The Swan Sisters Saga escrita por miaNKZW


Capítulo 39
Capítulo 38 - E Então Algum Tempo Se Passou...




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- Já fez um ano que Leah partiu...

- Sim... e nenhuma notícia ainda.

- Seth esta devastado... Oh! E pobre Sue...

- Sim, pobre Sue! Eu não entendo como Leah foi capaz... deixar sua própria família e sumir assim... sem dar noticias por tanto tempo. Isso é uma crueldade!

- Ora, Angel! Não julgue Leah assim... – Rosalie se pronunciou pela primeira desde o inicio da conversa - Você não sabe o que é perder o amor de sua vida e junto com ele a única chance de se realizar como mãe... formar uma família...

- Oh, Rose! Desculpe-me... você esta certa! Eu não... não foi isso que eu quis dizer...

- Rosalie – Bells como sempre completava minhas palavras e tentou amenizar a dor que Rosalie sentia empaticamente pela situação de Leah – é só que é muito estranho nenhum dos meninos conseguir se comunicar com Leah por tanto tempo. Parece até que ela esta evitando se transformar para que ninguém saiba de seu paradeiro. E isso fere a todos eles... estamos todos preocupados com Leah... é só isso!

- Humm... eu sei! Mas eu entendo o que Leah esta passando e sou a única que não julga! Posso imaginar como ela deve estar se sentindo. Acho que ela só precisa de um tempo, entende? Ela voltara quando estiver pronta.

O som do carro de Charlie estacionando em frente a casa dos Cullens nos distraiu e serviu para dar um fim à conversa que já começava a ficar pesada.

- Hey gente! Chegamos! – Charlie chegou acompanhado de Billy e Sue - Parece que se passaram anos!

- Nessie! Nate! EJ! O vovô Charlie chegou!

Ness foi a primeira a chegar, correndo graciosamente em direção a Charlie.

- Olhe para você Nessie! Venha pro vovô! Eu juro que você cresceu uns cinco centímetros. E você parece magra, Ness - ele me olhou irritado - Eles não a estão alimentando por aqui?!

- É só o crescimento súbito. Coisa da idade, pai... - eu murmurei e chamei através de seus ombros - Hey Sue!

 O cheiro de frango, tomate, alho, e queijo emanavam da cozinha. Esme e Janet haviam preparado um verdadeiro banquete para os convidados, provavelmente cheiravam bem pra qualquer um. Eu pude também sentir o cheiro fresco de madeira e embalagens cheias de pó que Charlie trazia.

- Entre pai... – Bella apareceu com EJ no colo - Billy, Sue venham! Saiam do frio.

- Olá Bells! EJ!! – Charlie saudou o pequeno EJ com um beijo carinhoso - Como você esta, campeão? Tão grande! Forte como o vovô, não é? E onde está meu outro netinho?

- Ele está bem aqui! – Jake se aproximava sorrindo – vá dizer “olá” para seus avós Nate!

Jake pos Nate no chão, e ele correu em nossa direção. Uma gargalhada gostosa emanou da garganta de Nate quando Billy o segurou e começou a fazer cócegas em sua barriguinha.

- Ah, meu pequeno lobinho! – Billy dizia entre beijos ternos e arremessando Nate para o alto – você gosta né? Ah, gosta sim!!

- Billy! Você quer tomar cuidado com essas brincadeiras? – Charlie chamou – ele é só um bebe e você vai acabar machucando meu neto!

- O MEU neto gosta!

Charlie bufou, mas depois olhou para Nate que sorriu largamente – obviamente adorando – e foi em direção a Billy na tentativa de tomar Nate de seu colo.

- Será que você poderia deixar de ser tão ciumento Charlie? Você já esta com Nessie!

- Dê meu neto Billy! Eu consigo segurar os dois!

- Hey! Hey! Hey! O que é que esses dois velhos rabugentos já estão aprontando? – Seth adentrava a sala e já tomava Nessie de Charlie – comportem-se ou ter de pô-los de castigos!

- Seu velho carrancudo! – Billy disse num tom infantil.

- Vou te mostrar o velho já já...

 

...

 

EPDV Bella.

 

- O que foi pai? – eu perguntei quando percebi que Charlie continuava a me olhar desconcertado.

- Uhnn... nada Bells...

- Ora, Charlie... me conte, vamos!

- Humm... não é nada, serio filha. É só que... bem... por que seus olhos ainda têm essa cor?

- Ah... – apesar de Charlie estar ciente de minha atual condição, nunca foi lhe dito especificamente o que eu era – bem, pai... eles vão demorar um pouco para clarear...

- Eles vão voltar ao normal? Digo... algum dia?

- Bem... não exatamente – percebi a decepção no rosto de Charlie – mas não continuarão tão vermelhos como agora!

- Humm... – ele respondeu pensativo.

Charlie não era nenhum estúpido e sabia que havia diferente em mim, em Angie e em todos os outros – Jacob havia se transformado para poder lhe explicar o que havia acontecido, mas Charlie nunca fez perguntas ou quis saber o que exatamente havia mudado. Ele estremecia toda vez que eu o abraçava, mas tentava disfarçar. Isso me deixava triste, eu nunca gostei de mentir para meu pai – nunca fui muito boa nisso de qualquer forma – mas eu não podia deixar que o meu mundo “contaminasse” a realidade de Charlie. 

- Angie...??

- Angel também não voltara a ser como era antes Charlie...

- Mas... os olhos dela?

- Sim... eles também se tornarão um pouco mais discretos com o tempo.

- Que bom.

Angel se aproximou e surpreendeu Charlie com um forte abraço depois que eu deixei que ela “ouvisse” a conversa que acabara de ter.

- O que esta afligindo o pai mais lindo desse mundo?

- Oh, Angie!! Nada... nada... Bells e eu estávamos apenas conversando querida.

Eu troquei um olhar com Angel e numa rápida conversa mental decidimos deixar esse assunto morrer ali mesmo.

- Então por que não vamos até a sala? As crianças não agüentam mais esperar! Esta na hora de abrir os presentes!

- Charlie? – eu chamei – você sabe que nós te amamos, não é?

O usual desconforto emergiu no rosto de Charlie que ruborizou levemente.

- Arran... – ele apenas murmurou sem jeito.

- Oh, pai!

Eu o abracei e deixei um suave beijo em sua bochecha. E juntos, Angel de um lado e eu do outro, nos dirigimos para sala repleta de presentes, onde todos nossos entes queridos se reuniam ao redor da grande arvore de natal montada bem no centro.

 

...

 

EPDV Charlie.

 

Estávamos reunidos para a ceia de Natal. Minhas filhas, meus genros, meus netos e eu; e mais o resto de suas enormes famílias. Como qualquer ceia natalina de qualquer família. Naquela mesa, todos riam, falavam ao mesmo tempo, faziam comentários sobre a comida – alguns comiam demasiadamente e outros nem tocavam o prato - contavam piadas.

Gosto desses encontros - que na verdade acontecem com menos freqüência do que eu gostaria - no entanto, naquele Natal alguma coisa estava diferente. No principio não estava entendendo muito bem o que estava acontecendo, mas sentia no ar que alguma coisa diferente estava acontecendo.

Discretamente, procurando não chamar a atenção, olhei para cada uma de minhas filhas. Não eram mais crianças, eram duas adultas, com duas famílias diferentes. Minha filha mais velha, Bella, pouco lembrava aquela garotinha que corria comigo, querendo sempre chegar à minha frente. A nostalgia e a saudade estavam invadindo meus pensamentos.

Fechei os olhos por um instante e voltei no tempo. Lembrei-me de quando aos domingos pela manhã eu levava Bells para brincar naquela pracinha que ficava perto de casa. Ainda pequenina, se aventurava a dar umas voltinhas, mas com duas rodinhas protegendo para que não caísse. Lembro-me da primeira vez que levei minha filha a creche. Uniforme azul, blusa branca e uma pasta com papéis para desenho e caixas de lápis de cor. Bella me olhou com um olhar suplicante quando o deixei a porta da escola. Entretanto, quando fui buscá-la mais tarde, o olhar de súplica tinha se transformado em olhos brilhantes de satisfação. Durante o dia brincou tanto, que se esqueceu do pai. Claro! Minha filha, surpreendentemente, sempre preferiu as bolas, correrias, artes e baguncinhas muito mais apropriadas para os meninos. Como o tempo passou!

Já com minha Angie, uma das melhores lembranças foi no dia em que se casou. Ela estava linda. Parecia realmente um anjo. Fiz o possível para não me emocionar, para não chorar, mas, chegou uma hora que perdi totalmente o controle e aí, foi um mar de lágrimas. Às vezes me pergunto se sua infância foi feliz, se seu “pai” a amou tanto quanto eu a amo. E apesar de não tê-la visto crescer, eu a conheço. Porque ela é minha, sempre foi. Vinte e dois anos! Vinte e dois anos que passaram rápido, muito rápido. Bons tempos aqueles.

Mas o que é extremamente curioso e que me intriga, é porque será que às vezes sentimos saudade do tempo em que eram crianças, que cabiam perfeitamente no nosso colo, que suas mãozinhas ficavam escondidas entre nossas mãos? Por que será que, pelo menos uma vez na vida, temos vontade de entrar numa máquina do tempo e voltar aos melhores momentos da época em que nossos filhos eram crianças?

Lamentei não ter participado mais das brincadeiras, ter exagerado um pouco quando chamava a atenção pelas travessuras. Talvez eu devesse ter sido um pai mais amoroso, mais carinhoso. Mas se agora elas estão comigo, sentadas ao meu redor, olhando para mim sem entender porque estou com os olhos cheios de lágrimas é porque de fato, elas me amam.

Quanto às lágrimas, provavelmente foi um cisco que caiu nos meus olhos...

 

 


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