I Will Never Forget You escrita por Kakau Romanoff
Notas iniciais do capítulo
Oláa meus queridos!!
Aqui está um capítulo novinho para vocês, espero que gostem!
Boa Leitura!!
– Percy? - chamou Annabeth, balançando seu ombro levemente - Percy.
– Mais cinco minutos, mãe...
– Acorda logo Perseu. – disse ela rindo, e derrubando-o da poltrona.
– Delicada como uma filha de Ares. – ele gemeu, se levantando.
– Chegamos em St. Louis, cara. – falou Jason, enquanto todos os demais passageiros desciam do trem – Eu consigo ver o Arco daqui. Poderíamos ir até lá dar uma olhada, o que vocês acham?
– Péssima ideia. – disseram Percy e Annabeth em uníssono.
– Por quê? – perguntou Piper rindo da cara feita pelos amigos – O que aconteceu aqui?
– Estávamos na nossa primeira missão – respondeu Annabeth – Eu havia acabado de conhecer o Percy, e partimos em uma missão correndo contra o tempo para recuperar o raio-mestre de Zeus que havia sido roubado.
– Bons tempos. – Percy sorriu.
– Claro. Totalmente ferrados, famintos e lutando pelas nossas vidas. Ótimos tempos Cabeça de Alga.
– Não me referia a essa parte. Falei de ter conhecido você. – ele completou, piscando e beijando a bochecha de uma corada Annabeth.
Piper sorria vendo o imenso carinho que o filho de Poseidon tinha por sua melhor amiga.
– Enfim – Annabeth continuou, apontando agora para o Arco – Lá em cima, Percy teve um agradável encontro com Equidna e sua querida Quimera de estimação. Ele pulou na água para se salvar, e fomos acusados por destruir o Arco.
– Nesse caso – falou Jason – Talvez não seja uma ideia tão boa assim irmos até lá. – ele riu.
– Concordo plenamente. – disse Piper – Não vamos repetir o erro como fizemos com a Monocle Motors em Detroit.
– Então, o que vamos fazer? – perguntou Percy.
– Vamos comer alguma coisa, e depois seguiremos de trem até Denver.
– Denver? – questionou Jason.
– É a parada mais próxima.
– Você está um tanto nostálgica esses dias, não Srta. Chase?
– Talvez. – riu Annabeth, dando de ombros – Ou talvez seja apenas coincidência.
– Deixa eu adivinhar – tentou Piper – Vocês quase morreram durante uma missão em Denver também?!
– Quase isso. – assentiu Percy, que notou Jason observando com atenção as terras que se estendiam no lado esquerdo do trem – Jason, tudo certo? Se você realmente quiser ir ao Arco, não tem problema cara.
– Não, não é isso. É só... – ele indicou com a cabeça a janela, chamando os outros três para verem também – Aquelas vacas correndo lá fora daquele jeito é normal?
Uma manada corria em disparada colina abaixo, metros de distância separando-as do vagão. Annabeth apertou um pouco mais os olhos, quando a figura de uma conhecida criatura, metade homem, metade boi, surgiu no topo do morro farejando o ar.
– Essa não. – ela disse – Parece que seu velho amigo veio nos fazer uma visita, Percy.
– O Minotauro?! – Piper perguntou incrédula.
– Longa história. – Percy explicou, sorrindo para ela – Precisamos dar o fora daqui, ele provavelmente já nos rastreou.
– Acho que tive uma ideia. – disse Annabeth.
– Você não sabe quanto eu fico feliz ouvindo isso Annabeth. – riu Jason.
– O que você pretende fazer? – perguntou Percy.
– Vamos explodir o seu boizinho, de uma vez por todas.
Rapidamente, os quatro espalharam dispositivos de fogo grego, que Annabeth havia trazido, pelo vagão seguindo as instruções dela, e enfim quando tudo estava pronto, o monstro alcançou o trem, destruindo toda a parte da lateral esquerda do terceiro vagão a frente de onde estavam.
– Parece que o faro dele não está mais tão apurado como antes. – riu Percy.
– Tirem suas jaquetas, e deixem-nas aqui. – instruiu a filha de Athena – Rápido!
– Ah, eu adoro essa jaqueta. – reclamou Jason.
– Depois você compra outra Jason, vamos logo! – falou Piper, tirando seu casaco também.
Annabeth abriu a janela direita, e pularam para os trilhos, entrando em outro trem que já dava partida para Denver.
– E agora?
– Observe. – Annabeth levantou o braço, estralando os dedos - Agora torcemos para dar certo.
A locomotiva partiu, e quando atingiu certa distância uma explosão balançou sua estrutura. Ao olharem para trás, puderam ver as quentes chamas consumirem o resto do vagão enquanto o Minotauro se transformava em poeira dourada.
– O que você fez? – perguntou Jason impressionado.
– Ela manipulou a Névoa. – disse Percy olhando orgulhoso para a noiva, que não demonstrava a mesma alegria dos demais.
– Aqueles dispositivos de fogo grego são ativados com o impacto direto neles – ela explicou, os olhos rasos d’água – Eu apenas usei a Névoa para que ele não pudesse perceber que não estávamos realmente lá.
– E porque você está tão triste? – perguntou Piper, vendo o mesmo olhar preocupado em Percy.
– Annabeth, nós estamos bem. Graças a você. – disse Percy, limpando seu rosto – Você nos salvou. Por que está assim então?
– Não... – ela disse, balançando a cabeça negativamente – Beckendorf projetou aquilo. Foi ele quem me ensinou, foi ele quem nos salvou Percy.
– Charles...? – ele perguntou, a saudade fazendo seu peito apertar. Ela apenas assentiu. – Amor, olha pra mim. Beckendorf era nosso amigo, ele se sacrificou por nós. Por todos nós. Ele é, e sempre será um herói, assim como você. – continuou Percy, segurando delicadamente o rosto dela – Ele sempre cuidará de nós, e pode ter certeza que ele ficaria orgulhoso por tudo que aprendemos com ele. – terminou ele, sorrindo emocionado ao envolvê-la em um abraço apertado.
– Eu sei... Desculpa, eu só... – ela disse limpando os olhos – Eu só me lembrei da falta que ele faz até hoje.
– Annabeth, podemos não ter conhecido ele, mas de qualquer jeito, sentimos muito. Não fica assim, tá? - disse Piper, amável segurando firmemente a mão da amiga, e recebendo um sorriso sincero em troca.
Horas mais tarde, os freios do trem foram acionados quando eles finalmente chegaram a Denver.
– Terra firme, graças aos Deuses! – disse Jason, quando desceram na plataforma.
– Alguma ideia do nosso próximo passo?
– Vamos comer alguma coisa, estou morrendo de fome! – exclamou Percy.
Todos riram.
– Conte uma novidade Cabeça de Alga.
– Vamos tentar encontrar algum lugar para comermos por aqui então. – riu Piper, que foi na frente de mãos dadas com Jason.
Logo, eles encontraram uma pequena lanchonete, onde entraram e sentaram-se.
– Posso anotar seus pedidos? – ofereceu uma garçonete que se aproximou trajando uma blusa decotada e uma saia curta demais para o gosto de Piper e Annabeth.
– Hã... Sim. Pode ser três hambúrgueres e um de tofu, e quatro refrigerantes, por favor.
– Certo. Já trarei seu pedido. – respondeu ela, encarando Percy durante um longo tempo antes de sair.
– Cuidado para não babar, Jackson. – disse Annabeth irritada.
– Achei que fosse pedi-la para viagem, Grace. – replicou Piper, no mesmo tom.
Percy encarou Annabeth, com um sorriso torto.
– Sabe que você é única para mim, não sabe futura Sra. Jackson. - ele disse acariciando seu queixo.
– Não precisa ter ciúmes Pipes. – Jason também riu, selando seus lábios levemente.
– É bom mesmo. – ambas disseram juntas em cumplicidade.
Eles riram. Certo tempo depois, duas garçonetes voltaram trazendo os pedidos. Quando Annabeth levantou seu rosto para agradecer, seu olhar se encontrou com o de uma das garotas, e neles ela viu um brilho monstruoso que mais uma vez ela olhava para Percy ao seu lado.
– O-Obrigada. – ela conseguiu dizer com um resquício de voz – Gente, precisamos sair daqui. Agora. – ela completou, quando as duas garotas se afastaram.
– Por quê?! Nem começamos a comer!
– Digamos que nossas atendentes parecem estar com uma fome “monstruosa” por nós.
– Ah, entendi. Nesse caso é melhor darmos o fora daqui. – chamou Jason se levantando.
Eles deixaram os lanches intactos em cima da mesa, tendo que pagar por eles antes de saírem apressadamente daquele lugar.
– O que elas eram? - perguntou Percy.
– Eu não sei. Não pude ver mais do que os olhos vermelhos das duas.
– Temos que encontrar algum lugar para ficarmos. Já vai escurecer.
– Não sei se seria sensato continuarmos aqui. Temos um dia e meio no máximo até Briareu ser levado ao Monte Tamalpais.
– Ah, mas para quê a pressa semideus?! – disse uma voz metálica vinda do beco escuro pelo qual haviam passado.
– Eu odeio essa nossa falta de sorte. – sussurrou Annabeth, pegando sua adaga, da mesma forma como os outros faziam enquanto se viravam na direção da voz.
Das sombras, as duas garçonetes surgiram enquanto suas imagens oscilavam entre a versão humana e a monstruosa revelando uma perna de bronze e outra coberta por pelos marrons, como um casco de burro, além das presas e garras.
– Mas o que...
– Empousas. – disse Annabeth simplesmente.
– É péssimo revê-la Kelly. – riu Percy irônico, levantando Contracorrente.
– Perseu Jackson. Digo o mesmo para você filhote de Deus.
– Ah, ainda estressadinha porque eu matei sua estagiária? – ele zombou – Essa outra ai é nova não é?
– Piper, você e eu cuidamos da direita, meninos vocês sabem o que fazer. – ignorando a provocação entre os dois e armando sua estratégia.
Os quatro já haviam lutado por diversas vezes juntos, e não precisavam de muito para compreender o que deveria ser feito. Os dois monstros não esperaram muito e atacaram, ao que Annabeth se abaixou, desviando-se das garras por pouco, girando a adaga e errando por pouco a garganta da Empousa, que cometeu o erro de se virar para encarar a loira, esquecendo-se por um momento de Piper, que aproveitou a oportunidade para atravessar a coluna dela com Katoptris, e no instante do contato com o bronze celestial, explodiu em pó.
– Boa Pipes! – disse Annabeth, batendo na mão da amiga.
– Ninguém dá em cima do namorado de uma filha de Afrodite. – ela sorriu – Vamos ajudar aqueles dois.
Elas se viraram a tempo de ver a Empousa acertar com a perna animal o peito de Percy, que foi lançado de costas da parede de um prédio.
– Percy! – Annabeth tentou correr até ele, sendo impedida pelo monstro em seu caminho – Saia da minha frente bafo de bode!
A Empousa atacou-a de novo e Annabeth repetiu seu movimento, girando o corpo dessa vez e decepando a criatura, espalhando a poeira dourada pelo ar.
Eles se aproximaram de Percy, que se levantava lentamente.
– Você está bem? – perguntou Annabeth preocupada.
– Estou. – disse ele tranquilo – Lindo golpe, Sabidinha. – sorriu a abraçando.
– Não sei vocês, mas eu realmente não quero ficar mais nem um minuto nessa cidade. – falou Jason.
– Podemos pegar um ônibus dessa vez. – opinou Piper.
– Eu tenho uma ideia melhor. – disse Annabeth. – Podemos pegar um táxi.
– Um táxi?! – exclamou Jason, confuso.
– Não temos muito tempo, e o Táxi das Irmãs Cinzentas é o meio mais rápido de chegarmos até São Francisco e salvarmos Briareu.
– Realmente você está nostálgica hoje Annabeth. – riu Percy.
– Tem uma ideia melhor Cabeça de Alga?!
– Achei que você tinha dito que a área de atuação delas era só em Nova York e na vizinhança. Como elas vão nos levar até o outro lado do país?
– Depois que tomamos conhecimento do Acampamento Júpiter, elas estenderam sua área de prestação de serviço até o oeste também, para atender aos semideuses romanos.
– Pode dar certo então. – o filho de Poseidon concordou – Mas você tem dracmas suficientes para pagar uma viagem assim?
– Não se preocupe com isso. Agora precisamos chama-las.
– Tudo bem, mas primeiro, se vocês não se importam, eu vou voltar aquela lanchonete e pegar nossos hambúrgueres. – disse Percy, enquanto os outros o encaravam – O quê? Eu estou com fome!
Não quer ver anúncios?
Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!
Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!Notas finais do capítulo
Gostaram?? Deixem seus comentários!!
Muitoo obrigada por ler!
Bjoss da Kakau