The Swan Sisters Saga escrita por miaNKZW


Capítulo 23
Capítulo 22 - A Bella Noiva




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EPDV BELLA.

O casamento de Angie e Jake foi maravilhoso, e os dias que se seguiram foram breves e cansativos. Nem a festa de Angie tinha terminado e Alice já começava os planos para a “minha festa”. As provas de roupa, o cardápio, o bolo, as flores... tudo tinha começado de novo, só que dessa vez eu era a “boneca” que Alice brincava de vestir e enfeitar. A única forma de me esconder e evitar a ansiedade dos preparativos era fugir até a casa de Angie que me entendia como ninguém e tinha acabado de se livrar da tortura de Alice. Ela e Jake já haviam se mudado e passavam muito tempo sozinhos – com exceção do horário de visitas à casa de Charlie, mas eu sabia que era mais do que bem vinda e Jake se sentia tão à vontade na minha presença quanto se sentiria em companhia de suas irmãs – Jake e eu éramos como irmãos, e o fato de agora ele ser meu cunhado só oficializava aquele sentimento. A decoração da pequena cabana era realmente inacreditável - Esme tinha se superado daquela vez - tão aconchegante e requintado ao mesmo tempo, combinava com o estilo de Angel e fazia jus ã descendência de Jake.

Eu alternava os dias entre a casa dos Cullens, a casa de Angie e La Push, eu não gostava de ficar em casa vendo o quarto ao lado vazio e sentia saudade de quando acordava ao lado de minha irmã depois de uma noite cheia de pesadelos. E Charlie também se sentia aflito, mas tentava não demonstrar sua tristeza resmungando coisas do tipo “pelo menos não vou ter mais que me preocupar com a hora que vocês chegam em casa...”

- Pai? Eu te amo, sabia? E nós não vamos te deixar sozinho...

- Humm... Bells... claro, claro... eu também te amo, filha.

- Eu estarei aqui todo dia! Angie e eu viremos verificar todos os dias, você sabe, não é?

- Verificar? – Charlie murmurou levanto uma de suas sobrancelhas – eu não sou criança, sabia? E não preciso de babás!

- Eu sei, pai... é só que... nós sentiremos muita saudade de você...

... 

- Foque-se, Bella! Edward está esperando você lá embaixo! - Eu respirei profundamente, disposta a manter a compostura.

A música lenta começou com um novo som, Charlie me deu uma cotovelada.

- Bells, nós estamos prontos para descer...

- Bella? - Alice perguntou-me, ainda encarando ao meu olhar.

- Sim - Eu rangi – eu sei!Edward... Ok! - Eu deixei ela me conduzir do quarto com o braço de Charlie em meu cotovelo. A música me era familiar, a tradicional marcha dos Wagner‘s, rodeado por uma avalanche de enfeites.

- É a minha vez - Alice chiou - Conte até cinco e me siga - Ela começou a descer as escadas lenta e graciosamente. Eu devia ter me dado conta que ter Alice como minha única dama de honra era um erro. Eu ia parecer muito mais descoordenada andando atrás dela.

Um súbito ruído se juntou à música. Eu reconheci a minha deixa.

- Não me deixe cair, pai - eu sussurrei. Charlie pôs a minha mão em meu braço e o apertou com força.

Um passo de cada vez, eu disse a mim mesma enquanto começava a descer ao lento som da marcha. Eu não ergui meus olhos até que os meus pés estivessem seguros no chão, apesar de conseguir ouvir os murmúrios e ruídos da platéia enquanto eu aparecia. O sangue subiu pro meu rosto por causa do som; é claro que já se esperava que eu fosse uma noiva corada.

...     

Todo mundo aplaudiu quando Edward me beijou no batente da porta. Então ele correu para o carro enquanto a chuva de arroz começava. A maioria passou longe, mas alguém, provavelmente Emmet, jogou com tremenda precisão, e eles ricochetearam nas costas de Edward.

Edward me protegeu do arroz enquanto eu entrava, e então ele entrou e começou a acelerar o carro enquanto eu acenava pela janela e gritava:

- Eu amo vocês!!! - para a varanda, onde minhas famílias acenavam de volta.

A última imagem que eu registrei foi de Angel e dos meus pais. Angie estava com o rosto encostado no peito de Jake, e ele acariciava sua barriga de seis meses enquanto beijava seu cabelo. Phil tinha os dois braços rodeando Renée ternamente. Ela tinha um braço agarrado à cintura dele e a mão livre dela alcançou a de Charlie. Tantos tipos diferentes de amor, em harmonia naquele momento. Parecia uma imagem promissora e eu me senti feliz e completa.

Edward apertou minha mão.

- Eu te amo - ele disse.

Eu me inclinei pros braços dele.

- É por isso que estamos aqui - eu citei o que ele disse.

Ele beijou meu cabelo. Enquanto nós entrávamos na estrada escurecida e Edward pisava no acelerador, eu ouvi um barulho sobre o ronco do motor, vindo da floresta atrás de nós – os Quileutes – eu pensei. Se eu podia ouvir, ele certamente também podia. Mas ele não disse nada enquanto o som desaparecia na distância. Eu também não disse nada. O uivo penetrante, de partir o coração, ficou fraco e então desapareceu inteiramente.

 

 

EPDV ANGEL

Bella e Edward partiram para o Brasil há quase cinco semanas e não tinham planos para retornar ainda. A companhia de Jake me fazia esquecer um pouco da saudade que eu sentia de Bella. O celular que Charlie me deu tocava todo dia na mesma hora.

- Oi, Angie?!? Te acordei?

- Acordou? Como assim? Você sabe que horas são? O fuso horário do Brasil é o mesmo daqui, não é?

- Arrrhan – Bella bocejava do outro lado da linha – é que... eu ando tão cansada nesses dias... Edward tem inventado milhões de excursões pela ilha e eu volto para casa exausta, só consigo cair na cama... quer dizer, depois comer! Angie do céu! Eu tenho comido como uma louca, acho que vou voltar com uns dez quilos a mais!

- Ah, que exagero, Bells! É que você nunca foi uma pessoa muito ativa, sabe? E essas caminhadas e todos esses mergulhos têm te esgotado, não é? Seu corpo só não esta acostumado, só isso!

- Arran... eu sei, eu sei... e você é tão ativa quanto eu, não é? – Bella ironizava - aqui é tão quente, Angie! Você nem imagina o quanto! Ah, mas e a praia? Tão linda, nada se compara a essas águas mornas e límpidas do Rio... humm... mas e você? Como você esta? Meu sobrinho tem chutado muito?

- Tem, tem sim! Ele é tão ativo, Bells! Jake acha que ele tem futuro como jogador de futebol e anda fazendo planos para daqui trinta anos! Jake está tão ansioso, Bells... acho até que mais do que eu!

- E ele tem que estar mesmo!

- É... tá, já te falei sobre isso ontem, mas me fala... Humm... Bells... e aí? Me conta...

- O que?

- Para de fingir que não sabe o que eu estou dizendo!!

- Ah! Isso! – Bella ria – bem, eu finalmente consegui convencer Edward que a pratica leva à perfeição... e temos praticado com bastante freqüência!

- Aaaaaaahhhhhhhhhh!!

...

Theodore e Janet já haviam se estabelecido na casinha que Billy arrumara para eles perto da aldeia e participavam de todas as festas e reuniões do conselho como convidados. Uma noite, a pedido de Billy, Theodore contou um pouco sobre sua vida e tudo que sabia sobre sua espécie.

- Bem, até onde eu sei, nós lobisomens não somos tão diferentes dos vampiros... nosso veneno tem praticamente o modo de modificar o corpo humano, só mudando o efeito final, é claro.

- E como você fica quando se transforma? – Seth perguntava sem notar a falta de etiqueta de sua curiosidade.

- Humm... muito parecido com vocês, Seth! Mas eu consigo andar com as duas pernas... ou patas...

- Ah... e você pode se transformar quando quiser? – Seth continuava, mas agora toda a platéia ansiava pela resposta de Theodore.

- Sim e não. Na verdade, sim. Agora sim... mas quando eu era mais “jovem” – Theodore enfatizou o sentido da palavra – era difícil controlar, principalmente à noite...

- À noite? Por quê? – Quill estava curioso demais e antecipava a pergunta de Seth.

Theodore riu da curiosidade dos meninos que começavam a se sentir mais a vontade em sua presença.

- Eu não sei bem ao certo, acho que aquelas velhas lendas sobre a lua cheia têm algum sentido afinal.   

- Lua cheia? Então é verdade mesmo?

- Bem, Quill... a lua exerce um efeito interessante sobre quase todas as coisas do planeta, as ondas do mar, os pássaros e muitos outros animais ficam um pouco mais “ativos” durante a lua cheia, não é mesmo?

Seth, Quill, Embry e até Leah só balançavam a cabeça em sinal positivo.

- Então... a lua, na verdade, a noite tem um efeito bastante similar sobre nós. Mas nada que não seja possível de se controlar com um pouco de esforço.

- E tempo... persistência... e bastante prática também... – Janet completou Theodore.

- Sim, tudo leva tempo e assim como os vampiros nosso instinto, pelo menos no começo, é bastante... forte.

- Oh! Então quer dizer que vocês também são selvagens como os vampiros recém criados?

- Bem, eu nunca conheci nenhum vampiro recém criado, Quill, mas pelo o que Carlisle me disse, parece que sim...

- E como vocês lidam com isso? Digo... a vontade de... – Leah parecia indecisa na escolha das palavras – a fome!?!

- Ah... essa é uma historia para outro dia, crianças! Já está tarde e acho que passou da hora de muitos de vocês dormirem... – Theodore olhava carinhosamente para Seth e depois para Kim nos braços de Jared.

- Ah, não! – Seth protestou ao som de decepção dos outros que também estavam muito interessados na historia – só mais uma coisa, só mais uma perguntinha e depois eu vou dormir, eu prometo...

- Tudo bem, Seth... só mais uma.

- Bem, é que... eu queria saber sobre aquela coisa do antídoto, sabe? Eu vi o que Jake ouviu, mas... seus pensamentos são muito confusos, Jake! Eu não consigo entender direito!

- Ah, cala a boca, Seth! – Jake reclamava não querendo admitir que também não entendia muito do assunto – é que você é muito burro!   

Todos riram e Theodore voltou a se sentar em torno da fogueira, um olhar triste passou rápido por seus olhos.

- Bem... nós ainda não sabemos muito sobre isso... Carlisle e eu ainda não conseguimos testar todas as nossas teorias e... – Theodore parecia cauteloso – e eu começo a pensar que é muito difícil que isso realmente seja possível.

- Mas por quê? O que aconteceu de errado? – Seth insistia.

- Humm... em teoria os venenos deveriam se anular dentro do corpo, mas existem muitas falhas e... nenhuma de nossas “cobaias” sobreviveu, Seth...


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