So much for my happy ending escrita por ColorwoodGirl


Capítulo 14
Capítulo 13




Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/601186/chapter/14

Dois anos depois...

“Vai, Lucca, você consegue.” João batia as mãos na água, tentando encorajar o filho. “É só correr e pular, o papai te pega.”

“Tem medo, papai. Muito medo.” O beicinho se virou em um biquinho fofo no rostinho do bebê, que cruzou os bracinhos. Da cadeira em que estava, Bianca riu.

“O papai vai te segurar, meu amor... Não precisa ter medo.” Ela encorajou o filho, erguendo os óculos escuros e colocando no topo da cabeça. Ele encarou a mãe, pesando o que ela havia dito, e voltou a encarar o pai.

“É só pular, campeão.” João bateu na água mais uma vez. O menininho respirou fundo, antes de correr e se jogar na direção do pai. “Vitória!”

Lucca gargalhou, fechando os olhos para se proteger da água que espirrou para todos os lados quando João começou a jogá-lo para cima. Bianca riu, batendo palmas.

“Aí, filho... Venceu seu medo da piscina!”

“Venci, mamãe!” Ele ergueu os bracinhos em comemoração, enquanto João o ajeitava no colo.

“Desconfio que agora o difícil vá ser deixar ele longe da piscina.” Observou o pai, baixando o corpo de ambos até só a cabeça ficar de fora.

“Então somos dois.” Bianca riu, se levantando. “Vou ligar para a Ka e avisar que eles já podem vir.”

“Fala pra ela passar na casa dos nossos pais e pegar a Renatinha.” Lembrou ele, voltando a atenção para o filho.

Bianca entrou na casa, um sobrado de dois andares construído em um condomínio aconchegante para o qual haviam se mudado há seis meses. Apanhou o celular no balcão da cozinha, discando o número da irmã mais nova.

Oi Bi.”

“Oi irmãzinha. Conseguimos! O Lucca entrou na piscina com o João. Está lá feliz da vida.” Narrou a atriz, abrindo a geladeira e apanhando uma jarra de suco.

Jura? Ai, que ótimo! Então podemos ir de biquíni?

“Por isso mesmo liguei. O João pediu para você trazer a Re também.”

“Pode deixar. Vou ligar para a Dandara e pedir para arrumar ela. Já aproveito e chamo a Jade também.”

“Ok, estou esperando. Beijos.”

Apanhou o roteiro da peça que estava ensaiando e voltou para os fundos da casa, encontrando o marido e o filho na parte mais rasa da piscina, o menino de pé sozinho, jogando água para todos os lados diante do olhar babão do pai.

“Ela vem?” Perguntou João, sem tirar os olhos da criança.

“Vai ligar para a Jade, passar pegar a Re, e já vem.”

“Sem chance do seu irmão ou do Pedro virem?”

“João, é quarta-feira, os dois estão trabalhando.” Bianca riu, deitando na espreguiçadeira. “Só você está de vagal hoje.”

“Hey, eu passei quase um ano dirigindo uma novela de sucesso, mereço um período de férias com você e o nosso filho.” Ele rebateu, fazendo cara de indignado.

“Claro que merece, amor. E nós adoramos isso, não é, Lucca?” Ela atraiu a atenção do pequeno, que concordou, sem saber ao certo com o que. “Você se importa de eu estudar um pouco o roteiro da peça?”

“Fica à vontade, nós dois fazemos um pouco de bagunça por conta própria.” Ele sorriu para ela, que lhe mandou um beijo antes de voltar toda a sua atenção para o roteiro.

A peça, que marcaria seu retorno aos palcos, era uma adaptação moderna de Romeu e Julieta. Após ter recusado diversos convites nos últimos dois anos e meio, João apareceu com esse teste. A produtora era uma colega de trabalho dele, para quem ele tinha contado sobre a ligação de Bianca com a história. Uniram o útil ao agradável e agora faltava pouco mais de dois meses para a estreia.

Sabia que era errado pensar isso, mas em momentos como aquele, agradecia que fosse João, e não Duca, que estivesse ali. O falecido marido, infelizmente, nunca a teria incentivado a voltar aos palcos, ao que tanto amava. Ele teria dito que a escolha de deixar tudo havia sido dela, e eles provavelmente brigariam.

Com João era diferente. Ele enviou o vídeo dela fazendo a Julieta para Marisa, a produtora, combinou o encontro entre as duas, fez o papel de marido babão e a elogiou sem parar. Vibrou com ela quando foi escalada, ficou noites a fio a ajudando a estudar o texto, muitas vezes após chegar exausto de um dia de gravações.

Agora, curtindo as férias de três meses antes de começar uma nova produção, sua terceira como diretor-geral, ele a acompanhava em todos os ensaios, dava palpites excelentes para ela e Victor (seu parceiro de cena), e não havia demonstrado um mínimo de ciúmes com seu trabalho.

“Ai, João, será que você existe de verdade?” Ela suspirou pela enésima vez, observando a interação dele com Lucca por cima do roteiro.

Seus pensamentos foram interrompidos pelo interfone. Era a segurança, perguntando se Karina poderia entrar. Podia ouvir a irmã e a cunhada discutindo, e soube que Jade estava de carona. Autorizou a entrada do carro e foi para a porta, esperar por elas.

Não tardou para que o carro da lutadora despontasse na rua, ela e Jade discutindo no banco da frente. Embicaram na entrada de carros e Bianca se aproximou aos risos.

“Posso saber o motivo da discussão acalorada?” Perguntou, abrindo a porta traseira para a irmã caçula descer.

“A Jade tá teimando que eu não devo dirigir. E eu to teimando que gravidez não é doença.” Karina desceu cambaleante do banco da frente, estalando as costas. “Mas que essa barriga está pesada, isso está.”

“Karina, você está grávida de seis meses de trigêmeos... O médico te proibiu de dirigir no terceiro!” A dançarina exclamou, apanhando a filha do banco traseiro.

“Você sabe que ela tem um ponto, Ka.” Bianca não contrariava a irmã por conta própria, mas concordava quando outro o fizesse.

“Não começa você também, Bianca.” A grávida se irritou, marchando para dentro da casa.

“A Ka era esquentadinha. Depois que engravidou, tá pior que um vulcão.” Renata observou, abraçada com a cintura da irmã mais velha.

“Nem me fala, baixinha. Tenho dó é do Pedro.”

Quando chegaram aos fundos da casa, Karina estava falando sem parar para um assustado João, enquanto Lucca encarava a madrinha com atenção.

“Já não basta eu não ver meus pés, para não falar minha vagina, eu ainda tenho que aguentar todo mundo me tratando como uma inválida!” Jade e Bianca explodiram em risadas ao ouvir aquilo, enquanto João fazia uma cara de completo nojo.

“Karina, isso é o tipo de coisa que eu posso ficar sem ouvir, obrigado.” Reclamou o nerd, olhando para a esposa com desespero.

“Maninha, poupa os ouvidos do meu marido, por favor.” Riu Bianca, enquanto ajudava Renata a tirar a roupa para passar protetor.

“Dinda, barrigão.” Lucca apontou a barriga enorme de Karina, que suspirou.

“É, príncipe, a dinda tá com um barrigão enorme. São seus priminhos que são espaçosos.”

“Como vão chamar os bebês da dinda, Lucca?” Perguntou Jade, arrumando o biquíni da filha.

Benado, Isis e Heito.” Ele recitou orgulhoso, derretendo os mais velhos.

“Isso, meu lindo. E você vai ser um ótimo primo mais velho, certo?” Karina sentou em uma cadeira, alisando a barriga.

“Para eles e para os quatro que vierem depois.” Brincou João, fazendo a irmã bufar. “O Pedro quer sete, lembra?”

“Vou parir esses três e depois arranco meu útero fora.” Prometeu ela, emburrada. “Não bastava ovulação múltipla, um deles ainda tinha que resolver se dividir em dois.”

“Bi, ela tá me traumatizando.” João reclamou, enquanto Renata corria até ele.

“É só ignorar, Joãozinho. A Ka tá meio doidona.” O rapaz riu ao seu abraçado pela irmã caçula, depositando um beijo no rosto dela.

“Você foi a única da família que saiu normal, grilinho.” Garantiu o mais velho, segurando a mãozinha de Lucca. “Vem dar um beijo na tia Re, filhão.”

“Grilinho!” Ele comemorou, abraçando a tia. Havia pegado a mania do pai de usar o apelido.

“Calma, calma, calma... Larinha está chegando.” Jade correu com a menina, colocando-a ao lado de Lucca. Ela sorriu, enquanto Renata abraçava os dois.

“Minhas amigas não acreditam que eu sou tia, sabia?” Ela perguntou, fazendo os mais velhos rirem.

“E você já explicou para ela que sua família é toda maluca?” Perguntou João, recebendo um peteleco de Jade. “Isso doeu, demônia.”

“A ideia é essa, esquisito. Não enche a cabeça da menina desde cedo.” Ela mandou, voltando para a mesa.

“Como é horrível ser o único homem aqui.” O rapaz suspirou, voltando a cuidar das crianças, enquanto as três mulheres começavam a conversar.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

ALÔ, ALÔ, AMADAS DO MEU BRASIL!!
Gente, eu to apaixonada pela Lucca, ALGUÉM ME SEGURA! Que criança mais fofa, socorro!
E ele não cresceu tanto, viram? Ainda é um baby lindo e fofo *.*
Espero que ainda estejam por aqui, ok? HAHAHAH
See you ;*
http://www.facebook.com/fanficswaalpomps



Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "So much for my happy ending" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.