Oito carneiros escrita por Rose


Capítulo 12
Cap. 12


Notas iniciais do capítulo

Desculpem a demora...ainda não vai ser o úlitmo capítulo pois eu estou (definitivamente) com pouquissimo tempo, ainda não consegui recuperar o atraso da vida real...(quantos capítulos ainda...espero que 1 ou 2 pois não quero que quem lê pense que estou enrolando...e ainda tem a outra fic :S)
Estou tentando...
Obrigada por todos os comentários... :)



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Nicolas permaneceu de olhos fechados por algum tempo, segurando aquelas mãos tão frias, que mais poderia pensar? Talvez acordasse daquele sonho em sua velha cama ainda na aldeia com o choro de seu sobrinho recém-nascido ou com os gemidos de seu cunhado possuíndo sua irmã. Mas não era sonho, já não havia como voltar àquela vida...Sua alma havia mudado. Quantas vezes se afundou em si ensandecido pelo que lutava em não ouvir de um homem que somente havia se aproximado dele por desejar sua única irmã. Agora ali, deitado, mais uma vez desejando o impossível e talvez inaceitável para seu povo, sua época e até mesmo para seu algoz.

– Nicolas...Por favor, solte-me.

– Fui eu que me tornei seu prisioneiro... Mas entendo que não tenho como barganhar pela minha libertação...Não posso cumprir o que me pedes...Assim o que me resta é minha dignidade em permancer fiel a minha promessa, já que meu corpo já não mais me pertence. – Num simples soltar de mãos ele se virou;e, apesar de não entender o porquê do vampiro desistir da sua própria vida, não haveria como ele implorar por um desejo que ele não compartilhava.

– Barganhar?

Sentado à cama ele ainda confuso porque Félix parecia realmente não entendê-lo, a angústia começou a dominá-lo:

– Peça a ninfa que o mate! Peça o mesmo para mim! Não vês que não cumprirei o que me pedes?

– Se has matado alguns carneiros pelo sangue que me alimentou, por que não podes fazer o mesmo comigo? Para mim tú não passarias de um carneiro a ser morto. Aproveites para salvar-te, não tenha clemência por quem não a merece.

– Eu não um carneiro! Por Deus! Tú também não és minha presa. Por que não procuraste um caçador de... – Nicolas parou em pé, não soube como mas as tochas daquele velho quarto se acenderam, finalmente ele podia ver Félix que já não estava deitado naquela cama, mas em pé, frente a frente agora com os olhos negros refletindo o amarelo de cada uma daquelas tochas reluzentes.

– Caçador de Vampiros, de Monstros, de Aberrações...Sim, esse era meu plano até vê-lo e desejar morrer pelas mãos de alguém com o coração puro. Alguém que tivesse piedade e me desse uma morte digna. Você, Nicolas...

Pela primeira vez Félix demonstrou medo, o que para ele era algo inaceitável, mas como não se amendrontar diante daqueles olhos claros como ás águas da alvorada, seria melhor partir ou poderia se arrepender mais e mais por se dar ao direito daquela pequena luxúria ao conversar com aquele jovem tão encantador. Melhor seria que saísse dali de uma vez e recomeçassem aquela conversa com o sol.

– Eu sou um monstro, Nicolas.

Antes que Félix pudesse fugir, Nicolas o segurou pelo braço tão forte que nem houve tempo de encarar aqueles olhos negros para entender como eles o julgariam; seu lábios se tocaram e a amargura das palavras de Félix deram lugar a um desejo incontrolável que há muito tempo estava preso e agora seria impossível de ser reprimido, sua boca finalmente se entregava a aquela língua quente e viva.

Ele estava seguro ao abraço do jovem humano, aquele corpo quente começava a esquentar-lhe a alma como jamais houvesse sentido mesmo enquanto era um jovem mortal. Mortal, essa palavra mais uma vez lhe trazia a realidade:

– Nicolas, espere, por favor, eu não suportaria te matar.

– Eu confio em você, mas não posso lhe implorar que me queiras...Não precisa me beijar por pena, por saber que eu nunca tive ninguém...- Exausto pelo fôlego que havia perdido Nicolas o soltou, haveria de viver com aquela rejeição, por sorte lembraria-se que havia feito de tudo para que ele acreditasse o quanto era desejado.

– Não querer você? – Félix sorriu nervoso, o humano de tão cândido não conseguia enxergar a verdade, agora fôra ele que o segurou com uma das mãos e com a outra começou-lhe a acaraciar o rosto.

– Por séculos que já vivi não houve nada próximo do que senti quando te salvei da sereia, tú me destes a lembrança do sentir e eu lhe serei eternamente grato por isso.

– Não sei o que lhe dizer, Félix.

– Diga que a última noite de minha tenha o destino decidido que eu deva te mostrar como tu hás mudado minha vida, carneirinho...Só não deixes que eu o fira...

O beijo do vampiro veio quente como o fogo que arde a mão da criança teimosa pela curiosidade em saber o que significa a dor, por um instante pensou em gritar, mas as mãos do vampiro sobre seu torso lhe sufocando foram mais que o suficiente para que sua voz sumisse entre os gemidos que se esforçava em sufocar.

As mãos de Nicolas antes tímidas começavam a ganhar confiança para explorar aquele corpo tão fechado que agora ansiava em mostrar-se, por dentro da camisa podia sentir o seu tronco ávido pelo seu corpo e quando ele finalmente ergueu seus braços para que o jovem lhe tirasse sua camisa eles puderam se olhar. Félix já não sorria nervoso, seus olhos finalmente estavam negros e tranquilos.

Para o jovem humano o cheiro do vampiro era como um vicio, a cada beijo aquele odor lhe invandia mais e mais dando uma dose de coragem antes escondida agora liberta através de sua língua e mãos que agora faziam descer aquela calça há muito desnecessária. Suas mãos inexperientes desciam devagar pela cintura do vampiro até que uma decidiu-se por acariciá-lo em suas nádegas e a outra quase que por um desejo próprio foi direto ao sexo já entumescido de desejo que transbordava sem culpa pelas mãos do inexperiente humano.

– Nicolas...

– Não te agrado? Quer que eu pare?

– Será que sempre serás um carneirinho ingênuo? – E sem explicar Félix o empurro delicadamente para que caísse sob a cama, que fosse único para os dois.

– Que fazes agora?

Suas mãos buscavam o calor das pernas de Nicolas, sentado aos pés da cama Félix lhe massageava do joelho até a sua virilha, buscando o calor que há tanto precisava.

– Eu gosto da sua pelo assim, rosada, vermelha como sangue, vermelho como sangue...

Nicolas jurou que podia sentir os caninos do vampiro lhe ambocanhando o sexo com toda sua amplitude, não conseguia pensar em mais nada, seu membro pulsante já a ponto de explodir dentro aquela boca fria e úmida que teimava em alternar-se com a língua acariciando-lhe o ínicio ou fim de tudo.

– Ahhhhhiiiiihhhhh....

– Que foi criatura? Nicolas? Nicolas

– Por minha vida, não pare! Agora entendo a sereia...

Enaltecido pelo elogio Félix virou-se por cima dele para que Nicolas pudesse extravasar toda aquele desejo por sua boca. Nicolas aprendeu rápido por seu algoz como deveria tratá-lo. Ao ter-se envolto pelos lábios de Nicolas, Félix começou a delirar se seria justo morrer agora que havia encontrado alguém...

Nicolas estava extasiado pelo que lhe era oferecido, por quantas vezes imaginou-se naquela entrega e o único consolo que lhe era permitido eram suas próprias mãos a lhe satisfazer na calada da noite sufocando seus desejos. Agora essas mesmas mãos procuravam a melhor maneira de guiar a sua boca ao membro pulsante do vampiro. Livre de seus medos e permitiu-se explorar as nadegas dele e invadi-lo, tinha certeza que seria recompensado por isso.

– Nicolas?! Onde aprendeste isso criatura? Irás me matar antes que o amanhecer chegue...Com essa cara de carneirinho inocente...Apenas continue... – A voz de Félix estava embargada, por mais excitado que estivesse não poderia esquecer que Nicolas era apenas um mortal, tão frágil como a vida.

Só que por mais que Nicolas tentasse, ele estava a perder toda e qualquer força em sua boca e em suas mãos – o vampiro o enlouquecera desejo, a cada beijo ou afago naquela cabeça inflamada de desejo ele tinha certeza que ficava mais e mais vermelho. Seria possível morrer por uma mordida em seu membro excitado? Ou tornar-se vampiro para que Félix não ficasse mais só?

Já não aguentando, Nicolas foi vencido pelo seu ventre e soltou Félix que se viu mais uma vez livre para alterna-se entre beijos e carícias mais fortes no jovem e inexperiente ventre de Nicolas, estava lutando para não perder a pouca razão que lhe restava.

As tochas eram as únicas a presenciarem o jovem humano jogando sua cabeça para frente e trás em contraste a seu tronco ofegante por piedade. Quando criava coragem erguia-se na tentativa de ver seu carrasco, mas a única visão que se lembraria seria a de um membro faiscante refletido pela pouco luz que erradiava das tochas.

– Féli...Félix..Não, por favor...Aaaaaiihhhhhh...

O corpo exausto de Nicolas era guiado pela experiência do vampiro que se fazia presente pelos seus movimentos que apesar de fortes lhe traziam um apetite que só podia ser saciado com a sua boca prestes a engolir o humano e uma das mãos o tornando tão seu como se ele não houvesse desejado mais ningúem em sua existência.Finalmente ele pode sentir a vida fluindo de Nicolas por um jato quente e desejado, que se repetia enquanto o vampiro o instigava para que enfim ambos fossem saciados, tão precioso como sangue para o vampiro que se deliciou com o líquido que o jovem lhe oferecia ...A respiração do humano foi se se acalmando a medida que Félix virou-se para abraça-lo.

– Descanse...

Exausto Nicolas não tinha nem forças para balançar a cabeça em sinal de aprovação, se ele conseguisse falar iria perguntar a seu amante se seria normal escutar o coração batendo contra o peito daquela maneira...Respirando pausadamente por alguns minutos ele conseguiu lembrar-se que faltava algo:

– Félix, tú não has... – Mas antes que ele pudesse completar aquela frase:

– Carneirinho, eu preciso saber...Por quê não aceitaste a meretriz, por que lhe deu aquelas moedas?

– Por que não podes ler minha mente como antes?

– Não respondas uma pergunta com outra, criatura... – Nicolas acabou por ser surpreendido por um longo beijo em seus cabelos cacheados .

– Eu tinha um sonho, queria que fosse com alguém especial para mim, não com alguém que só o fizesse pelas moedas...

– Eu sinto muito...

– Por quê?

– Por não ser a pessoa que você sonhou...

– Não sejas tolo...Deixe me mostrar-te o quanto quero estar aqui...

Félix soltou-se em um sorriso, ele sabia muito bem o que iria lhe acontecer.


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Notas finais do capítulo

A história termina ao amanhecer...se Nicolas permanecer vivo até lá...



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