao mesmo tempo... excitante.

Levei outro susto quando Raphael se levantou da cama, por um momento pensei que ele estava acordado e me estranharia por estar olhando ele daquela forma, mas ele apenas havia começado um transtorno.

Levantei o mais rápido que pude e fiquei na porta, barrando sua passagem; Me aproximei e o agarrei levemente, e parei um instante; Quando senti o membro dele em minha cintura.

Fiquei extremamente vermelho, perdi as forças e nesse momento, aconteceu algo inesperado.

Raphael me segurou, jogou-me na cama, montou em cima de mim e começou a me despir.

– Raph-...! - Eu me conti em gritar, mas Raphael continuava dentro de seu transtorno, e eu não poderia acordá-lo.

O que eu faço? Pensei desesperadamente.

Ele mordeu minha orelha e logo, tirou minha camisa, assim que eu tentava sair, ele me puxava novamente, ele é bem mais forte que eu, e além do mais, eu não podia fazer movimentos bruscos, caso contrário, poderia acordar o sonâmbulo em meio de seu transe.

Eu fiquei excitado, claro. Raphael mesmo dormindo fazia aquilo de jeito prazeroso, eu sabia que era errado, mas se eu fizesse o "certo", Raphael poderia entrar em coma, ou até pior... Então, eu precisava fazer aquilo.

Assim que ele me beijou, dessa vez tive que corresponder ao beijo, e ele beijava bem, muito bem; Ele desceu os lábios e mordeu meu mamilo esquerdo, aquilo foi tão excitante, eu estava a ponto de gemer de prazer.

Ele tirou minhas calças junto com minha cueca, fiquei completamente nu. Ele arriou sua cueca azul, deixando seu membro ereto exposto, ele passou saliva nos dedos e colocou o dedo dentro de mim, no início foi doloroso, mas logo, ficou muito prazeroso; Assim que ele tirou o dedo, ele me penetrou com seu pênis, eu tive que morder o lábio para não gritar, ele parou de se mexer por um instante, foi o tempo de me acostumar com seu pênis em mim, logo, ele começou a se mexer.

Não demorou muito para que ele gozasse, foi o suficiente para que ele deitasse novamente na cama e finalmente dormisse, eu fiquei ao seu lado, completamente sem fôlego.

Fitei o teto do quarto, eu estava sem ter o que dizer, estava sem fôlego e sem palavras.

– Meu deus... - falei boquiaberto para mim mesmo.