I see everything, bitch. escrita por blairrw


Capítulo 4
I'm still here.


Notas iniciais do capítulo

Titulo: Eu continuo aqui.



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quatro de fevereiro de 2015.

P.O.V – Percy.

Enfiei meus materiais na mochila e desci as escadas, mas antes, passei no quarto de Alison. Ela tinha saído depois de dez minutos do amanhecer, então não teria perigo. Aquela menina, por mais que fosse atraente, sexy e inteligente, era muito estranha com vários segredos a esconder. Eu sabia que bisbilhotar era feio, mas eu era o próprio bisbilhoteiro em pessoa. Quando eu tinha apenas quatro anos, minha mãe me contou que eu peguei a vizinha traindo seu marido com meu outro vizinho, apenas porque eu ouvi barulho de algo quebrando na casa ao lado e quis ver o que era. Agora estou aqui, de pé em frente ao guarda-roupa de Alison. Abri ele e não encontrei nada, o que eu realmente estava fazendo ali? Eu não sabia, segui meus instintos. Quando ela me contou sobre sua vida e seus pais, eu nem dei bola, contudo depois, parei pra pensar: Se ela não vai estudar aqui, o que ainda está fazendo por aqui? A loira era pra ter começado a estudar no terceiro dia que estava hospedada aqui. Agora já se passara uma semana. Meus amigos estavam me cobrando para ver a “a grega gostosa que está hospedada na casa do Jackson e que iria estudar com eles”, então resolvi tirar por mim mesmo. Após abrir três gavetas e não achar nada, - nem na gavetas de calcinhas – algo me chamou atenção no fundo do armário. Uma caixa fechada com apenas um bilhete e uma boneca de pano com cordinha dentro, o bilhete dizia o seguinte: Até quando você deixara de cumprir suas promessas? O jogo só está começando. – A. Sem hesitar, puxei a cordinha e escutei a voz da boneca sinistramente: Eu pareço morta para você? E não, o sinistro não foi ouvir a boneca, foi perceber que a boneca tinha a voz da loira e pior, a aparência.

Ouvi minha mãe me chamar das escadas e guardei a caixa com os pertences dentro.

Assim que cheguei na escola, cumprimentei os caras.

– E ai, Percy. Quando vamos pra sua casa jogar uma partida de Fifa? – Perguntou-me Grover.

Grover era meu amigo de infância.

– Sim Percy, - chegou todos os outros meninos, Jason, Luke, Leo Valdez. – Quando?

Estava prestes a dar uma explicação que meu pai proibira de convidar meus amigos ir até em casa pelas primeiras duas semanas em que a garota estivesse lá, quando ouvi a voz de Demeter no interfone: Por favor, Calipso Marin, Piper Montgomery, Reyna Hastings e Thalia Fields, dirijam-se até a diretoria em menos de cinco minutos.

Olhei pros meninos que abaixaram a cabeça. As quatro eram conhecidas por serem amigos da menina morta, a que desapareceu antes de eu chegar na cidade e a que meu pai dedicava dias da vida para descobrir seu paradeiro. No início do ano retrasado quando a menina, como é? Annabeth morreu, as quatro se afastaram, e pelo que me lembro, Piper fora estudar em Utah e voltou no início do ano passado. Reyna enfiou a cara nos estudos, Thalia na piscina e Calipso? Virara a nova gostosa da escola junto com Rachel – minha namorada -, a qual todos babavam. E no meio do ano passado, as quatro resolveram se unir por nenhum motivo aparente. Calipso parou de falar com Rachel e há boatos que as quatros mentirosas enterraram um corpo, botaram fogo em um celeiro e aterrorizara toda a escola. Eu ainda não sei o que achar disso. Eu só perguntei uma vez para Rachel porque ela e Calipso se afastaram e ela me respondeu bêbada: Ela está voltando para me pegar.

**

P.O.V – Calipso.

– Então, porque nos chamou aqui, Sr.D? – Perguntou Thalia, entediada.

– Gostaria de saber, - começou ele apontando para nos – se vocês foram responsáveis por isso.

Sr. D tirou da gaveta várias fotos de Annabeth. Todas elas rabiscadas e com chifres.

– Não, - respondeu Piper olhando cada foto de uma vez. Tinha Annabeth com seu cachorro, Annabeth com sua família, Annabeth com suas amigas, vulgo nós... – qualquer um poderia ter feito isso.

– Sim, mas apenas - continuou o diretor, pegando um gravador de uma caixa – vocês tem essa voz.

Sr. D clicou no play e a fita começou a reproduzir. Ouve uma chiadeira no início e logo após a voz de Reyna:

– Como vamos fazer a de Annabeth?

– Hm, que tal com uma faca no olho!? – Tentou Piper.

– Ou um cabelo curto. – Dessa vez fui eu.

– Talvez, - Vez de Thalia – devêssemos costurar seus lábios.

A fita acabou e eu olhei assustada para as três amigas ao meu lado. Nunca tínhamos dito aquelas coisas. Thalia olhou para o Sr.D, assustada.

– Nos nunca faríamos isso!

– Eu acredito, senhorita Hastings. Mas com os acontecimentos no último ano, e vocês julgando alguém de ameaça-las... eu acredito que vocês não estejam tão, na de vocês.

Sr. D deu ênfase na última frase, vi Reyna enrubescer ao meu lado e aí percebi. Ele nos chamou de loucas.

– Olha, - disse Reyna – eu realmente não sei quem fez isso. Mas pode ter certeza que não fomos nos. O áudio não prova nada, ouve vários cortes no meio, tá obvio que foi montado. Queira acreditar ou não, mas não estou afim de ficar numa sala onde eu e minhas amigas estamos sendo julgadas de loucas e pior, assassinas.

Concordei com Reyna.

– Sr. D, - Piper se intrometeu. – acredite, nem se fossemos loucas faríamos um negócio desses.

– Tudo bem! – Gritou Sr. D – Vou reunir mais provas antes de entregar isso a polícia. Enquanto isso, quero que vocês fiquem longe de confusão. Não irei fazer nada por enquanto, mas se, mais alguma coisa chegar em minhas mãos...

– Chegar em suas mãos? – Thalia se intrometeu – Quem enviou isso para você?

Nos quatro nos entreolhamos, lógico que sabíamos que era - A, mas queríamos saber do que Sr. D o chamaria.

– Um anônimo. Agora saiam!

Eu me levantei logo após elas e fomos todas ao banheiro. Reyna que estava na frente, abriu a porta com um empurrão e entrou que nem furacão. Fechei a porta assim que entramos, Piper conferiu se realmente estávamos sozinhas e deu sinal de positivo.

– Eu não acredito! – Gritou Thalia.

– Também não. - Sentei no baco que tinha.

– Annabeth vai tirar todas as chances de eu ir pra faculdade e longe daqui. – Falou Reyna, insinuando que Annabeth era –A.

Suspirei. Eu era a única que realmente tinha esperanças que ela estava viva. Eu sei o que eu vi na noite de quatro de julho. Era Annabeth.

– Já fomos acusadas de botarmos fogo em um celeiro, - começou Piper. – roubar um carro, tentativa de terrorismo na escola e enterrarmos um corpo, graças a – A, e agora assassinato?

– Piper, todo mundo já nos acusava de assassinato, mas ninguém teve coragem como o diretor para falar em voz alta. – Falei.

Suspiramos e ficamos em silencio, até ouvir passos em direção ao banheiro.

– Rápido! – Disse Reyna, - pra dentro.

Entramos nos boxes e erguemos nossos pés para que ninguém nos visse. Não parecia ter ninguém. Quando escutamos a porta ser fechada, saímos todas juntas e demos um grito sufocado. O espelho estava borrado de batom.

Eu estou aqui, vadias. E eu sei tudinho. – A

Sai do banheiro vendo se achava quem havia escrito aquilo, mas o corredor estava vazio. Olhei pras meninas quando o sinal bateu, revelando uma multidão de alunos nos olhando estranho. Se Annabeth estivesse aqui, ela iria amar essa atenção.


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