So much for my happy ending escrita por ColorwoodGirl


Capítulo 8
Capítulo 7




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Depois do dia da ultrassonografia de Bianca, muita coisa começou a tomar forma. E a primeira coisa foi a arrumação do apartamento da atriz. Para que ela pudesse voltar a habitar o local, ele teria que ser limpo e arejado das memórias. Afinal, não conseguiria começar uma vida nova com o filho que iria nascer, se continuasse assombrada pelos fantasmas do passado com o marido.

E para isso, contava com a ajuda de João. Ainda impossibilitado de voltar ao trabalho (havia perdido a direção da novela das 21h que haviam lhe oferecido, mas já estava sendo disputado entre a seguinte e uma das 19h), o rapaz a acompanhava na arte de encaixotar e separar tudo que iria ser dado embora. Em algumas tarde contavam com a ajuda de Karina, ou Dandara e Renata. Às vezes, Nat e Agatha apareciam, e Alan ia buscá-las.

A maior aceitação em relação à chegada do novo bebê foi um alívio para todos, que pareciam enxergar um novo horizonte de luz. Alan havia se tornado bastante arrisco e fechado nos dias após a morte do irmão, sua única família viva, mas agora parecia baixar a guarda com a ideia de um novo sobrinho. Algumas vezes tentava se impor, como se quisesse assumir o papel de Duca, mas a esposa logo o aquietava e tentava lembrá-lo que seu papel de pai era com Agatha.

Agora, a discussão acirrada era para decidir o nome do novo integrante da família. Enquanto Alan batia firmemente na tecla de Junior, Bianca dizia que não queria o filho crescendo sobre o nome do pai falecido. Gael sugeriu “emprestar” o nome de algum de seus bonsais, mas ela também negou veemente. Pedro sugeriu Denis e a atriz quase o mandou a um lugar bem feio. A madrasta e as irmãs sugeriam vários nomes, mas nenhum a agradava.

“Cara, eu não fazia ideia que os nomes tinham esses significados. Eu queria entender porque meus pais me chamar de ‘Deus perdoa’, ‘agraciado por Deus’. Nenhum dos dois é religioso e eu muito menos.”

Enquanto Bianca enchia duas malas com as roupas de Duca do closet, João estava na cama com um livro na mão, lendo os diversos nomes sugeridos. Já haviam passado por Felipe, Gabriel, Daniel, Rafael, Enzo, Matheus, Arthur e Vinicius. Nem o nome e nem o significado a agradaram.

“Eu posso sugerir um nome?”

“Claro que sim. Todo mundo está sugerindo a torto e a direita, um a mais não faz diferença.”

“Nossa, depois dessa patada fria, não vou nem falar mais nada.” O rapaz murmurou, fechando o livro. Bianca suspirou, estralando as costas.

“Desculpa, João, eu to cansada e em um péssimo momento, não quis ser grosseira. Eu juro que adoraria ouvir sua sugestão. Faz um mês que estamos chamando ele de ‘moleque’ e não aguento mais o Alan chamando ele de Junior. Decidir esse nome logo vai ser uma benção.”

“Lucca. Com dois C, porque eu acho que fica mais bonito.”

“Lucca. Lucca... Eu gosto desse nome, Lucca. É muito bonito. O que significa?”

“Aquele que traz luz. Acho que combina com ele.”

“Combina totalmente.” Bianca sorriu. “O que você acha, bebê? Gosta de Lucca?”

Em resposta, um pequeno calombinho se formou na parte baixa de sua barriga, local onde estavam posicionados os pezinhos do bebê. Bianca sorriu, tocando o local e ficando com os olhos cheios de água.

“Ele gostou, João... Ele, ele, ele chutou.”

“É sério?” O rapaz se aprumou na cama, os olhos brilhando. “Posso sentir?”

“Claro. Dá a sua mão.” Ela se aproximou dele e colocou a mão cheia de cicatrizes na barriga. Pouco se tocavam, então ela estranhou sentir a textura que os ferimentos do acidente haviam deixado na mão que outrora havia sido tão macia.

“Hey, carinha... Você gostou de Lucca?”

O mesmo calombinho se formou e os dois olhos se encheram de água, maravilhados pela manifestação da vida que crescia ali. Realmente, não havia nome mais apropriado para aquele pequeno anjo: era Lucca que estava trazendo luz de volta para a vida de Bianca e João, que até pouco tempo podiam jurar que viveriam para sempre na escuridão.

~B&J~

“Lucca?” Perguntou Dandara, enquanto todos jantavam.

“Sim... Quer dizer ‘aquele que traz luz’. Acho que combina perfeitamente com ele.” Bianca explicou enquanto enrolava seu espaguete.

“E com dois C, porque fica bem mais legal.” João completou, com a boca cheia de comida.

“Desde quando o esquisito tem direito à opinião?” Perguntou Gael, com a testa vincada. “Eu ainda acho que meus nomes são mais legais.”

“Pai, deixa esses nomes para os seus bonsais, que tal?”

“Eu goto de Lucca, é bonito.” Comentou Renata, os olhinhos brilhando.

“Nós também achamos, pequena.”

“E o Alan concordou com esse nome?” Perguntou Gael.

“O Alan não tem que concordar com nada, pai. O Lucca é meu filho, e cabe a mim a decisão do nome dele. Assim como ele pôde sugerir um nome, o João também pôde e eu gostei mais da sugestão dele. Não tem o que concordar ou discordar.” Bianca finalizou o assunto com a voz mais tranquila possível, mas irritada com a atitude patriarcal com pai.

“E está certíssima, querida. Não é porque o Alan é irmão do Duca que ele tem direito à assumir o papel dele; e nem você, Gael, por ter sido o mestre dele, tem esse direito. Agora, o Lucca é responsabilidade unicamente da Bianca, e todos devem respeitar isso.” Dandara apoiou a enteada com um olhar duro ao marido.

“Bom, em todo o caso, até o final da semana que vem eu volto para casa. Já terminei de tirar as coisas do Duca, só vou esperar o pintor terminar o meu quarto e o do Lucca, e deixo vocês em paz.”

“Sabe que pode ficar aqui o tempo que quiser.” Gael afirmou, virando-se para João. “E você, moleque, até quando vai ficar aqui?”

“Gael.” Dandara repreendeu o marido novamente, com um suspiro.

“Bom, eu coloquei o meu apartamento à venda essa semana.”

“Como assim, meu filho? Você não disse nada.”

“Espera, você não está pensando em ficar aqui permanentemente, certo?”

“Eba, Joãozinho fica aqui!”

“Não, mestre brutamontes, não vou vir para cá. Eu só não quero voltar para aquele lugar, que era minha casa e da Vicki. Eu vou vender o apê, e com o dinheiro eu dou entrada em outro mais perto do meu trabalho. Só preciso que a fisioterapeuta me dê alta para ficar sozinho.”

“Eu faria a mesma coisa, se a localização do meu apartamento e do Duca não fosse tão boa.” Concordou Bianca.

“E por que você não vem para perto de nós, filho? Mesmo depois da alta na fisioterapia, você ainda vai ter um tempo de tratamento com a psicóloga, e seria bom você ficar por perto.”

“Mãe, eu não tenho tendências suicidas, se isso te preocupa. Minha psicóloga está tranquila, nem me receitou remédios. Não se preocupe, vai ficar tudo bem.”

“E se ele ficar lá em casa por um tempo?” Propôs Bianca, do nada. “Eu tenho três quartos, o lugar é grande... Vai ser bom durante essa transição. Aí você pode procurar com calma, e deixa o velho rabugento aqui em paz. Acho que até o Lucca nascer você já teve alta e achou algum lugar.”

“Se eu me livrar da bufada do meu padrasto no meu cangote, para mim está ótimo. Já estou vendo alguns apartamentos, então provavelmente vou sair logo.” Concordou o diretor, enchendo a boca de macarrão.

“E nossa casa volta a ser tranquila. Obrigada, deuses do Muay Thai.” Agradeceu Gael, erguendo as mãos. “Meus bonsais voltarão ao seu quarto.”

“Ou não, senhor rabugento. Lembra quem chega semana que vem?”

“Cobrinha!” Comemorou Renata.

“O Ricardo vem para cá?”

“Ele e a Jade. Vão passar alguns dias aqui, até toda a mudança vir e o apartamento ficar pronto. Compraram há alguns quarteirões daqui.”

“Jura? Vocês nem disseram que eles iam voltar.”

“Bom, quando tudo aconteceu, o Ricardo ficou cuidando da academia e a Jade da Ribalta, para que nós ficássemos com vocês. E quando eles vieram, eles nos contaram que a Jade está grávida também. A Lara vai nascer mais ou menos na mesma época que o Lucca.” Gael contou orgulhoso.

“E ninguém lembrou de nos avisar?”

“Vocês não estavam muito... Nesse plano, vamos dizer assim.”

“Em todo o caso, eles só esperaram as academias de lá encontrarem substitutos para eles. Como a Lucrécia e o Edgard foram para a Itália, os dois vão ficar aqui por uns dias.” Explicou Dandara. “Eles chegam domingo.”

“Os filhos sempre tornam a casa dos pais, não é?” Riu João.

“Então acho que está mais do que na hora de irmos.” Concordou Bianca.

“Acho que estava na hora de vocês todos irem. Se todos os meus filhos resolverem voltar a morar comigo, eu estou perdido.” Todos riram de Gael, enquanto voltavam a comer.


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Notas finais do capítulo

Chegaaaaaaaaaay Braseeeeeeel
Hoje é dia do escritor, neam... Nada mais justo do que postar um capítulo inédito e bem lindo e bem cheio de amor. Tentarei postar em pelo menos mais um fic, prometo.
To deprimida que as gravações de Malhação acabaram ontem, já to chorosa e depressiva. Me deixem.
E aí? O que estão achando dessa aproximação? comeeeeentem
See you ;*
http://www.facebook.com/fanficswaalpomps



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