Used To Love Her escrita por Gabi Jagger


Capítulo 1
ένα


Notas iniciais do capítulo

Personagens e enredo totalmente meus. A história já tem um final, mas ainda não tem um começo.



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–Tá trovejando muito. Parece o fim do mundo!- Disse, impressionada como o céu conseguia ficar tão escuro as cinco e meia da tarde.

–Talvez seja realmente o fim.

Olhei para ele, sem entender o sentido de sua resposta.

–Como?

–O seu.

Antigamente

–Ei, Max! Bom dia, capitão!- Dipp me encontrou no pátio, enquanto eu caminhava em direção a entrada principal.

–E aí, cara? Quanto tempo! Como foram as férias?

–Foram ótimas! Eu fui parar naquele acampamento que minha mãe me mandou, e quer saber? Foi demais! Tinham muitas gatas lá, fiz a festa!

–Isso aí, garotão. Tá aprendendo! Esse ano promete.

Continuamos andando e conversando sobre os últimos dois meses e como seriam os próximos nove. E estava um dia lindo. O sol estava perfeito, nenhuma nuvem no céu, as plantas estavam todas bem aparadas e floridas. Além de terem várias alunas, antigas e novas, para embelezar mais o ambiente aos meus olhos.

Entramos nos grandes portões do colégio e cumprimentamos mais amigos do time de futebol. Obviamente, eu era o capitão. Não querendo me gabar, mas era o melhor do time, o grande atacante, camisa dez. Sem falar na reputação que eu tinha naquele lugar. Os caras me achavam incrível. Eu era quem eles queriam ser, quem eles se espelhavam. Fui eu quem salvou o time e ganhou os últimos cinco campeonatos estaduais pelo colégio. Já as garotas me idealizavam, me achavam o cara mais atraente, certamente. Afinal, eu sou bonito de verdade, além de ser atleta e bem inteligente. Simplesmente enlouqueciam quando pedia o número de celular delas, mesmo que nunca as ligasse.

–Oi, Max!- Ouvi a voz de Jessica atrás de mim.

–Oi, Jessie. Animada pro primeiro dia, hein!

–Animada por causa de você.

Havia muitas garotas que eu gostava de chamar particularmente de "preferidas". Jessica era a número dois. Ela era legal, bonita e bem gostosa, mas não era perfeita, não conseguia me satisfazer como eu mereço.

–Vem, vamos entrar.- Segurei sua cintura e andamos juntos até a sala de aula dedicada ao terceiro ano. No caminho, tinha que sorrir para mais pessoas, carisma é essencial para se chegar aonde quiser.

Sentamos nos nossos lugares preferidos, completando a famosa 'turma do fundão'. E a classe era enorme esse ano. Na verdade eram duas grandes turmas, totalizando em torno de cem alunos. E eu era quem mais se destacava entre eles.

Assistimos as três primeiras aulas, que só foram jogar conversa fora e fomos para o intervalo. Felizmente, tínhamos direito a quarenta minutos de descanso, já que nossa série era a mais exaustiva.

Enquanto eu conversava com a galera, outros alunos antigos passaram por todos anunciando a clássica “Festa de boas vindas do terceiro”. Era uma festa feita todos os anos pelos veteranos do terceiro ano para, digamos assim, dar as boas-vindas aos alunos novos. A gente pregava umas peças nos calouros e tirava a roupa das novatas. Típico.

–Você vai, né Max?- Dipp confirmava.

–Claro, não perco por nada!

O sinal que anunciava o fim do intervalo tocou. Minha galera foi direto pra sala e eu os avisei que ia pegar um copo de água e já encontra eles na sala. Fui caminhando até o bebedouro, peguei um copo descartável e enchi de água. Bebi a metade e me virei para ir embora.

–Ai!

–Me desculpa, eu não te vi ai!

–Não sabia que essa água era tão gelada.- Brincou a menina que eu acabara de derrubar o restante de água do copo.

–Como eu sou desastrado! Perdão.

–Tudo bem, eu que não deveria ter passado por trás de você.

Sorrimos os dois, constrangidos mas rindo da situação.

–Você é nova, certo?

–Sim. E pelo que eu ouvi, você já é bem conhecido aqui.

–Já ouviu de mim? Bem, não custa nada me apresentar. Sou o Max!

Estendi minha mão a ela, que a apertou.

–Eu sou Alanis. Prazer.

Reparei por um instante que a blusa dela era branca, ou seja, com a água que eu derramei, ela ficou transparente, mostrando seu sutiã de renda vermelho.

–O prazer é todo meu.- Respondi, ainda olhando fixamente para os peitos dela.

A menina reparou meus olhares e viu a sua situação.

–Eita, acho que vou precisar de uma outra blusa.

Ela dizia sorrindo. Como se aquilo não fosse nada de mais.

–Você quer meu casaco? Ta na minha mochila, eu posso pegar e te entregar na sua sala.

–Somos da mesma sala, Max. E não precisa, já vai secar. Deixa isso pra lá.

Ela riu mais e eu ri junto um tanto envergonhado de nem ter reparado nela antes.

–Então vamos entrar.

Ela foi na frente e eu logo atrás. Instinto masculino. Ela abriu a porta e se desculpou ao professor pelo nosso atraso e ele também reparou no incidente. A turma olhou estranho para nós dois entrando juntos, como se tivéssemos feito alguma coisa. Não. Ainda.

Sentamos cada um em seu lugar. Descobri que Alanis sentava no meio da sala e, incrivelmente, prestava atenção na aula e fazia anotações. Impressionante.

Ok, ela era gata. Bastante até. E parecia ser tão tranquila e carismática. Achei interessante o suficiente para me esforçar um pouquinho e ir atrás. Tinha que pegar essa garota.

Mais três aulas de sofrimento. Ela nem olhou pra trás. Em compensação, Jéssica conversava comigo o tempo todo, e algumas vezes eu pedia para ela repetir algumas frases pois minha atenção estava voltada para outra coisa.

Quando o último sinal do dia tocava, todos saiam correndo para ir embora. Gostava de apelidar isso de abolição dos escravos. Saí tranquilo enquanto tentava acha-la nesse mar de gente.

Depois de bastante procurar e de momentos pensando que poderia não a encontrar, lá estava Alanis, parada na saída.

–Ei!

Ela virou e sorriu em me ver.

–Oi!

–Já vai?- Perguntei, bobo.

–Sim, as aulas já terminaram.- Ela respondeu rindo da minha pergunta babaca.

–É, sim, finalmente. Ah... Me passa seu número!

–Sejamos francos, você não vai me ligar.- Ela disse, conformada. Confesso que fiquei em certo choque com a resposta dela.

–Eu vou sim! Ah, vou te ligar, mandar mensagem, seguir nas redes sociais. Pode deixar, eu prometo.

Alanis deu uma leve risadinha e com uma feição desafiadora chegou perto de mim, a ponto de falar no meu ouvido.

–Presta atenção no que eu vou te falar.

–Fa... fala.- Gaguejei e com certeza fiquei vermelho.

–I am the player.

E foi embora enquanto eu a observava paralisado. Eu não sabia no que eu estava entrando, mas ia até o final.


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Notas finais do capítulo

Espero que gostem! :)Aceita-se comentrio e favs ;)