Demolidor: Conceito de justiça escrita por Max Lake


Capítulo 4
Capítulo 4


Notas iniciais do capítulo

Estou gostando de escrever essa história. Sério!



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—Ajudar você? – Questiona Matt, surpreso.

—Se eu tivesse escolha, não seria você quem eu procuraria.

—Que tipo de ajuda você quer de mim?

—Soube do atentado à Torre Fisk, não soube?

—Sim, eu soube. Ben Urich me contou algo relacionado a isso, mas a polícia quer acobertar a situação. - Mais cedo, quando saiu do trabalho, Matt foi abordado pelo amigo e jornalista Ben Urich, um dos mais renomados repórteres da cidade de Nova York. E o único homem que descobriu sua identidade secreta. – Querem tratar o caso como, sei lá, uma mentira. Absurdo.

—A questão não é essa. Fisk tem dinheiro e já deve contratar mais gente, cobrir os custos com funerais e essas coisas. O cara que fez isso, ele se denomina Mercenário e prepara um ataque para amanhã. – Diz o Justiceiro.

—Ótimo. – Ironiza, cruzando os braços. - Aonde?

—Prefeitura.

—E quem seria a vítima?

—O mesmo cara que o contratou para matar Fisk, entretanto não sabemos quem é ainda. A conta do Mercenário ainda não foi rastreada, mas estou trabalhando nisso.

—Por que está me contando isso, Castle? Tenho certeza que este tal Mercenário está fazendo algo que você deseja há anos.

Castle fita o Demolidor. Um olhar que mistura um pouco de ódio com bastante desconfiança sobre o Demolidor, além da dor de seu passado.

—Sim, teria sido um favor deixar que ele matasse o Fisk, assim como seu próximo alvo também deve ser sujo. Mas esse mercenário ainda estará solto depois do serviço feito. E ele é perigoso demais.

"Isso deveria incluí-lo", pensa Matt, que continua o interrogatório para entender mais a motivação do Frank.

—Por que não contar isso aos Vingadores ou ao Homem-Aranha?

—Eles não entenderiam minhas intenções. E você sabe tudo o que fiz, com certeza a prioridade seria eu e ignorariam meu aviso.

O Justiceiro sente o Demolidor o encarando. Ele sabia que estava pensando na proposta de parceria. Esta não seria a primeira vez que a dupla lutaria lado a lado. Após aquela surpreendente aliança no mês passado, Frank viu um novo Demolidor: mais agressivo e mais frio, porém ainda vendo a justiça de forma errada, do jeito errado. Do jeito daquele sistema falido que não resolve nada.

—Não me importa se você recusar, eu impedirei o assassinato de qualquer forma, independente de você. Só vim avisar e propor essa aliança.

—Não prometo ajudá-lo, Frank, mas com certeza irei impedir o Mercenário.

—Significa que não irá me ajudar. – Deduz Frank, mas Demolidor logo balança a cabeça, discordando.

—Significa que eu irei ajudar, mas do meu jeito. Sem mortes, nem mesmo o Mercenário morre.

Frank solta um risinho irônico e irritado, quase querendo puxar a pistola e atirar na cabeça dele neste exato momento.

—Eu sabia que seria um erro confiar em você, rapaz. Ainda age como um covarde. – Castle se afasta aos poucos do Demolidor. – Não hesitarei caso você me atrapalhe.

—Pode tentar. - Sussurra Matt em tom de desafio. Por fim, ele salta do prédio.

...

O Mercenário caminha pela rua escura e fria do bairro de Hell’s Kitchen. Ele estava sem sua máscara, porém usava um chapéu e a gola de seu casaco para cobrir seu rosto. Ele ri, admirando-se por causa de sua própria façanha. "Matei muitas pessoas hoje. E matarei mais amanhã", ele pensou.

Ao passar por um beco estreito e úmido, o assassino para de forma inesperada à beira da calçada. Poucos segundos depois, um carro preto em alta velocidade aparece e freia cantando pneu ao lado do Mercenário. A porta se abre e o assassino entra. Depois, o veículo dispara pela rua escura.

Dentro do carro preto em alta velocidade, o Mercenário bebe uma taça de vinho. Ele não está sozinho. Além do motorista, está um homem escondido nas sombras do carro. O Mercenário, no entanto, sabe quem ele é.

—Todo esse drama para esconder a cara feia? - Zomba.

—Então, meu plano funcionou? - O homem ignora o comentário.

—Com certeza, chefia. - responde o Mercenário. - Fisk caiu direitinho na armadilha. Um plano brilhante de uma mente brilhante. – Ele ergue a taça na direção do homem.

O plano era simples: Mercenário invadiria a torre Fisk apenas para matar os seguranças e as pessoas ali presentes, exceto Wilson Fisk. Como era previsto e como todo grande empresário faria, Fisk cobriu a proposta, assim o Mercenário mentiu sobre quem o contratou. Felizmente, o Rei acreditou. "Tudo está indo como o esperado".

—O próximo passo permanece o mesmo? - Mercenário pergunta. - Sabe, gosto de ser discreto, mas prefiro matar olhando no olho da vítima.

—Sim, continua o mesmo. O rifle estará posicionado neste endereço. - Ele entrega um papel. - Longa distância. O suficiente para você acertar as vítimas.

 

—Garanto dois corpos frescos no necrotério. Talvez mais. - Ele termina a bebida.

O homem sorri e pega outra taça de vinho.


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