Iris P.O.V

Era época de natal. Eu estava arrumando a arvore de natal quando o Barry chegou.

– Você chegou na hora. Estou quase acabando – falei olhando pra arvore animado com o que via – Existe prêmio de melhor arvore? Porque essa merece ganhar! – exclamei animada com o resultado do meu esforço. Olhei para o Barry e senti que ele parecia estar triste, então perguntei – Você está bem, Bar? - ele fez menção de falar, murmurou um “okay” e me pegou desprevenida ao me dar um forte abraço o qual há muito tempo ele não fazia e eu retribui –

– Eu te amo Iris – o ouvir dizer baixinho e sorri –

– Eu também te amo – respondi sorrindo e ele desfez o abraço –

– Eu te amava quando éramos crianças, antes mesmo de saber o que era o amor. E depois a minha mãe morreu, e tive que morar com a garota de quem gostava... – ele falou e meu mundo parou ali. Como assim o meu melhor amigo estava dizendo que me amava? Ele disse que não sentia nada por mim e de repente agora ele sente. Resolvi me sentar para recuperar-me do back e ele fez o mesmo - Olha só... – ele começou a dizer e cruzou as mãos e abaixou a cabeça e depois a levantou - Eu quis te contar tantas vezes. Na formatura do colégio, quando fui para a faculdade e quando voltei de lá. Nas noites em que conversamos nos aniversários, em todos os Natais, mas nunca contei. Eu só guardei para mim. Depois que perdi os meus pais, fiquei com medo que, se você não sentisse o mesmo, eu também te perderia. É irônico, estava com tanto medo de te perder que acabei perdendo – ele terminou e as lágrimas desceram com tudo em meu rosto. Como ele pode fazer isso comigo? Foi desonesto. Mentiu pra mim na cara dura quando o perguntei e agora vem querer dizer a verdade? – Eu sei que tive muito tempo pra contar, sei que você está com o Eddie e que não é a melhor hora. Mas eu não podia mais mentir pra você – eu queria chorar mais e foi isso que eu fiz e a única coisa que eu podia fazer nesse momento era balançar a cabeça em sinal de não demonstrando o quanto eu estava magoada com ele por isso – Desculpe – continue balançando a cabeça e depois a abaixei. Ele levantou-se e quando levantei a cabeça ele olhou para mim tentando pedir desculpas com os olhos e eu ignorei. Consegui parar de chorar um pouco quando vi que ele saiu dali e comecei a pensar: como eu não pude perceber que meu melhor amigo sentia a mesma coisa que eu?