Mil Flores de Cerejeira escrita por Gakuko Kamui


Capítulo 6
Capítulo 6 - Mudanças e Evoluções




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– O-o que? - eu questionei-me, muito confusa.
Shinobu começou a rir diabólicamente. Suas mãos me agarraram com tanta brutalidade, e claro, tive que me defender. Perfurei sua barriga com um pequeno canivete, ele rapidamente afastou-se de mim, pondo as mãos no ferimento, ele disse com voz rouca:
–E-eu só queria ter você.
Ele caiu no chão e bateu a cabeça na ponta da escrivaninha, desmaiando instantaneamente. Chamei a ambulância e os médicos o levaram, tive que mentir dizendo que eu estava passando por lá e ouvi um barulho estranho, fui ver o que era e o vi ferido. E claro, antes de chamar os médicos eu limpei qualquer prova que me incriminasse. Estou com medo de ele acordar e contar toda a verdade e ainda por cima se fazer de vítima, me culpando.
Fui para casa, já eram 18h e 30 e Akihiko estava na sala. Quando me viu, disse:
–O que estava fazendo? Quando cheguei você não estava.
Expliquei a ele tudo o que aconteceu.
–Caramba - disse ele, espantado. -Mas Shinobu? Ele é o garoto mais santo da escola! Como ele poderia...?
–Acho que seria algum tipo de surto de dupla personalidade.
–Ou alguma criatura possuiu sua mente.
–Também é uma boa hipótese.
–Onde ele está agora? - Akihiko perguntou.
–No hospital. -eu respondi, sentando no sofá. -A mãe tá em casa?
–Tá lá na cozinha.
–Ok.
O que ainda me intriga é aquele emblema estranho na jaqueta de Shang, há três dias atrás.
–-------------1 MÊS DEPOIS ---------------

Patrick está com 3 meses de gestação e o único sintoma que apareceu foram seus estranhos desejos, como o que aconteceu ontem quando eu dormi na casa de Patrick:
* 03:00 AM*
Eu estava dormindo na sala.
Patrick sai de seu quarto só de cueca - quando acordei e o vi meu nariz sangrou - eu perguntei:
– Ahn...Patrick? O que tá fazendo acordado?
Ele se virou e disse:
–Vou no mercado.
–Pra quê, menino?
–Tô com aqueles desejos estranhos.
–Tá doido sair na rua a essa hora? Os gnomos estão à solta por aí. Deixa que eu vou, o que você precisa? -eu perguntei, tirando o cobertor do corpo e colocando uma calça e um moletom azul por cima do pijama - motivos: eu não iria trocar de roupa na frente dele; o banheiro era no segundo andar; e estava com preguiça de quando voltar ter que pôr o pijama novamente.
–Bem eu quero...Banana, Brócolis... e sorvete de pistache.
–Cara...isso é nojento.
–É o que o bebê quer ué. Tome aqui o dinheiro. - ele disse, me entregando 5000 ienes.
–Ok, eu volto já. - eu disse, me virando, e indo em direção à porta.
– Naomi... - ele disse, fazendo meu coração acelerar. - Obrigado. - ele sorriu.
Eu sorri de volta e saí. Enquanto eu andava pelas ruas que pareciam desertas, na verdade haviam milhares de gnomos escondidos. Gnomos não são uma ameaça, mas eles vivem fazendo travessuras leves com as pessoas na madrugada, como por exemplo, tirar os elásticos de cabelo das pessoas, mas depois eles sempre devolvem e dizem:
–Hihi, eu só estava brincando, queria apenas a sua atenção.
Encontrei um posto de gasolina com mercearia aberta 24h. Mas quando fui pegar o dinheiro na bolsa, ele não estava lá, e lembrei que quando fui pegar a bolsa eu larguei o dinheiro em cima do sofá.
–Argh, que droga!
Mas quando ia dar meia volta, ouvi batidas e risinhos vindo da mercearia, quando vi através da janela, haviam uns 30 gnomos lá dentro e o dono da loja, um senhor de 65 anos, grisalho, tentando espantá-los com uma vassoura. Era até engraçado de se ver, mas fui lá para ajudá-lo.
Entrei na loja e peguei minha katana dentro da bolsa, a ativei e gritei, apontando a katana para eles:
–Podem saindo todo mundo daqui! - logo todos olharam para mim e fugiram pela janela, enquanto eu os espantava mexendo os braços e a espada.
–Muito obrigado! Você é uma ECM? - agradeceu vendedor ancião.
–De nada, e sim, eu sou - eu disse, sorrindo.
–Eu lhe agradeço mil vezes por ter salvado minha loja! Como recompensa, pode pegar o que quiser!
–Bem eu estava precisando de banana, brócolis e sorvete de pistache.
–Eu tenho bem aqui. - ele disse, pegando tudo e colocando numa sacola.
–Você teria um saco de jujubas aí? - eu disse, aproveitando a oportunidade.
–Claro! - ele respondeu, colocando um saco grande de jujubas na sacola.
–Caramba, muito obrigado!
–Eu que lhe agradeço! Boa noite! - disse ele, acenando.
Me despedi do senhor e voltei para a casa de Patrick. Chegando lá, abri a porta e Patrick estava me esperando sentado no sofá.
–Tadaima.
–Okaeri - ele respondeu, sorrindo - como conseguiu as coisas? Você esqueceu o dinheiro aqui.
Expliquei a ele o que houve e ele disse:
–Como você é cagona.
–Posso fazer nada se eu salvei o dia da lojinha e ele quis me recompensar. - eu disse fazendo uma dancinha estranha. - vou lá preparar as coisas.
Fui à cozinha, cozinhei o brócolis, cortei a banana em rodelas e coloquei o sorvete de pistache, todos numa tijela de porcelana e pus o hashi e uma colher ao lado.
–Aqui está. - eu disse, dando a tijela a ele e sentando ao seu lado.
–Muito obrigado, Naomi. - disse ele, me dando um beijo na bochecha.
Fiquei toda vermelha.
–Olhe, você está toda coradinha.
–Ah para, haha.
Ele riu e começou a comer, ligou a televisão e ficamos vendo um documentário sobre animais marinhos.
Quando ele terminou, eu peguei o saco de jujubas e disse:
–Não podia deixar passar a oportunidade.
–Aah sua danadinha.
Abri o pacote e comemos metade do saco.
Quando eram 5:00 da manhã nós dormimos no sofá.
Despertei às 09:06 e Patrick estava dormindo me abraçando. Fiquei com o coração acelerado e rosto totalmente corado. Foi horrível ter que sair daquela posição. Mas Christofer passou pela sala e disse:
–Ora, ora, ora. O que vemos aqui!
Nós dois tomamos um susto e caímos junto do sofá.
–Ai... -disse Patrick, com a mão na cabeça.
Orihime surge do nada e diz:
–Oh meu deus que bonitinho vocês dois!
Levantamos do chão e explicamos a eles o que aconteceu.

* Presente *
Liguei para Patrick e disse:
–Cara, você já agendou o ultrassom?
–Sim, tá marcado pra essa sexta.
–Ok então.
–Naomi, eu quero que você vá comigo.
–Como quiser, vossa alteza. - eu brinquei
–Haha. Eu quero que você veja o nosso filho, ou filha.
–Estou ansiosa para vê-lo.
–Tenho que desligar, tchau, beijo.
–Ok. Tchau. Beijo.


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