Poesias do Dia a Dia 2 escrita por Nicacio


Capítulo 3
Poema (com)junto estando separado


Notas iniciais do capítulo

Um poema um tanto diferente, onde duas pessoas fizeram em conjunto, mas não que estivessem próximas



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As ideias são tantas
Parecem carros na avenida
Passando, pas-san-do
Mas engraçado
Que para algumas pessoas
A estrada fica vazia
E nessas vias
Corridas
As vidas vão passando
Nesses dias corridos
E vão se esquecendo

Como se fosse
Um vento que ao
Relento, vai se esmorecendo
Triste, talvez...
Mas não desatento
Aos vários momentos
Que as vezes esquecemos
De viver
E passamos a vida presos
Ao passado
Em lembranças boas
Esquecendo de viver
Os belos momentos que corridos vão passando

Memórias corridas
Vidas decorridas
Mas tampouco a vida
Está definida
Correndo parece tudo embaçado
Quando paramos para tomar folego
Já virou tudo passado

E no passado ficou a vida, o calor, e todo o sabor
E nesse desatento fulgor
Ja passou todo
Amor
Pudor
Temor
Menos a dor

Essa ultima é nova
Vem depois da correria
Você sente logo a panturrilha
E depois observa a palmilha
Que está toda molhadinha
Mas onde está a alegria?

Está escondida
Atrás de tanta ilusão sofrida
Nessa vida corrida
sem prestar atenção
Ao que o coração
Ta mandando fazer ou dizer

Ah alegria, tão bonita
Quando não se está recolhida
Culpa dessa bendita vida
Que insiste em nos ensinar o pior
Dia após dia
Alegria é muito caseira
Fica se guardando
Para aparecer e iluminar
Alguns dias

Quando se passeia
Para fora dessa estreita
Ruela imperfeita
E se passeia
Pra uma bela clareira
E se repara na beleza
De um dia de sol
Com crianças com suas facetas e caretas
Esbanjando alegria e vida
E renovando quem está em volta
Fazendo cada um tirar a felicidade escondida
E trazer a tona
Toda a vida

Mas existe ai uma ironia
Como é que a vida com alegria
Pode ser a mesma vida corrida
Talvez seja igual aquelas avenidas
Com pista específica
Para automóveis que gastam toda a gasolina
Chegando as velocidades
Mais altas da via

Que pena pra eles
Eles mal sabem
Que ali, tem uma bela vista
Que nos alheia
As mais loucas, corridas, bizarras mas ainda assim específicas
Sensações e emoções
Vividas e expressas
Por nós
Numa visão do que há por vim, misturada com o que Ja foi
E ao se deparar a sós
Nessa linda foz
Olhando todas as lembranças que há em nós
Será que ainda haverá algum fôlego pra renascer?

Não sei se nessa corrida da vida
Estou a pé ou andando de ré?
Mas sei que estou seguindo na fé
Percebo que também não sou maratonista
Preciso parar pra tomar um fôlego,
Não sei se posso renascer
Ou ganhar a corrida
Mas posso pegar uma carona
Isso me poupará muita comida
E até mesmo bebida
Enquanto isso, posso até repensar
As minhas medidas
E realinhar as passadas
Des-acelerar
Toda a vida
Ter mais calma na corrida
Ver a vida por fora
Analisar as questões da moda
E às vezes até jogar bola

Mas jogar bola só de manhã
Porque antes da tarde cair
Devemos prosseguir
Buscando novos amigos
Para se unir ao caminho da vida
Que iremos seguir


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